2 de fevereiro de 2016
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O real desvalorizado e a forte recessão que o paÃs enfrenta começam a levar as indústrias a exportar mais e importar menos. Em análise divulgada pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’, de 23 setores, 21 aumentaram a participação das exportações na produção, enquanto a fatia dos importados no consumo caiu em 14 categorias no perÃodo entre dezembro de 2014 e novembro de 2015, mostram dados da LCA Consultores. No perÃodo entre dezembro de 2014 e novembro de 2015 (último dado disponÃvel), a participação das exportações na produção da indústria saltou de 12,2% para 14,8%. As importações no consumo aparente (exclui o que foi exportado) da indústria caiu de 18,1% para 17,3%. Ainda segundo a publicação, os analistas alertam, no entanto, que o movimento ainda é tÃmido após vários anos de crescimento das importações e perda de relevância das exportações. Nas vendas para o exterior, a falta de competitividade brasileira dificulta a conquista do mercado externo.
Segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, as companhias só vem conseguindo exportar mais por oferecer descontos de 5% a até 20% aos clientes, repassando o impacto da desvalorização do real. A reportagem ainda revelou que a evolução do número de empresas exportadoras e importadoras também é outro indicativo da mudança no comércio exterior: 1.088 empresas começaram ou voltaram a exportar em 2015, em um total de 20,3 mil.
Por outro lado, as empresas importadoras caÃram de 44,4 mil para 42,4 mil. O recuo é considerado pequenos pelos especialistas, já que as as importações desabaram 24,3% em 2015.