O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), em entrevista desconversou sobre para quem vai o apoio do partido na disputa pelo Governo do Estado. De acordo Vieira, a política da Bahia está muito dinâmica, após as últimas movimentações, e o partido irá aguardar a definição dos vices de cada candidato.
“Se lá atrás Wagner era candidato, depois Otto, depois Jerônimo…como a cada momento muda, eu não tenho como tomar decisão. Tenho que esperar a poeira baixar”, ressaltou o ex-deputado.
As falas de Lúcio deixaram claro que o partido aguarda ainda uma melhor proposta. “Quem é que vai ser o vice de Neto, e o de Jerônimo? O vice é uma posição importante para quem eu decido o meu apoio. Passa por muita coisa, inclusive a definição do vice”, frisou Vieira que lidera o partido no estado.
O MDB é oposição ao governo petista na Bahia. Mas podem caminhar juntos novamente, mesmo depois que ex-presidente Michel Temer (MDB) ter sido acusado de um golpe na ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Aliados têm aconselhado o candidato a governador ACM Neto (União Brasil) a só definir sua chapa depois do dia 2 de abril. Argumentam que a estratégia ajudaria a mostrar quem é quem em seu grupo político.
Ou seja, separar aqueles que querem realmente marchar com ele de outros que aproveitam o momento para barganhar espaço com ameaças de que poderiam deixá-lo. A proposta tem ampla aceitação no grupo.
Dois dias depois de ter determinado o bloqueio do aplicativo Telegram, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e suspendeu a medida neste domingo, 20. De acordo com Moraes, a revogação ocorre porque a plataforma cumpriu as determinações judiciais que estavam pendentes.
“Diante do exposto, considerado o atendimento integral das decisões proferidas em 17/3/2022 e 19/3/2022, revogo a decisão de completa e integral suspensão do funcionamento do Telegram no Brasil, proferida em 17/3/2022, devendo ser intimado, inclusive por meios digitais — , o Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Wilson Diniz Wellisch, para que adote imediatamente todas as providências necessárias para a revogação da medida, comunicando-se essa Corte, no máximo em 24 horas”, escreveu Moraes.
Entre as ordem acatadas pelo Telegram, está a exclusão de uma mensagem do canal pessoal do presidente Jair Bolsonaro. A postagem continha um link para a investigação da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, lista também continha outras exigências como o bloqueio do canal do jornalista Claudio Lessa, esclarecimentos sobre as medidas que a plataforma vem tomando para barrar a propagação de notícias consideradas falsas e a indicação de um representante da empresa no Brasil.
Na sexta-feira 18, o russo Pavel Durov, fundador do Telegram, já havia enviado um pedido de desculpas ao STF pelo não cumprimento das decisões da Corte.
“Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência”, escreveu Durov por meio da plataforma. “Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor.” Na mensagem, o empresário afirmou que um problema com e-mails impediu a plataforma de receber determinações judiciais.
Citando o bloqueio de perfis do jornalista Allan dos Santos, ele escreveu que o Telegram cumpriu uma decisão judicial anterior no fim de fevereiro; e respondeu com uma sugestão de enviar futuras solicitações de remoção para um endereço de e-mail dedicado a isso.
“Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco”, escreveu. “Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal.”
O ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) lidera as intenções de votos para o governo estadual na primeira sondagem divulgada após a confirmação do secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), como candidato ao Palácio de Ondina na base do governador Rui Costa (PT). O ex-prefeito apareceu com 41% na sondagem em que são citados apoios de candidatos a presidente – ACM Neto foi vinculado a Ciro Gomes (PDT) – e 65% quando não são abordados postulantes a presidente. A pesquisa do Instituto Opnus foi divulgada nesta segunda-feira (21), pela Salvador FM.
Jerônimo Rodrigues assume o segundo lugar quando vinculado a Lula e Rui Costa, com 33%, a oito pontos de ACM Neto. João Roma (Republicanos) – lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) – fica com 14% das intenções de voto, e Kleber Rosa (PSol), do presidenciável Guilherme Boulos, soma 1%.Brancos e nulos acumulam 4%, enquanto 7% dos entrevistados não sabem em quem votarão.
