Sem uma decisão tomada e oficializada, a senadora Lídice da Mata realiza uma plenária na noite desta terça-feira (19) em meio às informações sobre sua disputa pela Câmara Federal. O deputado estadual Marcelo Nilo afirmou que a decisão da socialista em disputar o Senado perpassa pela dificuldade em formar coligações na proporcional.
Segundo Nilo, com uma candidatura avulsa ao Senado, o partido terá que sair sozinho em um “chapão”, o que deve dificultar a eleição dos deputados federais e estaduais. “A grande dificuldade da candidatura avulsa são as coligações. O que mais pesa para ela, na minha visão, são as coligações. Porque se ela sair avulsa vamos sair sozinhos”.
Contudo, o parlamentar ressaltou que a decisão é dela juntamente com o partido, e reafirmou que não aceitaria ser suplente de senador. “É uma decisão pessoal dela, ela é presidente do partido. Ela deve ver o que vai fazer o que é melhor para ela e para o partido. Se eu fosse ela eu sairia [candidata ao Senado]. Ela vai ouvir os amigos. Ela é uma presidente que ouve muito o partido e não toma uma decisão individual. Eu jamais aceitaria ser suplente de ninguém porque fica na mão do outro. Eu não aceitaria. Agora o partido pode indicar. Política é a negociação”.
Para Nilo, a chapa majoritária sem Lídice já estava fechada desde que foi derrotado à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia. “Reuni meus assessores e amigos porque a chapa já está fechada. É o que o governador desenhou no dia que saí da presidência. Um ano e meio de especulações e eu nunca tive dúvidas. Minha dúvida era se Lídice sairia avulsa ou não. A decisão é exclusivamente dela. A nacional quer que ela saia como senadora. O PT nacional que ela saia. Lula quer”.