O Diário Oficial do Município de Brumado ainda não publicou a equipe de transição, necessária para garantir a transferência de governo organizada e transparente. O ofício já foi encaminhado pelo prefeito eleito de Brumado, Fabrício Abrantes (Vante), solicitando o início da transição de governo.
Fabrício indicou Weliton Lopes do Nascimento, Samuel Coelho Milhazes, Iana Daiane Farias da Silva e Joice Marinho Silva para tratar da transição. O prazo final para a formação oficial da comissão é 6 de dezembro, conforme a legislação.
Um vereador de Queimadas (BA) morreu após se envolver em um acidente de trânsito na noite de sábado (26) em Itiúba, no centro norte do estado. José Ariel Rodrigues de Oliveira, 43, pilotava uma motocicleta quando perdeu o controle e colidiu na traseira de uma outra moto.
Segundo o jornal Correio, ele chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. A ocorrência foi registrada pelo irmão da vítima na Delegacia Territorial de Senhor do Bonfim
Mais conhecido como Ariel da Martins, José Ariel era vereador e ex-secretário de Infraestrutura em Queimadas. Ele também era empresário e produtor de eventos. Ariel foi eleito neste ano pelo partido MDB com 1.077 votos. A prefeitura do município publicou uma nota lamentando a perda.
O atual prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União Brasil), se pronunciou por meio das suas redes sociais na noite de domingo (27) sobre o resultado das eleições municipais, em que Luiz Caetano (PT) derrotou Flávio Matos (União Brasil) e será o novo prefeito da cidade. Elinaldo fez duras acusações ao adversário, afirmando que Caetano teria se aliado ao crime organizado e utilizado a Polícia Militar para intimidar eleitores e militantes do União Brasil durante o pleito.
“A eleição acabou praticamente empatada, mesmo nós enfrentando várias adversidades. Nosso adversário não tem escrúpulos. Se uniu ao poder paralelo do mal, que oprime as pessoas em vários bairros da nossa cidade,” afirmou Elinaldo.
No mesmo dia, o vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, já havia divulgado em sua conta no Instagram vídeos que mostram PMS agredindo supostos eleitores de Flávio Matos. Em uma das cenas, um homem de camisa azul cai após levar um chute desferido por um agente. A publicação não informa o local em que os episódios ocorreram nem o contexto das abordagens. A Polícia Militar diz que apura os casos.
O prefeito também relatou que a Polícia Militar teria sido usada para intimidar e oprimir sua base de apoiadores. “Hoje foi uma eleição muito perturbada, prenderam vários militantes nossos de camisa azul. Eu mesmo estive na delegacia; tinha mais de 30 pessoas presas, sendo acusadas de compra de voto, sem nada na mão, só para intimidar e oprimir a nossa militância.”
Quatro anos após sua estreia na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) praticamente repetiu a mesma votação da eleição anterior. O ex-líder dos sem-teto obteve 40,65% dos votos válidos, sendo derrotado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conquistou 59,35%. Em 2020, ao enfrentar Bruno Covas (PSDB), Boulos registrou 40,62% dos votos, contra 59,38% do tucano.
Em termos nominais, o candidato do PSOL obteve 2.323.901 votos, um acréscimo de apenas 155,8 mil em relação à eleição anterior. Apesar do ligeiro aumento no número de votos, Boulos teve uma redução na quantidade de zonas eleitorais vencidas. Em 2020, ele conquistou 8 das 57 zonas eleitorais, especialmente na zona sul. Em 2024, no entanto, ele venceu em apenas três zonas.
Se em 2020 a derrota de Boulos foi vista como uma vitória política — já que, como azarão, ele conseguiu chegar ao segundo turno com poucos recursos financeiros e sem grandes apoios partidários — o cenário em 2024 é diferente. Com o apoio do PT e do presidente Lula, Boulos se consolidou como a principal aposta da esquerda na disputa na capital paulista.
