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31 de março de 2023
Cidades

Iphan realiza vistoria para reconhecimento de sítio arqueológico em Conquista 

Um sítio onde há registros de pinturas rupestres no distrito de Prados, em Vitória da Conquista, recebeu a visita da arqueóloga Ana Paula Gonçalves, perita de arqueologia do Ministério Público Federal (MPF), com a missão de fazer o reconhecimento do parque, na última segunda-feira (28). A avaliação da arqueóloga do MPF comporá o projeto de tombamento a ser realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A inscrições rupestres apontam indícios de que pessoas residiram ali há milhares de anos. 

A secretária municipal Ana Cláudia Passos, com técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama) da Guarda Municipal, acompanhou a visita e destacou que a vistoria feita pelo MPF a uma área que pode representar um bem arqueológico já pode ser vista como medida de preservação. “A Prefeitura, através do trabalho da Semma, está atenta a todo o patrimônio do município. Continuaremos fazendo nosso trabalho de fiscalização e intensificando, sobretudo, a atenção a esta área”, confirmou a secretária que, afirmou o apoio do Governo Municipal ao reconhecimento do sítio arqueológico. 

Segundo a perita, os sítios arqueológicos são patrimônio cultural brasileiro que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, devem ser resguardados como patrimônio da União. Ela ressalta que a princípio, as pessoas não devem frequentar o lugar, muito menos retirar qualquer fragmento que lá se encontre. Isso para que seja vedada a exploração econômica, destruição ou mutilação de sítios arqueológicos antes de pesquisas, segundo a Lei 13.653/2018, e com a devida autorização do Iphan.

”Podemos verificar que as pinturas possuem um determinado padrão semelhante a de outros sítios, mas, sem os devidos estudos, não é possível ainda afirmar do que tratam”, destacou.

Parte do local, no entanto, encontra-se degradado principalmente pela ação de visitantes. “É importante que desde já haja um trabalho de isolamento e preservação de toda a área, não apenas onde as representações se encontram porque pode haver vestígios em toda parte”, disse Ana Paula.