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25 de outubro de 2019
Bahia

Médico acusa colega de se recusar a receber assistência em caso de idosa; paciente morreu

Foto: Elói Corrêa

O médico Max Wesley Andrade Silva denunciou ao programa Jornal da Bahia no Ar com Mário Kertész, da Rádio Metrópole, na manhã da última quinta-feira (24), que um colega do Hospital Ana Nery teria se recusado a atendê-lo enquanto assistente do caso de uma idosa de 88 anos. A paciente acabou morrendo na última quarta-feira (23), depois de dar entrada na unidade médica e ser submetida a um cateterismo que, segundo Max, não seria procedimento indicado para ela.

Procurada pelo Metro1, a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informou que o caso será levado à Corregedoria da pasta, que vai apurar a situação e avaliar as medidas cabíveis, do ponto de vista institucional. Max conta que a idosa, Wilcinete Valverde Argolo, que é mãe do seu cunhado, foi regulada para o Hospital Ana Nery depois de ter um infarto e ser atendida no Hospital Ernesto Simões.

O médico assistente tentou localizar o colega que iria ser responsável pelo caso da idosa, enquanto ela ainda era transferida para o Ana Nery, mas quando a equipe procurou o profissional, pelo telefone, ele avisou que não iria atendê-lo. Ainda assim, Max foi localizar o colega pessoalmente e o encontrou no hospital. “Ele falou: quem autorizou você de entrar? Daí em diante, na frente de todo mundo. Eu com meus cabelos brancos, mais de 30 anos de medicina, nunca fui tão maltratado”, reclama o médico assistente.

Depois que a paciente chegou, ela foi encaminhada para a hemodinâmica e foi submetida ao procedimento de cateterismo. “Ela não poderia fazer cateterismo, mas fez cateterismo e veio a óbito. Eu tinha as informações de que ela não deveria fazer cateterismo. Ela veio a óbito e a culpa não foi da hemodinâmica. Ele recebeu o paciente sem as informações do médico assistente, que sou eu. A família está toda abalada, porque eles nem foram consultados se ela deveria ou não fazer cateterismo”, diz Max.

O médico assistente ainda afirmou que pretende representar o colega no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). “Não sei em que país estamos, onde a ética o amor a vida foram embora e temos que passar por isso”, desabafou.