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27 de junho de 2018
Política

Datena anuncia saída da Band e confirma candidatura ao Senado

Foto: Reprodução

O apresentador da TV Bandeirantes, José Luiz Datena, anunciou oficialmente a saída da emissora e confirmou que será candidato ao Senado, segundo o jornal Folha de São Paulo.

Filiado ao Democratas, o comunicador deve fazer parte da chapa de João Doria (PSDB), ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado.

Datena tem liderado as pesquisas de intenções de votos pela Câmara Alta do Congresso ao lado de Eduardo Suplicy (PT).


25 de junho de 2018
Política

Bolsonaro ataca proposta de Marina sobre aborto e maconha

Imagem Reprodução

O candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (PSL) criticou a proposta da sua adversária Marina Silva (Rede) em relação à legalização do aborto e da maconha. Para o político, “um chefe de Estado deve tomar posições, decidir, mostrar a todos sua verdadeira face”, ao invés de se “esquivar”.

Em entrevista à Revista Veja, publicada nessa sexta-feira (22), Marina defendeu que seja feito um “plebiscito” “para ampliar o debate” sobre os temas. E acabou por não dizer se é contra ou a favor da legalização do abordo e da maconha.

Bolsonaro, por sua vez, sempre se posicionou contra a liberação de ambos.


25 de junho de 2018
Política

Oito em cada 10 brasileiros não confiam nos partidos, aponta pesquisa

Foto Rede Acontece

Oito em cada dez brasileiros (77,8%) afirmam não ter “nenhuma confiança” nos partidos políticos, aponta o estudo realizado pelo INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia). O resultado é o maior já registrado em pesquisas com metodologia similar.

Há quatro anos, em 2014, 46,4% dos brasileiros não confiavam nas siglas. Os principais motivos citados para a desconfiança são a existência de corrupção nos partidos políticos e a falta de capacidade de representar os interesses dos eleitores.

Além dos dois pontos, a falta de espaço para a participação dos cidadãos e a falta de um programa político claro também foram citados como problemas.

Para Oswaldo Amaral, um dos autores da pesquisa e diretor do Centro de Estudos de Opinião Pública da Unicamp, o crescimento da desconfiança era esperado, mas não com o volume observado.

O levantamento foi feito entre 15 e 23 de março com 2.500 entrevistas em 26 Estados (com exceção do Amapá) realizadas pelo Instituto da Democracia e Democratização da Comunicação, parte do INCT.


25 de junho de 2018
Política

Sentimentos do eleitor ‘moldam’ pré-candidatos

Foto: Reprodução

Nem sempre as declarações enviesadas, a impaciência com o contraditório e o tom excessivamente bélico devem ser atribuídos a um descontrole ocasional ou a um mero traço de personalidade. Quando um pré-candidato à Presidência da República deixa transparecer sua raiva em público isso também pode ser pura estratégia. A explicação para o comportamento tenso e até prematuramente agressivo de alguns postulantes ao Planalto pode estar na percepção do (mau) humor do eleitor. Um levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), realizado em março, ouviu 1.200 eleitores sobre os sentimentos em relação às eleições de outubro. Nesta amostragem, 83% dos pesquisados declararam ter emoções negativas; enquanto apenas 14% estariam imbuídos de sentimentos positivos. Os outros 3% não quiseram ou não souberam responder. Os sentimentos negativos estão divididos em “preocupação” (33%), “indignação ou raiva” (27%); “tristeza” (12%) e “medo” (11%). Entre os sentimentos positivos, aparecem: “esperança” (12%), “orgulho” (1%) e “alegria” (1%). A opção “entusiasmo” não atingiu 1% das menções. O cientista político e coordenador da pesquisa do Ipespe, Antônio Lavareda, afirmou que “o voto não é apenas uma opção racional” e que “o modelo de inteligência afetiva é um dado importante para as campanhas”. O problema, segundo ele, é a forma como os pré-candidatos estão trabalhando com a negatividade do eleitor. “É um erro dos candidatos incorporarem a raiva ou o medo do eleitor. O que eles precisam fazer é administrar e equalizar esses sentimentos e, principalmente, oferecer respostas para essa indignação do eleitor”, disse. A tentação de encarnar a raiva aumenta quando um dos pré-candidatos mais bem colocados nas pesquisas é o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) – que traz em seu discurso elementos do “contra tudo o que está aí” e um tom mais contundente. “Mas é um erro um candidato que não tem um perfil agressivo tentar passar essa imagem. O candidato não age com naturalidade, vai contra sua própria natureza, e o eleitor percebe que aquilo é teatro.” Cientistas políticos e profissionais do marketing ouvidos pela reportagem afirmaram que pré-candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) não ganhariam pontos com explosões de raiva e indignação – porque essas reações não seriam da natureza deles. Já Ciro Gomes (PDT) e o próprio Bolsonaro já possuem esse tipo de reação em seus respectivos “vocabulários” – e não causam estranhamento ao agir assim.


