O deputado estadual Luiz Augusto (PP), jogou gasolina nas tratativas políticas do partido com o grupo liderado por governador Rui Costa (PT). Augusto relatou que não deixou outra alternativa ao Progressistas na Bahia que não o rompimento da aliança política com o governo.
O deputado apontou que a entrevista do senador Jaques Wagner com o radialista Mário Kertész, na última segunda-feira, fez com que o partido procurasse outras opções. Luiz disse que a bancada estadual do PP deu “carta branca” para que Leão defina o futuro do partido nas eleições deste ano.
O deputado fez questão de frisar que Wagner ao revelar que o governador Rui Costa concluiria o mandato, frustrando os planos acordado com vice-governador João Leão, que já contava com a sua ascensão temporária ao Palácio de Ondina, sem mesmo avisá-lo, quebrou a confiança.
Após a entrevista de Wagner, o partido que já estava sendo paquerado pelo grupo de ACM Neto passou a estreitar as conversas. Há quem diga que já foi ofertado a vaga de vice ou a senado. O partido também pode lançar Leão como candidato ao governo do estado.
Mais do que o senador Jaques Wagner (PT), responsável pelo anúncio que levou ao afastamento do vice-governador João Leão do grupo e pode resultar no seu apoio à candidatura de ACM Neto (DEM), o senador Otto Alencar (PSD) é considerado, no PP nacional, como o verdadeiro responsável pela desarticulação que implodiu a chapa governista.
A avaliação é feita pelos principais caciques nacionais da sigla, que se reuniram com Leão para avaliar a situação do partido no Estado e ficaram assombrados com o relato que o vice-governador baiano lhes fez sobre como soube, pela imprensa, que não assumiria mais o governo no lugar do governador Rui Costa (PT).
Coube a Wagner dizer numa entrevista a Mário Kertész, na última segunda-feira, que o governador Rui Costa (PT) concluiria o mandato, decretando o fim do acordo pelo qual Leão assumiria o comando do Estado em seu lugar por nove meses e abrindo a crise que levou ao desentendimento aberto com o vice.
Mas, na avaliação do PP nacional, foi o senador do PSD, com sua ‘intransigência’ em disputar apenas a reeleição, sem abrir qualquer perspectiva de concorrer à vice, cargo que, pela lei, Leão não poderia mais pleitear, que criou as condições para a completa desagregação do grupo governista.
“O coronel Otto submeteu Wagner ao seu chicote, mas não conseguiu submeter Rui. Agora, vai pagar com a própria derrota e a de quem ficou do outro lado”, disse a mesma fonte do PP nacional a este Política Livre, referindo-se à “esperteza” de Wagner em colocar um “laranja” do PT para concorrer em seu lugar ao governo.
Para a mesma fonte, Wagner sabia que sua decisão de impedir Rui de concorrer ao Senado, o que implicaria em renunciar ao mandato para entregar o governo a Leão, resultaria, inevitavelmente, na saída do vice do grupo e na sua provável adesão à candidatura de Neto, tornando mínimas as chances de vitória do governo.
Agora, eles comemoram o fato de assistirem à abertura de duas novas frentes para Leão – o apoio a ACM Neto ou o lançamento de sua candidatura ao governo -, ao passo que vislumbram uma ‘derrota retumbante’ para Otto, especialmente se o candidato do PT à sucessão não for Jaques Wagner, mas um “laranja”.
O vice-governador João Leão, presidente do PP na Bahia, se reuniu, nesta quarta-feira (9), em Brasília, com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional licenciado do Progressistas e atual ministro-chefe da Casa Civil do Governo Federal, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para traçar o futuro do partido na Bahia.
“Após as declarações do senador Jaques Wagner, em entrevista no início da semana, descumprindo alinhamentos construídos fruto de amplo diálogo, o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano”, afirma Leão.
O líder do PP baiano explicou que estão sendo analisados alguns cenários. Um deles, o PP ter candidatura própria ao Governo da Bahia. O outro, compor com a chapa majoritária do ex-prefeito de Salvador e secretário Geral do União Brasil, ACM Neto.
