Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro do Supremo Teori Zavascki, que morreu no acidente aéreo desta quinta-feira (19), declarou que seu pai demonstrava uma grande preocupação com o futuro. “Ele demonstrou bastante preocupação com o que vinha. Ele realmente estava muito preocupado com o que tinha para acontecer. Ele realmente teve acesso a informações que tinham deixado ele bastante preocupado com o futuro das coisas”, declarou em entrevista ao G1. Em conversa recente com o filho, Teori não deu maiores informações sobre as delações na Operação Lava Jato. “Ele não entrou em detalhes, só realmente demonstrou preocupação. Por isso, ele queria fazer [a homologação] o mais rápido possível, dar início início às investigações e cumprir o papel dele. Ele tinha todo o processo na cabeça. Toda a estratégia de como seguir daqui a diante. Acho que se perde uma quantidade de informação muito grande”, declarou. Ainda de acordo com a reportagem, com a morte de Teori, o processo de homologação das delações pode atrasar, até que um novo relator seja nomeado para trabalhar nos processos. “Não gostaria de ser órfão de um pai assassinado”, declarou Francisco após ser indagado sobre possíveis especulações da morte de Teori. “Seria muito ruim para o país, extremamente pernicioso que se imagine que um ministro foi assassinado. Que um juiz, seja ele de primeira instância, seja ele do Supremo Tribunal Federal, seja assassinado por causa de um processo que julgue”, declarou. “Eu torço para que tenha sido uma fatalidade, que tenha chegado a hora dele”, completou.