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8 de agosto de 2018
Tecnologia

‘Futuro da mobilidade é o transporte público’, diz fundador do Waze

Foto: Reprodução

Uri Levine, o israelense cofundador do aplicativo de mapas Waze, acredita que a melhor maneira de superar os congestionamentos nas cidades é apostar no transporte público. Parte disso porque ele é membro do conselho do Moovit, serviço que oferece as melhores rotas de metrôs e ônibus locais, lançado em 2012.

Em painel no GovTech, evento que debate uma agenda digital para o setor público, em São Paulo, o empresário falou sobre empreendedorismo, gigantes da tecnologia e mobilidade urbana.

“O sucesso do transporte público depende muito dos governos e de regulação, com rotas certas, veículos pequenos e alta frequência. Mas para você ter uma ideia, o Moovit está crescendo mais do que o Waze cresceu”, disse.

Assim como o Waze, já presente em 100 cidades do mundo, o Moovit funciona de modo colaborativo. E sua eficácia melhora a partir do número de inscritos: quanto mais pessoas fornecem informações, mais certeira é a rota que o aplicativo oferece. No Brasil, são mais de 10 milhões de usuários (no mundo, cerca de 50 milhões).

Levine também falou sobre carros autônomos, que mudarão o futuro das montadoras atuais. Ele destaca que o modelo de negócios da indústria automobilística praticamente não se alterou nos últimos 100 anos, período que tende a acabar.

“Se você acredita que vai vender o mesmo número de automóveis do que no passado, está fora [do mercado]. Se acredita no setor da autoescola, comece a procurar um novo emprego. Quando contarmos às futuras gerações que dirigíamos carros, elas não irão acreditar.”

 

O trabalho de Levine hoje é ajudar startups a crescer. Na sua visão, as mudanças tecnológicas dos últimos 10 anos -posteriores ao lançamento do smartphone- serão menos drásticas do que as que estão por vir.

“É difícil dizer quais das grandes empresas de hoje sobreviverão na próxima década. De Google, Amazon e Facebook, que foram disruptivas, acho que só duas vão se manter”, afirmou. Ele não quis dizer qual riscaria da lista, mas se limitou a dizer que é a que tem menos utilidade na vida das pessoas.

Levine aposta na ideia do “suficientemente bom”: para que um serviço conquiste pessoas. “Não precisa ser perfeito, mas suficientemente bom”, ele diz. Baseia esse argumento na trajetória do Waze, que precisou de seis meses para oferecer mapas viáveis. Lançado em 2009, o aplicativo foi comprado pelo Google em 2013. Um dia depois, o israelense deixou a empresa para criar outras.

Entre as dicas aos empreendedores brasileiros, Levine destaca a necessidade de entender a percepção do público sobre o problema que a startup quer solucionar -ele diz “se for um problema puramente individual, procure um analista”-, de solucionar os erros de forma rápida e de tomar as decisões difíceis o mais rápido possível.

“Montar uma startup é como se apaixonar. Você tem várias ideias, mas de repente pensa ‘é essa!’, assim como com pretendentes. Você não quer ouvir o mundo, não se interessa mais por nada. Só pensa na nova ideia e no novo conceito até se sentir seguro para contar aos amigos. Aí é como namorada, eles dizem que não vai funcionar. Você não quer saber. É como montanha russa, tem que estar apaixonado”, comparou.

 

O GovTech é um evento idealizado pelo ITS-Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro) e pelo BrazilLAB, e debate temas como a desburocratização por meio da tecnologia e a digitalização do setor público.

No fim do dia, a organização deve entregar uma carta-compromisso a presidenciáveis para que estes assumam compromissos para um governo mais digital. Estão no local os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), João Amoêdo (Novo), Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O Brasil está no 64º lugar do Global Innovation Index, que mede a inovação de governos.