“Qualquer decisão que o PP venha tomar sobre nossos rumos no estado será alinhada com as nossas bancadas, e também passará por uma conversa com o governador Rui Costa e com o ex-presidente Lula, com quem esteve nos últimos dias. Trabalhamos muito pelo nosso estado e o legado do PP precisa ser respeitado, da mesma forma como temos nutrido respeito por todos os nossos aliados”, destaca o vice-governador baiano.
Também participaram do encontro no Distrito Federal os deputados federais Cláudio Cajado, presidente em exercício do Diretório Nacional do PP, Ronaldo Carletto, Mário Negromonte Junior e Cacá Leão, além do secretário Geral do partido na Bahia, Jabes Ribeiro.
O deputado federal Arthur Maia ironizou a exclusão do vice-governador João Leão (PP) por parte do grupo liderado pelo governador Rui Costa (PT) na montagem da chapa. O imbróglio da chapa liderada pelo governador Rui Costa tem dado o que falar. Acordos desfeitos e mudanças sem consentimentos de aliados está sendo usado por oposicionista com fraqueza.
“Wagner era o candidato do PT a governador e tinha natural precedência sobre os demais postulantes; quando desistiu, colocaram Otto candidato e nem falaram no nome de Leão; Otto não topou; agora apresentam outros nomes e Leão não é lembrado”, escreveu Arthur no Twitter.
O deputado ainda ratificou, “Porque esse preconceito com o Bonitão?”.
Maia que é aliado do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), aproveitou a oportunidade para ironizar, após entrevista de Wagner que anunciou que Rui irá permanecer no governo e o PT ainda apresentar candidato próprio à sucessão estadual.
Leão agora vem sofrendo uma pressão de aliados e correlegionários para romper com os petistas e aliar a chapa de ACM Neto, com possibilidades de o PP apresentar nomes para concorrer ao senado ou a vice.
As mudanças constantes e incertezas na chapa majoritária entre PT, PSD e PP pode abrir espaço para que Vice-governador João Leão (PP), que já vinha sendo pressionado, rompa com os petistas e busque novos horizontes com o principal rival petista ACM Neto.
O anúncio feito ontem pelo senador Jaques Wagner (PT), em um programa de rádio. De acordo com Wagner, Otto Alencar desistiu da vaga de governador pelo grupo e que Rui Costa não irá mais concorrer ao senado. Com isso, Rui fica no cargo de governdor até o fim do mandato. As declarações, frustrou as expectativas de Leão que eastava acordado para ele assumir o governo da Bahia até dezembro, enquanto Rui estaria na campanha para o senado.
Com a mudança nos planos, aliados pressionam o vice-governador que lidera o PP no estado que rompa com o governo e apoie a chapa de ACM Neto (DEM). Rui teria pedido mais um tempo para Leão e ressaltou o que Wagner disse não representavam o seu pensamento e pediu um tempo a ele, insinuando que ainda teria condições de disputar o Senado, entregando-lhe o governo.
Uma comitiva aliada do vice-governador já estaria trabalhando no plano B, caso Rui não cumpra o que foi acordado. O racha na chapa majoritária é dado como certo. A comitiva tem a função de aproximar Neto de Leão e abrir espaço na majoritária para o PP.
O deputado federal Jorge Solla (PT) reafirmou, na manhã desta segunda-feira (7), apoio ao senador Jaques Wagner (PT) na disputa pelo governo do estado neste ano. Declaração do parlamentar ocorre mesmo após o próprio Wagner revelar que o Partido dos Trabalhadores estuda três nomes para disputar o pleito em outubro.
“Continuo defendendo que o melhor nome, não só para ganhar a eleição, como para governar, é o do nosso ex-governador e senador Jaques Wagner. Ainda estamos trabalhando com a possibilidade de que ele venha atender o clamor, não só do PT, mas de todos os partidos da base do governo e do povo baiano que está ansioso pelo retorno dele”, pontuou o deputado.
Em contato com a imprensa, durante um ato do governo do estado, no Parque de Exposições de Salvador, Solla reforçou a importância de apoiar Lula em Brasília e Wagner na Bahia. “Cria um potencial grande que nós tivemos anteriormente e queremos retomar”, disse.
