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8 de setembro de 2018
Brasil

Diretor da PF vai se reunir com equipes de presidenciáveis neste sábado

Foto Reprodução

O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, virá a Brasília nesta sábado (8) para se reunir com as equipes de campanhas dos presidenciáveis. O encontro está marcado para as 16h na sede da instituição.

A expectativa é definir um reforço na segurança dos candidatos à Presidência. A iniciativa responde a uma determinação do presidente Michel Temer que pediu ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, maior atuação da Polícia Federal depois do ataque sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

De acordo com a assessoria da PF, desde o início da campanha, todos os presidenciáveis têm à disposição dois ou mais agentes integrados às equipes de campanha. A proposta agora é oferecer um contingente maior de policiais para o trabalho.

Temer também pediu empenho nas investigações sobre o ataque a Bolsonaro. Um envolvido – Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos – foi detido logo após o ataque e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG).

Nesta sexta-feira (7), Adelio foi transferido para um centro de detenção provisória e deve ser ouvido por um juíz federal até o final do dia. A PF prendeu outro suspeito que prestou depoimento, mas já foi liberado. De acordo com a PF, as investigações continuam. Não há confirmações sobre a participação de outras pessoas, mas o trabalho dos agentes é feito sob sigilo.

Ataque
Na tarde de ontem (6), o candidato Jair Bolsonaro recebeu uma facada no abdomen enquanto participava de um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG). Ele foi operado para estancar uma hemorragia em veia abdominal, teve o intestino delgado costurado e parte do intestino grosso retirada. Ele também foi submetido a uma colostomia e, em até dois meses, terá de ser operado novamente. Ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.


5 de setembro de 2018
Economia

Câmara aprova renegociação de dívidas da agricultura familiar

Wilson Dias/Agência Brasil

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) a Medida Provisória 842/18, que trata da renegociação de dívidas rurais. O texto é o projeto de lei de conversão aprovado na comissão mista e retoma itens vetados pelo governo quando da sanção da Lei 13.606/18, sobre o Programa de Regularização Rural (PRR).

O relator, senador Fernando Bezerra Coelho (DEM-PE), em negociação realizada na Comissão Mista, a pedido do deputado federal Afonso Florence (PT-BA), substituiu o texto remetido pelo presidente Temer que revogava artigos das leis nº 13.340 e nº 13.606 [que autorizavam à renegociação das dívidas da agricultura familiar, por artigos propostos por Florence].

“Esta negociação já tinha sido conquistada com a Lei 13.606 e Temer tinha vetado, mas num outro acordo que construímos, o Congresso Nacional derrubou o veto. Foi aí que o presidente Temer editou a MP 824, revogando os artigos que o Congresso restabeleceu com a derrubada do veto. Numa primeira derrota de Temer”, explica Afonso

Este foi o argumento usado nesta terça por Florence para convencer o plenário da Câmara a aprovar o relatório da Comissão, em mais uma derrota de Temer. O texto agora vai ao Senado e há acordo de que se Temer vetar o Congresso derrubará novamente.


4 de setembro de 2018
Bahia

ACM Neto afirma que atual governo está “sequestrando, caçando e matando” sonho dos jovens

Prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto participou da inauguração do comitê da chapa encabeçada por Zé Ronaldo (DEM), na capital, na noite desta segunda-feira (3), e afirmou que o atual governo está “sequestrando, caçando e matando” o sonho dos jovens.

Foto Rede Acontece

Neto usou os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que divulgou nesta segunda (3) o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017, e ressaltou que o governo petista colocou a educação da Bahia em um buraco.

“Em 12 anos, o que fizeram com a educação? Temos a pior nota no ensino fundamental. A pior nota do ensino médio. Dentre todos os estados, a nota do ensino médio da Bahia é de 2,7. Ando cobrando de senhor Rui Costa que faça menos propaganda e que tenha respeito com o futuro e o sonho dos nossos jovens”, afirmou Neto.
Sem citar nominalmente Rui, o democrata disse, ainda, tocar sua administração mesmo com a “má vontade”, “pirraça” e “tentativa de atrapalhar o trabalho da prefeitura”. “Se já fizemos muito com a dor de cotovelo com o governador da Bahia, imaginem com um governador parceiro”.

