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4 de março de 2022
Brumado

Acusado de matar Camarão, Empresário Cezar de Lim vai a júri popular no próximo dia 1º 

Por Washington Tiago

Cézar Paulo de Morais Ribeiro, de 24 anos, o popular Cezar de Lim, vai a júri popular no dia (1º) de abril. Cezar é o principal acusado de matar seu funcionário Sidney Vasconcelos Meira, de 47 anos, apelidado de Camarão. Na época dos fatos, Cezar estava acompanhado do comparsa Pedro Augusto Araújo Ribeiro, 19 anos, que foi encontrado morto dois anos depois em um quarto no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Salvador.  

De acordo com a documentação que o SA — Sudoeste Acontece teve acesso, na madrugada de 19 de junho de 2017, por volta de 1h, o acusado Cézar Paulo telefonou para seu funcionário “Camarão”, determinando que ele lhe encontrasse no Bairro Apertado do Morro, ao argumento de que seria para receber cigarros (contrabandeados), como forma de pagamento de dívida.  

Consta que Camarão foi ao encontro de Cezar no local combinado conduzindo uma motocicleta e em companhia de sua esposa, sendo ambos surpreendidos pelos acusados, que estavam de armas em punho. Segundo depoimentos, Cézar ficou zangado porque Sidney foi com a mulher. Em seguida Cézar passou a acusar Sidney de ter subtraído cheque no valor de R$ 80.000,00.  

De lá as vítimas, mediante ameaças, foram levadas para a residência de Cézar, no Bairro Olhos D`água, onde este acusado continuava questionando sobre caixas de cigarros e o referido cheque, enquanto Pedro Augusto mantinha uma das armas apontadas para a cabeça de Sidney.   

Em seguida todos saíram e Luciana foi levada para sua casa, momento em que Cézar lhe tomou os celulares e a ameaçou de morte, bem como a seus filhos dizendo para não revelar os fatos e ficar quieta, perguntando-lhe, ainda, em tom ameaçador: “Você viu o que aconteceu com Levi?” – outro funcionário de Cézar que, estando na própria residência, foi baleado na cabeça por um desconhecido, fato objeto de outra investigação. 

Após deixar Luciana em casa os acusados levaram Sidney para a Fazenda Mira Estrela, pertencente ao sogro de Cézar, onde, segundo a denúncia, executaram a vítima com disparo de arma de fogo na cabeça. Segundo a denúncia, Cézar Paulo integra organização voltada ao contrabando de cigarros e desconfiava que seu funcionário Sidney lhe teria subtraído dinheiro e cigarros oriundos do contrabando. Por esse motivo arquitetou a emboscada, forneceu armas e, em união de esforços com Pedro, executou o crime. 

Camarão teria sido colocado no carro e levado para uma estrada vicinal que dá acesso a Fazenda dos Veados, de propriedade do sogro de empresário. O empresário foi preso em Iporã, no Paraná, em fuga para o Paraguai. Ainda conforme o documento, o laudo de necrópsia aponta que Camarão levou um tiro à queima-roupa, na região da cabeça, causando traumatismo cranioencefálico.  

O empresário está preso a mais de quatro anos e meio, por um mandado de prisão preventiva. A defesa do réu tentou duas vezes um Habeas Corpus, com intuito de conseguir a liberdade de Paulo Cezar. Até o Ministério Público Federal — MPF “manifestou favorável “é justo, pois, deferir parcialmente o pedido, procedendo-se à substituição da prisão preventiva por algumas das medidas cautelares”. Mesmo assim, o Ministro Schiett Cruz, do Superior Tribunal de Justiça — STJ “manteve a prisão preventiva.