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12 de abril de 2019
Bahia

Defensoria Pública Estadual impede que concessionária corte energia de casa com criança em internação domiciliar

Foto Rede Acontece

Uma moradora de Itapetinga (BA) viveu um pesadelo com a possibilidade de sua casa ficar sem energia elétrica por causa de duas contas em atraso. O filho dela recebe tratamento domiciliar e utiliza diversos aparelhos que necessitam de energia. Com medo do corte de energia, ela procurou a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) para garantir a continuidade da internação domiciliar (home care) do filho. Através da entidade, que ajuizou a ação em caráter de urgência, o direito à vida e à saúde da criança foi garantido e a concessionária não pôde cancelar o fornecimento da energia. “No dia a dia da Defensoria Pública lidamos com situações de assistidos que carecem de salvaguarda de direitos fundamentais básicos, como o caso desta assistida, que, durante o atendimento, relatou que a vida de seu filho depende do funcionamento de aparelhos para terapia intensiva domiciliar. Ante a nova demanda de energia elétrica, as faturas passaram a constar elevados valores, incompatíveis com a renda familiar. Sendo assim, a Defensoria Pública atuou no sentido da preservação dos direitos da criança”, contou o defensor público Matheus Silva Bastos. A criança em questão tem oito anos e foi diagnosticada com hidrocefalia e tumor na região pineal. O menino foi submetido a uma neurocirurgia em 2017 e, desde então, precisa de cuidados médicos intensivos e contínuos. Como recebeu alta após passar mais de um ano internado, o garotinho foi transferido para a internação domiciliar, onde foram instalados diversos aparelhos de monitoramento, oxigenoterapia, ventilação mecânica e alimentação por sonda, além de um ar condicionado para garantir a manutenção da temperatura do

A conta de energia da casa era R$ 6 até janeiro deste ano, mas, com a transferência do menino, pulou para R$ 645,89 em fevereiro e R$ 838,02 em março. “Ele depende destes aparelhos para sobreviver. São aparelhos que ficam ligados 24h por dia e consomem muita energia. Estou desempregada, não posso trabalhar, pois preciso cuidar dele, e a única coisa que recebo é um benefício [Benefício de Prestação Continuada – BPC] no valor de um salário mínimo”, afirmou a mãe do garoto, Charlor Pereira Viana.