3 de agosto de 2018
Saúde

Cientistas testam Google Glass em terapia para crianças com autismo

Foto: Reprodução

Crianças com autismo conseguiram avanços em suas habilidades sociais utilizando uma combinação de um aplicativo de smartphone com o Google Glass a fim de melhorar sua capacidade para decifrar as emoções transmitidas pelas expressões faciais das pessoas. O resultado foi obtido em um estudo piloto realizado por cientistas da Universidade Stanford (Estados Unidos) e publicado nesta quinta-feira, 2, na revista científica Digital Medicine. O autismo é um distúrbio de desenvolvimento caracterizado por déficits sociais, dificuldade de comunicação e comportamentos repetitivos.

A terapia se baseia no aplicativo desenvolvido pelos cientistas de Stanford, que fornece algumas pistas sobre a expressão facial das pessoas às crianças que usam o Google Glass. Ligado ao smartphone por uma conexão sem fio, o dispositivo semelhante a um par de óculos é equipado com uma câmera que registra o campo de visão do usuário, além de uma pequena tela e um alto falante que dão a ele informação visual e auditiva.

Enquanto a criança interage com outros indivíduos, o aplicativo identifica seus nomes e emoções pela tela ou pelo alto falante. Depois de três meses de uso regular do sistema, os pais das crianças com autismo envolvidas no estudo relataram que elas passaram a fazer mais contato visual e a se relacionar melhor com as pessoas.

De acordo com os autores do estudo, as terapias precoces para o autismo têm se mostrado especialmente eficazes, mas muitas crianças não são tratadas rápido o suficiente para obterem os benefícios máximos. Atualmente, por causa da falta de terapeutas especializados, as crianças podem levar até 18 meses para receberem um diagnóstico antes de começarem o tratamento.

“Temos muito poucos médicos especializados em autismo. A única maneira de enfrentar esse problema e criar sistemas domésticos de tratamento que sejam confiáveis. Essa é uma necessidade muito importante que não é atendida”, disse um dos autores do estudo, Dennis Wall, que é professor de pediatria e ciência biomédica de dados em Stanford.

Os pesquisadores relatam que, antes de participar do estudo, olhar nos olhos de outra pessoa era algo opressivo para o garoto Alex, de 9 anos. Sua mãe, Donji Cullenbine, tentava estimular delicadamente o contato visual, sem sucesso.

“Eu sorria e dizia para ele: ‘você olhou para mim três vezes hoje’. Mas na verdade não via avanço nenhum.”, disse a mãe. Segundo ela, o novo dispositivo mudou o que Alex sentia ao olhar para o rosto dos outros . “Funciona como um ambiente de jogo, no qual ele queria vencer. Ele queria acertar qual era a emoção da pessoa e tinha uma recompensa imediata quando acertava”, contou.

“Superpoderes”

Os cientistas batizaram a nova terapia de “Óculos de Superpoderes” para que ela fosse mais atraente para as crianças. A terapia se baseia na análise comportamental aplicada, um tipo de tratamento para o autismo no qual os médicos ensinam o reconhecimento de emoções utilizando exercícios estruturados, como cartões que mostram rostos expressando diferentes emoções.

Embora a análise comportamental aplicada tradicional ajude as crianças com autismo, segundo os autores, esse tipo de terapia tem algumas limitações. Ela precisa ser feita individualmente por terapeutas treinados, os cartões nem sempre capturam toda a gama de emoções humanas e as crianças podem ter dificuldades para transferir o que aprenderam para suas vidas cotidianas.

A equipe coordenada por Wall decidiu utilizar os princípios da análise comportamental aplicada em um sistema capaz de trazer para os pais e as situações cotidianas para o processo de tratamento.

A solução foi construir um aplicativo para smartphones que utiliza o campo da inteligência artificial conhecido como “aprendizado de máquina”, no qual os algoritmos reconhecem padrões e, à medida que recebem mais dados, adaptam-se a novos cenários e corrigem suas decisões com o mínimo de intervenção humana.

Utilizando o aprendizado de máquina, o aplicativo reconhece oito expressões faciais básicas: alegria, tristeza, raiva, nojo, surpresa, medo, desprezo e neutralidade. O aplicativo foi treinado com centenas de milhares de fotos de rostos que mostravam as oito expressões. Ele possui também um mecanismo que permite aos usuários calibrarem a leitura para indicar expressões neutras, quando necessário.

