Serão sorteadas nesta quarta-feira (3) as seis dezenas do concurso 2.425 da Mega-Sena, que pode pagar até R$ 65 milhões caso haja apenas um ganhador. O sorteio acontece às 20hs, no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo (SP).
A apostas podem ser efetivadas até as 19 horas. O preço mínimo, correspondente a seis dezenas, custa R$ 4,50 e dá uma chance de ser premiada de uma a cada 50.063.860 vezes. Já quem apostar 15 dezenas (limite-máximo), a um custo de R$ 22,5 mil, tem probabilidade de vencer de uma a cada 10.003 vezes.
A suposta presença de um corpo dentro de um saco plástico na QSD, em Taguatinga, no Distrito Federal, assustou moradores e mobilizou militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal na manhã desta segunda-feira (1º). Por volta das 5h30, o CBMDF recebeu um chamado para verificar o suposto óbito.
Chegando ao local, os bombeiros verificaram que o “cadáver”, na verdade, eram várias garrafas PET embaladas em um saco plástico preto no formato similar ao do corpo de uma pessoa. O material foi colocado ao lado de uma lixeira durante a madrugada. As imagens mostram a cena inusitada.
Realidade em 65 países e 1.662 cidades, a telefonia móvel de quinta geração dará o seu primeiro grande passo no Brasil em uma concorrência marcada para o próximo dia 4. Às 10h, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, os envelopes com as propostas das empresas habilitadas a concorrer em diferentes modalidades de operação e localidades começarão a ser abertos.
Além de grandes operadoras já atuando na telefonia brasileira, como Claro, TIM e Telefônica (Vivo), o leilão pode ter a participação de outras 12 empresas. A Algar e a Sercomtel, de médio porte, também já operam no país.
As outras dez concorrentes estrearão no mercado: Brasil Digital Telecomunicações Ltda; Brisanet Serviços de Telecomunicações SA; Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda; Consórcio 5G Sul; Fly Link Ltda; Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática Ltda; Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação Ltda; NK 108 Empreendimentos e Participações SA; VDF Tecnologia da Informação Ltda; e Winity II telecom Ltda.
Mesmo tendo apresentado propostas, as competidoras que não cumprirem todas as exigências do Edital 1/2021 serão excluídas — e seus envelopes, devolvidos intactos.
A expectativa é de que o Tesouro Nacional arrecade R$ 3,06 bilhões, caso os lotes sejam leiloados na sua totalidade. Esses recursos, relativos às outorgas, terão um impacto direto nas finanças do governo, mas é possível que até R$ 49,7 bilhões sejam movimentados com a venda dos espaços de radiofrequência em 5G, sendo R$ 7,57 bilhões para atender à demanda de internet para rede de educação básica. Outros R$ 39,1 bilhões compõem o restante dos investimentos obrigatórios constantes do edital, incluindo uma rede exclusiva para a área governamental em Brasília.
A licitação, que será dirigida a radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz, com prazo de operação de 20 anos prorrogável por mais 10, teve como primeiro horizonte o mês de novembro do ano passado e só foi marcada em definitivo depois de correções no edital determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo a Anatel, “será a maior oferta de espectro da história da agência”. Mas a princípio só serão beneficiadas as capitais e as grandes cidades.
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Na primeira vez que um militante da luta armada contra a ditadura militar (1964-1985) foi morto pela organização em que atuava, a sentença foi decidida por quatro dirigentes reunidos num Fusca. Não havia prova de que Márcio Leite Toledo houvesse traído o grupo, mas o assassinaram mesmo assim. Na última ocasião em que algo parecido aconteceu, um homem que se afastara da guerrilha ao sair da prisão e recomeçara a vida administrando um bar foi morto pelos ex-companheiros por causa de um boato. Salatiel Teixeira Rolim fora responsabilizado pela morte de um dirigente do grupo, o que era falso.
