A Organização Não Governamental Instituto Anjos da Liberdade, está sendo investigada por possível recebimento de recursos do Primeiro Comando da Capital para promover ações contra a portaria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Em agosto, notícias ligaram a ONG a um acordo costurado entre o PCC e o Comando Vermelho para tentar derrubar a portaria que restringia visitas a presídios, em uma ação movida por advogados do Partido dos Trabalhadores (PT).
Os advogados do PT também estão sendo investigados por possível recebimento de recursos da facção criminosa. O Ministério Público de São Paulo encontrou mensagens no celular de criminosos com pagamentos feitos aos advogados.
A presidente da ONG, Flávia Pinheiro Fróes, afirmou ao O Globo que o trabalho realizado naquela ocasião, favorecendo as facções criminosas, era gratuito. “Existia uma preocupação a respeito de quem me pagava (se era a facção rival). Eu disse: ‘Ninguém paga, não.
O instituto tem um trabalho gratuito, a gente não recebe de ninguém’”, afirmou Fróes. Ela defende integrantes das facções Comando Vermelho, Terceiro Comando e Amigos dos Amigos, sendo que em 2010 chegou a ser denunciada pelo Ministério Público por associação com o tráfico de drogas.