Pretenso candidato a presidente em 2022, o apresentador Luciano Huck não deverá mais disputar a pleito do ano que vem, segundo a coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Ainda de acordo com a coluna, a desistência de Huck já é dada como certa por interlocutores do apresentador. A ideia é que o marido de Angélica permaneça na televisão.
Mais uma vez o excesso de marketing de João Doria (PSDB-SP) atrapalhou o que poderia ser uma notícia só com pontos positivos, avaliam aliados e adversários do governador.
O anúncio da criação da ButanVac, conforme publicação da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, seria excelente de qualquer forma e não havia necessidade de carregar nas tintas sobre ser 100% nacional, eles dizem.
Os políticos ouvidos pela coluna também analisam que, pelo momento, o tucano não precisava ter usado de ironia com Jair Bolsonaro no episódio. Como a Folha mostrou, o candidato a imunizante, chamado de 100% nacional, foi desenvolvido nos EUA, no Instituto Mount Sinai.
Doria e Dimas Covas, do Butantan, não mencionaram a parceria em entrevista nesta sexta (26). Nas redes sociais, o governador comemorou com a mensagem “Grande dia!”, slogan do presidente.
Mais tarde o governo Bolsonaro anunciou que tinha a sua candidata à vacina (sem a grife do Butantan, mas com a USP de Ribeirão Preto). E mais, o pedido para testes clínicos, a mesma fase que está a ButanVac, tinha sido feito antes para a Anvisa, na tarde de quinta (25).
Na visão dos políticos, o episódio mostra que, de um lado, Doria exagera na dose, e, do outro, o governo federal se comunica mal —além de errar muito e ter negligenciado a pandemia por um ano.
Doria disse não considerar ter passado do ponto e acha que foi transparente. Pessoas próximas a ele compararam a produção da vacina à da Embraer, que é nacional, mas usa peças do mundo todo.
Um levantamento feito pelo Boletim Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que os casos de hospitalização de jovens adultos saltou de 316,68% entre o início do ano para mais de 500% em meados de março. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (26).
Conforme o levantamento, o aumento da hospitalização de pessoas com idades entre 30 e 39 anos chegou a 565,08% entre 3 e 9 de janeiro e 7 a 13 de março, primeira e décima semanas epidemiológicas, respectivamente.
Já na faixa etária de 20 e 29 anos, o aumento foi de 255%, quando passou de 302 pessoas hospitalizadas na primeira semana para 1.074 em março.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse ser contra um possível impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). Para o emedebista um processo igual ao que o levou ao poder, seria danoso para o Brasil e poderia piorar a crise que o país atravessa.
“Nessa pandemia, um processo assim só agravaria tudo ao inflamar a política. Melhor aguentar até o fim”, disse recentemente em uma palestra.
Temer elogiou a ação dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) de tomar o protagonismo diante da cise sanitária.
A Confederação Brasileira de Futebol divulgou na quarta-feira (24) a tabela básica do Brasileirão da Série A em 2021. A novidade, porém, ficou por conta de uma nova regra. A partir deste ano, os clubes só poderão ter no máximo dois técnicos por edição. O treinador também terá que atuar no máximo por duas agremiações. Em 2020, por exemplo, o Bahia teve quatro treinadores – Roger Machado, Cláudio Prates, Mano Menezes (foto) e Dado Cavalcanti.
Este novo limite foi aprovado em votação apertada. Atlético-MG, América-MG, Bragantino, Chapecoense, Corinthians, Fluminense, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Santos e Sport apoiaram a mudança, enquanto novo times, entre eles o Bahia, votaram contra. A ideia partiu do presidente da entidade, Rogério Caboclo.
O tricolor baiano estreia no campeonato em casa contra o Santos. O confronto é o mesmo que encerrou o torneio de 2020. Datas e horários serão divulgados posteriormente. Com informações do GE.
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu nesta quarta-feira (24) que o Brasil chegará no curto prazo a um ritmo de vacinação contra a Covid-19 de 1 milhão de pessoas por dia.
Em declaração no Palácio do Planalto, Queiroga, que assumiu o posto na terça (23), disse ainda que vai criar no âmbito da pasta uma secretaria especial para concentrar o combate ao coronavírus.
“Temos condições de vacinar muitas pessoas. Atualmente nós vacinamos 300 mil indivíduos todos os dias. O ministro da Saúde e o governo assumem o compromisso de, no curto prazo, aumentar pelo menos em três vezes essa velocidade de vacinação para 1 milhão de vacinas todos os dias. É uma meta que é plausível, eu digo que é plausível”, afirmou.
O TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) acatou recurso da União e, desta maneira, permitiu manutenção no ar de nota que celebrava o golpe militar de 1964 como “marco da democracia brasileira”. O texto havia sido publicado no dia 31 de março de 2020 no site do Ministério da Defesa.
A decisão, proferida nesta quarta-feira (17) pela 3ª Turma do TRF-5, derrubou liminar da juíza federal Moniky Mayara Costa, que havia acatado uma ação popular movida pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).
O juiz federal Rogério Fialho Moreira, relator do processo, afirmou que a publicação não ofende os postulados do Estado democrático de Direito e nem os valores constitucionais da separação dos Poderes ou da liberdade.
A decisão liminar, derrubada nesta quarta, também impedia a publicação de qualquer anúncio comemorativo relativo ao golpe de 1964 em rádio, televisão, internet ou qualquer outro meio de comunicação.
O texto publicado no dia 31 de março do ano passado era assinado pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e pelos três chefes das Forças Armadas.
A nota classifica o golpe de 1964 como um “marco para a democracia brasileira” e diz que o país havia reagido com determinação às ameaças que formavam naquela época.
“O entendimento de fatos históricos apenas faz sentido quando apreciados no contexto em que se encontram inseridos”, afirmava o texto, citando a Guerra Fria, na qual o mundo era disputado pela dicotomia entre a liderança dos Estados Unidos e da União Soviética.
“A sociedade brasileira, os empresários e a imprensa entenderam as ameaças daquele momento, se aliaram e reagiram”, destacava a ordem do dia, afirmando que as Forças Armadas assumiram as responsabilidades “com todos os desgastes previsíveis”.
O golpe de 1964 deu início à ditadura militar, que se estendeu até 1985. Houve tortura e mortes, censura à imprensa e fechamento do Congresso Nacional.
Ouvida pela reportagem, a deputada Natália Bonavides afirmou que vai ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do TRF-5.
“É uma decisão absurda e que fere a Constituição. É um direito que não existe de o governo comemorar um golpe que instaurou uma ditadura que matou, torturou, estuprou e ocultou cadáveres”, diz a parlamentar.
Ela alega ser inadmissível que o governo use a máquina pública para comemorar uma atrocidade. A deputada comunicou que vai levar o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A decisão foi dada durante sessão ampliada entre a 1ª e 3ª Turmas. Participaram os juízes federais Rogério Fialho, Cid Marconi, Alexandre Luna, Roberto Machado e Fernando Braga.
O calendário de pagamento da nova rodada do auxílio emergencial está pronto, anunciou nesta quinta-feira (18) o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. As datas de pagamento, no entanto, dependem de validação do presidente Jair Bolsonaro, que entregará ao Congresso Nacional as medidas provisórias que autorizam a retomada do benefício social.
Em entrevista coletiva para explicar o lucro de R$ 13,169 bilhões do banco em 2020, Guimarães informou que, desta vez, a instituição financeira está mais preparada tecnologicamente para retomar o pagamento nas agências e por meio do aplicativo Caixa Tem, de modo a evitar aglomerações.
“Do ponto de vista técnico, estamos preparados desde 2020, fazendo esse equilíbrio entre o pagamento nas agências e no digital, tendo como objetivo básico ajudar as pessoas a receber os recursos e evitar aglomeração”, declarou Guimarães.
Ele explicou que o pagamento a 45,6 milhões de beneficiários seguirá o modelo adotado no segundo semestre do ano passado, com calendários escalonados para os trabalhadores informais e com o cronograma habitual do Bolsa Família para os participantes do programa social.
Novas agências
Recentemente, o banco anunciou a contratação de 5.570 empregados e terceirizados para reforçar o atendimento em todo o país e de 87 técnicos em Tecnologia da Informação (TI) para trabalharem no Distrito Federal. O banco também pretende abrir 76 agências neste ano, das quais 52 nas regiões Norte e Nordeste. Para essas novas unidades, o banco contratará 506 profissionais.
Segundo Guimarães, a abertura das unidades deu prioridade às áreas menos desenvolvidas do país. “Além disso, 52 [novas agências] estarão nas regiões Norte e Nordeste, que são regiões mais carentes. E, em especial, Pará e Maranhão, cada um recebendo 16 novas agências”.
O presidente da Caixa também anunciou que a instituição obteve autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para montar seu banco digital (banco que atende apenas pela internet, sem agências físicas). Ele informou que o pedido à Sest foi feito em dezembro e a abertura do braço digital da instituição agora depende de diversas fases de autorização pelo Banco Central.