Segundo Wall, as crianças que têm desenvolvimento normal aprendem a reconhecer as emoções ao fazer contato visual com as pessoas ao seu redor. Para as crianças com autismo, o processo é diferente. “Eles não absorvem essas situações sem um tratamento direcionado”, disse o cientista.

No estudo, 14 famílias testaram os Óculos de Superpoderes em casa por um período médio de 10 semanas. Todas elas tinham uma criança com idades enter 3 e 17 anos, com diagnóstico confirmado de autismo. A terapia foi utilizada pelo em menos três sessões de 20 minutos por semana.

Brincadeira terapêutica

No início e no fim do estudo, os pais completaram questionários para fornecer informação detalhada sobre as habilidades sociais de seus filhos. Em entrevistas posteriores, os pais e as crianças descreveram os resultados do programa terapêutico em suas famílias.

Os pesquisadores estabeleceram três maneiras para utilizar o programa de reconhecimento de emoções. No modo “jogo livre”, as crianças usavam o Google Glass enquanto interagiam ou brincavam livremente com seus familiares, enquanto o aplicativo fornecia a elas as dicas visuais e auditivas cada vez que uma emoção era reconhecida nos rostos em seu campo de visão.

No modo “adivinhe minha emoção”, um dos pais simulava uma expressão facial correspondente às oito emoções básicas e a criança tentava identificá-la. A brincadeira ajudava as famílias e os cientistas a acompanhar os avanços da criança na identificação de emoções.

Já no modo “capture o sorriso” é a criança quem dá a outra pessoa pistas sobre a emoção que deseja provocar, até que a pessoa a expresse. O objetivo é ajudar os cientistas a avaliar a capacidade da criança para compreender diferentes emoções.

De acordo com o estudo, as famílias relataram aos pesquisadores que o sistema é “envolvente, útil e divertido”, que “as crianças se mostraram dispostas a usar o Google Glass” e que “os dispositivos resistiram bem ao desgastes por serem usados por crianças.”

Doze das 14 famílias, incluindo a do menino Alex, disseram que as crianças fizeram mais contato visual depois de receber o tratamento. Em poucas semanas de envolvimento nos testes, Alex começou a se dar conta de que os rostos das pessoas dão pistas para suas emoções. “Ele me disse: ‘mamãe, eu estou conseguindo ler as mentes’. Meu coração se encheu de emoção. Gostaria que outros pais tivessem a mesma experiência”, disse a mãe.

Entre as famílias cujas crianças tinham um autismo mais severo, a escolha pelo modo “jogo livre” foi menos frequente, segundo os cientistas.

Redução de sintomas

Em uma escala padronizada para avaliar as habilidades sociais das crianças, aplicada com base em um questionário, foi registrada uma redução média de 7,38 pontos ao longo do estudo, indicando sintomas menos severos de autismo. Nenhum dos participantes teve aumento nos pontos, indicando que ninguém teve piora nos sintomas.

Seis dos 14 participantes tiveram uma redução dos pontos grande o suficiente para descer um degrau na classificação de severidade do autismo. Quatro deles tiveram a classificação alterada de “severo” para “moderado”, um passou de “moderado” para “leve” e um de “leve” para “normal”.

Os cientistas afirmam, no entanto, que esses bons resultados precisam ser interpretados com cuidado, já que se trata de um estudo piloto, que não envolveu um grupo de controle. Ainda assim, Wall afirma que “os resultados são promissores”.

Segundo Wall, alguns dos comentários dos pais nas entrevistas ajudam a ilustrar a melhora no quadro das crianças. “Os pais disseram coisas como ‘alguma chave foi acionada, meu filho está olhando para mim’, ou ‘de repente o professor veio me dizer que meu filho está envolvido nas aulas’. Tudo isso é muito reconfortante e animador para nós”, afirmou Wall.