A derrota de 2024 é ainda mais amarga para o candidato do PSOL, uma vez que Boulos contou com uma campanha mais estruturada. Em 2020, sua campanha teve um orçamento de R$ 7,6 milhões; desta vez, esse valor saltou para R$ 81,2 milhões, com mais da metade do montante proveniente do PT. Além disso, Boulos contou com o apoio de oito siglas, enquanto na eleição passada tinha o apoio de apenas duas legendas.
Esta eleição também marcou um fato histórico para o PT. Foi a primeira vez, desde a redemocratização, que o partido do presidente Lula não lançou um candidato próprio em São Paulo. Em vez disso, indicou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice na chapa do PSOL.
O candidato à Prefeitura de Camaçari Flávio Matos (União Brasil) agradeceu neste domingo (27), após apuração das urnas, os 77.724 votos recebidos no segundo turno das eleições. “Sou muito grato à confiança que foi depositada em mim durante todo esse período de campanha. As pessoas abraçaram o projeto, acreditaram e estiveram comigo até o fim, lado a lado, sem soltar a minha mão”.
Luiz Caetano (PT) foi eleito com 80.626, o equivalente a 50,92% dos votos.
Apesar de não ter sido eleito em sua primeira campanha para prefeito, Flavio disse continuará lutando para defender o povo de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
“É um ciclo que se fecha, mas não termina aqui. Continuarei a caminhada e a luta para ver a minha cidade em destaque, com geração de emprego e renda, com grandes oportunidades de negócios, com a grandeza que ela merece”, disse.
Para Flavio, a campanha foi construída com base na verdade e no trabalho, valores que ele admite manter intactos em sua trajetória política.
“Seguiremos firmes e valorizando sempre a verdade e o compromisso com a população de Camaçari. Fizemos uma campanha linda, sem mentiras, sem ataques pessoais, sem jogo sujo. Saio de cabeça erguida e pronto para seguir com o projeto de uma Camaçari do futuro”, concluiu.
O PSD de Gilberto Kassab é o partido com mais municípios sob seu comando a partir de 2025. Com o primeiro e o segundo turno, que ocorreu neste domingo (27), o partido soma 887 prefeituras no país.
Depois, vêm MDB e PP, com 856 e 745 Executivos municipais, respectivamente.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, aparece em quinto lugar, considerando. Já o PT, do presidente Lula, está em nono, com 252.
Dentre as capitais, considerando primeiro e segundo turno, o MDB levou seis cidades: Teresina, com Dr. Pessoa, Macapá, com Dr. Furlan, Boa Vista, com Arthur Henrique, Belém, com Igor Normando, Porto Alegre, com Sebastião Melo, e São Paulo, com Ricardo Nunes.
Já o PSD ficou com uma a menos: Curitiba, onde venceu Eduardo Pimentel, Belo Horizonte, com Fuad Noman, Florianópolis, com Topázio, Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, e Maranhão, com Eduardo Braide.
O PL, por sua vez, conquistou quatro: Aracaju, com Emília Corrêa, Cuiabá, com Abílio Brunini, Maceió, com João Henrique Holanda Caldas, e Rio Branco, com Tião Bocalom.
O levantamento não considera cidades que ainda com resultados indefinidos tanto no primeiro quanto no segundo turno, por estarem sub júdice. Em Jundiaí (SP), por exemplo, vitória de Gustavo Martinelli (União) foi anulada neste segundo turno.
Fundado em 2011 por Kassab e assumindo protagonismo político no centrão, o PSD já tinha o posto de partido com maior número de prefeituras. Levantamento da Folha, de abril de 2024, mostrou que a sigla tinha ao menos 1.040 prefeitos, um crescimento de 58% em relação ao resultado das eleições de 2020.
De acordo com o mesmo levantamento, o PL, tinha passado de 344 eleitos para 371 prefeitos, crescimento de 8%.
