Citado em um dos supostos diálogos entre o procurador Deltan Dallagnol e seus colegas da Lava Jato, o senador Jaques Wagner (PT) usou as redes sociais na última quinta-feira (4) para afirmar que membros do Ministério Público “não estão acima da lei”. “Em nenhum momento me neguei a dar todos os esclarecimentos, pois nenhum de nós está acima da lei, muito menos os membros do Ministério Público. Não podemos admitir a polícia política dentro do Estado brasileiro. Nenhum de nós está acima da lei, muito menos os membros do Ministério Público. Não podemos admitir a polícia política dentro do Estado brasileiro”, escreveu o petista. “A vaidade e a popularidade subiram à cabeça e meteram o pé na jaca, exageraram. Começaram a achar que estão acima da lei”, prosseguiu Wagner, sem citar nomes. No último sábado (29), a colunista Monica Bergamo, da Folha, revelou que Dallagnol demonstrou, em conversa com seus pares em outubro de 2018, que era preciso acelerar ações contra Wagner —que havia acabado de se eleger senador pela Bahia e tomaria posse em fevereiro. Para o procurador, valeria fazer busca e apreensão sobre o político “por questão simbólica”. Segundo a coluna, os diálogos integram parte do arquivo obtido pelo site The Intercept Brasil e, no dia em que ocorreram, 24 de outubro, o juiz Sergio Moro já era cotado para virar ministro de Jair Bolsonaro —que disputava com Fernando Haddad (PT-SP) o segundo turno das eleições.