16 de janeiro de 2016
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Imagem Divulgação
A polícia turca deteve hoje (15) 21 intelectuais que assinaram um manifesto pedindo o fim das operações do Exército contra a rebelião curda. Por determinação do Ministério Público, 21 acadêmicos foram detidos durante a madrugada e colocados sob custódia policial em Kocaeli, no Noroeste da Turquia, no âmbito de um inquérito sobre “propaganda terrorista” e “insulto às instituições e à República turca”, informou a agência de notícias oficial Anatolia. Quase 1.200 pessoas assinaram segunda-feira (11) a “Iniciativa de universitários pela paz”, que reivindica o fim da intervenção das forças de segurança contra os integrantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no Sudeste do país, de maioria curda. No texto intitulado “Não seremos associados a este crime” é denunciado um massacre deliberado e planejado, em total violação das leis turcas e dos tratados internacionais firmados pelo país. A petição foi assinada por intelectuais turcos e estrangeiros, caso do linguista e pensador norte-americano Noam Chomsky. Em discurso nessa quinta-feira em Ancara, o presidente Recep Tayyip Erdogan disse que o grupo de universitários “colocou-se claramente no campo da organização terrorista [em referência ao PKK] e cuspiu o seu ódio sobre o povo turco”. Para ele, “os supostos intelectuais são indivíduos sombrios que não têm qualquer respeito pela sua pátria. Erdogan os acusou de traição.