O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira (27), o resultado da chamada regular da segunda edição de 2023 do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). O candidato selecionado deverá realizar a matrícula entre 29 de junho e 4 de julho no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Sisu.
Atenção aos candidatos que não foram selecionados na chamada regular e que tenham interesse em participar da lista de espera. De acordo com o MEC, os interessados têm até as 23h59 do dia 4 de julho (horário de Brasília), para fazê-lo, também por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior – Sisu.
A convocação por meio da lista de espera será a partir de 10 de julho. Ao todo, a segunda edição de 2023 do Sisu disponibilizará 51.277 vagas em 1.666 cursos de graduação, de 65 instituições de educação superior. Conforme o Ministério da Educação, o certame contabiliza 305.797 inscritos e 578.781 inscrições em cursos ofertados.
Segundo o órgão, a diferença se deve ao fato de ser possível, aos candidatos, escolherem até duas opções de cursos. Na Bahia, são mais de 4 mil vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu), nesta segunda edição 2023.
O jogo do Bahia contra o Fluminense foi marcado pela derrota do tricolor baiano. A partida que aconteceu no Maracanã, no Rio de Janeiro, iniciou com uma vitória do Esquadrão, que logo sofreu uma virada. A partida válida pela 12ª rodada do Brasileirão encerrou com placar de 2 a 1.
Mingotti abriu a partida, dando esperança aos torcedores do Bahia. Também no primeiro tempo, o zagueiro Nino, do Fluminense, foi expulso. No segundo tempo do jogo, o time carioca reagiu e os jogadores Lelê e Gabriel Pirani marcaram logo os gols vitoriosos do time.
Com o resultado, o Esquadrão ocupa a 14ª posição com 12 pontos, um a mais do que o primeiro integrante da zona de risco. Já o Fluminense, chegou aos 21 e ocupa o terceiro lugar do topo.
As tradicionais festas juninas que acontecem na Bahia de norte a sul, leste a oeste do estado, costumam movimentar a economia local nos festejos para comemorar os dias que antecedem e se sucedem as datas que comemoram os santos mais famosos do mês: Santo Antônio, São João e São Pedro. É momento então, de prefeituras municipais abrirem o bolso e despejarem um bom dinheiro na contratação de atrações famosas para atrair turistas para as suas cidades e fazer com que o capital movimentado na festa, de alguma forma, se reverta em ganhos para a população, com o aumento das trocas comerciais no período.
Nesse sentido, a partir de um levantamento feito pelo bahia.ba na ferramenta lançada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), “Painel de Transparência dos Festejos Juninos nos Municípios do Estado da Bahia”, com base em dados de contratações de artistas disponibilizados por 186 prefeituras baianas até esta quinta-feira (22), ao todo, foram gatos pelas administrações municipais R$ 204 milhões em 4.317 apresentações na contratação de 2.224 artistas contratados. Uma média de R$ 47.255 por apresentação ou uma média de R$ 91.726 para cada artista.
Valor esse que está longe de ser uma realidade para a maior parte das atrações que já se apresentaram ou se apresentarão nos municípios baianos, com a maior parte do montante se concentrando na contratação de artistas estrelados, como é o caso de Wesley Safadão, que receberá R$ 700 mil para cada uma das cinco apresentações que fará bancado por prefeituras em cidades do interior baiano. Vale ressaltar, que o artista cearense já tocou e tocará em festejos juninos de outros municípios baianos, mas custeado pelo governo do estado, que não enviou para o MP-BA os dados para serem incluídos na ferramenta.