21 de junho de 2018
Política

PT cogita Dilma como ‘plano B’ em Minas Gerais

Foto Rede Acontece

Líderes do PT mineiro admitem a possibilidade de o governador Fernando Pimentel, pré-candidato à reeleição, ser substituído pela presidente cassada Dilma Rousseff na disputa ao governo do Estado. A proposta é tratada nos bastidores do partido, que já fez sondagens com membros de legendas aliadas, mas sofre resistência da ex-presidente. Por ora, Dilma rejeita a ideia de assumir a candidatura a governador. Ela é pré-candidata ao Senado. No dia 28, Dilma terá uma reunião com as bancadas estadual e federal do PT-MG.

Será a primeira grande reunião dela com o partido para falar sobre as eleições 2018. A expectativa de líderes do PT mineiro é de que o tema entre na pauta. “Nosso candidato ao governo é o Pimentel, com Dilma sendo nossa pré-candidata ao Senado, por enquanto. Vamos debatendo. O processo eleitoral é dinâmico”, disse o deputado petista Reginaldo Lopes (MG) ao Estado. Segundo o parlamentar, esse debate interno “ainda” não começou, mas a decisão final será de Pimentel. A ex-presidente mudou seu domicílio eleitoral do Rio Grande do Sul para Minas Gerais no limite do prazo legal a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma soube das articulações por meio da imprensa. Em suas redes sociais, ela rechaçou qualquer possibilidade de assumir o lugar de Pimentel, seu amigo pessoal desde a adolescência, na disputa estadual. Sem saber que a possibilidade é cogitada por seus próprios companheiros de partido, Dilma classificou a articulação de “fake news” e atribuiu os boatos aos adversários. “Não há hipótese de eu ser candidata ao governo de Minas. É a própria fake news dos interessados em evitar uma nova derrota nas urnas, como em 2014”, escreveu a presidente cassada. Em caráter reservado, integrantes da direção do PT mineiro disseram temer que o desgaste de Pimentel leve a sigla ao isolamento em Minas Gerais.

A avaliação é de que Dilma seria uma “tábua se salvação” para o partido, já que ela estaria bem colocada nas pesquisas feitas para consumo interno. Pimentel enfrenta desgaste tanto pelas acusações a que responde na Justiça quanto pelo desempenho do governo. Ele é réu em ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto caixa 2 na campanha de 2014. Nos últimos meses, virou alvo de setores importantes do funcionalismo, como os professores, por causa de atrasos no pagamento de salários.