No livro “Injustiçados”, que acaba de chegar às livrarias, o jornalista Lucas Ferraz reconta as histórias de Toledo, Rolim e mais dois militantes que tiveram o mesmo destino durante a ditadura, assassinados pelos próprios guerrilheiros enquanto suas organizações clandestinas eram dizimadas pelos militares. A obra ilumina episódios que por muito tempo foram mantidos à margem da historiografia do período, sendo tratados como tabu pelos sobreviventes dos grupos que pegaram em armas contra o regime autoritário e usados por ex-agentes da repressão para sustentar mistificações e demonizar a esquerda.
Como o livro mostra, os quatro guerrilheiros foram assassinados pelos grupos em que atuavam após serem presos e torturados pelos militares. Eram inocentes das acusações feitas por seus companheiros e nenhum teve chance de se defender nos tribunais informais criados para julgá-los e condená-los. Ex-repórter do jornal Folha de S.Paulo e hoje colaborador de outros veículos, Ferraz começou a pesquisar o assunto em 2007, garimpou informações em arquivos públicos e entrevistou parentes das vítimas, ex-guerrilheiros e militares. Reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo anteciparam parte dos resultados desse trabalho.
O jornalista, de 37 anos, trata do assunto sem romantismo e organiza os capítulos do livro como atos de uma tragédia. “Ex-guerrilheiros que participaram dos justiçamentos reconheceram seus erros mais tarde, mas outros nunca se arrependeram, e a maioria prefere ficar em silêncio até hoje”, diz Ferraz. Nos quatro casos narrados pelo livro, as organizações assumiram sua responsabilidade pelas mortes na época dos crimes. Elas divulgaram cartas para justificar as sentenças e acusar os companheiros condenados, com alegações que se revelam infundadas diante das evidências reunidas pelo jornalista.
Levantamentos de ex-agentes da repressão chegaram a apontar dezenas de outros casos de militantes mortos assim, mas Ferraz mostra que alguns foram assassinados pelos próprios militares e outros nunca pegaram em armas. Em dois casos, guerrilheiros mataram colegas acidentalmente em ações armadas. Classificados como justiçamentos pela esquerda, os assassinatos ocorreram numa fase terminal da luta armada, de 1971 a 1973. Com a maioria de seus companheiros mortos ou no exílio, os remanescentes dos grupos clandestinos viviam em permanente tensão e viam traidores em toda parte.
Três dos quatro justiçados pertenciam à Ação Libertadora Nacional (ALN), fundada pelo ex-deputado comunista Carlos Marighella. O grupo foi responsável pelo sequestro do embaixador americano Charles Elbrick em 1969, que levou à libertação de 13 presos políticos e ao endurecimento da repressão militar. Ferraz nota que, embora os guerrilheiros também tivessem matado policiais e até um empresário que ajudou a financiar a repressão nesse período, Henning Boilensen, nenhum dos delatores que de fato colaboraram com os militares e traíram a confiança das organizações clandestinas foi alvo de justiçamentos.
Um dos poucos ex-guerrilheiros que assumiram seu papel nos assassinatos foi Carlos Eugênio Paz, que escreveu um livro sobre a experiência e deu várias entrevistas após a redemocratização. Ele nunca manifestou arrependimento. “Não torturamos ninguém na covardia”, disse certa vez. Paz morreu em 2019. O processo de reparação das violações de direitos humanos ocorridas na ditadura foi iniciado pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1995. Ele levou o Estado a reconhecer sua responsabilidade por 434 mortes e indenizar dezenas de milhares de pessoas perseguidas, presas e torturadas no período.
Nenhuma das vítimas da guerrilha teve direito a reparação oficial porque a legislação sobre o assunto só prevê reconhecimento e indenização para mortes e perseguições de responsabilidade do Estado. Familiares dos militantes mortos pela esquerda tiveram pedidos de indenização rejeitados. O ex-deputado petista Nilmário Miranda, que foi secretário de Direitos Humanos no governo Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a defender mudanças na lei para alcançar casos como esses, associando-os a um contexto mais amplo da violência política do período. Mas a ideia nunca foi para frente.
