-------- PUBLICIDADE --------
6 de junho de 2016
Sem categoria

Sindicalista diz que obra da FIOL finge que anda

Imagem Reprodução

Imagem Reprodução


A construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) é um exemplo da dificuldade para conseguir levantar um empreendimento no Brasil em tempos de crises política e econômica. Prevista para ser concluída em 2012, a obra ainda está pela metade. Na lista de contratempos, a ferrovia já enfrentou a suspensão das licenças ambientais; a derrocada da construtora Delta, responsável por um lote do projeto; problemas com OAS e Galvão Engenharia, envolvidas na Operação Lava Jato; denúncia de sobrepreço pelo Tribunal de Contas da União (TCU); e agora falta de dinheiro do governo federal. Com 1.527 quilômetros de trilhos, entre Figueirópolis (TO) e Ilhéus (BA), a ferrovia está praticamente parada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada da Bahia (Sintepav). “Hoje, apenas um lote está com colocação de dormentes. Nos demais, o quadro de trabalhadores é bastante reduzido”, afirma o vice-presidente do sindicato, Irailson Warneaux. A Valec, estatal responsável pela obra, afirma que apenas um lote está parado e que os demais estão em andamento, com cerca de mil trabalhadores (no auge, esse número beirou os 10 mil). “Hoje, fingem que a obra está andando”, diz Warneaux ao jornal O Estado de S. Paulo. Orçada em R$ 6 bilhões, a ferrovia foi planejada para escoar a produção agrícola do oeste baiano e o minério de ferro da região de Caetité (BA). Com a queda do preço do minério, os investidores reavaliaram seus negócios. Na busca de solução para dar continuidade à obra da ferrovia, o governador do Estado, Rui Costa (PT), alinhavou, em março, quando esteve na China, o início de uma negociação para que o Fundo Chinês para Investimento na América Latina e a China Railway Engineering Group n.10 assumam a construção, operação e financiamento de quatro trechos da ferrovia, entre Ilhéus e Caetité, em fase final de construção. O investimento seria feito em associação com o governo do Estado e com a Bahia Mineração (Bamin).