“Tenho certeza de que essa transformação que está acontecendo em cada baiano vai tomar toda a Bahia. Eu quero pedir a cada soteropolitano que se junte a nós nessa caminhada. A gente percebe que o povo de Salvador vai percebendo que essa mudança que vem do interior vai transformar essa capital. Pela primeira vez, como prefeito, poderei contar com um governador parceiro”, ressaltou o prefeito.

Neto aproveitou a oportunidade para reafirmar apoio ao candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB). Presidente da campanha tucana, o prefeito explicou que o único candidato [presidenciável] com condições de trabalhar pelo Brasil é Alckmin.


1 de setembro de 2018
Política

Aliados de Haddad querem substituição na chapa o quanto antes

Foto Reprodução

Após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que barrou a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto, Fernando Haddad, vice na chapa petista, viajará a Curitiba na próxima segunda-feira (3) para discutir a melhor estratégia para a campanha da sigla a partir de agora.

Aliados de Haddad defendem a substituição de Lula o quanto antes, e o voto do ministro Luís Roberto Barroso, primeiro contrário ao ex-presidente no TSE, corroborou a tese desses auxiliares de que o PT não poderia arriscar ficar dez dias fora do horário eleitoral no rádio e na TV.

O temor é de que a menor exposição de Haddad, pouco conhecido nacionalmente, prejudique seu desempenho como candidato. Grande parte do eleitorado petista, principalmente no Nordeste, ainda não sabe que ele será o nome oficial do PT ao Planalto, o que pode comprometer o potencial de transferência de votos de Lula para seu herdeiro político.

Com a possibilidade de ficar fora da estreia da propaganda eleitoral na TV, neste sábado (1), o PT divulgou seu primeiro programa ainda na noite de sexta (31), antecipando a estratégia de comunicação do partido.

No vídeo, Lula afirma que é possível voltar aos bons índices econômicos da época de seu governo e Haddad se apresenta como o enviado pelo ex-presidente para percorrer o Brasil com suas ideias.

A tática de transmutar a figura de Lula para a de Haddad agora deve ser aplicada de forma abrupta pelo PT, para que o eleitor entenda que, com o ex-presidente impedido de disputar a eleição, será o ex-prefeito de São Paulo o responsável por representá-lo e levar adiante o seu projeto.

A ideia inicial era manter o discurso de que Lula é o candidato de fato até o fim da semana que vem, pelo menos, e usar os programas de TV para fazer essa transição de forma paulatina.

Nesta sexta, o ministro Barroso defendeu que o PT substituísse Lula como candidato em dez dias e o proibiu de participar de atos de campanha, inclusive do horário eleitoral. Foi seguido pela maioria dos colegas da corte.

Os auxiliares de Haddad afirmam que poderia ser fatal para o partido ficar dez dias sem propaganda na TV, caso a sigla optasse por esticar a corda por todo o prazo.

Uma das alas de dirigentes petistas, porém, não queria fazer a substituição na chapa sem uma resposta do STF (Supremo Tribunal Federal). Desejava que a defesa do ex-presidente recorresse ao Supremo e, só depois, indicaria Haddad como candidato oficial, o que poderia acontecer no início da próxima semana.

Em conversas dentro de sua cela, em Curitiba, Lula ouviu de aliados mais radicais que era preciso levar sua candidatura “até as últimas consequências”, ou seja, insistir no registro do ex-presidente, sem substituir seu nome na urna. Mas, na ocasião, Lula não concordou.

Afirmou que era preciso ir “até onde desse” porque, em sua avaliação, a transferência de votos para seu afilhado seria mais eficaz quanto mais perto do primeiro turno estivesse, mas não sinalizou que a substituição não seria feita.

A estratégia do ex-presidente é manter o discurso político -inclusive no cenário internacional- de que sofre uma perseguição jurídica que tem o objetivo de tirá-lo da disputa eleitoral de outubro.


