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9 de agosto de 2019
Saúde

Vacina promissora contra a acne pode deixar paciente imune à condição

Foto: Reprodução

A acne é uma condição na pele comum entre adolescentes, que atinge aproximadamente 90% dos jovens dessa faixa etária, e mais da metade dos adultos. Ela se instala no rosto, pescoço, ombro, colo, costas e é gerada por diversos motivos, a exemplo da herança genética, mudança dos hormônios no corpo e ingestão de alimentos com excesso de gordura. A causa exata da acne ainda não foi descoberta pelos cientistas, por isso, ainda não há uma cura específica para o problema, que corre o risco de recidiva caso não seja tratado com os devidos cuidados constantes. Porém, com a crescente evolução nas pesquisas e na tecnologia, estão aparecendo novas opções de tratamento para enfrentar essa condição, como uma vacina para erradicação da acne de maneira efetiva, desenvolvida por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego. De acordo com a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), a criação da vacina para a acne não é tarefa fácil. “A acne é gerada parcialmente pelas bactérias P. acnes, que são micro-organismos com mais de 100 subtipos pertencentes da microbiota da nossa pele e presentes durante toda vida humana. Por isso, é muito improvável criar uma vacina capaz de tratar essa bactéria que, apesar da inflamação produzida por determinados grupos de micro-organismos, não a eliminará por completo e consequentemente não solucionará o problema de acne, ainda com possibilidade de alterar o microbioma saudável do nosso corpo”, explica. Como solução, os pesquisadores idealizaram uma vacina que torna possível focar somente no mensageiro inflamatório que estas bactérias produzem e não a bactéria em si. O grupo identificou um anticorpo que tem como função enfrentar a proteína tóxica secretada pelas P. acnes e associada à inflamação que causa a acne. Os resultados, divulgados no Journal of Investigative Dermatology no final do ano passado, mostram a análise dos primeiros estudos sobre a vacina, até o momento aplicada em camundongos e em células da pele de pacientes com acne. “Um antígeno foi injetado no organismo dos ratos e foi eficiente no combate das P. acnes. Como reação, foram produzidos anticorpos contra as bactérias causadoras da acne. Nas células cutâneas de pacientes que têm esse problema, os pesquisadores obtiveram como resposta uma baixa da inflamação encontrada nas amostras”, afirma a