A equipe de cientistas agora está terminando um teste da terapia mais amplo, com controle aleatório. Eles também planejam testar a terapia em crianças que acabaram de ser diagnosticadas com autismo e estão na fila de espera para tratamento. A Universidade de Stanford já deu entrada em um pedido de patente para a nova tecnologia. Com informações do Estadão Conteúdo.


2 de agosto de 2018
Brasil

Sites de notícias serão o meio mais influente nas eleições 2018, aponta pesquisa

Foto: Reprodução

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta terça-feira (31/7) dados sobre os meios de comunicação mais utilizados pelos cidadãos para se informar sobre as eleições de 2018. De acordo com a estatística, 42,5% dos brasileiros pretendem usar os sites de notícias e redes sociais como ferramenta de informação. Apenas 36,7% revelaram fazê-lo pela televisão. Segundo o levantamento, jornais impressos e o rádio ficam para trás. A leitura impressa está na preferência de 6,3% das pessoas e as rádios na de 5,6%. Os brasileiros que não não tomaram posicionamento somam o total de 8,8%. O Paraná Pesquisas entrevistou 2.240 eleitores em todo o país entre os dias 25 e 30 de julho. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.


31 de julho de 2018
Tecnologia

YouTube finalmente ganha modo escuro no Android

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Meses após o modo escuro ser disponibilizado no YouTube para iOS, o aplicativo de Android também está recebendo uma atualização para adicionar o recurso voltado para a exibição dos vídeos em ambientes com pouca iluminação. Conforme informou o 9to5google nesta segunda-feira (30), o “dark mode” deve ser liberado em update automático do aplicativo de forma gradual ao longo das próximas semanas. Entre as novidades que a nova função oferece está o ajuste do tema a partir de um botão de rolagem, semelhante a um dimmer. Assim que liberada, a opção poderá ser acessada a partir do menu de configurações do aplicativo. O modo escuro chegou aos dispositivos móveis iOS em março deste ano, logo após o YouTube introduzir o seu novo layout para a versão web. Antes do lançamento oficial para iPhone e iPad, este recurso só podia ser acessado por meio da ativação do “modo de desenvolvedor”.


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27 de julho de 2018
Tecnologia

Troca de e-mails revela métodos de pedófilos: ‘Fique amigo dos pais’

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O delegado Valdemar Latance Neto coordenou a operação Moikano, iniciada em abril de 2014, que investigava uma rede internacional de pedofilia. Na época, a análise de 176 contas de e-email usadas por suspeitos culminaram em 50 mandados de busca domiciliar e 31 de prisão preventiva, que acabaram em 13 prisões em flagrante. Latance divulgou ao jornal ‘Extra’ trechos das mensagens trocadas pelos abusadores de crianças. Em um dos e-mails analisados pela polícia, um homem revela que tinha conseguido “passar a mão” no corpo de uma menina “loirinha, linda, de nove anos”. A partir daí, o suspeito e a vítima em potencial foram identificados. “Era uma criança em situação muito vulnerável”, afirma Latance. “A garota não foi abusada, mas não tenho dúvida que esse era o sonho da vida dele. Felizmente, conseguimos atuar antes que acontecesse. Isso foi possível porque a mensagem era recente e houve uma reação rápida: o estupro de uma criança pode ocorrer caso a atuação do estado demore”, completou o delegado.
Outro caso investigado foi uma troca de e-mails entre um palhaço chamado Ricocó, que trabalhava em Salvador animando festas infantis, e um homem identificado por “Léo Santo André”. Este suspeito mandou um e-mail com imagens de um garoto de aparentemente oito anos sendo abusado e deu dicas de como cometer o crime: “Fique amigo dos pais”. Ainda de acordo com a reportagem, o delegado diz que é preciso considerar o peso dessa acusação durante a busca e apreensão. “Um inocente pode ter a honra manchada, em seu círculo social, com uma injusta e permanente atribuição do rótulo de pedófilo”, afirma. “Estamos revelando o maior segredo da vida dele. Sua reação representa um risco, inclusive de suicídio. Em 99% dos casos a família não sabe de nada, até porque não há um perfil específico. Pode ser qualquer tipo de pessoa”, completa.