O crescimento da legenda de Kassab é um incômodo ao entorno do ex-presidente Bolsonaro. O partido se tornou alvo preferencial de ofensivas do PL —ambos querem se consolidar como o partido com maior número de prefeituras nas eleições 2024. Aliado de Bolsonaro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chegou a gravar um vídeo no qual chama o PSD de Kassab de inimigo escondido.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito neste domingo, 27, e vai comandar a administração da maior metrópole da América Latina por mais quatro anos. A vitória marca a primeira vez que o MDB chega ao comando da capital paulista por voto popular. Até então, a única ocasião em que o partido governava a cidade foi em 1983, quando Mário Covas se tornou o último prefeito biônico antes da redemocratização do País. Com 100% das urnas apuradas, o prefeito somou 3.393.110 votos, ou 59,35% dos válidos, enquanto Guilherme Boulos ficou com 40,62%.
Empresário e vereador por dois mandatos, Nunes tem 56 anos e venceu a eleição com uma ampla coligação de 11 partidos, que vai da centro-esquerda até o PL, partido que hoje abriga boa parte do bolsonarismo. A aliança garantida ao emedebista o local eleitoral mais dominante em um pleito na capital paulista desde 2000.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma participação discreta e polêmica na campanha, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se consolidou como o principal aliado Nunes, sustentando o apoio à sua candidatura até mesmo nos momentos mais críticos da corrida eleitoral. A relação entre o governador e o prefeito ficou tão estreita que eles passaram a conversar diariamente, com Tarcísio envolvido em quase todas as decisões estratégicas da campanha.
Nunes assumiu a presidência do prefeito em momento conturbado
Ricardo Nunes assumiu de forma definitiva a Prefeitura de São Paulo em maio de 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), que transferiu contra um câncer por um ano e meio. Na eleição de 2020, o tucano também derrotou Guilherme Boulos (PSOL), conquistando na época 59,38% dos votos válidos.
Nunes passou a liderar a Prefeitura de São Paulo em um período conturbado, enquanto o mundo ainda enfrentava a pandemia da Covid-19. Como prefeito, ele deu continuidade às políticas de combate aos vírus adotadas por seu antecessor, sem grandes rupturas e mantendo a parceria da prefeitura com o então governador tucano João Doria.
Continue lendo…Presente em Camaçari na festa da vitória de Luiz Caetano (PT), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comemorou o resultado das urnas ao lado do prefeito eleito e de outras lideranças da base aliada, a exemplo do deputado estadual Júnior Muniz (PT).
“Camaçari está libertada desse maltrato. E, além disso, vocês vão ver um prefeito com vontade de trabalhar, com experiência e com um bom tempo. Será um governo com a cara do presidente Lula (PT), de Jerônimo, do senador Jaques Wagner (PT) e do senador Otto Alencar”, disse o governador, que também acompanhou Caetano durante a votação do petista, no final da manhã.
Jerônimo afirmou que Luiz Caetano vai “cuidar das famílias” de Camaçari. “Tenho certeza, Caetano, que o pessoal vai considerar sua honestidade e que você vai trabalhar em plantão 24 horas. Nem eu e nem Lula vamos falhar com você. E Lula, está entregue seu presente (de aniversário)”, declarou o governador.
O presidente, que participou de um comício de Caetano em Camaçari no segundo turno, fez aniversário neste domingo (27). Ele havia pedido a vitória do petista como presente, bem como reforçando o compromisso de participar do pelotão do aliado em caso de vitória.
A contagem regressiva para a votação do segundo turno no domingo (27), em Camaçari, elevou de vez a temperatura dos embates políticos entre aliados de Flávio Matos (União Brasil) e Luiz Caetano (PT).
Nesta quinta-feira (24), enquanto discursava em um ato de apoio a Caetano, o ex-governador e ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) concentrou ataques ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) – padrinho eleitoral de Flávio.
Sem citar o nome de Neto, Rui fez um discurso inflamado, repetindo a retórica que já explorou em outros momentos de pressão política.
“Causa uma indignação profunda quando esse povo da elite, filho de riquinho, que empinava arraia com ventilador, acha que pode humilhar gente do povo, gente humilde. Falta de respeito dessa gente riquinha, que acha porque é rico tem que ter o povo do cabresto e humilhar pessoas”, disse Rui.
