O governador Rui Costa (PT) liberou R$ 1,2 milhão de suplementação de crédito para a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), conforme publicação da edição do Diário Oficial do Estado de sábado (1º). Na semana passada, o presidente da Casa, deputado Angelo Coronel (PSD), havia solicitado ao governador uma suplementação no valor de R$ 80 milhões.
A conhecida estratégia da imprensa para amplificar algumas questões e “enterrar” outras é bastante antiga. Visando influenciar a opinião pública, muitas vezes órgãos de imprensa se aproveitam de uma característica psicológica conhecida como “comportamento de manada”. Uma determinada informação ganha espaço em um veículo, os outros repercutem sem apurar devidamente, e o resultado final que surge uma espécie de monopólio da narrativa, seguida por (quase) todos indiscriminadamente.
Vejamos, por exemplo, a tentativa de assassinato do então candidato Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro. Não há uma cobrança contínua, com matérias de imprensa e televisão repetidas vezes divulgando resultados das investigações ou questionando o que estaria “por trás” do ato de Adélio Bispo. A espiral do silêncio sobre o assunto vais e perpetuando, numa vã tentativa de que a população simplesmente se esqueça disso.
Um caso mais recente desse jogo de empurra tem sido as indicações dos nomes para os ministérios do futuro governo. A imensa maioria dos escolhidos por Bolsonaro receberam críticas, foram questionados por “especialistas” e tiveram opiniões pessoais destacadas na tentativa de desacreditar suas conquistas passadas.
Quando da indicação dos nomes do ministro da Educação, parte da imprensa chegou a anunciar Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna, mas o escolhido foi o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez. Mesmo assim, uma nota plantada aqui e uma opinião de blogueiro ali, criaram a impressão que teria sido uma “articulação” da bancada evangélica.
Curiosamente, Rodríguez sequer é evangélico. O presidente eleito chegou a dizer publicamente que jamais convidou Mozart. Poucos dias depois, a mesma “queda de braço” artificial é aventada em relação à escolha do ministro da Cidadania. Durante um encontro do pesselista com membros da bancada, foi pedido a sugestão de três nomes. A lista oferecida apontava para os deputados Marco Feliciano (Pode/SP), Gilberto Nascimento (PSC/SP) e Ronaldo Nogueira (PTB/RS).
Bolsonaro preferiu indicar Osmar Terra (MDB/RS), que além de não estar na lista também não é evangélico. Acolher ou não as sugestões era uma prerrogativa do presidente e a bancada sabe disso. A imprensa brasileira parece repetir a mesma estratégia, criando agora uma “guerra” entre a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) e Jair Bolsonaro por conta disso e da não indicação de Magno Malta para um ministério.
O presidente já declarou que “não prometeu nada a ninguém” durante a campanha. Ademais, não se pode ignorar que o futuro ministro-chefe da Casa Civil, uma das principais funções no executivo, é membro da bancada evangélica.
Ao Gospel Prime, Onyx Lorenzoni desmentiu que haja essa suposta “guerra” da FPE com o presidente. “Há setores da imprensa brasileira que imediatamente após a vitória de Bolsonaro, iniciaram um terceiro turno eleitoral. Algumas pessoas não aceitam a decisão democrática do povo e é isso que a mídia quer. Mas foi a defesa de princípios e valores caros à população brasileira que resultaram na vitória de Bolsonaro. Essa é a razão da sintonia de Bolsonaro com a bancada: temos os mesmos princípios e valores.”
O coordenador da equipe de transição assegura que “Isso alguns órgãos de imprensa fazem esse jogo, tentando jogar uns contra os outros. Não vai dar certo, como não deu certo com a campanha de desconstrução da imagem do Jair durante todo o ano passado”. Para o político gaúcho “Quando as pessoas se unem em tornos dos mesmo princípios e valores, tendo como base a verdade que está em Joao 8:32, esse elo é indissolúvel. Continuamos parceiros da bancada evangélica”.