20 de junho de 2018
Política

Ciro Gomes é vaiado e deixa evento para prefeitos de Minas Gerais

Foto: Reprodução

O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) foi vaiado durante a realização do 35º Congresso Mineiro de Municípios, voltado para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores das cidades mineiras, realizado no estádio Mineirão nesta terça-feira, 19. Após fazer suas considerações iniciais e ser interrompido pela organização, o pedetista se recusou a responder uma nova pergunta e abandonou o evento. Antes de subir ao palco, Ciro chegou a ser aplaudido por parte da plateia. No entanto, o clima mudou após o presidenciável ser interrompido quando respondia a uma pergunta. Ciro foi questionado sobre repasses da União e como melhorar a arrecadação dos municípios e, em sua resposta, defendeu a instauração de uma reforma tributária. “Eu estava falando sobre isso, ele (mestre de cerimônias) sequer ouviu e faz a mesma pergunta que estava falando e ele interrompeu. Então está respondido”, disse o pré-candidato, o que provocou vaias na plateia. O pedetista afirmou que não tinha sido avisado de que teria apenas três minutos para responder as questões, mas de que teria trinta minutos para falar. Ele ainda tentou justificar e voltar a falar, mas ficou irritado com a reação do público. Ciro chegou a ser aplaudido ao questionar sobre a presença do outro pré-candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, e afirmou querer governar o País para restaurar a autoridade. No entanto, o pré-candidato se recusou a fazer as considerações finais e deixou o palco antes da hora prevista. O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, pediu educação para o público e disse que o pedetista tinha o direito a fazer as reclamações sobre a organização do evento. Procurado por jornalistas no final do evento, Ciro disse que não ia comentar o caso. Esta é a segunda polêmica em que o presidenciável do PDT se envolve nesta semana. Nesta segunda-feira, 18, em entrevista à Rádio Jovem Pam, Ciro chamou o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM) de “capitãozinho do mato”. “Esse Fernando Holiday aqui é um capitãozinho do mato. Porque a pior coisa que tem é um negro usado, pelo preconceito, para estigmatizar”, afirmou Ciro Gomes. O debate, realizado também com outros pré-candidatos à Presidência, tinha como regra a definição de tempo limite para todos os que falavam ao palco. Os presidenciáveis tinham cinco minutos para fazer uma introdução, depois respondiam a duas perguntas, com três minutos de resposta para cada questão, e, em seguida, mais cinco minutos para as considerações finais. Alvaro Dias (Podemos), que antecedeu a apresentação de Ciro, chegou a ter o microfone cortado quando excedeu o tempo. Também participaram do debate Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Henrique Meirelles (MDB). Ao subir para o palco do Congresso, Ciro Gomes chegou acompanhado do pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Marcio Lacerda (PSB). Cotado para ser o vice de Ciro, o ex-prefeito de Belo Horizonte foi saudado pelo pedetista como “futuro governador de Minas Gerais”.


20 de junho de 2018
Bahia

Nilo diz que decisão de Lídice pesa na dificuldade em formar coligações

Foto Rede Acontece

Sem uma decisão tomada e oficializada, a senadora Lídice da Mata realiza uma plenária na noite desta terça-feira (19) em meio às informações sobre sua disputa pela Câmara Federal. O deputado estadual Marcelo Nilo afirmou que a decisão da socialista em disputar o Senado perpassa pela dificuldade em formar coligações na proporcional.

Segundo Nilo, com uma candidatura avulsa ao Senado, o partido terá que sair sozinho em um “chapão”, o que deve dificultar a eleição dos deputados federais e estaduais. “A grande dificuldade da candidatura avulsa são as coligações. O que mais pesa para ela, na minha visão, são as coligações. Porque se ela sair avulsa vamos sair sozinhos”.

Contudo, o parlamentar ressaltou que a decisão é dela juntamente com o partido, e reafirmou que não aceitaria ser suplente de senador. “É uma decisão pessoal dela, ela é presidente do partido. Ela deve ver o que vai fazer o que é melhor para ela e para o partido. Se eu fosse ela eu sairia [candidata ao Senado]. Ela vai ouvir os amigos. Ela é uma presidente que ouve muito o partido e não toma uma decisão individual. Eu jamais aceitaria ser suplente de ninguém porque fica na mão do outro. Eu não aceitaria. Agora o partido pode indicar. Política é a negociação”.

Para Nilo, a chapa majoritária sem Lídice já estava fechada desde que foi derrotado à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia. “Reuni meus assessores e amigos porque a chapa já está fechada. É o que o governador desenhou no dia que saí da presidência. Um ano e meio de especulações e eu nunca tive dúvidas. Minha dúvida era se Lídice sairia avulsa ou não. A decisão é exclusivamente dela. A nacional quer que ela saia como senadora. O PT nacional que ela saia. Lula quer”.


