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24 de julho de 2020
Bahia

Estrutura da Osid será uma das bases para testes da vacina contra

Foto Sudoeste Acontece

A Bahia será um dos três centros escolhidos na América Latina para o desenvolvimento de uma vacina inovadora contra o novo coronavírus. No estado, o projeto será conduzido pelo médico e pesquisador Edson Moreira e terá como base o Hospital Santo Antônio das Obras Sociais de Irmã Dulce. A ação contará com o apoio do governo do estado, por meio um convênio de cooperação técnica com a Sesab, no valor de R$ 500 mil reais.

O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa durante a transmissão do programa Papo Correria, na noite desta quarta-feira (22).

O secretário estadual da saúde, Fabio Vilas-Boas, defende que é uma oportunidade única para os baianos terem acesso a uma das mais promissoras vacinas em desenvolvimento.

O estudo incluirá inicialmente 1.000 voluntários baianos, podendo chegar a 5 mil dentro de 3 meses. A pesquisa é fruto de uma parceria entre a Pfizer e a empresa alemã bioNTech que obteve resultados positivos em estudos iniciais de uma vacina que usa um fragmento genético do vírus: o mRNA (RNA mensageiro).

O investigador Édson Moreira explica que uma vacina de mRNA contém uma versão sintética do RNA que um vírus usa para formar proteínas. A vacina não contém informações genéticas suficientes para produzir proteínas virais; apenas o suficiente para induzir o sistema imunológico a pensar que um vírus está presente, para que ele entre em ação para produzir anticorpos, proteínas especificamente projetadas para combater um vírus.

Moreira acrescenta ainda que as vacinas tradicionais, como gripe ou sarampo, ativam o sistema imunológico injetando às pessoas pequenas quantidades de vírus. As vacinas podem incluir formas mais atenuadas do vírus, ou um vírus que os cientistas mataram, mas cujas proteínas virais ainda podem estimular a imunidade. Em alguns casos muito raros o vírus não está morto, apesar dos melhores esforços para matá-lo, ou a dose atenuada é tão forte que deixa alguns doentes. As vacinas de mRNA eliminam essa preocupação porque não contêm vírus.