Houve também quem buscasse vingança. Claudio Alvarenga, irmão do professor Francisco Alvarenga, morto pela ALN em 1973, contou a Ferraz que pensou em matar uma ex-guerrilheira que três décadas depois admitiu ter participado do planejamento da morte do seu irmão. Ele não executou o plano.
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Entre 2011 e 2021, o Brasil reduziu em 30% o número de mortes causadas por acidentes de trânsito. O número foi divulgado pelo secretário Nacional de Trânsito, Frederico Carneiro, entrevistado do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, deste domingo (31). Segundo ele, em 2011, 42 mil pessoas morriam, por ano, em acidentes de trânsito. Atualmente, o total está em 30 mil.
Carneiro lembrou que campanhas de conscientização, como a Semana Nacional de Trânsito, têm papel importante na mudança de cultura em relação a acidentes de trânsito. No programa, ele adiantou o tema da campanha de 2022: Juntos salvamos vidas.
Outra estratégia para diminuir os acidentes, de acordo com o secretário, é a revisão do Plano de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que contou com a colaboração de 100 especialistas no assunto. Para ele, a combinação de uma legislação rigorosa e fiscalização tem ajudado a salvar vidas. “Vale destacar que o Código de Trânsito Brasileiro é um dos mais rigorosos do mundo em termos de legislação”, disse, citando que poucos países adotam, por exemplo, tolerância zero para álcool, como o Brasil.
Carneiro salientou que a educação também tem papel fundamental na formação de futuros condutores e citou projetos que levam educação de trânsito para crianças do ensino fundamental. “A gente tem regras e valores incutidos nas crianças desde cedo para que, quando chegarem aos 18 anos, isso possa refletir na postura desses condutores nas vias”, disse. O secretário também falou sobre como a tecnologia pode facilitar a vida de condutores brasileiros por meio de instrumentos como a carteira de motorista e o documento do carro digitais.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou à CPI da Covid que se manifeste em até 48 horas sobre medidas aprovadas pela comissão contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A AGU (Advocacia-Geral da União) pede ao Supremo a anulação das decisões, que incluem quebras de sigilo e suspensão das redes sociais de Bolsonaro.
As quebras de sigilo abrangem os dados relativos a Bolsonaro no Facebook, no Twitter e no Google, responsável pelo YouTube. As medidas foram definidas no último dia 26, mesma data em que o relatório final da CPI, que pede o indiciamento de Bolsonaro por dez crimes, foi aprovado por 7 votos a 4.
Segundo o pedido, as plataformas devem enviar um conjunto de dados sobre os canais de Bolsonaro à PGR (Procuradoria-geral da República), responsável pelas investigações. Estas informações incluem os IPs (o número de registro dos aparelhos em que as contas foram acessadas), cópia integral do conteúdo no YouTube e dados cadastrais das páginas.
Além de requerer o envio dessas informações à PGR, os senadores pediram que Bolsonaro tenha suspenso o acesso a todas as suas contas. O advogado-geral da União, Bruno Bianco, afirmou que as medidas foram aprovadas “de maneira absolutamente ilegal e arbitrária” e recorreu ao STF no dia 27.
O pedido de quebra dos sigilos foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e aprovado pela CPI. Em sua justificativa, o parlamentar citou uma live de Bolsonaro, transmitida no dia 21, em que o presidente associou a vacina contra a Covid-19 à Aids. Randolfe também afirmou que Bolsonaro “segue com sua política de desinformação e geração do pretendido caos social” em relação à pandemia.
“Não podemos mais tolerar esse tipo de comportamento, razão por que precisamos de medidas enérgicas e imediatas para viabilizar a investigação e a responsabilização do Presidente da República nos termos da Constituição por atos atentatórios às políticas públicas de enfrentamento à pandemia de Covid-19”, afirmou o senador na fundamentação.
