O antropólogo baiano Antonio Risério utilizou suas redes sociais, na manhã deste sábado (10), para comentar a escolha de Margareth Menezes para o comando do Ministério da Cultura do governo Lula. Polêmico, ele disse não ver problema algum na indicação do nome da cantora baiana. “Confesso que estou me lixando para a definição do elenco ministerial do futuro presidente. Pelo visto, até aqui, teremos ministérios de mais e ideias de menos”.
No texto, o intelectual alerta Margareth sobre uma possível “sabotagem” que, segundo ele, “será movida pelo próprio PT”. “Sobre isso, ela bem que poderia conversa com a ex-ministra Ana de Hollanda. O PT sabotou como pôde a gestão dela – com Gilberto Carvalho, que sabia de tudo, fazendo vista grossa – e foi barra pesada, com canalhices e tudo o mais. Penso que Margareth faria bem em ouvir Ana sobre o assunto, se ela topar falar, claro”, escreveu.
Risério ainda deu três dicas para o sucesso da artista baiana à frente do Ministério da Cultura. “Primeiro, ter um leão-de-chácara jurídico-burocrático na chefia de seu gabinete (se o compositor Gilberto Gil não tivesse contado com o advogado Adolpho Schindler nesse posto, teria metido escandalosamente os pés pelos pés)”, revela.
“Segundo, ter um secretário executivo que, em vez de ficar posando de “ministro interino”, se enfronhe fundo no cotidiano administrativo do ministério, arrastando as secretarias para que elas funcionem com força total. Terceiro, escolher bons secretários para cada área. Tendo isso, uma equipe de três de absoluta confiança e absolutamente eficaz, e um elenco de bons secretários, Margareth pode fazer uma ótima gestão”, afirmou o antropólogo.