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20 de setembro de 2023
Bahia

Cafu Barreto afirma que não votará em pautas do governo na ALBA até que haja “diálogo, respeito e transparência”

O deputado estadual Cafu Barreto (PSD) afirmou que a falta de diálogo com o governo pode gerar dificuldades para a aprovação de propostas de Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa (ALBA). Integrante do grupo governista, o parlamentar tem criticado o “descaso, falta de espaço e diálogo por parte do governo”.

“A política se faz com construção coletiva, conversa e debates entre pessoas que compartilham o mesmo ideal. Isso, infelizmente, está sendo abalado com as últimas ações do governo, que parece atuar de maneira monocrática. Como aliado de primeira hora, até então, só votarei com o grupo após estabelecido o respeito mútuo. Eu respeito e quero ser respeitado”, afirmou.

No último dia 13, Cafu Barreto não foi ao plenário para votar os projetos de lei do governo estadual, que propôs a aprovação de empréstimos no valor de US$ 250 milhões (R$1,2 bilhão, na cotação atual), bem como não compareceu a uma reunião de Jerônimo com membros do PSD. Posteriormente, houve outras iniciativas do governo no plenário do Legislativo e o deputado mais uma vez se absteve das votações alegando “falta de explicação sobre os temas propostos”.

Eleito com mais de 67 mil votos, Cafu Barreto reafirmou ainda que permanece convicto com seus ideais e pautas em prol da população. “Sigo alinhado aos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, meus líderes do PSD. Estou disposto a trabalhar para a aprovação de iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento na Bahia, mas para isso é preciso respeito e reciprocidade do governo”, destacou.


20 de setembro de 2023
Bahia

Governador sanciona lei que autoriza contratação de empréstimos de US$ 150 mi

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) sancionou, nesta quarta-feira (20), a lei nº 14.624/2023, que autoriza o Executivo a contratar a operação de crédito no valor de US$ 150 milhões junto ao Banco Internacional de Desenvolvimento (BID). A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de hoje.

O montante que será adquirido junto a financeira internacional será disponibilizado para o financiamento do Programa de Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado – PROSUS II.

O PL, de autoria do próprio Executivo, foi aprovado na última segunda-feira (18), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).


19 de setembro de 2023
Bahia

Nilo diz ter aconselhado Adolfo a não ser ‘tão bonzinho’ com o governo: “PT não dá encosto a ninguém”

O ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) declarou, em entrevista ao MetroPod na noite desta segunda-feira (18), que aconselhou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), a não ser “tão bonzinho” com o governo do Estado. “Ele está cometendo os mesmos erros que eu cometi”, disse.

Na ocasião, ele citou uma conversa particular com o senador Angelo Coronel (PSD), que, quando presidente da ALBA, subiu o tom por diversas vezes contra o então governador Rui Costa (PT). “Outro erro que acho que cometi, eu fui muito bonzinho com o governo do Estado. Eu disse a Adolfo Menezes, meu amigo pessoal, que ele estava cometendo os mesmos erros que eu cometi. Sendo muito leal, muito parceiro, muito amigo do governo do Estado”, disse.

“Coronel uma vez esteve aqui na Metrópole e bateu muito em Rui Costa, eu disse a ele: ‘Rapaz, você está batendo muito no governador, isso é ruim para você’. Ele me respondeu: ‘Quando ele [Rui] chegar da China, vai comer aqui, ó [em minha mão]’. Coincidentemente, Rui voltou da China e foi almoçar na casa de Coronel, e Coronel, de propósito, colocou ele para cozinhar, e gravou um vídeo. Depois chegou na presidência dizendo: ‘Está vendo? Não falei que ele iria comer aqui’. É senador hoje”, relatou Nilo.

Nilo também lembrou do episódio envolvendo a deputada federal Lídice da Mata (PSB), que foi excluída da disputa pelo Senado em 2018, sendo substituída por Coronel na chapa. “Eu conheço o PT com a palma da minha mão. Quem é muito correto com o PT, se lasca. Quem é muito correto, se lasca. Eu briguei no partido por Lídice, porque foi um absurdo tirar Lídice para colocar Coronel. Um absurdo. A eleição ganha, mudança desnecessária. Ela [hoje] está aí apaixonada, é o estilo dela, porque Lídice é de esquerda, eu não sou de esquerda. PT não dá encosto a ninguém”, completou.


