14 de dezembro de 2015
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Imagem Reprodução
O deputado federal Eder Mauro (PSD-PA), que também é delegado de polÃcia licenciado, chamou a atenção dos cerca de 6 mil manifestantes – segundo a PolÃcia Militar, 1.200 – ao simular a prisão do ex-presidente Lula, algemando-o, durante o protesto pró-impeachment da presidente Dilma Roussef, realizado pelas ruas centrais da capital paraense na manhã deste domingo. Em frente ao Teatro da Paz, na Praça da República, um grupo de 80 manifestantes ligados ao PT e a partidos de esquerda gritou palavras de ordem contra o deputado, chamando-o de “fascista”. A PolÃcia Militar formou um cordão de isolamento entre os grupos pró e contra o impeachment, evitando que houvesse confronto fÃsico. “Tem que tirar esses corruptos do poder, porque ninguém aguenta mais essa gente”, disse o estudante Jairo Soares, 22 anos, que defende não apenas a saÃda de Dilma, como a do deputado Eduardo Cunha. “É tudo farinha do mesmo saco, eles só têm feito mal ao Brasil”, concordou a professora Helena Harmont, de 38. O professor de Economia da Universidade Federal do Pará (Ufpa) Gilson Costa afirmou que o atual governo “não representa a classe trabalhadora e os pobres das regiões Norte e Nordeste”. Para ele, o sentimento contrário à corrupção e a favor da saÃda de Dilma acabou por unir setores e tendências polÃticas diversas, como a direita e dissidentes de esquerda
. Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Pará e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), além de integrantes do PT e de partidos comunistas, disseram que as manifestações pró-impeachment representam a mobilização da “direita e reacionários” que apoiaram o golpe militar de 1964 e que agora querem dar outro golpe, mais uma vez “rasgando a Constituição” para depor uma presidente eleita pelo voto democrático. Segundo José Marcos Fonteles de Lima, o “Marcão”, um dos lÃderes da CTB, a data de hoje, escolhida pela direita para a manifestação, é a mesma que em 1968 mergulhou o paÃs no Ato Institucional nº 5, o AI-5, que cassou polÃticos e perseguiu opositores do regime militar. “Eles não vão conseguir dar outro golpe, porque esse movimento a cada dia está mais esvaziado”, resumiu Marcão. Com informações do Estadão Conteúdo.