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26 de outubro de 2019
Bahia

Crise no PSL pode afetar relação entre MDB e Bruno Reis; entenda

Foto Sudoeste Acontece

O MDB não está morto, mesmo. Informações de bastidores dão conta de que existe uma movimentação forte para que a sigla se coligue com o vice-prefeito Bruno Reis, pré-candidato do DEM a eleição de Salvador em 2020. O gestor está buscando caminhos para substituir o PSL na esteira da crise instalada no partido na esfera nacional.

O partido está hoje na base do prefeito ACM Neto (DEM) e o caminho mais natural seria mesmo a coligação com os carlistas. Há alguns meses, no entanto, os caciques emedebistas reclamam de que o Palácio Thomé de Souza não havia dado nenhum sinal de que estaria interessado em continuar com a parceria. Tanto que a sigla ensaiou apoiar o presidente da Câmara, Geraldo Júnior (SD), para 2020.

Só que essa movimentação de agora teve o fator PSL. Se Bruno não conseguir manter a parceria com os apoiadores de Bolsonaro, é bom lembrar que o MDB ainda é o terceiro maior partido, tem o fundo eleitoral e o tempo de TV. O partido também vai ouvir quais são as chances dele dentro da base, avaliando a proporcional.

Por exemplo: se Neto disser que quer Bruno na cabeça de chapa e Leo Prates (hoje no DEM, mas prestes a migrar para o PDT) na vice, corre-se o risco de os carlistas conseguirem também eleger um nome dele para a a presidência da Câmara. Neste cenário, os partidos da base poderiam se rebelar, porque seria o grupo em sua versão “puro-sangue” comandando as principais esferas de poder da cidade.

“Se o MDB não estiver na chapa majoritária, o prefeito vai ter que dar uma generosidade. Não é cargos. É organizar os candidatos na proporcional, os puxa-votos”, conta uma fonte do alto clero do partido.

O BNews apurou também que a decisão de Neto sobre qual deverá ser o seu candidato a sucessor deverá ser adiada para janeiro, quando vai ouvir o grupo e avaliar o desempenho de Reis.

Procurado pela reportagem, o presidente estadual do MDB baiano, Alexsandro Freitas, afirmou que ainda aguarda um aceno do grupo de ACM Neto para a coligação de 2020, mas que não vai esperar por muito tempo. “Estou trabalhando para o MDB sair sozinho”, assegura. O gestor também não descarta uma possível coligação com o grupo encabeçado pelo governador Rui Costa (PT). “Estamos abertos ao diálogo”, sinaliza.