Em contato com o Política Livre, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) rebateu as declarações do ex-governador e ironizou o fato de Rui Costa ter um imóvel de luxo “no metro quadrado mais rico da Bahia”.
“Rui Costa chama Neto de riquinho. ACM Neto tem pai rico e teve avô rico. Mas rico mesmo é Rui Costa, que nasceu numa encosta da Liberdade e hoje mora no metro quadrado mais rico da Bahia, na Mansão do Baiano de Tênis”, afirmou Nilo.
O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, disse em entrevista ao Correio que a oposição na Bahia chegará “mais viva do que nunca” à disputa pelo governo do Estado em 2026. Ele também voltou a apontar o governador Jerônimo Rodrigues (PT) como o “principal derrotado” pelo revés do vice Geraldo Júnior (MDB), em terceiro lugar na disputa em que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) acabou reeleito com um número expressivo de votos.
“Quando a gente perdeu em 22, muitos, de maneira indevida e equivocada, apostavam que a gente iria desaparecer. Mostramos agora, ao contrário, que saiu maior, mais forte das urnas do que entramos. Estamos mais vivos do que nunca e com muita confiança. Nós vamos fazer um trabalho com inteligência, compreendendo como avançar no que é o nosso maior desafio, que são as [cidades] pequenas e médias. Como é que é possível construir um caminho que necessariamente não passa pelo modelo tradicional de pedir voto, reconhecendo as nossas limitações e aproveitando a vitória nas grandes cidades para construir um trabalho mais regional, um trabalho que irradie por municípios pequenos e médios, que possam ser influenciados pelos maiores. Então, a gente com calma, com tempo, vai organizar isso”, declarou.
Questionado sobre sua eventual candidatura ao Palácio de Ondina, quando deverá enfrentar o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-prefeito de Salvador disse que o momento é de celebrar a vitória de Bruno Reis, seu sucessor e afilhado político.
“Primeiro, a gente está curtindo a vitória de Bruno. Segundo, ainda tem uma eleição em Camaçari daqui a 20 dias. Então, é tudo na sua hora, no seu tempo. Eu, antes de definir se sou ou não candidato, quero estruturar um projeto para o meu campo político. Se compreender adiante que meu nome é o nome e que eu devo ser candidato, não vou me furtar a isso. Mas não é agora essa decisão. Não é agora a notícia de candidatura, agora é o momento de curtir a nossa vitória”, disse.
Para ACM Neto, o grupo liderado por ele na Bahia saiu fortalecido das urnas. “Não podia ter sido melhor para gente por um conjunto de coisas. Começando por Salvador, Bruno (Reis) ter tido quase 79% dos votos e, é claro, pela terceira colocação do candidato Geraldo Júnior, que é o vice-governador do estado da Bahia. Então, o peso dessa vitória é muito maior, o simbolismo é muito maior. É [uma vitória] consagradora do trabalho de Bruno. Depois, uma demonstração clara e flagrante do fracasso até agora de Jerônimo Rodrigues. O principal derrotado da eleição é ele [Jerônimo]. Afinal de contas, o vice-governador dele, o candidato dele, ficou em terceiro lugar na eleição.”
A primeira cubana a ser eleita para a Câmara Municipal de São Paulo é bolsonarista e ex-comentarista da Jovem Pan. Zoe Martinez (PL), 25, recebeu 60.272 votos neste domingo (6) e foi a 13ª candidata mais bem votada.
“Eu não sou apenas uma estrangeira. Sou uma estrangeira que fugiu de um regime comunista e veio para o Brasil em busca de liberdade”, disse à reportagem. “É muito gratificante. Para dizer a verdade, até mesmo muito admirável e surpreendente”.
No Brasil desde 2011, Zoe ganhou projeção nas redes sociais com críticas ao regime cubano e à esquerda brasileira. Apenas no Instagram ela tem mais de 1,3 milhão de seguidores.
