Em entrevista coletiva no início da noite desta segunda-feira (14), na sede do PP, em Salvador, para falar sobre o rompimento com o governo e o PT de aliança de 14 anos, o vice-governador João Leão disse que houve uma “quebra de confiança” por parte do partido com a sua sigla que motivou o afastamento.
“Na semana passada, o senador Jaques Wagner esteve na minha casa, confirmou todo o nosso acordo. E na segunda feira, em uma entrevista a uma rádio em Salvador, foi dito que não iria ter mais acordo, que a coisa iria ser dessa maneira, sem discutir absolutamente nada conosco. Conversamos com os deputados federais, os deputados estaduais, os prefeitos e chegamos a um consenso de que acabou. É uma questão de quebra de confiança”.
Ainda segundo Leão, foi um rompimento civilizado que permite que o PP esteja livre para começar uma nova vida. “É uma ruptura civilizada. Nós não vamos sair atacando absolutamente ninguém. Não é o meu perfil e nem o perfil dos meus companheiros do PP”, disse o vice-governador.
Sobre o apoio ao pré-candidato ao governo do Estado ACM Neto (DEM), Leão afirmou que ainda não fechou com ninguém, mas que jantou com o ex-prefeito de Salvador, evento que ele classificou como “uma noite maravilhosa”.
Ele ainda falou que não ficará de fora do processo eleitoral. “Nas duas próximas semanas chegaremos lá”, disse o vice-governador sobre a qual cargo concorrerá. “Sou muito jovem, vou viver pelo menos 200 anos”, brincou Leão, que vai disputar a vaga de Senado na chapa de Neto, um desejo seu desde o princípio das negociações com o PT e o PSD do senador Otto Alencar.
Leão ainda admitiu que é possível votar em Lula, mesmo com o rompimento com o governo do Estado. “Não deixo nenhuma porta fechada”, sentenciou.