Já o presidente da FPE, pastor Takayama (PSC/PR), garante que “não existe nenhuma guerra entre nós e o presidente Bolsonaro! Ele tem total liberdade de escolha. O sucesso de sua administração é a vitória de um novo Brasil. Defendemos as mesmas bandeiras. Somos conservadores e cristãos, como 86,8 % dos brasileiros”.
“Não exigimos nada”
Tratar a possibilidade de Damares Alves ser a escolhida para o ministério dos Direitos Humanos, como uma espécie de ‘prêmio de consolação’ para o senador Magno Malta (PR/ES) – por ela trabalhar como sua assessora – é ignorar o longo currículo de atuação da advogada nessa área. Mesmo assim, parte da imprensa vem insistindo que o nome desagradaria aos evangélicos. Mais um factoide, pois ela vem recebendo apoio maciço do segmento.
Paulo Freire (PR/SP) faz uma leitura mais crítica. “A imprensa nunca foi favorável aos evangélicos e, com o fortalecimento da bancada, nos tornamos mais visados. O que a grande imprensa faz é uma jogada. Nunca gostaram nem de Bolsonaro e nem da bancada”. O deputado reeleito para seu terceiro mandato na Câmara Federal enfatiza que “o presidente Bolsonaro não está nos diminuindo. Ele escolhe quem julga ser melhor para os ministérios. Nosso relacionamento é o melhor possível. Não exigimos nada e queremos colaborar com ele pra mudarmos o Brasil”.
O deputado federal Gilberto Nascimento (PSC/SP), um dos que teve seu nome cogitado como “ministeriável” pela FPE, afirma estar absolutamente tranquilo. “O Brasil vive momentos difíceis e temos situações mais importantes para nos preocupar. O país está endividado, enfrenta uma alta taxa de desemprego, problemas sérios na infraestrutura e na segurança pública. Temos que nos preocupar é com isso. Não estamos focados em cargo de governo. O posicionamento da bancada é claro. Vamos continuar trabalhando nas pautas que sempre defendemos e naquilo que for bom para o Brasil.”
Por sua vez, Leonardo Quintão (MDB/MG), que está trabalhando com Onyx na articulação política do governo, ressalta que “a FPE já tem pessoas em lugares estratégicos no governo, como eu, que ajudarão o nosso presidente dentro da Câmara e do Senado. Se houver necessidade, temos membros altamente qualificados para ocupar qualquer espaço no governo, seja a nível de ministério ou outras áreas. A bancada apoia todos os bons projetos para o Brasil”.
*Reportagem adicional de Brasília: Lucinda Ulhoa
O esquema de envio de mensagens em massa via WhatsApp pago por empresários em benefício de políticos nas eleições deste ano era feito com base em uso fraudulento de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celulares, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Segundo relato de um ex-funcionário da Kiplix, uma das agências envolvidas, era realizado o cadastro de números com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas nascidas de 1932 a 1953 (de 65 a 86 anos), que ignoravam o uso de seus dados. Uma vez ativados, os chips eram usados para disparos em massa pelo WhatsApp. Outra irregularidade cometida pelas empresas foi o uso de robôs para disparo de mensagens em massa, algo que é proibido pela legislação eleitoral.
As medidas estão registradas em documentos que foram obtidos pela Folha depois que o ex-funcionário, identificado como Hans River do Rio Nascimento, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra a agência por condições irregulares de trabalho. Ele chegou a conversar com o jornal sobre as ações de campanha, mas entrou em acordo com a empresa e voltou atrás.