No segundo cenário, João Roma aparece na segunda cologação, sendo citado por 8% dos entrevistados. Jerônimo Rodrigues tem 6% das intenções de votos, seguido por Kleber Rosa, 1%. Brancos e nulos somam 4%. Não responderam a pesquisa 14% dos consultados.
Kleber Rosa lidera na rejeição (34%). Em seguida aparecem João Roma (33%), Jerônimo Rodrigues (28%) e ACM Neto (20%).
Registrada na Justiça Eleitoral pelo número BA-097/2022, a pesquisa do Opnus ouviu 1.500 pessoas por telefone entre os dias 16 e 18 de março. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Após uma onda de anulações de sentenças e provas da Lava Jato, e novos entendimentos sobre o alcance da operação, políticos que foram alvo de investigações por corrupção enxergam sinal verde para se reposicionar no cenário eleitoral. Em outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a ser condenado em terceira instância, não será o único a ter seu nome de volta às urnas.
Até quem ainda cumpre pena ou está oficialmente inelegível se mantém no jogo político articulando candidaturas de aliados. É o caso, por exemplo, de Sérgio Cabral (sem partido) e Eduardo Cunha (PROS). O ex-governador do Rio e o ex-presidente da Câmara negociam legenda para seus filhos – Marco Antonio Cabral e Danielle Cunha, respectivamente – tentarem uma vaga na Câmara dos Deputados.
As movimentações são resultado direto de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), como a que passou a não permitir prisão após condenação em segunda instância e, principalmente, a que anulou sentenças da Lava Jato por considerar que a vara federal de Curitiba não era competente para julgar parte dos casos levantados pela operação.
Além de Lula, outros políticos pretendem retornar à vida pública após anulação de condenações. Henrique Eduardo Alves é um dos casos mais simbólicos. Condenado a 8 anos e 8 meses de prisão por corrupção na Caixa Econômica Federal, ele ficou 328 dias preso entre 2017 e 2018. Está livre desde que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a condenação por entender que a competência era da Justiça Eleitoral, e não da Justiça Federal em Brasília que julgou o emedebista.
Liberado para as urnas, Alves tem sido assediado por lideranças de PSB, Avante e Cidadania, que tentam convencê-lo a deixar o MDB e integrar seus quadros.
Provável vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ainda responde a uma ação na Justiça Eleitoral porsuposto recebimento de R$ 11 milhões em caixa dois da Odebrecht. Na última semana, a Justiça Eleitoral mandou arquivar, por falta de provas, outro caso que citava o ex-governador, uma investigação com base na delação de um executivo da Ecovias que relatou recebimento de R$ 3 milhões nas campanhas de 2010 e 2014.
A relação entre o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o seu padrinho político e antecessor, o senador Jaques Wagner (PT-BA), estremeceu em meio à implosão do palanque tido, até então, como um dos mais sólidos para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A falta de articulação dos dois abalou a aliança governista, culminando com o rompimento do vice-governador João Leão (PP) e a troca de acusações na base petista.
Aliados de Wagner e Costa responsabilizam um ao outro pelo desmonte da coligação que sustenta o governo e pela ausência de um nome competitivo para a disputa ao Palácio de Ondina. A crise reavivou uma antiga crítica de Wagner a Costa —de falta de investimento em novas lideranças para sua própria sucessão—, enquanto o senador é acusado de demora no anúncio da desistência de disputar o governo do estado.
Já os petistas acusam os dois de facilitar a campanha do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), alimentando até a desconfiança de existência de um acordo tácito entre ele e Lula. Tido como hábil negociador político, Jaques Wagner foi apontado pelo PP como o responsável pela saída da legenda da base governista após 14 anos.
