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21 de agosto de 2023
Internacional

Fabricante chinês de carros voadores está a um passo de decolar para uso comercial

Fang Zuwang e Zhang Yukun / Folha de São Paulo

A EHang Holdings concluiu todos os testes necessários para obter um certificado de tipo para sua aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica (eVTol), abrindo caminho para a startup possivelmente se tornar uma das primeiras empresas do mundo a produzir carros voadores não tripulados para uso comercial.

Após concluir os procedimentos restantes, a EHang espera obter “em breve” o certificado para seu produto principal, o Sistema de Veículo Aéreo Não Tripulado EH216-S, da Administração de Aviação Civil da China (CAAC), conforme declarado no seu relatório financeiro não auditado do segundo trimestre, apresentado na quinta-feira (17) à bolsa Nasdaq.

Um certificado de tipo é concedido pela CAAC depois que ela aprova o projeto da aeronave, abrindo caminho para a obtenção de um certificado de aeronavegabilidade para uso comercial. Se essa etapa for concluída, o EH216-S será o primeiro produto eVtol da EHang aprovado para transportar passageiros comercialmente.

“Esta conquista é um marco significativo e sem precedentes na indústria global emergente de eVtol, destacando nossa dedicação inabalável e vantagens pioneiras”, citou Hu Huazhi, fundador, CEO e presidente da EHang, no relatório.

A startup sediada em Guangdong assinou um memorando de entendimento com o governo do distrito de Baoan, em Shenzhen, em julho, para explorar o uso de veículos eVtol localmente após a certificação de sua aeronave. A EHang planeja estabelecer um centro de demonstração de operações em Shenzhen e lançar serviços de turismo aéreo e passeios com o EH216-S, de acordo com o relatório trimestral.

Recentemente, a EHang recebeu um aporte financeiro após captar US$ 23 milhões por meio de uma oferta privada em julho, de um grupo de investidores liderado por Lee Soo-Man, um empresário sul-coreano e fundador da SM Entertainment Co., uma potência do K-pop.

A startup usará os recursos para reabastecer seu capital de trabalho e para outros fins, incluindo acelerar planos estratégicos para avanço tecnológico, desenvolvimento de negócios e operações comerciais pós-certificação, conforme mostrou o relatório de ganhos do segundo trimestre da empresa.