De acordo com Guimarães, o banco digital nascerá com 107,2 milhões de clientes e será a maior fonte de pagamentos da Caixa, por causa das transações com débito e do Pix, sistema instantâneo de pagamentos criado pelo Banco Central em novembro.
O senador Major Olímpio morreu nesta quinta-feira por complicações causadas pela covid-19.
Segundo um post na conta oficial do Twitter do senador, a família de Olimpio informava que ele morreu por morte cerebral.
“Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil.”
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou hoje (17) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) um lote de 500 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19, fabricadas em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. O lote foi produzido a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.
Mais 580 mil doses serão disponibilizadas até sexta-feira (19) totalizando um lote com 1,080 milhão de doses de vacina produzidas no Brasil.
Em março, segundo a Fiocruz, serão entregues 3,8 milhões de doses da vacina. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o fim do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia.
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a partir de abril, serão produzidas mais de 20 milhões de doses mensalmente. “Uma pandemia só pode ser superada com o esforço conjunto do governo e da sociedade civil. A ciência, a tecnologia e a inovação, que são os pilares da nossa instituição ao lado do papel do Sistema Único de Saúde (SUS) para quem destinamos a entrega de vacinas, é que neste momento podem contribuir para o principal objetivo das vacinas nesta pandemia, que é salvar vidas”, disse ela.
Seis milhões de doses
O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, afirmou que estão previstas entregas semanais em torno de 6 milhões de doses a partir de abril. “A gente deve seguir nesse ritmo até concluir os 100,4 milhões de doses previstas no contrato de encomenda tecnológica com a AstraZeneca. A expectativa é que as últimas doses deste contrato sejam entregues até julho deste ano”.
Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (12), a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina contra covid-19 produzida no país.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o médico Marcelo Queiroga, indicado para assumir a pasta, participaram da cerimônia de entrega das vacinas na Fiocruz, hoje, no Rio de Janeiro.
O médico Marcelo Queiroga, indicado para assumir o Ministério da Saúde, disse hoje (17) que sua gestão vai trabalhar para conseguir homogeneizar a conduta assistencial no tratamento da covid-19 no país.
Ao participar ao lado do ministro Eduardo Pazuello da cerimônia de entrega das vacinas Oxford/AstraZeneca fabricadas em Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro, Queiroga defendeu que é preciso haver protocolos uniformizados de assistência nas unidades de terapia intensiva (UTIs) no Brasil.
“Temos que transferir as expertises dos grandes centros para as unidades de terapia intensiva nas cidades que estão mais distantes, nos estados menores, de tal sorte a utilizar recursos de tecnologia de informação e comunicação como a telemedicina para que a gente consiga melhorar os resultados. É preciso garantir um atendimento mais rápido ao paciente para evitar que a doença progrida”, disse Queiroga.
De acordo com o sucessor de Eduardo Pazuello, o país vai conseguir reduzir as mortes provocadas pela covid-19 com políticas de distanciamento social, que permitam diminuir a circulação do novo coronavírus, e com a melhora da capacidade assistencial dos serviços hospitalares.
Queiroga voltou a destacar a importância de a população aderir às medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. “Não adianta só o governo ficar recomendando o uso de máscaras, se as pessoas não são capazes de aderir a esse tipo de medida simples, que não demanda grande esforço. O governo recomenda, por exemplo, redução de aglomerações fúteis e as pessoas ficarem fazendo festas nos finais de semana, contribuindo para a circulação do vírus”, afirmou o médico.
O presidente Jair Bolsonaro escolheu o médico Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde. Será o quarto nome a assumir a pasta, comandada desde maio pelo general Eduardo Pazuello, após o início da pandemia de Covid-19.
O convite a Queiroga foi feito em reunião na tarde desta segunda-feira, 15, no Palácio do Planalto, após a recusa da também cardiologista Ludhmila Hajjar em aceitar o cargo por, segundo ela, “motivos técnicos”. A médica tem opiniões divergentes das de Bolsonaro, que defende a prescrição de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada no combate à Covid-19, e é contrário a medidas de isolamento social.
O paraibano Queiroga é muito respeitado no setor. No combate ao coronavírus, porém, se alinha a Hajjar: defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Mas Queiroga é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.
Queiroga tem bom contato com integrantes do governo e havia sido indicado por Bolsonaro para ocupar uma diretoria da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS). A indicação estava parada na Comissão de Assuntos Sociais do Senado por causa da pandemia, mas seria aprovada sem problemas.
Há poucos dias, Queiroga se encontrou com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a quem pediu apoio para a realização do Congresso Mundial de Cardiologia no Brasil. Em vídeo, Queiroga chama Gilson de “querido ministro”.