A agência Kiplix foi subcontratada pela AM4, empresa que trabalhou na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro e à qual o então candidato declarou ao TSE pagamento de R$ 650 mil. Já a equipe do candidato derrotado Henrique Meirelles (MDB) contratou os serviços da agência Deep Marketing e declarou pagamento de R$ 2 milhões à empresa por “criação e inclusão de páginas da internet”. Pelo menos outros 15 candidatos a deputado estadual, federal e senador declararam ao TSE ter contratado os serviços das duas agências.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Luciano Ribeiro (DEM), criticou o projeto de reforma administrativa que o governador Rui Costa (PT) enviou à Casa. Dentre outras coisas, a matéria prevê a extinção da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e de 1 mil cargos comissionados.
Nesta semana, Rui também submeteu ao Legislativo um projeto que visa aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores estaduais.
“Temos que analisar os projetos como um conjunto. Não são projetos isolados. Em síntese, o governo vem agora confessar que a administração era fantasiosa. Aquela imagem que Rui passava de bom gestor, aquilo tudo era uma fantasia. Ele trouxe isso até a eleição para tirar frutos, depois da eleição vem mostrar a verdadeira face”, disse Ribeiro.
O democrata também ironizou a exclusão dos cargos comissionados. “Se vai extinguir esses cargos, é porque eles eram desnecessários. Sou a favor de enxugar a máquina porque o dinheiro deve ser revertido para a população. O PT ficou 12 anos no poder e nunca teve a preocupação de enxugar a máquina”, acrescentou.
O parlamentar também atribuiu ao governo a crise no sistema previdenciário do Estado. “Ele retirou todo o dinheiro do Baprev e usou no Funprev para evitar repassar recurso do governo. Fez uma pedalada e quebrou a Previdência. É triste ver essa realidade em que se encontra o Estado da Bahia”, afirmou.
O senador Otto Alencar será o novo líder do PSD no Senado Federal para o biênio (2019/2020). O martelo foi batido durante reunião ocorrida nesta quinta-feira (29) com a bancada do partido. O atual líder do PSD no Senado é o senador Omar Aziz, do Amazonas.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e senador eleito, Angelo Coronel (PSD), que participou da reunião, também colocou seu nome como pré-candidato à presidência da Casa. O nome de Coronel também foi aceito pela bancada. “Tivemos uma reunião com os senadores do partido. Apresentei meu nome à bancada e não houve nenhuma objeção. A bancada abraçou e agora é aguardar as costuras futuras”, disse, Coronel nesta sexta-feira (30).
A bancada pessedista no Senado conta com sete senadores e deve chegar a oito na próxima semana.
O ex-presidente americano George Herbert Walker Bush morreu no início da madrugada deste sábado (1º), aos 94 anos. O anúncio foi feito pelo porta-voz da família, Jim McGrath, às agências de notícias internacionais. “Jeb, Neil, Marvin, Doro e eu estamos tristes em anunciar que, após 94 extraordinários anos, nosso querido pai morreu”, disse seu filho, o 43º presidente dos Estados Unidos George W. Bush, na nota divulgado por McGrath. “George HW Bush era um homem do mais alto caráter e o melhor pai que um filho ou filha poderia pedir. Toda a família Bush está profundamente grata pela vida e amor do 41º, pela compaixão daqueles que se preocuparam e oraram pelo papai, e pelas condolências dos nossos amigos e parceiros cidadãos.” George Herbert Walker Bush foi o último presidente dos EUA a ter lutado na Segunda Guerra Mundial, a mais popular da história do país, e um dos cinco no século 20 que perderam a reeleição.