O PP é o segundo partido da Bahia em número de prefeitos e possui uma das maiores bancadas da Assembleia Legislativa. Agora, o partido migrou para o arco de alianças de ACM Neto. Na semana passada foi oficializada a pré-candidatura de João Leão para o Senado na chapa de Neto. O movimento ajuda o ex-prefeito na busca de eleitores de Lula, já que João Leão tem manifestado voto no ex-presidente.
A saída do PP ocorre após ruptura do pacto segundo o qual Leão assumiria por nove meses o governo do estado em decorrência do lançamento da candidatura de Costa ao Senado. Só que nem Wagner nem o PSD (o maior partido em número de prefeituras) tinham participado desse acordo. No período em que Lula esteve preso, apoiadores de Costa incentivaram rumores de que ele pretendia concorrer à Presidência. Nessa equação, Leão assumiria sua cadeira, Wagner se candidataria ao governo e o senador Otto Alencar (PSD) concorreria à reeleição.
A libertação de Lula enterrou as pretensões nacionais de Costa. Em agosto do ano passado, durante uma reunião com Lula, Costa afirmou que, encerrado o seu mandato, voltaria para a roça. Segundo participantes, Lula reagiu: “Cuidar de bicho e de roça, porra nenhuma. Você terá desafios maiores. O Brasil conta com seu trabalho”, disse o ex-presidente. A contragosto, Wagner permitia que mantivessem sua pré-candidatura, dentro de uma fórmula em que Costa cumpriria seu mandato até o fim.
Em fevereiro, no entanto, Costa fez chegar ao ex-presidente Lula a existência de um acordo pelo qual Otto seria o candidato a governador. Dessa forma, ele poderia disputar a vaga ao Senado. No dia 15 de fevereiro, Costa, Wagner e Otto se reuniram com Lula em São Paulo. Para surpresa de Lula, Otto negou que tivesse concordado em disputar o governo.
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União Brasil e PP selaram na manhã desta quinta-feira (17), aliança para essas eleições 2022, na Bahia. A aliança ocorreu em um coletiva de imprensa, transmitida ao vivo pelo canal do youtube de ACM Neto, candidato ao governo baiano pelo UB.
Neto destacou a importância do PP como uma aliança programática. O líder pepista que é vice-governador João Leão, vai disputar uma vaga ao senado pela nova aliança.
João Leão que tinha sido esnobado pela nova chapa que está sendo construída pelo governador Rui Costa (PT), ao governo baiano, rompeu com o grupo e saiu por cima. Leão vai concorrer ao senado na chapa de ACM Neto, que lidera as pesquisas no momento. Se o vice-governador estivesse com o grupo petista, não teria espaço para concorrer ao senado.
O governo baiano começou a sofrer as consequências de deixar de lado o vice-governador, João Leão, líder do PP no estado. Depois de todo o imbróglio e quebra de acordo, João Leão rompeu com o grupo liderado pelo governador Rui Costa (PT).
O vice-governador acabou aportando na chapa do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). Com isso, o PP assumiu papel de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), e sequer o governo de Rui, consegue quórum para abrir a sessão extraordinário convocada para quarta-feira (16). Os projetos são alvos de críticas de petistas e de sindicalistas. O que enfraquece mais ainda o governo.
Os projetos da Embasa deveriam ser debatidos e estavam na pauta da casa, a transmissão da sessão pelo canal do Youtube, da TV da Assembleia, durou somente 58 segundos. O que deixa claro é que o governo perdeu forças após o rompimento com o pepista Leão.
A distância entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para as eleições presidenciais ficou menor, mostra pesquisa do Instituto Gerp. Segundo o “Radar”, da “Veja”, Lula tem hoje 38% das intenções de voto contra 31% de Bolsonaro.
Depois vêm Sergio Moro (Podemos), com 7%, Ciro Gomes (PDT), com 5%, João Doria (PSDB), com 2%, e André Janones (Avante), com 1%. Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania), Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D’Ávila (Novo) não pontuaram. Os que disseram que não votariam em nenhum deles ou que não sabiam a resposta corresponderam a 8% cada.