30 de agosto de 2018
Brasil

‘Não vou ser Jairzinho paz e amor’, declara Bolsonaro em Porto Alegre

Foto Reprodução

O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira (29) que, se chegar ao segundo turno, não terá como estratégia ser “Jairzinho paz e amor”, acrescentando que o País está “cansado do politicamente correto”. O presidenciável rebateu as críticas à sua participação no Jornal Nacional, na noite dessa terça, e criticou Marina Silva e a chapa Alckmin/Ana Amélia. Bolsonaro esteve no painel “Brasil de Ideias”, promovido pela revista Voto, com a presença de empresários e políticos, na capital gaúcha. Segundo o Estadão, ele afirmou que sua entrevista no horário nobre da Globo “quase que garantiu sua presença no segundo turno”. “A entrevista me deu uma exposição enorme, já que não vou ter tempo de TV”, disse. Mais tarde, ele participou da Expointer, em Esteio, no interior gaúcho, onde se reuniu com empresários ligados ao agronegócio no Estado. Perguntado pela organização do evento sobre qual seria sua estratégia para o segundo turno “quase garantido”, ele criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Não vou ser o Jairzinho paz e amor. As cartas estão na mesa. O FHC reiterou que, num possível segundo turno, se aliaria ao PT”, criticou. O candidato do PSL também cobrou “posição” de Marina Silva (Rede) sobre assuntos polêmicos como o aborto e o porte de armas. “Ela deu uma entrevista em março e foi perguntada se já tinha sofrido alguma violência sexual na infância. Ela falou que não, porque ‘eu e minhas irmãs menores tínhamos uma espingarda’. Ela mudou de ideia, ela é evangélica, ela tem que ter posição em alguns assuntos”, afirmou.


30 de agosto de 2018
Brasil

O que você precisa saber sobre o horário eleitoral de 2018 no rádio e na TV

Foto Rede Acontece

Começa nesta sexta-feira (31) a propaganda eleitoral que será exibida em emissoras de rádio e televisão por 30 dias até o primeiro turno da eleição. O horário obrigatório, gratuito para os partidos, mas com custos para o Governo Federal (entenda mais abaixo), é menor do que foi em eleições anteriores. Serão dois blocos diários de 25 minutos na TV e no rádio, além de inserções durante a programação das emissoras.

Quando começa?
O horário eleitoral no rádio e na televisão começa nesta sexta-feira (31) e vai até o dia 4 de outubro, antes do primeiro turno da eleição, que acontece no dia 6 de outubro. Serão exibidos de segunda a sábado.

Como será?
O horário eleitoral é dividido em blocos de programas, com horários definidos, e em inserções que entram ao longo da programação das emissoras. São dois blocos por dia, cada um com 25 minutos.
Na TV, o primeiro bloco começa às 13h e o segundo às 20h30. No rádio, há um bloco às 7h e outro às 12h. As inserções de 30 segundos são distribuídas ao longo da programação das emissoras de televisão e rádios. A ordem é definida pelo TSE e a exibição precisa ocorrer dentro de três faixas de horários ( 5h às 11h, 11h às 18h e 18h às 24h).

Quanto tempo dura?
Serão 30 dias com propagandas na TV e no rádio até a eleição no primeiro turno, que acontecerá no dia 6 de outubro, um domingo. A propaganda vai ao ar até dois dias antes do pleito.

Como é feita a divisão?
Nas terças, quintas e sábados serão exibidos os blocos com horário dos candidatos a presidente e deputado federal. Os programas duram 25 minutos. Postulantes à Presidência terão 12 minutos e 30 segundos. A outra metade do tempo é dividida entre as chapas de quem concorre a uma vaga na Câmara Federal.
Nas segundas, quartas e sextas, candidatos ao Senado, Assembléia Legislativa e Governo do Estado. São 7 minutos para campanha ao senado, 9 para deputados estaduais e 9 para o Governo do Estado.

O horário é gratuito?
Para os partidos, sim. Mas há um custo para a União. A lei prevê que as emissoras de televisão podem pedir ressarcimento do horário disponibilizado. A restituição é feita com compensação fiscal, elas deixam de pagar impostos para compensar o horário cedido.


