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20 de abril de 2016
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Presidente do Peru depõe em caso suspeito de relação com a Lava Jato

Imagem Reprodução

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O presidente do Peru, Ollanta Humala, depôs durante mais de 12 horas nesta segunda-feira (18) ao Ministério Público de seu país. Uma série de anotações na agenda de sua esposa, Nadine Heredia, estão sob investigação, num esquema que pode ter conexão com a operação Lava Jato. Segundo a agência Efe, há indícios de pagamentos de propina realizados empreiteras brasileiras a agentes públicos peruanos, que teria facilitado o processo para que as empresas fizessem obras no país. O Congresso do país criou uma comissão, que tem sido chamada de “comissão Lava Jato” para apurar as denúncias. As irregularidades teriam acontecido nos últimos três governos. Foram determinadas quebra de sigilo bancário e jurídico de mais de 400 pessoa, incluindo os ex-presidentes Alan García (2006 a 2011) e Alejandro Toledo (2001 a 2006); o ex-primeiro-ministro e candidato a presidência Pedro Pablo Kuczynski; e a presidente do partido Nacionalista e esposa do presidente, Nadine Heredia. O MP suspeita que as contribuições às campanhas do Partido Nacionalista tenham origem ilícita. A hipótese ganhou peso depois que a Polícia Federal brasileira apreendeu uma planilha com pagamentos de UD$ 3 milhões ao “Projeto OH”. Para os investigadores, a sigla se refere ao às iniciais do presidente, diz o jornal peruano El Comercio. Em depoimento, Humala disse desconhecer o projeto, mencionado também num e-mail de Ferando Migliaccio, ex-funcionário da Odebrecht que foi preso em um banco de Genebra, Suíça, ao tentar esvaziar um cofre. A empreiteira brasileira participou da construção da rodovia Interoceânica, uma das obras sob investigação. Segundo o jornal El Comercio, há ainda suspeitas de pagamento de propina no projeto hidroenergetico do Alto Piura. O projeto foi conduzida pela construtora Camargo Corrêa em 2010.