Para a AGU, porém, a justificativa não basta para quebrar os sigilos do presidente. “Não se observa demonstração de eventual necessidade da prova a ser obtida a partir dos dados telemáticos do impetrante [Bolsonaro]. Não há, de igual forma, quaisquer argumentos no sentido da necessidade de aprofundamento das investigações para contribuir com os trabalhos da CPI”, escreveu Bianco.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Davi Alcolumbre, senador e presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), por suposto crime de rachadinha, revelado pela revista Veja na última semana.
Ao menos seis mulheres teriam sido contratadas para o seu gabinete, mas nunca trabalharam efetivamente. No pedido, Vieira reforça que não quer com o pedido antecipar nenhum julgamento ou colocar qualquer culpa sobre o colega parlamentar, mas somente aprofundar as investigações.
“Não se pretende – repise-se – atribuir sumariamente culpa ao senador Davi Alcolumbre, mas apenas levar ao conhecimento desta Corte fatos que, se vierem a ser reputados verdadeiros, merecem a devida e ulterior responsabilização”, diz Vieira.
Marina, Lilian, Erica, Larissa, Jessyca e Adriana são moradoras da periferia do Distrito Federal, pobres, desempregadas e personagens de uma ignóbil trapaça. As seis foram contratadas como assessoras do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) em Brasília, mas nunca trabalharam. As seis tinham vencimentos que variavam de 4 000 a 14 000 reais por mês, mas não recebiam esse dinheiro de forma integral. As seis revelam uma história que, na melhor das hipóteses, vai constranger o Congresso Nacional como um todo e o parlamentar amapaense em particular.
Até o início deste ano, Alcolumbre presidiu o Senado e atualmente comanda a poderosa Comissão de Constituição e Justiça. Durante muito tempo, ele empregou em seu gabinete mulheres, cuja única função era servir como instrumento de um conhecido mecanismo de desvio de recursos públicos. Admitidas, elas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e a senha a uma pessoa da confiança do senador e, em troca, ganhavam uma pequena gratificação. Salários, benefícios e verbas rescisórias a que elas teriam direito não ficavam com elas. Valor da fraude? Pelo menos 2 milhões de reais. A reportagem é da revista “Veja” desta semana.
O esquema começou em janeiro de 2016 e funcionou até março deste ano. Sabe-se que cada senador tem direito a uma verba de 280 000 reais por mês para contratar auxiliares. Há pouca ou quase nenhuma fiscalização sobre o uso desse dinheiro. Essas mulheres que agora admitem a prática foram empregadas como assessoras parlamentares, mas nenhuma delas tinha curso superior nem qualquer tipo de experiência legislativa. Eram todas pessoas humildes, que mal sabiam onde ficava o Congresso, atraídas pela proposta de ganhar um dinheiro sem precisar trabalhar. Bastava às candidatas emprestar o nome, o CPF, a carteira de trabalho e atender a uma exigência: manter tudo sob o mais absoluto sigilo.
A diarista Marina Ramos Brito conta que ouviu essa proposta indecorosa da boca do próprio Davi Alcolumbre. Até fevereiro do ano passado, ela ocupou o cargo de “auxiliar sênior” do senador. Além do salário fixo de 4 700 reais, acumulava benefícios, como auxílio-alimentação, auxílio-pré-escolar e até uma curiosa gratificação por desempenho. Somando tudo, os vencimentos passavam de 14 000 reais. Marina, porém, recebia menos de 10% disso. Leia mais aqui.
O Ministério da Infraestrutura decidiu alterar a portaria que estabelece regras para autorizar a construção de novas ferrovias após pressão do Senado. O modelo proposto pelo governo era questionado também no TCU (Tribunal de Contas da União) e pela Rumo Logística, uma das maiores empresas do setor. A portaria permite investimentos em ferrovias apenas com autorização do governo, sem necessidade de leilões de concessão, e é a base do programa federal Pró-Trilhos, que já tem 23 requerimentos de novos trechos, com investimentos totais de R$ 100 bilhões. Segundo seus críticos, ela contraria tanto a medida provisória que estabeleceu as autorizações ferroviárias quanto lei aprovada no Senado sobre o mesmo tema, ao priorizar a outorga dos projetos por ordem de chegada dos pedidos.