27 de agosto de 2018
Política

Marina Silva perde o apoio que teve de evangélicos em 2014

Foto Rede Acontece

Unica evangélica entre os principais candidatos a presidente nas eleições 2018, Marina Silva (Rede) perdeu o embalo do crescimento do eleitorado dessa religião desde 2014. Hoje ela tem entre os evangélicos apenas 12% das intenções de voto, porcentual igual ao obtido entre os católicos ou seguidores de outras religiões, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Há quatro anos, o quadro era muito diferente. Quando disputou a Presidência em 2014, Marina tinha desempenho acima da média entre evangélicos: 43%, 12 pontos porcentuais a mais do que a taxa registrada entre os católicos. Se ela não tivesse perdido apoio entre os fiéis de sua religião, poderia liderar a corrida presidencial. No cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina tem 12% das preferências no eleitorado total. Ela está oito pontos porcentuais atrás de Jair Bolsonaro, do PSL, que usa a religião para atacar Marina. O eleitorado evangélico, que já tinha peso significativo em 2014, expandiu-se desde então, segundo pesquisas realizadas agora e há quatro anos. Naquela época, os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro. Além de já não ter um eleitorado marcadamente evangélico, a candidata da Rede não é a preferida nesse grupo – no cenário sem Lula, Bolsonaro tem 26% no segmento, desempenho superior ao registrado entre católicos (17%). Em 2014, Marina começou a campanha como candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), e assumiu a cabeça de chapa após a morte do titular. Na época, ela se envolveu em polêmicas relacionadas a aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sobre o primeiro tema, se declara contrária, mas defendeu e continua defendendo a realização de um plebiscito sobre legalização. Em relação ao segundo, logo após publicar seu programa de governo, a campanha trocou “casamento gay” por “união civil” no capítulo que discutia direitos dos homossexuais. A alteração foi interpretada como tentativa de evitar reações negativas no eleitorado religioso. “Acreditávamos que ela era nossa candidata. Quando chegou a questão do aborto, do casamento homoafetivo, ela não se posicionou”, disse o deputado Marco Feliciano (Podemos), um dos principais nomes da bancada evangélica na Câmara. “Com a história do plebiscito, ela traiu a questão evangélica.” Agora, a candidata não parece tão preocupada com a possibilidade de desagradar a esses eleitores. Sem meias-palavras, seu programa defende garantir por lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo e direitos iguais para adoção. Com um programa mais à esquerda que o de 2014 – elaborado em conjunto com o PSB – o atual partido de Marina busca seduzir eleitores que podem ficar “órfãos”, após a provável declaração de inelegibilidade de Lula – condenado em 2.ª instância e preso desde abril. As pesquisas mostram que Marina, neste momento, é quem mais se beneficia da saída de Lula da corrida eleitoral. A ex-ministra sai de 6% para 12%, no cenário com e sem o petista, respectivamente. Seu eleitorado é marcadamente feminino, nordestino e pobre. Distante de religiosos mais conservadores, Marina tenta se aproximar de pastores que se contrapõem à agenda da bancada evangélica do Congresso e a bandeiras de Bolsonaro. Em entrevista ao canal do YouTube do pastor Caio Fábio, no início do mês, Marina afirmou que “o Estado é laico, graças a Deus”. Cabo eleitoral declarado de Marina, o pastor disse que a queda de apoio a ela entre evangélicos se deve mais aos próprios eleitores do que às propostas de Marina. “Isso tem a ver com o embrutecimento religioso”.


27 de agosto de 2018
Política

Agência é acusada de contratar internautas pró-PT

Foto Reprodução

A jornalista Paula Holanda, militante de esquerda e influenciadora digital com mais de 6.700 seguidores no Twitter, disse em uma “thread” (sequência de tuítes), no sábado à noite (25), que foi convidada, em troca de dinheiro, por uma agência de marketing digital mineira chamada Lajoy a promover conteúdo de esquerda.

Paula diz que aceitou escrever tuítes favoráveis a candidatos do PT -Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional da sigla e candidata a deputada federal, e Luiz Marinho, que disputa o governo de São Paulo.

Ao receber uma terceira demanda, desta vez sobre o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), candidato a reeleição, ela diz ter percebido, então, que não atuava pelas pautas de esquerda em geral, mas especificamente em favor de candidaturas do PT -o que, afirma, não tinha ficado claro nos contatos com a agência.

Paula diz que se recusou a escrever sobre o piauiense. Os tuítes não informavam que eram pagos nem exibiam qualquer informação sobre a empresa ou político que os contratou. Essa prática é proibida pela legislação, que prevê a propaganda eleitoral em redes sociais apenas no modelo de impulsionamento, em que candidatos, siglas e coligações contratam diretamente a rede social.