Após atingir a maioridade, a cubana se naturalizou brasileira. O motivo, ela diz, foi o desejo de votar em Jair Bolsonaro (PL), que em 2018 concorreu à Presidência da República. Em 2019 e 2020, Zoe trabalhou como assessora parlamentar no gabinete da deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
“Se defender o Brasil, a liberdade, os valores da família e da propriedade privada é ser bolsonarista, então, sim, eu sou bolsonarista”, afirmou.
Sua influência a catapultou em 2022 a um posto de comentarista na programação da Jovem Pan, onde colecionou polêmicas. Por exemplo quando tentou defender Nelson Piquet, que chamou o piloto Lewis Hamilton de “neguinho”, Zoe argumentou que o sambista Neguinho da Beija-Flor usa a mesma palavra como apelido.
“Então o Neguinho da Beija-Flor também é racista. Ele é negro de uma forma que, na escuridão, você só vê a gengiva. E ele tem muito orgulho da cor da pele negra”, disse no programa Morning Show, o que provocou a divulgalção de uma nota de repúdio do artista.
Após eleições de 2022, Zoe Martinez defendeu que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A fala foi proferida pouco antes de a comentarista ser afastada e demitida. No mesmo período, o MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito para apurar a conduta da emissora, sob suspeita de veicular fake news e incentivar o golpismo.
Zoe, contudo, disse não guardar mágoas da Jovem Pan. “Foi a perseguição à direita”, avaliou.
De volta à política, em 2023 se tornou assessora do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
No mesmo ano, lançou a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo durante evento com Michelle Bolsonaro. Na ocasião, Zoe afirmou que não apoiaria a candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) “por não ser 100% de direita”.
Mas Nunes agora tem seu apoio, ela disse.
“Ricardo Salles era o prefeito dos meus sonhos. Na medida em que esse sonho não se realizou, a gente tem que lidar com a realidade. Estou aqui para apoiar e trabalhar pelo Nunes.” Ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Salles desistiu de disputar a Prefeitura de São Paulo após falta de apoio do ex-presidente e do PL, que preferiram Nunes.
A ex-deputada Janaina Paschoal (PP-SP) recebeu 48.893 votos e foi eleita vereadora em São Paulo. A professora da USP afirma ao Painel que está “muito feliz em poder trabalhar para a população de novo”, dois anos após deixar a Assembleia Legislativa de São Paulo, e diz que “não seria justo deixar tanto conhecimento inerte”.
Janaina diz que assim que for empossada pretende municipalizar todos os seus projetos em andamento na Alesp.
Alguns dos principais projetos da ex-parlamentar tratam de direitos reprodutivos (como o que propunha a liberação da cesárea sem indicação clínica para gestantes do SUS) e de crianças em situação de rua (como o que propunha o retorno à família ou acolhimento de crianças em situação de rua que não estejam pelos pais ou responsáveis).
Ela afirma que na primeira oportunidade vai chamar uma audiência pública para discutir os tombamentos no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. “Os moradores são muito ressentidos com a impossibilidade de fazer o bairro avançar”, afirma.
Ela diz ainda que, por ter perfil mais nacionalizado, seguirá acompanhando e se manifestando a respeito de questões políticas que extrapolam o município. Também afirma que o cargo de vereadora, diferentemente do de deputada, não impede o exercício das aulas na Faculdade de Direito da USP.
Questionada a respeito do que fará de maneira diferente como vereadora em relação ao seu mandato estadual, ela afirma que só passará a frequentar a Câmara depois da posse. Ela passou a ir à Alesp assim que eleita, em 2018, o que, segundo ela, criou muitos constrangimentos e atrapalhou sua chegada à Casa.
“Os vereadores não reeleitos precisam ter seu tempo. Não quero invadir o espaço de ninguém”, argumenta.
Outra mudança, diz Janaina, é que não pretende concorrer a cargos administrativos. “Na Alesp, concorri à Presidência e gerei muita resistência por isso. Seguirei com meu trabalho técnico e com meu gabinete enxuto”, afirma.