19 de setembro de 2023
Bahia

Rui ignora repórter e deixa entrevista ao ser questionado sobre violência na Bahia

Ex-governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil do governo Lula (PT), Rui Costa (PT) deixou uma entrevista coletiva em Brasília (DF), nesta segunda-feira (18), ao ser questionado sobre a escalada da violência no estado.

“Hoje é PAC…”, desconversou o petista, que ignorou o repórter e se recusou a comentar assuntos diversos à nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pauta do dia. “Mas o senhor foi governador, ministro”, insistiu o jornalista. Já de costas e se distanciando da imprensa, Rui rebateu: “Fui”.

Agravada pelo assassinato de um policial federal, a escalada de violência na Bahia tem sido o calcanhar de Aquiles do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que ainda assim descarta uma intervenção federal no estado.

Diante deste posicionamento, o chefe do Executivo baiano afirmou que a chegada de três viaturas blindadas da Polícia Federal à Bahia é uma parceria com o governo Lula.


18 de setembro de 2023
Brasil

Chamado de presidente e poeta, Temer é anunciado em congresso do MBL

Fábio Zanini/Folhapress

O ex-presidente Michel Temer (MDB) será um dos participantes do 8º Congresso Nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), que acontecerá no dia 4 de novembro, em São Paulo.

No cartaz de divulgação, o emedebista é anunciado como “Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Secretário de Segurança Pública de São Paulo e poeta”. Em 2013, o então vice-presidente estreou na poesia com o livro “Anônima Intimidade”.

A programação do evento conta com palestras como “A imprensa na mira: o jornalismo na nova era do PT”, “Ceticismo e visão trágica de mundo” e “O que pensa a direita brasileira?”, além de um campeonato de debates com a participação dos deputados estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) e federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).


18 de setembro de 2023
Brasil

Rui Costa e Haddad travam ‘guerra’ e trocam farpas em cerimônia, diz colunista

O relacionamento entre os ministros da Casa Civil e Fazenda, Rui Costa e Fernando Haddad, respectivamente, segue estremecido. Nos corredores da Esplanada dos Ministérios, o titulares não conseguem esconder as insatisfações que Haddad tem contra Rui, assim também está sendo feito pelo braço direito do presidente Lula (PT).

De acordo com a coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo, os titulares da Fazenda e da Casa Civil trocam farpas sem a “menor cerimônia”. “O [Fernando] Haddad fala mal do Rui Costa sem a menor cerimônia. E o Rui fala mal do Haddad também sem a menor cerimônia”, disse um integrante da alta cúpula ao colunista.

No início do ano, o ex-governador da Bahia descartou qualquer tipo de desavença com o colega paulistano. Rui Costa e Fernando Haddad estão cotados para ocupar uma eventual sucessão do presidente Lula (PT) em 2026.


18 de setembro de 2023
Brasil

Saiba quais órgãos do governo federal devem aderir a “Enem dos concursos”

O governo federal pretende unificar todos os concursos públicos para cargos em uma prova nacional. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, mais de dez órgãos, autarquias e ministérios do governo já manifestaram interesse em aderir à modalidade.

A prova, segundo a colunista, deve se inspirar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e ser levada, inclusive, a localidades remotas do país.

Entre os órgãos que já manifestaram interesse em aderir ao modelo, estão o IBGE, a Funai, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os ministérios da Justiça e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e da Gestão. Juntos, eles respondem por 4.800 vagas.

Ainda de acordo com a coluna, um estudo provisório apontou que 180 cidades devem receber o exame, a maior parte delas concentrada nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste.


15 de setembro de 2023
Eleições 2022

Datafolha: reprovação de Lula sobe para 31%

Igor Gielow/Folhapress

Passados oito meses de seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) tem sua aprovação estável, mas viu a reprovação subir. Consideram o petista bom ou ótimo 38%, enquanto 30% o acham regular e 31%, ruim ou péssimo.