A propaganda em redes sociais deve mencionar, explicitamente, qual partido, candidato ou coligação, com CNPJ, a pagou, “não devendo empregar meios destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”, diz o artigo 6º da Resolução 23.551. A consequência para quem o infringe é multa de até R$ 30 mil.

“Não tenho nenhuma ligação com o Piauí e não o conheço. Pesquisei rapidamente e pela opinião pública da esquerda, ele aparentemente não foi um bom governador. Li que ele sucateou e militarizou a educação e silenciou mulheres,” tuitou Paula.

“O que me passaram é que seria uma ação de esquerda, com pautas feministas, negras e LGBT, quando, na verdade, sinto estar fazendo uma campanha sem ter sido avisada.”
Após as declarações da jornalista, outros perfis no Twitter apagaram publicações ou admitiram que foram contratados para fazer comentários positivos sobre os candidatos.

Segundo Flavia Penido, advogada especialista em Direito Tributário e Direito Digital, o Twitter também veda a prática em seus termos de uso e tem excluído usuários sob suspeita da prática ou de fornecer informações falsas.

“A partir do momento em que não é informado que os tuítes estão sendo publicados mediante pagamento, ou por contas falsas, o ambiente da rede social está sendo manipulado e contaminado, isso é conhecido como compartilhamento não-orgânico ou não-autêntico. Isso é pernicioso para a democracia.”

Paula disse a seus seguidores que nunca assinou nenhum contrato, que não faz ideia de quem está pagando a ação da Lajoy e que não acha que será paga pelos dois tuítes que fez pró-Gleisi e Marinho.

A jornalista tuitou que receberia quase R$ 1.000, mas não especificou se o valor era por tuíte ou pela ação toda.

À reportagem Paula confirmou o que disse no Twitter, mas preferiu não informar detalhes, como valores, quais outros influenciadores digitais foram contratados e a quais outros candidatos a Agência Lajoy demandou conteúdo.

Procurada pela reportagem, a dona da Lajoy, Joyce Moreira Falete Mota, afirmou ter sido contratada por uma empresa chamada Be Connected.

Essa firma pertence a Rodrigo Queles Teixeira Cardoso, que aparece no site do diretório do PT de Belo Horizonte como membro suplente do colegiado e que foi nomeado, em julho passado, secretário do deputado federal Miguel Corrêa (PT-MG).

Procurados, o PT e Gleisi não se manifestaram. Wellington Dias, Rodrigo Cardoso e Miguel Corrêa não retornaram contatos. Marinho afirmou, via assessoria: “Não conheço essa agência. Aliás, nem sei o que seja um ‘influencer'”.


25 de agosto de 2018
Justiça

Após ameaças, MP pede tropas federais nas eleições 2018 no Ceará

Imagem Reprodução

O procurador regional eleitoral do Ceará, Anastácio Tahim Jr., solicitou o envio de tropas federais para evitar a ação do crime organizado durante as eleições 2018, no dia 7 de outubro. Um dos argumentos usados pelo procurador é uma circular atribuída ao Comando Vermelho do Ceará que proíbe candidatos saídos das corporações militares, entre eles Jair Bolsonaro (PSL), de pedir votos nas áreas dominadas pela facção. A circular cita nominalmente o deputado federal Vitor Valim – que é apresentador de TV – e o deputado estadual Capitão Wagner, ambos do PROS, além do próprio Bolsonaro, mas se estende a “outros polícias (sic)”. “Esses políticos apoiam a ditadura, tortura e tudo que é contra as comunidades carentes. Eles camuflam o que os policiais vêm fazendo nas nossas comunidades”, diz o texto. Segundo o procurador, somente uma investigação aprofundada pode atestar a autenticidade do texto, mas uma série de fatos ocorridos ultimamente, como a expulsão de candidatos em campanhas em favelas, serviriam como indícios. “A corroborar em alguma medida o que ali está escrito, nós colhemos alguns relatos”, disse Tahim Jr. “A preocupação com a segurança ganhou outros contornos. Até então, tinha a demarcação do território e a substituição do Estado nas áreas dominadas. Agora, tem este viés eleitoral”, afirmou. Um dos exemplos usados por ele é ação na qual o Ministério Público Federal pede reintegração de posse para 42 beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida que foram expulsos de suas casas por criminosos de uma facção. “O crime já financia a política em muitos Estados. Com isso, a arregimentação coercitiva dos eleitores habitantes dos espaços controlados por esses ousados e equipados grupos consubstancia uma prática iminente, a qual exige uma postura preventiva e repressiva, prontificada e contundente”, diz o pedido de apoio federal. A solicitação de tropas federais para garantir a segurança na eleição ainda vai ser votada no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). Segundo o procurador eleitoral, a decisão de pedir reforço federal foi tomada com base no parecer de uma comissão que ouviu todos os juízes eleitorais do Estado.