27 de julho de 2018
Tecnologia

Armário que passa a roupa sozinho está chegando ao Brasil

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A LG está trazendo o Styler Steam Closet para o Brasil, um armário inteligente que não só guarda as roupas, como também passa as peças. O anúncio foi feito durante o evento Eletrolar Show. A novidade já existe na Coreia do Sul e em alguns países da Europa. O armário usa jatos de vapor que passam as roupas, tirando vincos de marcas de lavagem. Além disso, o Styler também tira odores ruins da roupa, como aquele “cheirinho de guardado”, sabe? A empresa também garante que o equipamento é ótimo pessoas alérgicas, já que o armário tecnológico consegue remover até 99,9% dos agentes causadores de alergia e até bactérias das roupas. Ansioso para ter o seu armário moderno? De acordo com o blog ‘Missão Digital’, o produto deve ser lançado a partir de 2019. (Notícias ao Minuto)


26 de julho de 2018
Brasil

MPF dá 48 horas para Facebook explicar retirada de páginas e perfis

Imagem Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) deu 48 horas para o Facebook entregar uma lista indicando as 196 páginas e 87 perfis excluídas nesta quarta-feira (25), sob acusação de violar as “políticas de autenticidade” da plataforma e atuar de forma coordenada para promover a “desinformação”. Segundo a Veja, o procurador da República Ailton Benedito entendeu que as informações são “imprescindíveis à atuação” do MPF em um inquérito, também aberto por ele, que apura se o Facebook censurou publicações contra a exposição Queermuseu, em 2017. Por enquanto, a rede social não é obrigada a atender o pedido do MPF. Caso a empresa americana se negue a fornecer as informações, o órgão pode recorrer à Justiça para que esta demande as informações. Entre as páginas excluídas pelo Facebook nesta manhã estão as contas dos sites Jornalivre e O Diário Nacional e a página do movimento Brasil 200, movimento presidido pelo empresário Flávio Rocha, que até a semana passada era pré-candidato à Presidência da República pelo PRB.


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25 de julho de 2018
Saúde

Aparelho criado por brasileiro promete detectar infecção por hepatite C em minutos

Foto: Reprodução

Um pesquisador brasileiro desenvolveu um equipamento que promete detectar a infecção por hepatite C, conhecida por ser uma doença silenciosa, entre 10 minutos e 15 minutos. Se trata de um aparelho portátil, com bateria autônoma para até 18 exames. O custo para a produção desse dispositivo é de R$ 430. “São feitos os testes e os resultados são enviados na hora para o e-mail do médico ou salvos no cartão de memória”, conta João Paulo de Campos Costa, de 26 anos. O jovem desenvolveu o produto durante seu mestrado na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP). Segundo informações do UOL, o dispositivo já foi patenteado e chamou atenção de fabricantes da área da saúde, que deverão buscar as certificações necessárias para que ele possa ser comercializado. A ideia é vender o produto para laboratórios e, principalmente, para o governo, que visa erradicar a doença até 2030. A criação de Costa se baseia nas proteínas que os organismos infectados com o vírus da hepatite C produzem para combater a doença. “O sensor tem um eletrodo em que imobilizamos o antígeno. Nós retiramos o sangue, separamos o soro e testamos no novo dispositivo. Se a pessoa tiver anticorpos para a doença, eles vão se ligar ao eletrodo, reduzindo a corrente elétrica. Essa variação da corrente é captada pelo aparelho e enviada como resultado”, explica o pesquisador. De acordo com a publicação, a sensibilidade do aparelho permite a detecção das imunoglobinas M produzidas até 15 dias após o contato com o vírus. Já os métodos utilizados atualmente só permitem o diagnóstico depois de um mês. Outra vantagem no dispositivo é o custo, já que os aparelhos convencionais são importados e chegam a custar R$ 60 mil.