Ranking de municípios que mais investiram em atrações nas festas juninas:
1º – São Francisco do Conde (R$ 4.627.000)
2º – Candeias (R$ 3.390.000)
3º – Senhor do Bonfim (R$ 3.210.200)
4º – Irecê (R$ 3.075.000)
5º – Serrinha (R$ 3.055.000)
6º – Jequié (R$ 2.970.000)
7º – Riachão do Jacuípe (R$ 2.767.500)
8º – São Sebastião do Passé (R$ 2.350.000)
9º – Conceição do Jacuípe (R$ 2.020.000)
10º – Formosa do Rio Preto (R$ 1.985.000)
Safadão, por sinal, se apresentará nesta sexta-feira, 23, no município, que mais abriu, em média por atração, os cofres públicos para fomentar o São João: Candeias. A cidade da Região Metropolitana de Salvador, investiu R$ 3,39 milhões em 8 atrações, todas estreladas, gastando uma média de R$ 423 mil por apresentação. São Francisco do Conde, que tem uma das festas juninas mais tradicionais da Bahia no mês de junho, gastou, em valores absolutos, um valor maior: R$ 4,62 milhões, mas para o dobro de artistas, 16, com uma média, portanto de R$ 289,18 mil.
Só a título de comparação, na outra ponta, entre os artistas com menor cachê estão Milena Dias e Benício Lira, contratados para tocar em Santo Antônio de Jesus por um pagamento de R$ 400 cada um.
Ranking de atrações com maiores cachês:
1º – Wesley Safadão (R$ 700.000)
2º – Zé Neto e Cristiano (R$ 650.000)
3º – Leonardo / Bruno e Marrone (R$ 500.000)
4º – João Gomes (R$ 490.000)
5º – Mari Fernandez (R$ 460.000)
6º – Maiara e Maraisa (R$ 454.000)
7º – Bell Marques (R$ 450.000)
8º – Simone Mendes (R$ 430.000)
9º – Nattan (R$ 400.000)
10º – Leo Santana (390.000)
Dentre os artistas que mais foram contratados para as festas de junho na Bahia, o primeiro lugar fica com o sergipano Nadson, o Ferinha. O cantor de “Cadê seu namorado, moça?” e “Duas” foi contratado para fazer 15 shows nas cidades baianas, com um cachê que varia de R$ 90 mil, em Salinas de Margarida, a R$ 150 mil, em Conceição de Coité.
Ranking dos artistas mais contratados nas festas juninas da Bahia
1º – Nadson, o Ferinha (15 apresentações)
2º – Tarcísio do Acordeon (13 apresentações)
3º – Adelmário Coelho (11 apresentações)
4º – Mastruz com Leite (10 apresentações)
5º – Canários do Reino / Devinho Novaes / Tyrone / Toque Dez (9 apresentações cada)
Prazo
Segundo o MP-BA, os gestores públicos responsáveis pela organização de festas que deixaram de enviar informações para o Painel de Transparência dos Festejos Juninos têm prazo até o dia 31 de julho para encaminhar os dados solicitados e serão distinguidos com um “Certificado de Colaboração”, pelo órgão, como reconhecimento pela iniciativa que visa garantir a transparência dos investimentos públicos.
No mesmo prazo, aqueles municípios que já informaram os dados poderão complementar as informações já prestadas. Em ambos os casos, deverão informar a natureza dos recursos envolvidos conforme sua origem: federal, estadual ou municipal.
Com risco de cair na zona de rebaixamento, o Bahia encara, na noite desta quarta-feira (21), o vice-líder da Série A, o Palmeiras. A partida acontece na Arena Fonte Nova, em Salvador, a partir das 21h30, válida pela 11ª rodada do Brasileirão.
Voltando de pausa de 11 dias, por determinação da Fifa, devido aos jogos da Seleção Brasileira. O Esquadrão precisa voltar a vencer na competição, para escapar do Z-4. Até o momento, o Bahia acumula seis jogos sem vitórias.
O último triunfo do time ocorreu, no último dia 7 de maio, na Arena Fonte Nova, contra o Coritiba. Na ocasião, o time da casa venceu por 3 a 1. Atualmente, o tricolor ocupa a 15ª posição, com 9 pontos.
Na partida desta noite contra o Palmeiras, o Bahia conta com sete desfalques na base dos seguintes jogadores: Ryan (suspenso); Ademir, Jacaré, Biel, Yago Felipe, Matheus Bahia e Raul Gustavo (lesão).
Como no primeiro turno, com votos contrários da oposição, a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou na sessão ordinária realizada nesta terça-feira (14) a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.