Sobre a movimentação da chapa com o anuncio dos três nomes, o deputado afirmou que a relação tem sido “a melhor possível”. “Relação com o PP, PSD, PCdoB e PSB tem sido a melhor possível. Não tem intriga que tenha conseguido trincar essa relação que foi construída com base na confiança e com o trabalho conjunto”, concluiu Solla.
Sem concesso e baixa popularidade dentro do grupo, Otto Alencar (PSD), desiste de candidatar ao governo baiano nestas eleições de 2022, e vai buscar a reeleição ao Senado. Na manhã segunda-feira (7), o senador Jaques Wagner (PT) revelou a mudança no programa da rádio Metrópoles. De acordo com Wagner, Rui Costa vai seguir no governo do estado e Otto Alencar (PSD) vai buscar a reeleição ao Senado.
Wagner chegou a revelar que “no sábado tivemos a última conversa. Ele [Otto], não demonstrava tesão para fazer a campanha”. Com a mudança o PT deve ficar a cabeça de chapa e são três nomes que disputam a vaga: a prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho, o secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano e o secretário de Educação Jerônimo Rodrigues.
Jaques chegou a ressaltar que “eu escolhi o nome de Rui contra até o Lula. E aí Lula quando escolheu a sucessão escolheu Dilma que ninguém achava que era o melhor nome. Temos três bons nomes, dois deles muito testados eleitoralmente, Caetano já ganhou três ou quatro em Camaçari, Moema quatro em Lauro de Freitas e Jerônimo é um cabra de Feira que tem sucesso absoluto em tudo que pega para fazer”.
Há quem diga, que o jogo já foi jogado. Essa mudança vai trazer o nome Jaques Wagner para a disputa novamente. Experiente, testado por duas vezes e aprovado nas urnas pelos baianos, o grupo vai acabar escolhendo Wagner por unanimidade nesta disputa.
O vice-governador João Leão (PP) falou, em entrevista ao bahia.ba, sobre o encontro que teve na tarde desta quinta-feira (3) com o senador Otto Alencar (PSD). De acordo com Leão, na reunião, ele afirmou que seu partido apoiará Otto na disputa ao governo da Bahia nas eleições deste ano. Ainda segundo ele, a majoritária governista deve ser anunciada no retorno do ex-presidente Lula (PT) ao Brasil na próxima semana.
“Afirmei a ele (na reunião) que estou com ele (Otto) e não abro mão. O nosso partido está junto com ele. Desde o início ele sabe disso”, declarou. “O senador veio me fazer uma visita de aniversário, porque ele não foi no dia do meu aniversário. Prometeu que ia lá em casa, e não foi. Então, foi hoje pagar uma promessa”, acrescentou.
Leão negou que Otto Alencar tenha resistência a ele assumir o governo da Bahia. Se Otto for candidato ao governo, o governador Rui Costa (PT) irá renunciar e vai ser postulante a senador. Neste cenário, Leão assumirá o Palácio de Ondina. “Não existe isso. Otto é meu amigo”, declarou o vice.
O vice-governador foi cauteloso ao falar em ser o novo governador da Bahia, com a renúncia de Rui. “Eu só sento (na cadeira de governador) quando estiver definido, porque muita coisa pode acontecer”, disse ele.
Sobre a chapa, Leão afirmou que está já resolvida. “Estão querendo esperar Lula (chegar do México para anunciar a chapa). Só sei que está muito bem”, declarou.
Após recuo de Jaques Wagner (PT), na disputa pelo governo da Bahia nas eleições de 2022, petistas da região sudoeste ficaram desorientados. O próprio Jaques Wagner fez o anúncio da desistência.
Brumado é um exemplo. A presidente da Câmara Municipal, Verimar Dias (PT), ensaia voltar para a base do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos, após ficar isolada com recuo de Wagner.
Há quem diga que a presidente vai sinalizar a volta ao grupo de Eduardo, votando a favor do projeto do terreno hospital e outros. Como o retorno é dado como certo, isso inviabilizaria a oposição de um pedido de impeachment que já estaria no forno contra o gestor municipal.