Seu governo registra uma grande vitória militar em 1990, a operação “Tempestade no Deserto”, que pôs fim à ocupação militar do Kuait pelo Iraque, e contou com grande respaldo da comunidade internacional e da opinião pública americana. Foi também na sua administração que terminou a Guerra Fria, com a queda do Muro de Berlim em 1989, seguida da dissolução da União Soviética e do estabelecimento por Bush e Mikhail Gorbachev da parceria estratégica entre Rússia e EUA, em 1991, destroçada ao longo desta década. Em grande parte devido a esses fatos, Bush registrou na primeira metade de seu único mandato altíssimos níveis de popularidade, comparáveis aos que seu filho, George W. Bush, obteria logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Mesmo assim, perdeu a reeleição em 1992 para Bill Clinton, e teve por muito tempo de se explicar pela decisão de, na sequência da “Tempestade no Deserto”, não ter mandado suas tropas até Bagdá para derrubar o presidente Saddam Hussein, algo que seu filho, faria em 2002. Ele disse em 2008 que derrubar Saddam teria “acarretado incalculáveis custos humanos e políticos… e seríamos obrigados, de fato, a governar o Iraque”. Sábia avaliação, como os fatos demonstrariam no século 21. A debacle americana no Iraque a partir de 2003 foi um dos fatores para a reavaliação pública da figura do 41º presidente americano, que nos 20 anos seguintes à sua maior derrota eleitoral gozou de crescente prestígio.
Bush nasceu em 12 de junho de 1924 em família abastada e influente da elite da Nova Inglaterra. O pai, Prescott, foi banqueiro e senador. Frequentou excelentes escolas, e se formou em economia por Yale.
No dia seguinte ao ataque japonês a Pearl Harbor, com 18 anos, alistou-se na aviação da Marinha.
Realizou dezenas de missões como piloto no Pacífico. Em uma delas, foi abatido em voo, mas um submarino o resgatou.
De volta à pátria, casou-se com Barbara Pierce (com quem teve seis filhos, uma das quais morreu de leucemia aos quatro anos) e resolveu se iniciar na vida empresarial, no negócio de petróleo no Texas, onde também começou a fazer política.
Tornou-se dirigente do Partido Republicano no Texas, candidatou-se ao Senado federal em 1964, e perdeu. Dois anos depois, elegeu-se para a Câmara dos Representantes.
Em 1970, deixou-se convencer pelo então presidente Richard Nixon a tentar o Senado de novo, e foi outra vez derrotado.
Como recompensa pelo sacrifício, Nixon o nomeou embaixador dos EUA junto às Nações Unidas.
Em 1972, ainda sob a proteção de Nixon, tornou-se presidente do diretório nacional do Partido Republicano; nesta condição, ajudou a negociar a renúncia de seu protetor antes do impeachment no caso Watergate.
Bush tentou ser o companheiro de chapa de Gerald Ford, o sucessor de Nixon, mas não conseguiu.
Ford lhe ofereceu a Embaixada em Paris, mas Bush diz ter pedido a China (“porque lá está o futuro”), e se tornou o primeiro representante dos EUA com status de embaixador em Beijing.
Outra posição importante que Ford lhe deu foi a direção da CIA, quando ela sofria crise de prestígio, suspeita de atividades ilegais. Bush se saiu bem neste cargo, o que fez subir sua influência no Partido Republicano.
Assim, em 1980, ele se lançou candidato à Presidência. Mas perdeu as primárias para Ronald Reagan, que o convidou para compor a chapa com ele.
Nas duas administrações de Reagan, Bush foi discreto vice-presidente. Sua única missão de maior envergadura foi coordenar esforços para diminuir a entrada ilegal de drogas no país.
Com as bênçãos do popularíssimo Reagan, ganhou com facilidade a indicação do Partido Republicano para concorrer à Casa Branca em 1988 contra o eleitoralmente fraco Michael Dukakis. Venceu com 53,4% dos votos populares e 426 dos 538 do Colégio Eleitoral.
Na campanha, entretanto, Bush disse uma frase que o ajudou a ganhar votos, mas, depois, contribuiu muito para sua derrota em 1992: “Leiam os meus lábios: mais impostos, não”, uma promessa não cumprida, como seus adversários quatro anos depois exaustivamente lembrariam.
Parte da herança de Reagan foi um déficit orçamentário gigantesco, que Bush tentou conter por meio de um acordo com os democratas do qual constou aumento de impostos, além de cortes de despesas públicas.