20 de junho de 2018
Política

Presidenciáveis defendem novo pacto federativo

Foto: Reprodução

Em evento voltado para prefeitos e vereadores de Minas Gerais, pré-candidatos à Presidência defenderam na terça-feira, 19, a criação de um novo pacto federativo que melhore a distribuição de recursos para os municípios e proporcione a simplificação tributária. Prefeitos presentes ao debate avaliaram como “vagos” os discursos dos presidenciáveis, que tiveram três minutos em cada intervenção para falar sobre o tema. Participaram do 35.º Congresso Mineiro de Municípios Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e Paulo Rabello de Castro (PSC). Ciro defendeu uma reforma fiscal com mudança sobre a incidência dos impostos. Ele propôs a tributação sobre lucros e dividendos e a taxação de grandes heranças, com tributo compartilhado com Estados e municípios. “Isso resolve o problema do déficit primário brasileiro e tira os municípios da atual situação de colapso em que encontra”, disse ele, que subiu ao palco acompanhado pelo pré-candidato ao governo de Minas, Marcio Lacerda, também cotado para vice do pedetista. Já Marina defendeu a reforma tributária, sob o princípio da justiça tributária, da descentralização e da simplificação. “Hoje o problema dos tributos é que são muito complexos e que impede inclusive a arrecadação”, afirmou. Ex-ministro da Fazenda, Meirelles disse que o fundamental é que o Brasil cresça, via investimentos, para que a arrecadação de impostos também suba, aumentando a receita das prefeituras. Ele disse que é pré-candidato para “garantir que o Brasil não vá entrar em crise de novo”. Alckmin defendeu a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA) e a descentralização. “Modelo centralizado funciona em país pequeno”, resumiu o tucano, que chegou ao evento ao lado do pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, senador Antonio Anastasia. Para Alvaro Dias, um dos principais problemas hoje no País é que parlamentares em Brasília têm um discurso municipalista mas, na hora do voto, ficam ao lado do governo federal. Já Rabello afirmou ser possível aumentar, até 2022, a participação dos municípios na arrecadação de impostos, dos atuais 18% para 25%.


18 de junho de 2018
Política

Mulheres representam 15% de postulantes a governos

Foto Rede Acontece

Das 175 pré-candidaturas cogitadas pelos partidos aos governos estaduais e do Distrito Federal, somente 27, ou seja, 15% são de mulheres, de acordo com levantamento da Folha. O índice de candidatas mulheres aumentou pouco, em comparação com as duas últimas eleições. Em 2014, elas eram 12% dos 162 postulantes a governos. Já em 2010, esse percentual era de 10% de 150 candidaturas. “Não é uma exceção, mas norma. Se não houver medidas legislativas que forcem os partidos a colocar mais mulheres como candidatos, vão continuar dando preferência aos homens, por considerar que eles são mais articulados e pelo fato de as direções executivas dos partidos serem compostas na maioria por homens”, afirma a cientista política Teresa Sacchet, professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP (Universidade de São Paulo).


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14 de junho de 2018
Brasil

Apresentador Datena vislumbra candidatura ao Senado

Foto: Reprodução

O apresentador de televisão José Luiz Datena, da Band, afirmou na quarta-feira (13) que avalia a possibilidade de se candidatar ao Senado. Filiado ao DEM, ele já foi cotado para participar de outras eleições mas sempre terminou por voltar atrás. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Datena quer mais duas semanas para pensar – o prazo final é dia 6 de julho. A candidatura é vista com bons olhos pela coligação DEM-PSDB em São Paulo, que tem João Doria como candidato ao governo.


13 de junho de 2018
Bahia

Chapa majoritária será anunciada entre os dias 18 e 19, diz Rui

Foto Rede Acontece

A chapa majoritária governista que irá concorrer nas eleições de outubro será anunciada entre os dias 18 e 19 (segunda e terça-feira. Foi o que afirmou o governador Rui Costa (PT) nesta terça-feira (12), que, segundo ele, está dependendo de uma conversa com o vice-governador João Leão (PP), que está em viagem no exterior.

Segundo Rui, a composição da chapa vai levar depender mais do cenário local do que o cenário nacional. “Até porque o cenário nacional ainda está muito indefinido, e não há previsão de definição nos próximos 30 dias. E em julho quero me dedicar a construir o programa de governo”, disse o governador durante assinatura de convênio com Instituto Avon, entidade mantenedora do Hospital do Câncer de Barretos, para implantação de serviço de mamografia em várias regiões do Estado. A declaração do governador baiano vai de encontro à orientação do Diretório Nacional petista, que, em resolução publicada no fim de semana, determinou que as alianças regionais sejam subordinadas à coligação para a candidatura presidencial.