A proposta tramita na Casa desde 16 de maio e foi aprovada em segundo turno. A aprovação da LDO era condição para a aprovação de recesso parlamentar em julho deste ano.
A LDO 2024 estabelece uma conexão entre o Plano Plurianual (2024-2027) e o Orçamento Anual (2024), e sinaliza as prioridades da gestão estadual, em sintonia com as condições econômicas e fiscais projetadas para o exercício de 2024.
Este ano, particularmente, os instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) estão sendo elaborados de forma simultânea, sob a coordenação da Seplan.
Com relação à receita total projetada para o orçamento fiscal e da seguridade social de 2024, o valor estimado é de aproximadamente R$ 70 bilhões, sendo R$ 60 bilhões provenientes da receita do tesouro. Essas receitas podem ser revistas e atualizadas quando o projeto de lei do Orçamento 2024 (PLOA 2024) for finalizado.
A novidade da lei encaminhada este ano fica por conta da mudança na metodologia para a formação das cotas orçamentárias do Poder Legislativo – compreendendo a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Contas dos Municípios -, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado.
O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) informa que não envia ao público notificações judiciais sobre pagamentos por e-mail ou por mensagens em aplicativos de redes sociais.
Caso o usuário receba alguma comunicação deste tipo, a recomendação é para que não abra links nem anexos e entre em contato com a Secretaria de Coordenação Judiciária de 1ª Instância pelos telefones 71-3284 6810 ou 6811 (e-mail scj1@trt5.jus.br), ou com a Ouvidoria, pelo telefone 71-3284 6880 (e-mail ouvidoria@trt5.jus.br), para acompanhamento do caso.
O alerta se deve ao caso relatado por escritório de advocacia, cujos clientes receberam mensagens em rede social insinuando haver pagamento judicial disponível para eles. As mensagens chegaram acompanhadas de falso documento com timbre do Tribunal e de boleto para depósito das potenciais vítimas.
Para prevenir eventuais reincidências, o TRT-5 já contatou o Ministério Público Federal – Procuradoria da República na Bahia e a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia solicitando investigação e eventuais providências contra a fraude.
A revista Veja colocou o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) como um possível presidenciável. De acordo com a publicação, Rui se destacaria por ter um “perfil técnico” e a “fama de tocador de obras, retratada no apelido de ‘Rui Correria’”.
A reportagem cita também uma fala de Lula, que afirmou que Rui Costa seria “a nova versão de Dilma, só que de calças” e um possível desgaste do petista no cargo.
“A falta de tato político parece ser parecida à da antecessora na Casa Civil. Em seis meses de governo, Costa se desgastou com colegas de ministério, que o acusam de ser um trator, e se tornou o principal desafeto do Centrão”, diz a publicação.
A safra de grãos baiana deve somar 11 milhões de toneladas durante todo o ano de 2023, segundo projeções do IBGE no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), responsável por analisar os dados do LPSA do estado, informa que o plantio de cereais, oleaginosas e leguminosas deve fechar o ano com queda de 3,3% frente à safra recorde de 2022, mas a área plantada deve permanecer em torno de 3,4 milhões de hectares.
A SEI assinala que o recuo deve ser puxado pela produtividade, com rendimento médio de 3,25 toneladas por hectare – queda também de 3,3% no comparativo 2023/2022.
Principal produto, a soja registrará este ano 7,06 milhões de toneladas colhidas, uma retração de 2,4% sobre volume obtido em 2022. A área plantada com a oleaginosa no estado deve ficar em 1,8 milhão de hectares. Já a produção de algodão (caroço e pluma) está estimada em 1,34 milhão de toneladas, que representa ligeira queda (1,1%) em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra ficou mantida em 290 mil hectares.
Somadas, as safras anuais do milho estimadas pelo LPSA/IBGE podem alcançar 2,7 milhões de toneladas – 5,4% menor na comparação anual. Com relação à área plantada, o levantamento manteve a estimativa da safra anterior (700 mil hectares).
O PV da Bahia faz convenção neste sábado, entre 10h e 14h, de modo virtual, para confirmar mais um mantado de Ivanilson Gomes no comando estadual da legenda. O dirigente está no quarto ano no cargo, e ficará por mais dois, de forma consensual.