Isso lhe custou intensa impopularidade, especialmente entre os grupos mais conservadores, tradicionais apoiadores do Partido Republicano.
Além disso, boa parte do governo Bush transcorreu com a economia em crescimento modesto ou recessão moderada, e a maioria da população em 1992 não estava otimista quanto ao futuro.
Suas conquistas sociais (surpreendentes, se observadas da perspectiva atual), como leis de inclusão para deficientes físicos, para facilitar a entrada de imigrantes legais nos EUA e contra a poluição do ar, não foram suficientes para animar o eleitorado a seu favor.
Outras decisões importantes de seu governo, como a intensificação das negociações para criar o Nafta, acordo de livre-comércio com México e Canadá, a invasão do Panamá para prender o presidente Manuel Noriega, acusado de ajudar o tráfico de drogas, e a indicação do primeiro negro para a Suprema Corte, Clarence Thomas, tampouco o ajudaram eleitoralmente.
Mais do que tudo, a presença no pleito de terceiro candidato forte, Ross Perot, que recebeu 20% dos votos populares, quase todos de conservadores que provavelmente teriam votado em Bush, deu a vitória a Bill Clinton.
Bush foi durante a maior parte do tempo um ex-presidente tão discreto quanto havia sido vice, mesmo nos dois governos do filho.
Mas a simples comparação entre os dois presidentes Bush fez com que a imagem do mais velho se sobressaísse positivamente: no exercício do poder ele sempre dissera querer construir um país “mais gentil e mais bondoso”, algo que se tornou especialmente relevante após as atrocidades no Iraque e em Guantánamo cometidas na gestão do mais novo.
Aos poucos, na liderança de missões humanitárias nos EUA e em outros países, algumas das quais ao lado de Bill Clinton, de quem se tornou amigo, ganhou exposição positiva e reconhecimento bipartidário.
Em 2013, o presidente Barack Obama o homenageou na Fundação “Points of Light”, que Bush fundou em 1990 com um nome que se refere a uma frase por ele usada em um dos poucos discursos seus lembrados como exemplo de boa retórica política, ao aceitar a indicação do Partido Republicano para concorrer à Presidência em 1988.
Além de Obama e Clinton, outros adversários políticos históricos dos Bush o homenagearam nos últimos anos de vida, como a família Kennedy, que lhe concedeu a medalha “Perfil de Coragem” de 2014, pela sua decisão em 1990 de aumentar impostos para equilibrar o Orçamento federal.
Por muito tempo, manteve boa forma física. Comemorou 85 anos com um célebre salto de paraquedas. Repetiu a façanha aos completar 90 anos.
A partir de 2012, no entanto, acometido por uma forma de mal de Parkinson, teve suas atividades físicas muito limitadas e passou a ser visto em público em cadeira de rodas, mas sempre com aparente bom humor.
Perguntado sobre qual o ato de seu governo mais seria lembrado na história, disse que seria a inauguração do avião presidencial jumbo que virou até tema de filme de sucesso.
Frequentemente pescava e navegava na costa de Kennebunkport, no estado de Maine, o lugar de que mais gostava e onde dizia querer passar os últimos dias de sua vida.
Em reunião esvaziada nesta sexta-feira (30) em Brasília, a cúpula do PT entra em debate dividida quanto aos rumos do partido e a extensão da autocrítica que deve ser feita após a derrota na eleição presidencial.
Com divergências que vão desde a data do encontro do Diretório Nacional —considerada prematura, somente um mês após o segundo turno— até o prognóstico que deve ser adotado pela sigla frente ao governo Jair Bolsonaro (PSL), dirigentes ouvidos pela Folha avaliam que a resolução desta semana deve ser incipiente e bastante tímida.
Na opinião desses petistas, era preciso mais tempo para decantar resultados e fazer um diagnóstico mais claro do novo cenário político e, principalmente, sobre o papel que o PT vai ter na oposição daqui para frente.
