O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) inicia neste mês os testes do seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow. Versão americana do Pix, ele promete revolucionar a forma como se envia e recebe dinheiro na maior economia do mundo. Colômbia e Canadá também iniciam os testes.
Enquanto isso, no Brasil, o Pix “original” está próximo de alcançar o recorde de R$ 1 trilhão em transações realizadas em um único mês.
A expectativa do Fed é de lançar o sistema entre maio e julho de 2023. Nesta sua reta final de desenvolvimento, o projeto-piloto do FedNow vai iniciar a fase de testes técnicos, com a participação de mais de 120 instituições.
Em paralelo, o Fed já começa a envolver outras instituições interessadas na nova solução, mas que ficaram de fora do projeto-piloto. A promessa é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. E, assim, conecte empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque — que no Brasil praticamente desapareceu do dia a dia — ainda é presença frequente.
Adesão
No Brasil, o Pix é operado por mais de 770 instituições, segundo o Banco Central (BC). Por conta da facilidade de mandar e receber dinheiro, e também pelo fato de não ter taxas, a adesão dos brasileiros ao novo sistema foi uma explosão.
A quantidade de chaves do Pix, mais de 478 milhões, é o dobro da quantidade de habitantes no país, de 212,7 milhões, conforme estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o total de usuários soma mais de 131,8 milhões, sendo 122 milhões de pessoas físicas.