O dado foi aferido pela mais recente pesquisa acerca do governo Lula 3 feita pelo Datafolha, que havia tomado o mesmo pulso nos primeiros três e cinco meses de gestão. Foram ouvidas 2.016 pessoas em 139 cidades na terça (12) e quarta (13). A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos.

Não souberam opinar 2% dos ouvidos. O único índice que oscilou acima da margem de erro em relação ao levantamento de junho passado, levando em conta que números iguais nos limites superior e inferior delas não configuram empate, foi a reprovação, que era então de 27%.

Não se trata, portanto, de uma disparada da reprovação.

A notícia positiva mais evidente para o presidente é uma certa manutenção do quadro, apesar de instabilidades políticas, como a longa discussão acerca da ampliação do espaço do centrão, esteio do antecessor Jair Bolsonaro (PL). Após idas e vindas, Lula cedeu ministérios para o grupo conservador, mesmo sem ter certeza de que isso se reverterá em apoio congressual.

O incômodo em sua base política pelo descarte sumário da ministra Ana Moser (Esporte), por exemplo, não é perceptível no conjunto da população. É possível argumentar que o noticiário extremamente negativo sobre seu antípoda, Bolsonaro, possa manter a chama da polarização acesa, evitando assim grandes mudanças pendulares no eleitorado.

Outro tema de relativa constância são os principais termômetros da economia quando o assunto é popularidade de governantes, inflação e desemprego, que seguem rota controlada. São assuntos bem mais concretos do que alta do Produto Interno Bruto, boa notícia algo etérea para a percepção popular.

A estratificação da avaliação do petista segue a mesma também, com suas melhores taxas de aprovação entre os sempre fiéis nordestinos (49%, entre 26% da amostra populacional do Datafolha), menos instruídos (53%, 28% dos ouvidos) e mais pobres (43%, 51% dos entrevistados).

Repetindo alguns mantras da polarização, Lula é mais rejeitado na região Sul (39%, 14% do eleitorado), mais escolarizados (39%, 22% da amostra), numa classe média mais abastada (44% entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos, 8% dos ouvidos) e entre evangélicos (41% no grupo, que soma 28% da população) —o petista ensaiou um flerte com esses últimos, mais associados ao bolsonarismo e mais ativos politicamente, sem sucesso.

Um segmento chama a atenção, o dos jovens de 16 a 24 anos, que compõem 17% da amostra. Acham Lula regular 43% dos ouvidos, com taxas inferiores de rejeição (23%) e de aprovação (31%). Em avaliação de governantes, o regular usualmente pende para o negativo, apesar de a propaganda do Planalto divulgar de forma marota o dado somado ao daqueles que acham o presidente ótimo ou bom.

Sob o ângulo mais negativo da pesquisa para o petista, além do aumento da reprovação, há a confirmação do desgaste que trouxe sua volta ao poder, em uma eleição ganha por 1,8 ponto percentual contra Bolsonaro no segundo turno em 2022.

Lula tem a maior reprovação entre governantes eleitos para um primeiro termo a essa altura do mandato, salvo a de Bolsonaro —numa diferença ante as duas rodadas anteriores, o petista se descolou no quesito do antecessor.

Em 1995, por exemplo, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha só 15% de reprovação neste ponto do governo. Lula 1, em 2003, só 10%, enquanto Dilma Rousseff (PT) marcava 11% em 2010. Já Bolsonaro era reprovado por 38% dos eleitores em 2019, inaugurando uma mudança de padrão que pode ser atribuída à turbulência radicalizada de seu governo.

Outro dado ruim para Lula na atual pesquisa é a expectativa acerca de seu governo. Acham que ele será ótimo ou bom no futuro 43%, ante 50% que achavam isso em março.

Os que preveem uma gestão regular seguem estáveis (26% a 27%), mas aqueles que acreditam na piora, com Lula sendo ruim ou péssimo, subiram de 21% para 28%. Com os dados atuais, o petista se iguala aos níveis de Bolsonaro na mesma altura do mandato.

Já a avaliação sobre seu desempenho seguiu a estabilidade geral do levantamento. Acham que Lula fez mais do que se esperava 17% (eram 18% em março). Já creem que o petista fez menos do que o previsto 53% (51% antes), enquanto os mesmos 25% da rodada anterior creem que ele cumpriu as expectativas.