O comando da legenda tem sido cobrado por correntes mais à esquerda e também por aliados a fazer uma autocrítica alentada sobre os erros dos últimos anos, mas resiste em executá-la de forma pública.
Sem a presença de Fernando Haddad (PT), que está nos Estados Unidos para debater o cenário político do Brasil, o PT deve divulgar um texto final neste sábado (1º) com avaliação do resultado eleitoral e as novas estratégias do partido.
No encontro participam a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, o senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner, a ex-presidente Dilma Rousseff, entre outros. O governador do Piauí, Wellington Dias, chegou ao local por volta das 9h30 desta sexta e saiu antes do término da reunião —que atrasou quase uma hora e meia. As bancadas do PT na Câmara e no Senado também não tinham todos os seus integrantes presentes.
Versão preliminar do documento obtida pela Folha tem 74 itens e cita a política econômica liberal do governo Dilma a partir de 2015 e a perda de espaço para o que chamam de extrema direita como causas da derrota de outubro.
Segundo o texto, que ainda deve sofrer alterações, o partido não soube combater a pecha de “corrupto” e frear a onda conservadora que conquistou “corações e mentes” nos últimos anos.
Petistas de diversas tendências formaram uma comissão para a elaboração da carta e, portanto, ela é considerada aglutinativa, e não final. Setores mais à esquerda do partido já apresentaram novos textos e emendas para serem costurados ao documento final, mas temem que ele fique genérico e pouco contundente.
Acreditam, por exemplo, que não é suficiente se ater ao segundo mandato de Dilma –que culminou no impeachment– como a causa de todos os problemas do PT e que é preciso listar também erros da campanha de Haddad.
Entre o primeiro e o segundo turno, petistas admitiram que foi um equívoco menosprezar Bolsonaro de início e reclamaram dos chamados acenos ao centro que Haddad fez ao mercado e aos políticos.
No documento, são lembrados a redução da presença do ex-presidente Lula na campanha e eliminação do programa de governo de bandeiras como o duplo mandato do Banco Central —ao qual Haddad sempre foi contrário—, além dos elogios à Lava Jato feitos pelo ex-prefeito de São Paulo às vésperas do segundo turno. Os pontos, porém, ainda não são consensuais, e podem ficar de fora da carta final.
De acordo com aliados, Gleisi é uma das que querem pressa nos prognósticos e avaliações. Ela já havia convocado uma reunião da Executiva Nacional do PT um dia após o segundo turno, o que irritou dirigentes.
Publicamente, Gleisi tem defendido Haddad como uma liderança do partido, mas em reuniões internas faz críticas à condução de sua campanha —da qual ela participou pouco— e ao afastamento da legenda das bases.
Foi aprovado nesta sexta-feira (30), em duas votações sendo uma sessão ordinária e outra sessão extraordinária o projeto de emenda da lei orgânica que aumenta o número de vereadores de 13 para 15 na próxima legislatura em Brumado. Na primeira sessão, a vereadora Lia Teixeira declarou que tinha vergonha de fazer parte dessa legislatura a qual estaria aprovando o projeto de emenda à lei orgânica, ainda na primeira votação, a vereadora Ilka Abreu em sua fala deu um discurso alegando que tinha discutido com o espesso Marlúcio Abreu e o filho Marlucinho e que o país está numa crise e teriam que esperar o novo presidente da República assumir para ver como iria ficar o país, sinalizando assim que votaria contra, porém, na hora de votar a mesma ficou inerte e não se levantou para votar contra, sendo o projeto de emenda à lei orgânica aprovado por 11 votas a 1 (contra Lia Teixeira).
Representantes do partido novo usaram a tribuna da câmara municipal vereadores para falar que não tinha justificativa o aumento de vereadores de 13 para 15 para aproxima vereança, dentre os argumentos usados foram os custos a mais, e rebaterem as falas de vereadores que alegavam que votando o projeto abriam espaço para que outras comunidades rurais pudessem ter seus representes no legislativo.