Alegando que o modelo não traz o melhor resultado para o país, o relator do projeto de lei, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) articula a edição de um decreto parlamentar para sustar seus efeitos. Mesma visão tem a representação do Ministério Público no TCU, que também pediu mudança nas regras. Prates esperava votar o decreto nesta quarta-feira (27) mas concedeu ao governo mais um dia para melhorar o texto após pedido do líder do governo no Congresso, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE). Suas críticas ganharam apoio do senador José Aníbal (PSDB-SP). “O procedimento usado é: quem chegou primeiro leva. É algo absolutamente inaceitável’, disse Aníbal à Agência Senado. “É tão óbvio que essa portaria está errada, que é deletéria ao introduzir um critério que se sobrepõe à análise dos projetos, mas o ministro está autorizando.”
O novo texto da portaria dará prioridade por ordem de chegada na análise dos projetos e não mais nas outorgas. O ministério não explicou se fará concorrências quando houver mais de um interessado pelo mesmo trecho, conforme prevê o projeto de lei. A pressão do Senado levou à mudança mesmo após vitória do governo em primeira instância ação movida pela Rumo, que tem interesse em dois trechos requeridos primeiro pela VLI Logística. Na ação, a Rumo acusava o governo de acelerar o processo para beneficiar a concorrente. Os primeiros quatro requerimentos, incluindo os dois em disputa por Rumo e VLI, começaram a ser analisados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) na última quinta (21), mas o processo foi suspenso por pedido de vista do diretor da agência Guilherme Sampaio.
A ANTT avaliaria se existe alguma incompatibilidade entre os trechos e ferrovias já construídas ou outorgadas, uma das pré-condições para que as autorizações sejam concedidas. Na segunda (24), o procurador federal Julio Marcelo Oliveira, que atua no TCU, pediu que o ministério se abstenha de emitir autorizações enquanto o tribunal analisa a questão, alegando que a portaria “contraria uma importante diretriz de seleção presente na própria medida provisória”. Oliveira questiona a edição da regra de chegada pela MP depois que os primeiros requerimentos foram apresentados ao governo. Para ele, a aplicação retroativa desse critério “equivale a direcionar a escolha de modo a favorecer uma empresa previamente conhecida”.
Em parecer assinado também na segunda, auditores da Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Portuária e Ferroviária do TCU discordam da visão do procurador e pedem indeferimento do pedido de liminar para suspender as autorizações. Eles repetem argumento do ministério, defendendo que é possível autorizar mais de um projeto com os mesmos pares de origem e destino ou atendendo às mesmas regiões de interesse e que a análise da ANTT se destina a identificar possíveis conflitos e demandar a apresentação de soluções. “O interesse público que daí deriva é o interesse pela abertura do mercado ferroviário à competição, à redução dos custos de transporte, e pelo crescimento do Subsistema Ferroviário Federal”, diz o texto. A decisão final caberá ao ministro do TCU Bruno Dantas.
O Pró-Trilhos foi lançado em cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no início de setembro e é celebrado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Almeida, com um ponto de inflexão na logística brasileira, ao fomentar investimentos em um modal mais eficiente. Nesta quarta, o ministério divulgou comunicado informando que o programa “alcançou uma cifra histórica” na segunda, ao superar a estimativa de R$ 100 bilhões em investimentos em 23 requerimentos formulados por 12 empreendedores privados. “As solicitações atendem demandas históricas do transporte ferroviário quanto à provisão de novas rotas e à inclusão de mais operadores na oferta ferroviária para escoamento de cargas minerais, agrícolas e por contêineres pelo país”, diz o texto.
Acumulada em R$ 33 milhões, a Mega-Sena terá o sorteio de um novo concurso nesta quarta-feira (27). As dezenas sorteadas pelo concurso 2.423 serão conhecidas à noite, em evento realizado no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo (SP).
