Terminou ontem sem acordo a terceira rodada de negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia. A delegação de Moscou anunciou a criação de cinco corredores humanitários para a retirada de civis das áreas de conflito, mais precisamente de Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mariupol.
Porém, os ucranianos consideraram a proposta “imoral”, uma vez que os corredores levariam os civis para a Rússia e para Belarus, aliada de Moscou. “São cidadãos ucranianos, eles deveriam ter o direito de ir para território ucraniano”, disse, em nota, o governo de Kiev.
Durante a noite, um novo ataque com foguetes a áreas residenciais em Sumy deixou pelo menos nove civis mortos, incluindo duas crianças, e fez a Ucrânia ceder e aceitar a proposta russa de um corredor para tirar os cidadãos e levá-los para a Rússia ou Belarus.
Uma força russa avançando sobre Kiev disparou morteiros neste domingo em uma ponte danificada usada por evacuados que fugiam dos combates, enviando civis em pânico para correr e deixando três membros de uma família mortos na calçada. Centenas de pessoas se aglomeraram em torno da ponte danificada sobre o rio Irpin desde sábado. As forças ucranianas haviam explodido a ponte mais cedo para retardar o avanço russo.
Apenas cerca de uma dúzia de soldados ucranianos estavam nas imediações da ponte no domingo, não lutando, mas ajudando a carregar a bagagem de civis e crianças. Para atravessar cerca de cem metros de rua exposta ao lado da ponte mais próxima de Kiev, as pessoas que tentavam fugir para a capital formavam pequenos grupos e corriam juntos. Os soldados saíram correndo, pegaram crianças ou bagagens e correram para se esconder atrás de uma parede de blocos de concreto.
À medida que os morteiros se aproximavam do fluxo de civis, as pessoas corriam, puxando crianças, tentando encontrar um local seguro. Mas não havia nada para se esconder atrás. Um projétil caiu na rua, levantando uma nuvem de poeira de concreto e deixando uma família – uma mãe, um pai, um filho adolescente e uma filha que parecia ter cerca de 8 anos – esparramados no chão.
Soldados correram para ajudar, mas a mulher e as crianças estavam mortas. O pai ainda tinha pulso, mas estava inconsciente e gravemente ferido. As forças ucranianas estavam envolvidas em confrontos nas proximidades, mas não no local onde os civis estavam se movendo ao longo da rua. Os tiros de morteiros de saída podiam ser ouvidos de uma posição ucraniana a cerca de 200 metros de distância.
O bombardeio sugeriu tanto o ataque às rotas de evacuação de Irpin, algo do qual as autoridades ucranianas acusaram o exército russo depois que uma ferrovia usada para evacuações foi atingida no sábado, quanto o desrespeito ao risco de baixas civis.
As forças russas estão há dias avançando por três pequenas cidades na borda noroeste de Kiev, Hostomel, Bucha e Irpin, e os combates levaram os evacuados da área em direção à capital.
No início da manhã de domingo, o comandante militar da cidade, Oleksiy Kuleba, disse em um comunicado televisionado que as rotas de saída eram tão inseguras que estavam efetivamente bloqueadas. “Infelizmente, a menos que haja um cessar-fogo”, as pessoas não puderam sair, disse ele.
Mas os civis ainda tentavam escapar, primeiro para Kiev e depois talvez para oeste, para algum lugar mais seguro. Soldados no local também ajudaram um membro ferido das Forças de Defesa Territoriais, a organização que coordena voluntários armados na defesa da cidade. Ele foi baleado no braço.
O conselho da cidade de Mariupol, na Ucrânia, afirmou neste domingo (6) que não foi possível realizar a retirada de um comboio de civis através de um corredor humanitário por causa de um ataque russo. “É extremamente perigoso tirar as pessoas em tais condições”, disse o conselho da cidade em um comunicado on-line. Os corredores foram desativados no sábado (5) por conta da quebra do cessar-fogo pela Rússia, acusou a Ucrânia. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou a informação da tentativa para a retirada de 200 mil pessoas de Mariupol.
Um ponto de passagem para saída para civis que tentavam escapar do distrito de Irpin, a oeste de Kiev, capital da Ucrânia, foi atingido na manhã deste domingo. A imprensa internacional estava filmando quando o que parece ter sido dois projéteis de artilharia ou morteiros atingiram o local. O impacto das explosões foi ouvido pelas equipes da CNN em Kiev e nas áreas rurais a sudoeste. Três pessoas foram mortas, dizem autoridades ucranianas, incluindo duas crianças.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que oito mísseis russos destruíram completamente o aeroporto civil de Vinnytsia, na região oeste do país, neste domingo. O mandatário ucraniano também disse que as forças russas estão se preparando para bombardear a cidade de Odessa, na costa ucraniana do Mar Negro.