Registrada no TSE na semana passada, a pesquisa ouviu 2.095 pessoas por telefone em 155 municípios das cinco regiões brasileiras. A entrevistas foram feitas entre 7 e 10 de março e a margem de erro é 2,18 pontos percentuais para mais ou menos.
Em entrevista coletiva no início da noite desta segunda-feira (14), na sede do PP, em Salvador, para falar sobre o rompimento com o governo e o PT de aliança de 14 anos, o vice-governador João Leão disse que houve uma “quebra de confiança” por parte do partido com a sua sigla que motivou o afastamento.
“Na semana passada, o senador Jaques Wagner esteve na minha casa, confirmou todo o nosso acordo. E na segunda feira, em uma entrevista a uma rádio em Salvador, foi dito que não iria ter mais acordo, que a coisa iria ser dessa maneira, sem discutir absolutamente nada conosco. Conversamos com os deputados federais, os deputados estaduais, os prefeitos e chegamos a um consenso de que acabou. É uma questão de quebra de confiança”.
Ainda segundo Leão, foi um rompimento civilizado que permite que o PP esteja livre para começar uma nova vida. “É uma ruptura civilizada. Nós não vamos sair atacando absolutamente ninguém. Não é o meu perfil e nem o perfil dos meus companheiros do PP”, disse o vice-governador.
Sobre o apoio ao pré-candidato ao governo do Estado ACM Neto (DEM), Leão afirmou que ainda não fechou com ninguém, mas que jantou com o ex-prefeito de Salvador, evento que ele classificou como “uma noite maravilhosa”.
Ele ainda falou que não ficará de fora do processo eleitoral. “Nas duas próximas semanas chegaremos lá”, disse o vice-governador sobre a qual cargo concorrerá. “Sou muito jovem, vou viver pelo menos 200 anos”, brincou Leão, que vai disputar a vaga de Senado na chapa de Neto, um desejo seu desde o princípio das negociações com o PT e o PSD do senador Otto Alencar.
Leão ainda admitiu que é possível votar em Lula, mesmo com o rompimento com o governo do Estado. “Não deixo nenhuma porta fechada”, sentenciou.
O partido Progressista (PP), liderado pelo vice-governador João Leão na Bahia, entregou nesta segunda-feira (14), carta de exoneração das pastas que o partido ocupa no governo de Rui Costa (PT).
O partido ocupa três secretarias no governo pestista. Leão, a Secretaria Estadual de Planejamento, Nelson Leal, Desenvolvimento Econômico e Leonardo Góes, Recursos Hídricos.
Oficialmente o PP não anunciou o rompimento, mas até sexta-feira deve ocorrer o anuncio. A entrega dos cargos já indica que o casamento entre PP e PT, chega ao fim, depois de quase 16 anos juntos.
Já é dado como certo que o PP disputará nessas eleições de 2022 como aliado de ACM Neto na Bahia. Tudo por uma birra petista de ignorar o partido do vice-governador João Leão no estado. O PP tem o segundo maior números de prefeitos eleitos pela sigla na Bahia. São 92, contra 108 prefeitos do PSD e apenas 32 do PT. A briga pela força política no estado foi colocada à prova.
O partido do vice-governador deve mesmo romper com a base governista de Rui Costa. Há quem diga que a quebra do acordo, onde Rui tinha firmado que concorreria ao senado e Leão ficaria no mandato tampão até dezembro, seria o principal motivo do rompimento.
Leão teria anunciado que sua decisão deve ocorrer até quinta-feira (17). “Acho que na terça-feira, quarta ou quinta, eu estarei confirmando. Eu peguei meus quatro deputados federais e meus nove deputados estaduais, todos eles disseram: ‘onde você estiver, estarei junto”, disse ele.
Se confirmar mesmo o rompimento do PP com a base governista. Leão deve concorrer a vaga de senador na chapa de ACM Neto. O partido entregou os cargos no governo nesta segunda-feira.