No valor mínimo de R$ 4,50, as apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
Momentos após anunciar sua filiação ao PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), disse acreditar que a sigla pode ter uma “proposta alternativa” aos projetos que devem ser apresentados nas eleições de 2022 pelo PT e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Citado pelo presidente de sua nova legenda, Gilberto Kassab, como potencial candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem, o senador afirmou que não pretende discutir essa possibilidade agora. “A minha posição política em 2022 será decidida em 2022”, afirmou Pacheco.
O presidente do Senado anunciou nesta sexta-feira (22) que decidiu deixar o DEM para se filiar ao PSD. O movimento foi lido como o primeiro passo formal para uma possível candidatura à sucessão de Bolsonaro. A cerimônia de filiação do senador mineiro deve ocorrer na próxima quarta (27), em Brasília. Pacheco é visto como possível nome da chamada “terceira via” para 2022, embora uma aproximação de Kassab com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha levantado discussões sobre uma aliança entre o PSD e o petista em 2022.
O senador mineiro, porém, indicou proximidade com o primeiro desenho, apontando diferenças com o PT e com Bolsonaro. “Há divergências em relação à proposta de Bolsonaro e há divergências em relação à proposta de Lula, e essas divergências têm que ser respeitadas”, afirmou. “No momento certo, o PSD vai tomar suas decisões. Mas eu acredito muito que o PSD possa ter uma proposta alternativa, moderna, nova, de futuro, que possa olhar o Brasil para frente. Eu acredito muito que o partido será protagonista dessa proposta de Brasil”, declarou.
Ainda que sua mudança de partido seja vista como um sinal claro de que trabalha por uma candidatura presidencial, Pacheco não quis responder se estuda essa possibilidade. “Eu mantenho a minha convicção de que o momento do Brasil recomenda um exercício pleno de compromisso com a pauta do Senado e do Congresso Nacional, com a solução dos problemas brasileiros. Não me permito antecipar a discussão da eleição de 2022, porque acho que isso terá o seu tempo oportuno”, afirmou.
Uma de suas preocupações é que a entrada na corrida eleitoral, como adversário de Bolsonaro, seja interpretada como um movimento do presidente do Senado contra o governo. Ele descarta essa análise e diz que se manterá “colaborativo em relação às pautas que interessam ao Brasil, inclusive aquelas que são gestadas no governo federal”, embora discorde “de uma série de coisas”. No comando do PSD, o próprio Kassab já fez críticas ao governo Bolsonaro e deu sinais de que não há pontes entre a sigla e o presidente para a eleição do ano que vem.
Um dos motivos da ida de Pacheco para o PSD é a concorrência que deve se abrir em seu atual partido, o DEM, na fusão que foi aprovada com o PSL para dar origem à União Brasil. Na nova legenda, outros nomes disputarão a candidatura à Presidência, como Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em setembro registrou Pacheco com 1% das intenções de voto para o Palácio do Planalto. Nesse cenário, Lula lidera com 42%, seguido por Bolsonaro, com 24%.
Depois, vêm Ciro Gomes (PDT), com 10%, João Doria (PSDB), com 5%, José Luiz Datena (PSL), com 4%, Simone Tebet (MDB), com 2% e Aldo Rebelo (sem partido), com 1%. Pacheco disse acreditar que o ambiente político “melhorou bastante” nas semanas após os ataques de Bolsonaro às instituições democráticas, no feriado de 7 de Setembro, e afirmou que viu a declaração do presidente como uma “retratação pública”. “Desde então, o nosso ambiente melhorou bastante em termos de relação institucional e da relação entre os Poderes”, declarou.
O senador fez o comunicado sobre sua saída do DEM pelas redes sociais. “Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa”, escreveu. Ele ainda agradeceu o presidente do DEM, ACM Neto, e desejou sucesso ao recém-criado partido União Brasil.
Mais uma vez nenhum apostador acertou as dezenas sorteadas na quinta-feira (21), pelo concurso 2.421 da Mega-Sena.
Em evento realizado no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo (SP), foram sorteadas as dezenas 02 – 03 – 32 – 35 – 48 – 57.
Com isso, o prêmio acumulou e pode pagar R$ 26,5 milhões no sábado (23).