Nesta terça-feira (1) ao lado do pré-candidato a deputado estadual Rogério Andrade, o prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos, oficializou o seu apoio à pré-candidatura de Ricardo Maia a Deputado Federal. Ex-vereador, ex-prefeito de Ribeira do Pombal por 2 mandatos e pai do atual prefeito de Tucano, Ricardo caminha para ocupar uma das cadeiras em Brasília.
Rogério Andrade, que já faz dobradinha com Ricardo em outros municípios, comemorou: “Muito feliz em ter o futuro deputado federal, Ricardo Maia como companheiro de caminhada no município de #Brumado nessa próxima eleição. Quem conhece Ricardo sabe que, assim como eu, ele tem uma trajetória marcada por muito trabalho. Tenho certeza que será um grande parceiro e que lutará incansavelmente para honrar a confiança recebida”
Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito Eduardo Vasconcelos afirmou que o apoio a Ricardo Maia está consolidado e reforçou a união do grupo: “Esse grupo vai continuar andando junto, colocando Brumado acima de qualquer interesse particular. É esse o nosso objetivo.”
Eduardo e todo grupo político já havia declarado apoio ao pré-candidato Rogério Andrade em fevereiro de 2021 é essa relação política vem se fortalecendo a cada dia.
O anuncio foi feito na última segunda-feira, durante encontro com lideranças do PT em seu escritório na Avenida Paralela, em Salvador. O senador Jaques Wagner (PT) reafirmou que não será candidato a governador da Bahia nas eleições deste ano
De acordo com publicação do bahia.ba, o “clima ficou tenso”, assim que Wagner reiterou que não será o postulante ao Palácio de Ondina nestas eleições. Ainda segundo o site, os petistas saíram dizendo que o partido terá candidatura própria ao governo do Estado.
O próprio Jaques Wagner confirmou em nota enviada à imprensa a decisão. “A retirada da minha candidatura não implica na retirada da candidatura do PT. Quem decidirá se terá candidatura ou não, não sou eu, será o partido”, ressalvou o senador petista.
Ao ser questionado sobre temas polêmicos, o eleitor brasileiro adota postura conservadora. Esse é uma das principais conclusões da mais recente pesquisa Eleição 2022 do Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (25). Para resolver questões controversas, o brasileiro prefere o plebiscito. O levantamento também indica que permanece a preferência por Lula (43%) a Bolsonaro (26%).
Segundo a análise do sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, a maioria é contrária à legalização do aborto (69%, em oposição a 29% que são favoráveis) e também não aceita a liberação das drogas (75%; outros 22% são favoráveis).
A agenda conservadora inclui ainda elevado apoio à redução da maioridade penal (72% apoiam, contra 24% contrários). Para o sociólogo, as opiniões ficam mais equilibradas quando se trata da adoção da pena de morte (contrários, 53%; favoráveis, 43%). A liberalização do porte de armas, defendida pelo presidente e seus aliados, é rechaçada pela sociedade no entanto: 62% dividem essa opinião, contra 36% favoráveis.
Segundo a pesquisa, a opinião pública apoia a realização de plebiscitos para definir temas controversos. Para o professor Antonio Lavareda, embora uma sólida maioria seja contrária ao aborto, 49% acreditam que a população deveria se pronunciar diretamente sobre a questão, contra 47% que não concordam com isso. O mesmo ocorre em relação às outras questões. O único tópico face ao qual o maior contingente (56%) não admite o plebiscito é a liberalização das drogas. Ainda assim, esse número é bem menor que o dos que são contrários à liberalização (75%).
Em relação à última quinzena, quando foi realizado o levantamento anterior, a pesquisa detectou aumento na percepção (de 27% para 29%) de que a economia caminha “no rumo certo”. E manteve-se em 63% a afirmação contrária — vai “no rumo errado”. Para Lavareda, esse movimento de recuperação, iniciado em novembro, corre o risco de ser atropelado pelos desdobramentos do agravamento da crise da invasão da Ucrânia iniciada ontem, que “interrompeu a valorização do real frente ao dólar, trouxe ao radar um aumento dos combustíveis, e ameaça frustrar as projeções de queda mais rápida da inflação”.
No front eleitoral, Lula segue liderando o primeiro turno, com os mesmos 43% da rodada anterior. Bolsonaro colhe as alterações positivas vistas nos tópicos anteriores. Galgou um ponto e atinge 26%.