Durou apenas uma temporada a série animada ‘Super Drags’, da Netflix. De acordo com o jornal O Globo, a história dos personagens que defendem a agenda LGBT no serviço de streaming ficará sem continuação. A produtora não explicou os motivos, mas desde antes de seu lançamento, “Super Drags” acumulava críticas. Inclusive da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que emitiu uma nota de repúdio à produção, pedindo seu cancelamento, e pontuando que considerava o desenho prejudicial para o público infantil.“A SBP respeita a diversidade e defende a liberdade de expressão e artística no país, no entanto, alerta para os riscos de se utilizar uma linguagem iminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto, o que exige maior capacidade cognitiva e de elaboração por parte dos espectadores”, dizia o texto. A Frente Parlamentar pela Defesa da Vida e da Família do Congresso Nacional divulgou uma nota de repúdio à Super Drags. Os deputados destacam que o desenho “retrata assuntos de cunho moral de forma obscena e não educativa”. O vice-presidente da Frente, deputado federal Alan Rick (PRB/AC), que também é pastor, pediu que “pais e mães fiquem atentos ao conteúdo que seus filhos estão acessando na TV, internet, celular e outras mídias”. Destacou ainda que o desenho faria parte das “tentativas sórdidas de influenciar sexualmente nossas crianças”. Por sua vez, a Netflix defendia seu posicionamento deixando claro que a classificação indicativa é 16 anos e que a responsabilidade em filtrar o conteúdo para as crianças é dos pais. A série mostrava três jovens, Patrick, Donny e Ramon, que trabalham em uma loja de departamento durante o dia e à noite se tornavam uma espécie de super-heróis chamados Lemon Chiffon, Safira Cian e Scarlet Carmesim. O vilão da série eram os evangélicos, que tentavam impor a eles a “cura gay”.