24 de agosto de 2018
Bahia

Eleições 2018: Pleito tem primeira candidatura impugnada

Imagem Reprodução

A candidatura a deputado estadual de Edson Dantas (PTB) foi indeferida nesta quinta-feira (23) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA). O órgão atendeu ao pedido do procurador-regional Eleitoral, Cláudio Gusmão, no qual argumentou que a não prestação de contas da candidatura de Dantas, no pleito de 2014, impossibilita a obtenção da certidão de quitação eleitoral, umas das condições de elegibilidade de um candidato. Edson Dantas tem um prazo de sete dias para recorrer da decisão.


24 de agosto de 2018
Política

TSE detalha propaganda de rádio e TV para os candidatos à Presidência

Foto Rede Acontece

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou nesta quinta-feira (23) detalhes sobre a propaganda de rádio e TV para os candidatos à Presidência na eleição de outubro, incluindo a previsão para a distribuição do tempo na propaganda eleitoral gratuita. A propaganda eleitoral em rádio e TV vai de 31 de agosto a 4 de outubro, mas os programas dos presidenciáveis serão transmitidos às terças, quintas e sábados. O primeiro programa dos candidatos a presidente vai ao ar dia 1º com o programa de Marina Silva (Rede). Em seguida serão veiculados os programas de Cabo Daciolo (Patriota), Eymael (Democracia Cristã), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Geraldo Alckmin (PSDB), Vera Lúcia (PSTU), Lula (PT), João Amoêdo (Novo), Álvaro Dias (Podemos), Jair Bolsonaro (PSL) e, por último, João Goulart Filho (PPL). Essa ordem vai mudar a cada dia seguindo esta lista, que foi estabelecida por sorteio. Por exemplo, em 4 de setembro, quando será veiculado o segundo programa dos presidenciáveis, o horário eleitoral gratuito começará com Cabo Daciolo e Marina será a última a aparecer. Todos os dias o último presidenciável a aparecer no programa terá nove segundos a mais. Isso se deve à sobra dos centésimos na grade de programação das redes. Assim, segundo o TSE, todos os partidos serão beneficiados. No total, 13 políticos pediram registro de candidatura para presidente da República. O TSE anunciou o tempo previsto na divisão no horário eleitoral gratuito durante o primeiro turno. Cada presidenciável participará dos dois blocos diários de programa, que terão 12 minutos e 30 segundos cada. No rádio, a propaganda vai de 7h a 7h12m30 e de 12h a 12h12m30. Na TV, o horário eleitoral será de 13h a 13h12m30 e das 20h até 20h42m30. Além de um tempo fixo na propaganda eleitoral, os candidatos também aparecerão em inserções de 30 segundos ao longo da programação das redes. O número dessas inserções varia. O cálculo considera os tamanhos das bancadas na Câmara dos Deputados. O TSE também sorteou seis inserções extras de 30 segundos. Divisão O maior tempo será da coligação de Geraldo Alckmin (PSDB, PRB, PP, PTB, PR, PPS, DEM, PSD, SDD): 5 minutos 32 segundos em cada bloco e 434 inserções ao longo da programação de rádio e TV durante o dia. Em seguida está a coligação de Lula (PT, PC do B, PROS): 2 minutos e 23 segundos e 188 inserções, além de uma inserção extra de 30 segundos. João Amoêdo (Novo) contará com cinco segundos, sete inserções e uma inserção extra de 30 segundos. Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL) terão cinco segundos, além de sete inserções, cada. O tribunal frisou que esta divisão é uma estimativa porque ainda há situações a serem definidas. Por exemplo, o MDB de Meirelles contestou a coligação de Alckmin. Se o tribunal acolher o questionamento, a coligação será reduzida e, por consequência, diminuirá o tempo do tucano na propaganda partidária. A Justiça Eleitoral tem até 17 de setembro para julgar todos os pedidos de registro de candidatos que vão concorrer ao pleito de 2018.