25 de julho de 2018
Política

Candidatos às eleições poderão anunciar no Facebook

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O Facebook anunciou nesta terça-feira, 24, que os candidatos que desejarem fazer posts patrocinados na rede social, como parte de sua campanha nas eleições de 2018, poderão se cadastrar na plataforma a partir de 31 de julho.

O anúncio foi feito pela rede social durante evento com jornalistas em sua sede em São Paulo – na ocasião,a rede também divulgou novos recursos que pretende trazer para o período do pleito no Brasil.

Depois de uma experiência traumática nas eleições americanas de 2016, quando foi utilizado para disseminar notícias falsas e sofreu influência de agentes ligados ao governo russo, o Facebook está tentando fechar o cerco e evitar problemas na forma como é usado em eleições. Aqui no Brasil, a empresa divulgou que apenas candidatos, partidos, coligações e seus devidos representantes poderão impulsionar publicações na rede social.

Para isso, será necessário implementar medidas de segurança, como autenticação de dois fatores (como entrar na rede social com ajuda de uma senha e de um dispositivo remoto), enviar documentos de identificação e se comprometer com políticas antifraude. “Queremos que os políticos façam o máximo para não serem hackeados”, disse Katie Harbath, diretora global de engajamento com políticos e governos do Facebook.

Além disso, a rede social tentará ser transparente com seus usuários: todas as publicações impulsionadas por políticos serão etiquetadas como “propaganda eleitoral”, seguindo as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir do dia 16 de agosto, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.

Conscientização

O usuário que desejar também poderá verificar os anúncios que estão ativos ou já foram veiculados na plataforma por meio de uma função chamada Biblioteca de Anúncios. Ela está prevista para entrar no ar no dia 16 de agosto. Nela, será possível pesquisar anúncios relacionados a um candidato, feitos por ele ou por seus opositores, e ver quanto dinheiro foi gasto no impulsionamento da publicação, por quem, e qual foi o público-alvo. A ferramenta manterá no ar por sete anos as informações sobre anúncios que forem veiculados.

Haverá limitações, porém: será possível saber o gênero e a idade dos usuários que receberam conteúdo direcionado, mas não sua faixa salarial ou localização geográfica. “Sabemos que são informações importantes, mas também temos a noção de que afetamos a privacidade dos nossos usuários ao abrir mais dados. Precisamos protegê-la”, declarou a executiva, em uma sessão de perguntas e respostas com jornalistas.

Entre os destaques apresentados está uma função chamada em inglês de Town Hall, na qual os usuários poderão ter acesso direto aos seus representantes – sejam eles presentes no Executivo ou no Legislativo. Ainda não há previsão para a chegada da ferramenta ao País, mas a meta é de que ela esteja no ar ainda neste segundo semestre, disse Katie – hoje, apenas os usuários do Facebook nos EUA têm acesso à ferramenta.

Outra ferramenta destacada por ela é a dos Temas, já disponível na plataforma desde junho – presente nas páginas de candidatos, ela permite que os políticos se posicionem a respeito de diversos temas.

Também prevista para chegar ao País é a ferramenta Ballot (cédula, em tradução livre), no qual a posição de diversos candidatos sobre temas específicos é disposta lado a lado. “Nos EUA, sabemos que muita gente se decide nos últimos dias. Ferramentas como essas são importantes na hora do voto”, justificou a executiva.

Durante o evento, Harbath também falou sobre as parcerias que o Facebook está fazendo com agências de checagem e veículos de mídia para evitar a disseminação de notícias falsas em sua plataforma. Entre elas, destaque para a colaboração com Aos Fatos, Lupa e AFP, que podem verificar se notícias divulgadas no Facebook são falsas, e para a integração com o Comprova, rede de 24 veículos brasileiros, do qual o jornal O Estado de S. Paulo faz parte, que também checará informações de matérias durante a campanha eleitoral.