Rui tem indicado que não vai oferecer à senadora Lídice da Matta (PSB), aliada histórica do PT na Bahia, uma das vagas de pré-candidato ao Senado em sua aliança. O encontro com a senadora já foi adiado algumas vezes. O último adiamento foi nesta terça, véspera de um almoço marcado entre os dois.

O encontro deve ocorrer até o final desta semana. O PSB é visto como prioridade do PT para a composição de uma aliança nacional. As duas legendas negociam apoios mútuos em 11 Estados – Bahia, ao lado de Pernambuco, Minas e Amapá eram tidos como prioridade. Na semana passada, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), se reuniu com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. No mesmo dia, decidiu adiar os encontros estaduais para ganhar tempo para que o PT de Pernambuco desista de candidatura própria e apoie a reeleição de Câmara. Além disso, o PT cogita oferecer ao ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), a vaga de candidato à vice-presidência.

Rui pretende oferecer a vaga de candidato ao Senado ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), aliado do senador Otto Alencar. A segunda vaga na chapa é reservada ao padrinho político de Rui, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Se alijar de sua chapa a senadora do PSB, Rui também baterá de frente com Gleisi, defensora da pré-candidatura à reeleição de Lídice ao Senado. Ao lado da presidente do PT, Lídice foi uma das senadoras que estiveram na linha de frente para tentar evitar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Gleisi, inclusive, já gravou vídeos em apoio à pré-candidatura de Lídice ao Senado. No final de semana, a senadora paranaense disse ao Jornal do Brasil que interferiria no assunto.

“Se for necessário, vamos ter mais ênfase ainda em defender. Seria o momento de retribuir à Lídice a todo o apoio que ela nos deu”, disse. Nesta terça, a assessoria da senadora paranaense enviou nota afirmando que “o esforço do PT é fazer aliança nacional e alianças estaduais com a centro-esquerda, especialmente com o PSB, onde isso for possível, respeitando a realidade política de cada estado”. A assessoria de Lídice afirmou que ela não iria se pronunciar.


13 de junho de 2018
Brasil

Crise de representação aumenta votos brancos e nulos após 2013, diz diretor do Datafolha

Foto Rede Acontece

O alto índice de eleitores que não têm candidato para as eleições presidenciais –mostrado na pesquisa mais recente do Datafolha– é reflexo da crise de representação que ganhou força no país a partir das manifestações de 2013.

Segundo a pesquisa divulgada no domingo (10), em um cenário sem o Partido dos Trabalhadores (PT), votos brancos, nulos, abstenções e eleitores indecisos alcançam 34%. Em 2014, ano em que a Lava Jato teve início e após o discurso contra a corrupção ganhar força nas ruas, esse número era de 30%, muito superior aos 13% registrados na mesma época de 2010.

De acordo com o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o salto dos eleitores que não se sentem representados por candidatos ou partidos políticos é uma consequência de um conjunto de crises no Brasil que se tornou mais evidente a partir de 2013. Esse cenário alimenta uma desconfiança em diversas instituições.

“Após as manifestações de 2013, os índices dos governantes caíram muito em todas as esferas. A [ex-presidente] Dilma perdeu muita popularidade, os governadores também. Isso vem se intensificando desde então”, afirma Paulino. “Hoje há uma insegurança generalizada em todos os segmentos, em relação à economia, à ameaça do desemprego, à segurança pública”.

A crise política, segundo Paulino, atinge todos os políticos. Hoje, a taxa de eleitores que não tem um partido de preferência supera os 60%.

Em relação apenas aos votos brancos, nulos ou abstenções, o índice é de 28% em cenários sem o ex-presidente Lula, segundo o Datafolha. Em junho de 2014, era de 17%; na mesma época de 2010, era de 4%.

Além de sucessivos casos de corrupção, o Brasil passou por um processo de impeachment em 2014 e enfrentou efeitos da recessão de 2014-16 na economia.

Segundo a pesquisa, mesmo dois meses após a prisão, Lula aparece com 30% das intenções de voto. Mais de um terço dos eleitores se dizem sem opção ao analisar cenários em que ele fica fora da disputa.


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