23 de agosto de 2018
Política

Manter Lula nas pesquisas fragiliza processo de decisão dos eleitores, diz Marina

Foto Rede Acontece

Ao visitar Recife (PE) na última terça-feira, 21, a candidata da Rede ao Palácio do Planalto nas eleições 2018, Marina Silva, disse que manter o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato – nas pesquisas de intenção de voto “fragiliza muito o processo de decisão dos eleitores”. Condenado em segunda instância e preso desde abril, Lula deve ter o registro de candidatura à Presidência indeferido pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. “A lei deve ser observada por todos. Ninguém está acima da lei numa democracia e não se pode ter dois pesos e duas medidas. Estamos em um processo eleitoral, faltando pouco dias para a finalização desse processo, e ainda temos uma situação que fragiliza muito a decisão dos eleitores”, afirmou. Na segunda-feira, 20, pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostrou que Lula, mesmo preso na Lava Jato, lidera a disputa presidencial com com 37% das intenções de votos, seguido de Jair Bolsonaro (PSL), com 18%; e Marina em terceiro, com 6%. Sem o petista, Marina dobra suas intenções de votos, alcança 12%, e sobe para a segunda posição. Neste cenário, Bolsonaro lidera a disputa com 20%. No Recife, a candidata da Rede visitou o projeto Porto Social, que funciona como incubadora de ONGs e local de fomento ao empreendedorismo social. Ela estava acompanhada da chapa majoritária da Rede em Pernambuco, encabeçada pelo candidato a governador Júlio Lóssio. À noite, se reúne com correligionários e militantes do PV em um hotel na zona sul do Recife, depois segue para São Paulo. A candidata criticou as novas regras eleitorais dizendo que “eles (incluindo o PT) fizeram de tudo para impedir a sociedade de cumprir com seu objetivo de mudar”, ficando com praticamente todo o dinheiro do fundo eleitoral e do tempo de propaganda no rádio e na TV. “É o momento de dar chance para a mudança, para que o cidadão derrote as velhas estruturas do poder econômico e do abuso do poder político, e eu estou sentindo esse movimento na sociedade brasileira”, afirmou. Segundo Marina, “os que criaram os problemas não vão resolvê-los, só vão agravá-lo”. “O voto livre, os cidadãos vão dar com a sua consciência a partir do momento em que começarem a ver as propostas, histórias e trajetórias de cada candidato. Vou continuar defendendo minhas propostas insistindo na ideia de que aqueles que criaram o problema não vão resolvê-lo, só vão agravá-lo”, disse. Sobre o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU emitido na sexta-feira, 17, solicitando ao Brasil que tome todas as medidas necessárias para que Lula possa exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, Marina declarou que o órgão desconhece a realidade brasileira. Segundo a candidata, a Justiça está atuando de acordo com o ordenamento jurídico e respeitando a Constituição Federal no caso do petista. “Nosso País vive um processo difícil e traumático e uma boa parte do mundo não sabe o que está acontecendo aqui com os graves problemas de corrupção, o que a Lava Jato revelou e está punindo em parte. Isso é apenas uma recomendação e a Justiça brasileira tem cumprido com tudo aquilo que é necessário numa democracia com o respeito ao mais amplo direito de defesa”, disse. Sobre Bolsonaro, com quem Marina protagonizou um embate durante debate realizado sexta-feira na Rede TV!, classificou o adversário como um exemplo de “retrocesso político daqueles que tem saudosismo do autoritarismo da ditadura”. “Os grandes problemas do Brasil não serão resolvidos em um passe de mágica, não vamos acabar, por exemplo, com a violência dando uma arma a cada pessoa para se defender, o problema da violência não é só a Polícia, mas é também justiça econômica e social. O debate tem que ser de ideias e propostas, mas não sem propósitos”, declarou.