São dados um pouco melhores do que os registrados por Bolsonaro no mesmo momento do relógio que marca o mandato: 11%, 62% e 21%, respectivamente.


14 de setembro de 2023
Bahia

Deputados da oposição ironizam queda da sessão na Assembleia provocada por bancada governista

Os deputados oposicionistas não perderam a oportunidade de ironizar o governo depois que, na sessão desta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa da Bahia, os colegas da base governista decidiram esvaziar a sessão, impedindo o andamento da pauta de interesse do governo.

O projeto mais importante envolvia um pedido de autorização para empréstimo de até US$250 milhões do governo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além disso , também estava prevista a apreciação de proposições dos parlamentares, o que não ocorreu.

O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) ironizou a ausência de governistas e sugeriu que o bloco estaria em desentendimento com o governador. “Os de oposição estão aqui, coordenados pelo líder Alan Sanches. Me parece que teve uma reunião com líderes de bloco e que está tendo desentendimento. Temos deputados do governo na Casa, mas não marcam presença. Queremos entender onde estão os deputados da base do governo”, provocou.

Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição, também comentou a falta de quórum governista. O deputado disse que a insatisfação deveria ser resolvida por Jerônimo.

“Ontem sabíamos que a base governista, os deputados da base, estavam anunciando que não viriam para o plenário para não votar. E está provado. Fizeram isso. Partidariamente, tem partido que não veio. Está na hora de o governo sentar com a base. Tem uma cisão que precisa ser ajustada. Está atrapalhando o governo e o Parlamento”, disse.


14 de setembro de 2023
Bahia

Rebelião: Bancada do PSD diz que só pisa os pés no plenário da Assembleia se tiver pleitos atendidos pelo governador  

O clima está azedo entre o governo Jerônimo Rodrigues (PT) e uma boa parte da bancada da maioria na Assembleia Legislativa. Por conta disso, o petista convocou no início da tarde desta quarta-feira (13) uma reunião com os líderes governistas na Casa para tentar ajustar os ponteiros. Não houve sequer quórum na sessão de hoje para a votação de projetos enviados pelo Executivo estadual e que estavam na pauta.

A insatisfação, que é antiga, como já revelou o Política Livre em outras ocasiões, deixou de ser pontual e explodiu com as queixas dos prefeitos, estressados com a queda de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do governo federal. Gestores municipais, muitos sem conseguir pagar em dia o funcionalismo, alegam que, para piorar o cenário, o governo Jerônimo não os atende, e, com isso, pressionam os deputados estaduais.

Além disso, há queixas antigas sobre a distribuição de cargos e pagamentos de emendas. Até parlamentares do PT estão no grupo dos revoltados, mas a bancada do PSD foi a única que fechou questão: só ajuda o governo no plenário da Assembleia se tiver os pedidos atendidos.

Com nove parlamentares, mesmo número do PT, a bancada do PSD está arisca. Deputados da legenda presidida na Bahia pelo senador Otto Alencar alertaram que só pisam os pés no plenário se o cenário mudar. Os deputados se queixam que o governador também não os recebe. Reclamam ainda da disposição do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), e do chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola, de atender as demandas.

Em entrevista mais cedo ao Política Livre, Jerônimo Rodrigues negou que não tenha atendido prefeitos e parlamentares, mas foi rebatido por deputados governistas ouvidos hoje pelo site. “O governador parece que está em campanha. Só vive em festa e viajando, sem atender ninguém. A insatisfação é geral”, declarou um dos membros do PSD, na condição de anonimato.

Nenhum deputado do PSD marcou presença na sessão de hoje, que caiu por falta de quórum. Apenas quatro deputados da base aliada compareceram. A reunião marcada pelo governador com os líderes foi utilizada por parlamentares que tentam minimizar a crise como justificativa para não ter ocorrido sessão e nem votação, como foi o caso do deputado Vitor Bonfim (PV). “Não tem insatisfação. Só não teve sessão por conta da reunião”, declarou.

