O senador Otto Alencar saiu em defesa do governador da Bahia, Rui Costa, após a deflagração da 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças por juÃzes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Otto disse que Rui não tinha “o governador não tinha conhecimento do que se passava na Secretaria de Segurança Pública”. Na ocasião, o então secretário da pasta, MaurÃcio Barbosa, e a delegada chefe de gabinete da pasta, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo, foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Além disso, a operação cumpriu 35 mandados de busca e apreensão.
“A investigação aconteceu por parte da PolÃcia Federal. Se ele tivesse conhecimento, já teria tomado providência. Quando tomou conhecimento, exonerou toda a cúpula da Segurança Pública. Me surpreendeu muito. Nunca esperei que isso pudesse acontecer na cúpula da Secretaria de Segurança Pública”, disse
Otto também disse que o secretário precisa “se resguardar muito nas suas relações fora da instituição”, “até para, mesmo não tendo cometido ilÃcito, não dar a impressão que cometeu”. “Então, isso vai ser investigado, os acusados terão direito de defesa e vamos aguardar a conclusão dos fatos”, completou.
O senador afirmou também que não será um obstáculo para manter a aliança entre PSD, PT e PP na escolha de um nome para representar o grupo do governador em 2022.
“Nós temos um grupo unido e forte, que tem outros nomes colocados além do meu, que está colocado. Mas tem o nome do senador Jaques Wagner e tem também a pretensão do vice-governador João Leão. Então isso vai ser decidido em março de 2022”, avaliou.
Sobre o suposto favoritismo de Wagner para ser o candidato escolhido, Otto é cauteloso. “O nome de Wagner está colocado. É um nome bom, capaz. Ele foi um bom governador. Fui o vice dele e o secretário de Infraestrutura. Mas eu não posso ser um oráculo para saber o que vai acontecer em março de 2022”, ponderou.