Na sessão extraordinária, o projeto foi colocado para a segunda e as vereadoras Lia Teixeira (PDT) e Ilka Abreu (PR) votaram contra o projeto que foi aprovado por 10 a 2. Na próxima legislatura a câmara municipal terá 15 cadeiras no legislativo brumadense.
Os vereadores da Jaguarari encerraram o processo de cassação do prefeito Everton Rocha (PSDB). A decisão foi anunciada em nota pelo presidente da Casa, Márcio José Gomes de Araújo.
“Não se sabe, até que ponto, algo de proveitoso surgiu dessa situação caótica, visto que os impasses persistem e a população permanece sem a devida assistência. Somente anseios pessoais parecem ter sido favorecidos nas alternâncias de gestor municipal, e esta Casa do Povo não pode ser conivente com intuitos que não visem o melhor para os munícipes”, diz o texto.
“Esperamos, com tal medida, contribuir para o fim das constantes alternâncias, no comando do Executivo Municipal e deixar que os procedimentos, em curso, prossigam com celeridade. Sabe-se que tal decisão será certamente alvo de ataques, por todos aqueles que, de alguma forma, estão se beneficiando partidariamente do caos que o município vive, mas que nunca fugimos de cumprir com o dever que nos foi incumbido e seguiremos firmes neste propósito”, acrescenta a nota.
Acabamos de cumprir uma das etapas da nossa missão! Na próxima sexta-feira, dia 30 de novembro às 8 horas, possivelmente teremos a votação na Câmara de Vereadores do projeto para aumentar de 13 para 15 vagas. Desta forma hoje, com um pouco mais de 24 horas de antecedência, dois dos nossos filiados do Novo Brumado, Fernando Henrique Coelho e Cristiano Dias, entregaram nosso abaixo assinado impresso (no momento estávamos com 936 apoiadores), juntamente com os comentários que foram escritos pelos usuários no site. Além dessa entrega pedimos espaço para usar a tribuna durante a sessão com o intuito de discorrermos sobre esse projeto que julgamos ser totalmente inadequado. Contamos com a presença de todos na sexta-feira para que nossos representastes vereadores sejam comovidos a não aprovar essa mudança desnecessária. A luta continua.
O vereador Leonardo Quinteiro Vasconcelos (PDT) deverá ser reeleito na próxima quarta-feira (14), presidente da Câmara Municipal de Brumado. O vereador conta com apoio total do prefeito Eduardo Vasconcelos (PSB), que além de unir os pares em um único nome tem dito que Léo é o nome mais preparado para conduzir a casa legislativa. O pleito pela presidência deverá ter chapa única mostrando assim a unanimidade do parlamento brumadense.
Na sessão plenária da Câmara dos Deputados, da última terça-feira (27), o deputado Arthur Maia (DEM-BA) acusou o governador Rui Costa (PT) de “estelionato eleitoral”, devido ao aumento da alíquota da Previdência estadual proposto pelo governo de 12 para 14%. De acordo com o parlamentar baiano, o discurso do governador durante as eleições era contrário à reforma da Previdência. “Não conheço falsidade maior. Eis que ao descer do palanque, o governador muda de cara, troca de roupa, modifica as ideias e avança contra o funcionalismo público do Estado da Bahia querendo fazer uma reforma da Previdência e privatizações”, disse Maia. O deputado ainda “cutucou” o Partido dos Trabalhadores, ao afirmar que “é preciso que o PT enquadre o governador Rui Costa, para que os discursos dos deputados do Partido dos Trabalhadores, aqui no Plenário da Casa, não sejam contrariados pelo governador Rui Costa na Bahia. Não dá para vossas excelências aqui serem contra as privatizações e ao mesmo tempo, na Bahia, o governador do Estado mais importante que o PT governa esteja privatizando várias empresas”, disse Arthur Maia.