Na pauta de votação estavam pedidos de empréstimo de até US$250 milhões do governo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Também estavam previstas a apreciação de projetos de autoria dos deputados e a resolução da Mesa Diretora da Assembleia que limita a concessão de honrarias por parte do Legislativo.


12 de setembro de 2023
Brasil

Servidores criticam EBC sob Lula por ‘decisões de gabinete’ que mantêm controle do governo

Weslley Galzo/Estadão

Grupo de servidores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgaram uma nota pública com duras críticas à nova gestão sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento intitulado “oito meses de governo sem comunicação pública” acusa o indicado do Palácio do Planalto, Hélio Doyle, de tomar “decisões de gabinete que afastam a empresa do cumprimento de sua missão pública”.

“Das imensas expectativas, vieram as primeiras grandes frustrações. Desfalcada em recursos, estrutura e pessoas durante o governo bolsonarista, a EBC passou por um redesenho, no qual a comunicação pública foi a principal sacrificada. Mais de duas dezenas de cargos do jornalismo público foram transferidos para o serviço governamental”, diz o documento.

Os integrantes da Frente em Defesa da EBC acusam o governo Lula de manter o arcabouço jurídico e os níveis de orçamento aprovados durante os mandatos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que são alvos dos servidores da empresa sob acusações de terem desfinanciado e cooptado politicamente a instituições.

Uma das principais críticas é ao fato de Lula não ter agido para revogar uma medida provisória do governo Temer que extinguiu o mandato de diretor-presidente e o Conselho Curador, o que, segundo os signatários da nota, tornou a empresa “apenas um braço governamental”. “A participação social na governança, o que caracteriza uma empresa de comunicação pública, não foi retomada. Nem mesmo um instrumento figurativo, como o Comitê Editorial previsto na Lei de Temer, foi instalado”, argumentam os autores da nota.

Outra crítica direcionada à atual gestão da EBC aborda o enxugamento do jornalismo público. De acordo com os autores, mais de duas dezenas de cargos dessa área foram foram transferidos para o serviço governamental. Os autores do texto chegam a elogiar a separação da TV Brasil e do Canal Gov, em julho deste ano, mas acusa a divisão de ter sido feita às custas da parte pública, que continuaria “à mercê de decisões de governo e cedendo funcionários para a parte governamental”.

“Esta nota pública expressa nosso estranhamento pelo tardar do resgate da EBC, que continua sem um projeto minimamente consistente, mas é também uma manifestação de esperança e compromisso com a sua reconstrução”, finaliza o texto. Procurada, a direção da EBC ainda não se manifestou.


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9 de setembro de 2023
Eleições 2022

Antipetismo toma conta do PSB paulista após reforma ministerial

Segundo uma reportagem do Metrópoles, a saída de Márcio França do Ministério dos Portos e Aeroportos, somada ao apoio do PT à candidatura de Guilherme Boulos (PSol-SP) à Prefeitura de São Paulo no próximo ano, tem levantado forte sentimento antipetista na ala paulista do PSB.

O Metrópoles ainda aponta que o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, criticou publicamente o embarque de quadros do Centrão para compor o governo Lula (PT) no lugar de aliados de primeira hora. O portal ainda acrescenta que nos diretórios estadual e municipal do PSB, o sentimento, descrito por filiados, é de “profunda traição”.

Integrantes do PSB paulista não enxergam mais o PT como um partido aliado no estado e reclamam que os petistas descumprem, frequentemente, acordos firmados com outras legendas.

Em 2022, Márcio França desistiu da disputa ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar a então candidatura de Fernando Haddad (PT), hoje ministro da Fazenda, e compor o palanque petista no estado. Na costura já havia sido acertado que ele integraria o governo Lula caso não fosse eleito para o Senado. Ex-governador paulista e ex-prefeito de São Vicente, França é o grande expoente do PSB paulista.

Também de acordo com o Metrópoles, os pessebistas ainda enxergam falta de comprometimento do PT com o PSB após a sigla ter emplacado Geraldo Alckmin como vice na chapa presidencial. O bom desempenho de Lula em São Paulo é visto, internamente, como um trunfo de Alckmin – e portanto, na visão dos filiados, do próprio PSB.