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22 de novembro de 2018
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Djavan fala sobre Lei Rouanet: ‘Nunca usei e nunca vou usar’

Foto Reprodução

Djavan, que lançou este mês seu 24º álbum, “Vesúvio”, falou sobre o novo trabalho e também sobre o momento político do país. “Impossível você ficar à margem de um processo louco como foi esse. Eu nunca vi uma eleição tão conturbada, aconteceram atos de violência em vários lugares, uma coisa inédita no Brasil”, disse o cantor em entrevista à “Folha de S.Paulo”. E completou: “Por isso a política no disco”. O assunto aparece de forma explícita nas músicas “Solitude” e “Viver É Dever”.

A respeito da polêmica que envolve a Lei Rouanet, o artista de 69 anos declarou: “Nunca usei e nunca vou usar. Não gosto de fazer show nem para prefeituras. Quem vai pagar? Se é o povo eu não quero. Rejeitei muito convite. Eu nunca usei porque não preciso e não acho que eu deva usar um dinheiro que pode ser melhor aplicado”.

No entanto, Djavan não é contra a lei em si. “Acho que tem muita gente que precisa ser ajudada pela Lei Rouanet. O Brasil é enorme, precisa de cultura em todos os quadrantes. O povo precisa usufruir disso. Faz sentido. Não reclamo de quem usa. Eu é que peguei para mim a coisa de não recorrer à Lei Rouanet”.

Dono de uma obra sui-generis, o autor de “Oceano” gosta de destacar sua independência. “Sempre fui um pouco à margem. Teve a turma da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, mas não teve a turma de Alagoas. Fui sempre meio sozinho nessa trajetória. Eu nunca atrelei a minha carreira ao mercado, nunca foi preponderante no meu fazer. Sempre ignorei o mercado, corri por fora”.

Ele também fala de sua ausência de grandes festivais no Brasil. “O Rock in Rio, o Festival de Verão de Salvador, são importantes, mas sempre tem uns entraves para mim. São ligados às TVs, e aí as emissoras não pagam direito de imagem”, diz.

E encerra abordando a questão dos patrocínios desses mesmos eventos: “Eu nunca tive patrocinador, nunca quis ter, nunca cedi minhas músicas ou minha imagem para nada. Não sei explicar, não acho que é puritanismo ou porque eu seja diferente, é porque eu nunca precisei. Se posso abrir mão, prefiro não ouvir a minha música vendendo um produto”.