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9 de março de 2017
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TSE quer controlar influência das igrejas nas eleições

Brumado Acontece

Brumado Acontece

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está analisando uma cláusula para impedir o uso do poder econômico e a influência das igrejas no período eleitoral, afirmou o presidente da Corte eleitoral, Gilmar Mendes. “Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para cassar isso”, alegou o ministro. Segundo o ministro, existe o uso da religião para direcionar as eleições, contando ainda com os recursos das igrejas, sejam eles material ou mesmo o uso dos templos. “Outra coisa é fazer com que o próprio fiel doe. Ou pegar o dinheiro da igreja para financiar”, afirmou. “Se disser que agora o caminho para o céu passa pela doação de 100 reais, porque eu não vou para o céu?”, ironizou. Gilmar Mendes comentou que existe uma tendência para abuso de poder econômico de “difícil verificação”, sendo necessário a intervenção do TSE. Segundo a Veja, a bancada evangélica na Câmara dos Deputados cresce a cada eleição. Conforme informações do TSE, em 1998, eram 47 parlamentares. Em 2014, foram eleitos 80. A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, tem 181 deputados e quatro senadores participantes, que incluem, os deputados ligados às igrejas, simpatizantes e outros parlamentares que defendem as mesmas matérias. Hoje no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os evangélicos têm uma Brasil no sentido contrário
A lei que proíbe que igrejas e organizações sem fins lucrativos participem de campanhas políticas pode estar com os dias contados nos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, comunicou no dia 2 de março, sua intenção de revogar a lei que vigora no país desde 1954. Se aprovada a mudança, a ala conservadora cristã conquistaria uma grande vitória após ter apoiado a campanha presidencial de Trump. “Vou me livrar e destruir totalmente a Emenda Johnson, permitindo que nossos representantes de fé falem livremente e sem medo de retaliação”, afirmou o presidente, no momento em que estava no evento organizado pela fundação cristã The Fellowship. Os regimentos atuais descrevem que algumas organizações isentas de impostos, categoria que enquadra as igrejas, estão privadas de manifestações favoráveis a partidos ou candidatos. Comprovado apoio, podem perder o benefício concedido pelo governo.