Segundo a executiva, porém, o Facebook não terá o papel de remover publicações falsas. “Não achamos que é papel do Facebook decidir o que é verdade ou não”, disse. Postura semelhante será adotada com propagandas políticas que não estejam marcadas dessa forma por má-fé dos candidatos. “Nosso papel é fazer relatórios para mostrar como as propagandas são usadas. Caberá às cortes regular sobre isso.”


24 de julho de 2018
Tecnologia

Celular é mais usado do que computador para acessar internet no Brasil

Quase metade dos brasileiros que acessam a internet o fazem pelo smartphone, diz pesquisa do Cetic.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) divulgada nesta terça (24), no censo anual sobre o uso de tecnologias da informação por domicílio no país. Pela primeira vez na série histórica -a pesquisa é realizada desde 2005-, o uso exclusivo de celulares para acessar a rede ultrapassou o uso misto (computador e smartphone). Um em cada cinco domicílios brasileiros tem acesso à internet sem ter um computador. Das 120,7 milhões de pessoas que acessaram a internet nos últimos três meses, 49% o fizeram utilizando somente o celular, 4% somente pelo computador e 47% ambos. Apesar do crescimento do uso na população, a discrepância entre classes sociais permanece. Enquanto a classe A está quase integralmente conectada (99%), a classe C tem 69% dos domicílios com acesso à internet e as classes D e E, 30%, sendo 80% feito em dispositivos móveis. Nos domicílios desconectados, o preço da conexão, o desinteresse e a falta de habilidade foram os principais motivos citados. A pesquisa realizou mais de 23 mil entrevistas, em 350 municípios do país.


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23 de julho de 2018
Brasil

Saiba quais são os temas mais debatidos pelos brasileiros no Facebook

Imagem Reprodução

Assuntos relacionados a segurança e economia são os mais debatidos pelos brasileiros no Facebook. No total, 64 milhões de pessoas geraram quase 1 bilhão de interações no mês de abril. Este tipo de mapeamento nunca foi disponibilizado publicamente pela companhia. Os dados foram apresentados pela empresa em um evento sobre internet e eleições realizado sexta-feira (20), em Brasília. A plataforma mapeia os assuntos discutidos e organiza estes em grandes temas. No monitoramento compartilhado no evento, foram identificados os números de pessoas abordando as questões, o número de interações (curtidas, comentários, compartilhamentos) e o percentual por gênero. Os dados são relativos ao mês de abril. Diferentemente de pesquisas de opinião, que baseiam suas análises em uma amostra de alguns milhares de entrevistados, o quadro montado pelo Facebook toma como referência a sua base de usuários, que chegou a 127 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira. De acordo com o levantamento, segurança e economia foram os temas mais populares. O primeiro teve 262,2 milhões de interações promovidas por 32,3 milhões de pessoas. Já questões vinculadas ao universo econômico geraram 165,8 milhões de interações envolvendo 30,4 milhões de pessoas. No ranking de áreas objeto de maior preocupação, os dois temas são seguidos por educação (119,9 milhões de usuários e 26,7 milhões de pessoas), tecnologia (102 milhões e 19,4 milhões), saúde (96 milhões e 25,9 milhões) e habitação (81,3 milhões e 19,7 milhões). Na divisão por gênero, o tema de maior preocupação das mulheres foi Saúde (65% to total de pessoas interagindo), seguido de Educação (64%) e Habitação, Economia, Meio Ambiente e Gênero (62%). Já a participação de homens foi maior nas conversas virtuais sobre Indústria (47%), Segurança (43%), Agricultura (41%) e Turismo e Transporte (40%).


19 de julho de 2018
Tecnologia

Observatório consegue imagem nítida de Netuno e resultado impressiona

Foto: Reprodução

Netuno fica bem longe da Terra, mais precisamente 4,6 bilhões de quilômetros. Mesmo assim, uma atualização do VLT (Very Large Telescope) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, permitiu que o telescópio conseguisse obter imagens bem nítidas do planeta.

Só para se ter uma noção, a qualidade das imagens é tão boa quanto as tiradas pelo telescópio Hubble, que orbita a Terra.