A maioria dos jogadores da seleção mexicana tinha a resposta na ponta da lÃngua. “Não iremos falar de qualquer time enquanto não soubermos nosso rival”. Foi o caso do goleiro Ochoa, por exemplo. Após a derrota por 3 a 0 para a Suécia na quarta-feira (27), eles passavam pela zona de entrevistas com uma expressão menos eufórica do que a vista nos dez primeiros dias de Copa.
No entanto, quando questionados sobre enfrentar o Brasil, em vez de uma seleção europeia, todos abriram um sorriso. O México foi atropelado pelos suecos, seu estilo de jogo não encaixou. Contra o Brasil, o México não precisará mudar muito suas caracterÃsticas. São dois times que jogam e deixam jogar, pelo menos se comparados a seleções como a sueca.
Além disso, o retrospecto é equilibrado: nos últimos dez confrontos, o México venceu quatro, empatou dois e perdeu quatro – contando a final olÃmpica. “Eu comentei desde a primeira partida, o futebol mundial está muito equilibrado. Já não existem mais essas diferenças que havia antes, de o Brasil ser melhor que outra equipe e fazer quatro, cinco, seis gols. Hoje, o Brasil precisa trabalhar mais para ganhar, a Alemanha também, outros favoritos também”, disse o meia Miguel Layún, do Sevilla.
“Não se ganha com o nome. Hoje em dia o futebol é muito disputado e cada time tem suas caracterÃsticas, suas condições. Quem melhor se impuser no jogo vai conseguir a vitória.” “Contra qualquer que seja o estilo, temos que ser mais inteligentes e temos que saber fazer as partidas que nós fizemos nos dois primeiros encontros [vitórias sobre Alemanha e Coreia do Sul]. O Brasil tem outras caracterÃsticas, tem condições totalmente distintas [em relação à Suécia], mas da mesma maneira é um rival de muito perigo e seguramente é um dos candidatos ao tÃtulo”, seguiu Layún.
O zagueiro Salcedo, quando questionado sobre a possibilidade de enfrentar o Brasil e Neymar, logo disse “que Deus e o destino decidam”. “Estes jogos sempre têm algo especial, como foi o contra a Alemanha. O time tem que estar à altura do momento”, falou Salcedo. “Perder hoje é um balde de água fria, mas é melhor que tenha acontecido agora. A partir de agora são jogos únicos, não há mais margem de manobra, e este aprendizado pode ser importante.”