“Foguetes contra Odessa? Isso será um crime de guerra”, disse ele em um discurso televisionado. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 1,5 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia para países vizinhos.
Diante da troca de acusações sobre um cessar-fogo para permitir a evacuação de civis, a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou neste domingo (6) que ataques a hospitais foram realizados na Ucrânia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as ofensivas militares aos centros de saúde “causaram várias mortes e feridos”. A entidade ainda afirmou que investiga outros ataques a hospitais na região.
“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, pontuou o diretor-geral da OMS.
Em seu post nas redes sociais, no entanto, Tedros não mencionou nominalmente a Rússia, que realiza uma invasão à Ucrânia há 11 dias.
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Os moradores da cidade, que tinha 60 mil habitantes antes do começo da guerra, estão fugindo em massa desde que os ataques russos começaram. A artilharia e os ataques aéreos causaram graves danos à cidade. Os bombardeios russos atingiram áreas residenciais. Nas fotos, é possível ver casas em chamas.
As pessoas abandonaram suas casas apenas com a roupa do corpo e alguns itens que conseguiram carregar em bolsas, mochilas e sacolas.Irpin se viu na linha de frente entre as forças russas e ucranianas na última semana. A cidade está sendo atacada por terra e ar, porque está no caminho das tropas russas que tentam avançar rumo à capital Kiev. Três civis teriam sido mortos ao serem atingidos por um morteiro enquanto tentavam fugir da cidade.
O registro feito por um fotógrafo para o jornal americano The New York Times mostra três membros de uma família de quatro pessoas – uma mãe e dois filhos – mortos na calçada, enquanto soldados ucranianos tentam salvar a vida do pai ferido. Não publicamos a imagem aqui, porque ela é chocante. A rota é difícil, com muitos tendo que viajar a pé por estradas bombardeadas e pontes danificadas. A fuga de Irpin é especialmente arriscada porque a ponte na estrada perto da cidade foi destruída para impedir o avanço dos tanques russos, e as pessoas precisam o rio por baixo da ponte – que corre o risco de despencar a qualquer momento.
As forças russas estão disparando morteiros contra uma ponte já desmoronada que está sendo usada para evacuar civis, incluindo crianças. A Ucrânia acusou as forças russas de atacar deliberadamente as rotas de evacuação de Irpin, depois que uma ferrovia foi atingida e danificada no sábado.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu aos países vizinhos que não apliquem sanções econômicas à Rússia. Segundo suas próprias palavras, o mandatário diz que não possui “má intenção” em relação a outras nações. O discurso foi transmitido pela TV estatal da Rússia nesta sexta-feira (4).
“Não há má intenção em relação a nossos vizinhos. E eu os aconselho a não piorar a situação, não adotar nenhuma restrição. Nós cumprimos todas nossas obrigações e continuaremos a cumpri-las”, ressaltou.
Putin afirmou, ainda, que suas ações são apenas uma reação a atitudes “não amigáveis” de outras nações: “Nós não vemos nenhuma necessidade em piorar nossa relação. Todas nossas ações, se elas surgem, são exclusivamente em resposta a alguma ação não amigável, ações contra a Federação Russa”.
Além das punições oficiais de outros países, diversas empresas interromperam os seus serviços na Rússia, como forma de pressionar a economia russa a fomentar manifestações do povo contra o regime de Putin. Entre elas, estão Apple, Spotify e Paypal.
O pronunciamento do presidente ocorre no mesmo dia em que tropas russas tomaram o controle do território de Zaporizhzhia, na Ucrânia, e da maior usina nuclear da Europa, situada na cidade. Nessa quinta-feira (3/3), uma explosão alertou a mídia global para o ataque que ocorria no local.
Além do horror da guerra, o mundo viveu durante a madrugada o temor de um desastre nuclear na Ucrânia. Após horas de combate, tropas russas tomaram a usina atômica de Zaporíjia, a maior da Europa.
Mais cedo, o prefeito da cidade vizinha de Energodar disse que parte da usina estava em chamas devido a um ataque da artilharia russa. Agências de energia nuclear de todo o mundo passaram a noite monitorando os níveis de radiação na área, mas nenhum vazamento foi detectado, e o fogo, que teria atingido uma instalação de treinamento, foi contido.