Nesta semana, Ivanilson obteve o apoio da bancada do PV na Assembleia Legislativa, formada por quatro deputados – Roberto Carlos, Vitor Bonfim, Ludmilla Fiscina e Marquinho Viana. “Não estava nos meus planos continuar na presidência, mas, diante desse novo momento, com a complexidade das questões da federação formada pelo PV, PT e PCdoB, os companheiros acharam por bem que eu continuasse”, disse o dirigente ao Política Livre.
Ivanilson contou que recebeu o mesmo pedido do diretório atual e que tem também o aval do vereador de Salvador André Fraga, o único “verde” no Legislativo municipal, aliado do prefeito Bruno Reis (União). Em conversa como site, ele anunciou que a sigla fará, sem setembro, um congresso de Primavera para “analisar a situação do partido no âmbito estadual” e as eleições de 2024.
“O congresso vai servir para discutirmos, por exemplo, o relacionamento com o governo Jerônimo Rodrigues (PT), de que forma podemos contribuir mais. E vamos analisar também o perfil dos nossos candidatos a prefeito e vereador, explicar os critério da federação para a definição de candidaturas, entre outros temas que surgirem”, ponderou.
O representante do PV o primeiro escalão do governo Jerônimo é o titular da Secretaria de Turismo (Secult), Maurício Bacelar. O partido ficou sem representante no segundo escalão, mas indicou diretorias para o Detran e o Inema.
Principal rota de quem sai de Salvador em direção a diversas regiões do interior onde o São João é comemorado, a rodovia BR-324 deve receber entre quarta-feira (21) e segunda-feira (26) um fluxo de veículos 46% maior que nos dias convencionais.
Essa é a estimativa da VIABAHIA, que, além da BR-324, administra trechos da BR-116. São 680 quilômetros de estradas que conectam 27 municípios baianos.
Para atender esse movimento nas estradas, a concessionária lançou no início do mês de junho a Operação São João, com objetivo de atender com mais agilidade os usuários que trafegam nas rodovias sob concessão da empresa.
O número de equipes de inspeção viária e guincho à disposição dos usuários ao longo de toda a rodovia foi ampliado e nos horários de pico do feriado junino, Papa-filas estarão posicionados nas praças de pedágio para agilizar a passagem dos veículos. Além disso, 147 câmeras de monitoramento auxiliarão no acompanhamento da viagem e acionamento de recursos para atendimento aos motoristas.
Ainda pensando em garantir mais segurança e agilidade, a empresa aproveitou o período para realizar uma campanha de conscientização sobre os cuidados necessários para uma viagem livre de perigos e também reforçou as divulgações sobre a existência das 15 Bases de Apoio ao Usuário posicionadas ao longo das rodovias, que disponibilizam água, café, wi-fi grátis, banheiros e uma sala climatizada para quem quiser descansar durante viagens mais longas com acesso gratuito aos espaços.
O deputado federal Otto Filho (PSD) lidera o ranking de representantes da bancada baiana na Câmara que mais tiveram recursos de emendas impositivas individuais do Orçamento Geral da União (OGU) pagas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O levantamento foi feito pelo Política Livre levando em conta apenas dados disponíveis no portal do Legislativo e a peça orçamentária de 2023, ou seja, sem contabilizar os restos a pagar que também estão sendo liberados pelo Planalto.
Até agora, o governo federal pagou mais de R$205 milhões aos parlamentares da Bahia por meio das emendas individuais, praticamente a totalidade na área da saúde. O primeiro da lista é Otto Filho, com R$14,5 milhões.
O segundo colocado no ranking é Bacelar (PV), com R$13,9 milhões, seguido de Mário Negromonte Júnior (PP), com R$13,7 milhões. Os valores foram arredondados.
O primeiro petista no ranking é Jorge Solla, na quarta posição, com R$13 milhões. Na sequência do top dez aparecem um deputado do União Brasil e um do PL, partido de Bolsonaro, na lista que segue com Antonio Brito (PSD), com R$12,8 milhões; Pastor Sargento Isidório (Avante), com R$12,5 milhões; Joseildo Ramos (PT), com R$12,4 milhões; Cláudio Cajado (PP), com R$12,2 milhões; Leur Lomanto Júnior (União), com R$11,9 milhões; e Jonga Bacelar (PL), com R$11,5 milhões.
Nas últimas colocações estão os deputados do Republicanos da Bahia – os baianos do partido não sinalizaram apoio ao governo Lula e continuam na oposição. Presidente da sigla no Estado, Márcio Marinho não teve nenhuma emenda paga, apesar do empenho (promessa de quitação) de R$13 milhões. Já Alex Santana, da mesma legenda, teve R$1,2 milhões pagos.
A relação leva em conta apenas os deputados que foram reeleitos, ou seja, que apresentaram emendas ao OGU de 2023 ano passado. Todos os valores pagos são da área de saúde, praticamente, principalmente da atenção primária, referentes a investimentos e custeios. Por meio das emendas, os parlamentares enviam recursos do governo federal para o Estado e, sobretudo, municípios das bases eleitorais.
Cada deputado federal tem direito a R$32 milhões em emendas individuais anualmente, além dos recursos solicitados pelas bancadas e por meio de comissões. Essas verbas começaram a ser pagas na atual gestão durante e após a votação do marco fiscal e das Medidas Provisórias de interesse do governo, como uma “moeda de troca”.
No total, quase R$2 bilhões foram liberados nesse período para atender parlamentares de todo o país entre 1º e 7 de junho, o que inclui restos a pagar e senadores, de acordo com com uma matéria recente da revista Veja. Para se ter uma ideia da velocidade dos pagamentos na última semana, em todo o ano, o valor acumulado é de R$4,786 bilhões – ou seja, 40% do total foi liberado nos primeiros sete dias de junho.
A verba foi bastante pulverizada: atendeu a mais de 500 parlamentares (entre deputados e senadores), incluindo gente da oposição. Setenta desses parlamentares receberam repasses acima de R$10 milhões.
O caixa aberto do governo coincidiu com uma semana decisiva do Congresso. No dia 1º, por exemplo, a Câmara e o Senado aprovaram, no último dia do prazo, a Medida Provisória 1.154/2032, que reorganiza a estrutura da nova gestão, com 37 ministérios.
Sem maioria parlamentar, o governo correu sério risco de derrota – se a MP não fosse votada, ela perderia a validade e a gestão teria que voltar a usar a estrutura existente no governo Jair Bolsonaro. Lula chegou a se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para destravar o processo.
O deputado federal Arthur Maia (União Brasil), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional responsável por investigar os eventos ocorridos em 8 de janeiro, atribuiu ao PT da Bahia a falta de uma base sólida no Legislativo para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Maia destacou principalmente o comportamento de seu próprio partido, que possui três ministérios, por não garantir o apoio ao Palácio do Planalto.
Em uma entrevista publicada nesta quarta-feira (7) pelo jornal Folha de S. Paulo, Arthur Maia declarou: “Todo mundo sabe aqui em Brasília que essa turma do PT da Bahia é responsável, em grande medida, por esse afastamento do União Brasil, porque eles trouxeram o problema paroquial do nosso Estado para cá, para Brasília, e vetaram o nome natural para o ministério, que era o do líder Elmar Nascimento”.
Arthur Maia mencionou que o aliado Elmar Nascimento não fez críticas a Lula durante a campanha de 2022, afirmando: “Eles [o PT baiano] se referem a coisas passadas. Elmar não falou contra Lula nem 1% do que Geraldo Alckmin [vice-presidente, do PSB] já falou. É preciso perguntar também se eles querem governar olhando para o retrovisor ou para frente”.
O deputado, que está competindo com o PT para a indicação ao comando da superintendência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) em Bom Jesus da Lapa – cargo atualmente ocupado por Harley Xavier, indicado por Arthur Maia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) – afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está enfrentando uma situação delicada.
“O Rui Costa está vivendo aqui uma situação delicada. Eu não quero agora fazer críticas ao ex-governador Rui Costa, até para não parecer que estou retribuindo na mesma moeda”, argumentou Maia.