Autoridades locais ucranianas confirmaram a tomada, mas disseram que as equipes da usina seguem trabalhando para garantir o funcionamento e a segurança. Zaporíjia fornece um quinto de toda a energia consumida na Ucrânia.
O sétimo dia da invasão da Rússia à Ucrânia começou sob fortes ataques russos, principalmente em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, no leste do país, com registro de mortes. O governo ucraniano confirmou que paraquedistas russos entraram na cidade, e lutam por seu controle.
Durante a terça, o centro urbano já havia sido alvo de um pesado bombardeio, que destruiu a sede do governo local, matando dez pessoas e deixando pelo menos 20 feridos. Já na capital, Kiev, as bombas russas tiveram como alvos a principal antena de TV da cidade, resultando em cinco mortes de civis, e o memorial em homenagem às vítimas ucranianas do Holocausto.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, classificou os ataques como terrorismo e acusou o russo Vladimir Putin de crimes de guerra. “Os russos sabiam em quem estavam atirando. Ninguém vai perdoar vocês pelo assassinato do povo ucraniano”, afirmou.
Um comediante de TV que se tornou presidente da Ucrânia quase por acaso. Esta é a definição mais resumida do ucraniano Volodimir Zelensky, que tem estampado o noticiário internacional no centro de uma batalha com a Rússia.
Apesar da veia cômica, Zelensky é formado em Direito e tem tentado dar discursos fortes como chefe de Estado. “Não precisamos de outra Guerra Fria, ou uma guerra sangrenta, ou uma guerra híbrida.(…) Mas agora, o que está sendo decidido não é somente o futuro do nosso país, mas o futuro de como a Europa quer viver”, disse, em declaração em meio ao conflito com a Rússia.
De onde surgiu Zelensky? Até o início de 2019, Zelensky vivia como um humorista de sucesso no país, com um patrimônio avaliado em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8 milhões). Representava justamente um presidente em “Servo do Povo”, programa de sátira política criado e produzido por ele. O enredo era bem atual: um professor de história do ensino médio, com 30 e poucos anos, grosseiro e revoltado, que é inesperadamente eleito presidente da Ucrânia, após viralizar em um vídeo contra a corrupção.
A vida realmente imitou a arte: sem qualquer experiência em cargos políticos, Zelensky foi eleito para o maior posto eleitoral em 2019. Teve 73% dos votos no segundo turno, derrotando o então presidente e bilionário Petro Poroshenko (25%). Seu estilo irreverente, com fortes críticas à velha política, foi o principal fator que o conduziu à vitória.
Com propostas extremamente vagas e discurso anticorrupção, a campanha foi realizada quase como uma grande piada e humilhação aos candidatos tradicionais, principalmente nas redes sociais. O slogan assumia a tática: “Se não tem promessa, não tem decepção”.
Seu partido político, inclusive, foi criado com o mesmo nome do programa de TV, “Servo do Povo”. A cena de Servo do Povo que ficou mais famosa, provavelmente, é a em que o presidente empunha duas metralhadoras Uzi e faz uma chacina no Parlamento ucraniano, disparando contra todos os políticos.
Zelensky foi eleito na onda contra a classe política vigente, que tomou diversos países do mundo – agora, contudo, questiona-se a capacidade desses líderes, eleito contra políticos tradicionais em inúmeros países, de liderarem uma nação.
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Após o registro de combates perto do depósito de resíduos nucleares de Chernobyl, um dos lugares mais radioativos do mundo, o conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, informou que a usina nuclear foi capturada pelas forças russas nesta quinta-feira (24).
As informações são do G1. Segundo ele, “não é possível garantir a segurança da área” onde há um depósito de resíduos nucleares e afirmou que essa é uma das “ameaças mais sérias para a Europa no momento”.
As autoridades ucranianas informaram sobre o ataque, onde as forças russas chegaram depois de cruzar a fronteira com Belarus. De acordo com um assessor do ministério do Interior ucraniano, Anton Guerashtshenko, as “tropas dos ocupantes entraram na zona da usina de Chernobyl por Belarus”.
Mais cedo, o presidente Volodymyr Zelenskiy tinha dito que forças ucranianas lutavam para impedir que tropas russas capturassem a antiga usina nuclear. Vitaly Klitschko, prefeito da capital Kiev, disse que quatro estações de metrô serão usadas como abrigos antiaéreos.
Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24). O ataque russo foi autorizado Putin, em pronunciamento pela TV. Explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país, segundo relatos de repórteres da CNN. A Ucrânia informou que pelo menos 50 pessoas morreram.
Vladimir, no pronunciamento, justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.
“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que os líderes da Rússia devem assumir total responsabilidade pelas consequências de suas ações. “A Rússia pagará um preço econômico e político muito alto”, afirmou Stoltenberg em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (24) depois da invasão da Ucrânia por tropas da Rússia.
A Embaixada do Brasil na Ucrânia pediu para os brasileiros que moram em Kiev a ficarem em casa, exceto se houver ativação de sirenes. Em mensagem aos cidadãos por meio de um aplicativo de mensagens, a representação diplomática orientou ainda os brasileiros a não se dirigirem à embaixada.
A empresa japonesa de comércio e produtos farmacêuticos Kowa Co Ltd (7807.T) disse na última segunda-feira (31), que o medicamento antiparasitário ivermectina mostrou um “efeito antiviral” contra o Omicron e outras variantes do coronavírus em pesquisa não clínica conjunta.
A empresa, que vem trabalhando com a Universidade Kitasato de Tóquio para testar o medicamento como um tratamento potencial para o COVID-19, não forneceu mais detalhes. A história original da Reuters deturpou que a ivermectina foi “eficaz” contra o Omicron em ensaios clínicos de Fase III, que são realizados em humanos.
Os ensaios clínicos estão em andamento, mas a promoção da ivermectina como tratamento para COVID-19 gerou controvérsia . O proeminente cético de vacinas Joe Rogan, cujo podcast no Spotify provocou protestos dos cantores Joni Mitchell e Neil Young, há muito gera controvérsia com suas opiniões sobre a pandemia, mandatos governamentais e vacinas COVID-19.
Rogan questionou a necessidade de vacinas e disse que usou ivermectina.
O medicamento não é aprovado para o tratamento de COVID-19 no Japão, e a Food & Drug Administration dos EUA , a Organização Mundial da Saúde, o regulador de medicamentos da UE e a Merck (MRK.N) , que fabrica o medicamento, alertaram contra seu uso porque de uma falta de evidência científica de que tem efeito terapêutico. consulte Mais informação
Em orientação em seu site datada de setembro de 2021, a FDA observou um interesse crescente no medicamento para prevenir ou tratar o COVID-19 em humanos, mas disse que recebeu vários relatos de pacientes que precisaram de atenção médica, incluindo hospitalização, após se automedicarem. .
O uso de ivermectina para tratar o COVID-19 está sendo investigado em um estudo no Reino Unido realizado pela Universidade de Oxford. Os pesquisadores disseram na segunda-feira que ainda está em andamento e não querem comentar mais até que tenham resultados para relatar. consulte Mais informação
Muitos tratamentos potenciais de COVID-19 que se mostraram promissores em tubos de ensaio, incluindo a hidroxicloroquina antimalárica promovida pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, acabaram falhando em mostrar benefícios para pacientes com COVID-19 uma vez estudados em ensaios clínicos.
O filósofo e escritor Olavo de Carvalho morreu nessa segunda-feira (24), aos 74 anos, nos Estados Unidos, onde vivia. A informação foi dada pela família nas redes sociais do escritor.
“Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”.
Nascido em Campinas, no interior de São Paulo, Olavo Luiz Pimentel de Carvalho se intitulava professor de filosofia e ficou conhecido por vídeos e livros que apoiam o conservadorismo político e que recusam o discurso politicamente correto.
Em 8 de julho de 2021, Olavo deu entrada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor), em São Paulo, para fazer exames e uma avaliação cardiológica, segundo nota do hospital. Na época, o escritor já residia na cidade de Petersburg, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.
No período em que ficou internado, Carvalho teve crise de angina e foi submetido a tratamento para compensação cardíaca. Em 13 de julho, passou por uma cirurgia de emergência para revisão da operação da bexiga realizada em maio do mesmo ano nos Estados Unidos. Ele teve alta após dez dias e passou a fazer um acompanhamento em casa.
Em 9 de agosto, porém, Carvalho voltou a ser hospitalizado no InCor, com quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda e infecção sistêmica. Ele era portador da Doença de Lyme, uma infecção transmitida por carrapato que causa irritações na pele e sintomas semelhantes aos da gripe.
Carvalho também era cardiopata. Ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos.