A EHang Holdings concluiu todos os testes necessários para obter um certificado de tipo para sua aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica (eVTol), abrindo caminho para a startup possivelmente se tornar uma das primeiras empresas do mundo a produzir carros voadores não tripulados para uso comercial.
Após concluir os procedimentos restantes, a EHang espera obter “em breve” o certificado para seu produto principal, o Sistema de Veículo Aéreo Não Tripulado EH216-S, da Administração de Aviação Civil da China (CAAC), conforme declarado no seu relatório financeiro não auditado do segundo trimestre, apresentado na quinta-feira (17) à bolsa Nasdaq.
Um certificado de tipo é concedido pela CAAC depois que ela aprova o projeto da aeronave, abrindo caminho para a obtenção de um certificado de aeronavegabilidade para uso comercial. Se essa etapa for concluída, o EH216-S será o primeiro produto eVtol da EHang aprovado para transportar passageiros comercialmente.
“Esta conquista é um marco significativo e sem precedentes na indústria global emergente de eVtol, destacando nossa dedicação inabalável e vantagens pioneiras”, citou Hu Huazhi, fundador, CEO e presidente da EHang, no relatório.
A startup sediada em Guangdong assinou um memorando de entendimento com o governo do distrito de Baoan, em Shenzhen, em julho, para explorar o uso de veículos eVtol localmente após a certificação de sua aeronave. A EHang planeja estabelecer um centro de demonstração de operações em Shenzhen e lançar serviços de turismo aéreo e passeios com o EH216-S, de acordo com o relatório trimestral.
Recentemente, a EHang recebeu um aporte financeiro após captar US$ 23 milhões por meio de uma oferta privada em julho, de um grupo de investidores liderado por Lee Soo-Man, um empresário sul-coreano e fundador da SM Entertainment Co., uma potência do K-pop.
A startup usará os recursos para reabastecer seu capital de trabalho e para outros fins, incluindo acelerar planos estratégicos para avanço tecnológico, desenvolvimento de negócios e operações comerciais pós-certificação, conforme mostrou o relatório de ganhos do segundo trimestre da empresa.
A dipirona, popularmente conhecida para aliviar dor e febre, tem sido tema de debates intensos sobre sua segurança. eficácia e proibições em algumas partes do mundo. Ela, que é um dos remédios mais vendidos do Brasil, não é comercializada em países como Estados Unidos e parte da União Europeia, por preocupações com um possível efeito colateral grave.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 215 milhões de doses da dipirona foram comercializados no país somente em 2022.
Entre os anos 1960 e 1970, o remédio era amplamente disponível em várias partes do mundo. No entanto, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, retirou o medicamento de circulação em 1977, devido a relatos de casos graves de doenças sanguíneas após o seu uso, incluindo mortes.
Por causa disso, tanto a dipirona quanto outros medicamentos do mesmo grupo foram abandonados em diversos países devido ao risco de causarem agranulocitose irreversível, uma reação adversa potencialmente fatal que resulta na redução das células de defesa do sangue, predispondo o indivíduo a infecções.
No continente europeu, países como Alemanha, França e Espanha ainda permitem o uso do remédio, pois estudos epidemiológicos sugeriram que os riscos não eram maiores que os de outros analgésicos.
Já no Brasil, foi feito um estudo abrangente conhecido como Latin Study, realizado em conjunto por cientistas brasileiros, da Argentina e México. A pesquisa apontou uma taxa relativamente baixa de casos de agranulocitose, mas isso não faz o medicamento ser isento a riscos.
Especialistas brasileiros e estrangeiros se reuniram em 2001 em um painel de avaliação de segurança da dipirona, concluindo que sua eficácia como analgésico e antitérmico é inquestionável, e os riscos associados ao uso são baixos e similares ou menores do que outros medicamentos disponíveis no mercado.
Apesar de tudo, a dipirona é considerada segura quando usada corretamente e de acordo com as indicações médicas, principalmente levando em consideração as dosagens recomendadas e não exceder o limite diário seguro. Se consumida em excesso, pode levar a efeitos colaterais adversos, como enjoo, vômito, disfunção renal e hepática, entre outros. Pacientes com problemas renais ou hepáticos devem ser especialmente cuidadosos.
Num dia turbulento no mercado financeiro global, a bolsa de valores acumulou o décimo recuo consecutivo e registrou a maior sequência de baixas em 39 anos. O dólar aproximou-se dos R$ 5 e atingiu o maior valor em dois meses.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira (14) aos 116.810 pontos, com recuo de 1,06%. A última vez em que o indicador tinha caído dez vezes seguidas tinha sido em fevereiro de 1984, em meio à crise da dívida externa brasileira. A bolsa acumula queda de 4,21% em agosto, mas acumula alta de 6,45% no ano.
No mercado de câmbio, o dia também foi tenso. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 4,966, com alta de R$ 0,062 (+1,25%), e atingiu o maior nível desde 1º de junho, quando tinha fechado a R$ 5. Em alta pela segunda vez consecutiva, a moeda norte-americana acumula alta de 4,99% em agosto, mas cai 5,95% em 2023. Uma sequência de fatos negativos pressionou os países emergentes.
A divulgação de que a Country Garden, uma das maiores incorporadoras chinesas, atrasará o pagamento de um título reacendeu as preocupações com a segunda maior economia do planeta, principal compradora global de commodities (bens primários vendidos no mercado internacional). Em 2021, o calote da incorporadora Evergrande gerou turbulências por semanas entre os investidores internacionais.
Nos Estados Unidos, os juros dos títulos de dez anos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, atingiram o maior nível desde novembro. Taxas altas atraem capitais para os Estados Unidos, pressionando o dólar para cima em todo o planeta. A divulgação, na última sexta-feira (11), de que a inflação ao produtor na maior economia global acelerou em julho elevou o pessimismo entre os investidores.
Além desses fatos, diversos países latino-americanos tiveram um dia de estresse no mercado financeiro, influenciado pelo resultado das votações primárias para as próximas eleições da Argentina. A liderança do candidato de extrema-direita, Javier Milei, provocou uma fuga de capitais do país vizinho, fazendo o Banco Central argentino desvalorizar o peso em 18% e elevar os juros básicos de 97% para 118% ao ano. A crise afetou diversos mercados do continente.
Nas eleições primárias da Argentina, realizadas neste domingo (13), Javier Milei, do partido Liberdade Avança, o candidato de extrema-direita à Presidência, surpreendeu ao conquistar a primeira posição, de acordo com a apuração oficial.
Milei obteve um total de 30,05% dos votos, enquanto Sergio Massa alcançou 21,40% e Patricia Bullrich 16,98%.
Ao depositar seu voto no domingo pela manhã, Milei compartilhou com os repórteres que os membros da “casta de políticos enraizados” estão tentando difamá-lo, e ressaltou que a Argentina tem uma oportunidade de mudança após décadas de insucesso.
Essas eleições primárias determinam as combinações que competirão na eleição presidencial programada para outubro. Milei está concorrendo isoladamente dentro de sua coalizão, enquanto tanto o partido no governo quanto a oposição apresentam mais de um candidato. Além de liderar a votação por chapa, Milei também se destacou como o candidato mais votado, conquistando 7 milhões de votos.
A data do primeiro turno das eleições ferais no país vizinho do Brasil está programada para acontecer no dia 22 de outubro. Caso haja um segundo turno, ele acontecerá no dia 19 de novembro e o novo presidente toma posse no dia 10 de dezembro.
Javier Gerardo Milei é economista, professor e deputado, líder da coalizão política conservadora e libertária de direita, fundada por ele em 2021. Milei defende uma mudança radical no país ao propor um plano de ajuste fiscal de 15% do PIB, privatização de empresas públicas, eliminação de controles cambiais, dolarização da economia e extinção do Banco Central, entre outras propostas.
A Polícia Federal prendeu um cidadão francês que estava morando no Brasil e estava sendo procurado na Europa. A prisão aconteceu na cidade de Ituberá, que fica localizada há 170 km de Salvador.
Segundo a Polícia Federal, a prisão foi determinada pelo Ministro do STF Alexandre de Moraes após um pedido de prisão preventiva para extradição ter sido encaminhada pela Interpol. O europeu fazia parte da lista da Difusão Vermelha, que contém as pessoas procuradas pelo órgão.
Na França, o homem foi condenado por Organização Criminosa por conta de
fraudes bancárias contra uma empresa Estatal, causando um prejuízo equivalente 909 mil euros – aproximadamente R$ 4,9 milhões.
Após a prisão, o cidadão francês foi encaminhado à Delegacia de Polícia Federal de Ilhéus que adotará as medidas legais e tratar com as autoridades francesas para a extradição do preso.
O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, 59, foi assassinado com três tiros na cabeça após evento de campanha em Quito, segundo relatos de amigos e assessores do político. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, pelas redes sociais.
“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e minhas condolências a sua esposa e suas filhas. Pela sua memória e por sua luta, asseguro que esse crime não ficará impune”, afirmou Lasso em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
“O crime organizado chegou muito longe, mas sobre eles vai cair todo o peso da lei”, disse. Ainda não há informações policiais sobre o ocorrido.
O ataque aconteceu por volta das 18h20, segundo a imprensa local, na tarde desta quarta-feira (noite no Brasil). Ainda não se sabe quantos são os feridos no atentado, mas pessoas próximas da campanha afirmaram a veículos de imprensa locais que são ao redor de oito, algumas das quais internadas em uma clínica próxima ao local do evento. A polícia cercou as ruas no entorno.
Villavicencio era um ex-congressista e candidato de centro-direita pelo Movimento Construye. Em pesquisa divulgada na manhã desta quarta no perfil do candidato em redes sociais, ele aparecia com 13,5%, em segundo lugar, atrás da esquerdista Luísa González, com 26%.
O Equador vive atualmente instabilidade política e grave crise relacionada ao narcotráfico e à violência, que cresceu no último ano. A taxa de homicídios saltou de 14 para 25 por 100 mil habitantes de 2021 a 2022, e cidades como Guayaquil, a sudoeste do país, têm sido palco de onda de violência com mortos em ataques armados.
Na cidade, a maior do país, em abril, confronto entre gangues rivais em um presídio matou 12 pessoas, e os motins são constantes desde 2021. Em julho, 31 detentos morreram e 14 pessoas ficaram feridas em outro confronto em penitenciária de Quayaquil.
Antes visto como pacífico, o Equador está localizado entre o Peru e a Colômbia, grandes produtores de cocaína do mundo. Os portos equatorianos no oceano Pacífico atraem organizações criminosas pelo potencial de escoamento da produção.
A Rússia enfim concretizou a ameaça de suspender o acordo que permitiu à Ucrânia, arrasada pela guerra, exportar, no último ano, 32 milhões de toneladas de grãos por meio de um corredor humanitário no Mar Negro. Mediado pela ONU e pela Turquia, o pacto expiraria nesta segunda-feira (17), quando o Kremlin anunciou que interromperá a sua participação, desferindo um duro golpe em agricultores ucranianos e também em países que lutam contra a fome.
Era esperado que a Rússia pularia fora do acordo, apesar dos apelos sistemáticos da ONU e agências de ajuda humanitária. O presidente Vladimir Putin vinha dando sinais de que não via benefícios no acordo e reivindicava que o banco agrícola estatal da Rússia – o Rosselkhozbank – fosse readmitido no sistema de pagamentos SWIFT. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou uma proposta contemplando uma subsidiária do banco, mas não recebeu resposta.
Continue lendo…Morreu aos 94 anos o escritor checo Milan Kundera, autor de “A Insustentável Leveza do Ser”, anunciou Anna Mrazova, porta-voz da Biblioteca Milan Kundera, em Brun, cidade natal dele, e a emissora pública Radio Prague. “Infelizmente, posso confirmar que o Sr. Milan Kundera faleceu ontem (terça-feira) após uma longa doença”, disse Mrazova à AFP.
O prosador, dramaturgo e poeta, que escrevia em francês desde a década de 1980, alcançou fama mundial na segunda metade do século XX com obras como “A brincadeira” e “A imortalidade”.
Nascido em 1º de abril de 1929 em Brun, no sudeste da República Checa, viveu exilado na França com sua esposa Věra Hrabánková desde meados da década de 1970. Em 1979, o então regime comunista retirou sua cidadania checoslovaca, mas dois anos depois o então presidente francês, François Mitterrand, concedeu-lhe a nacionalidade francesa. O primeiro sucesso de Kundera foi “Risíveis Amores”, em 1969.
O renomado romance de Kundera, “A Insustentável Leveza do Ser”, começa de forma angustiante com tanques soviéticos passando por Praga, a capital checa que foi o lar do autor até ele se mudar para a França em 1975.
Continue lendo…Cientistas apontam que existe a probabilidade de que 2023 seja o ano mais quente já registrado no mundo. Nesta semana, a temperatura média diária da terra teve altas inéditas nos registros mantidos por agências climáticas nos EUA e na Europa.
Segundo Jennifer Francis, cientista sênior no Centro de Pesquisa de Clima Woodwell, apesar de que eles sejam baseados em dados que só remontam até meados do século 20, os dados “quase certamente” refletem os dias mais quentes que o planeta viveu durante um período muito mais longo.
De acordo com um relatório do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia, no mês passado, o mundo teve junho mais quente registrado por uma “margem substancial”. Mesmo que os cientistas considerem os registros alarmantes, a maioria deles não se surpreende.
O jornal francês Libération estampou na sexta-feira (23) o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na manchete chama o presidente Lula de “A decepção” e diz que ele é um “falso amigo do Ocidente”.
De acordo com a reportagem do Estadão, a crítica ao presidente se dá especialmente pelos posicionamentos do petista frente à guerra na Ucrânia. Ainda segundo o Estadão, o veículo francês afirma que o presidente brasileiro não é o precioso aliado que eles imaginavam, especialmente quando se trata de “ostracizar” o novo pária do Ocidente: a Rússia, culpada de uma invasão intolerável da Ucrânia.
A publicação ainda questiona o convite a Nicolás Maduro para participar de uma reunião de presidentes da América do Sul em Brasília e indaga se Lula não tem “conhecimento dos abusos cometidos na República Bolivariana do Autoritarismo”. No entanto, apesar das críticas, o Libération afirmou que a postura de Lula é melhor do que a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Harrison Ford estará no elenco de Indiana Jones 5 como protagonista e afirmou que não pretende se aposentar. Após o filme, a intenção do ator é deixar a franquia e se dedicar a novos trabalhos.
“Eu não me saio bem quando não tenho trabalho. Eu amo trabalhar. Adoro me sentir útil. Eu quero ser útil”, disse em entrevista para a CNN dos EUA.
Com direção de James Mangold, o novo filme marcará a primeira vez que uma aventura de Indiana Jones não é dirigida por Steven Spielberg. Além de Ford, o longa conta com Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen, Antonio Banderas, Ethann Isidore, Shaunette Renée Wilson e Toby Jones.
A empresa OceanGate confirmou na tarde desta quinta-feira (22) a morte do piloto e dos quatro passageiros do Titan, submarino que desapareceu no domingo (18) após iniciar uma expedição para o Titanic. Pela manhã, a Guarda Costeira encontrou destroços da embarcação.
“Estamos de luto pela morte da tripulação e dos passageiros”, disse a empresa. “Nossos sentimentos estão com os cinco espíritos e todos os membros das famílias deles nesse momento trágico. Nós lamentamos a perda de vida e a alegria que eles trouxeram a todos que eles conheceram.”
A Titan era pilotada pelo diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush. A viúva do piloto, Wendy Rush, é descente do casal Isidor e Ida Straus, vítima do naufrágio do Titanic. Entre os passageiros, a tragédia com o submersível tirou a vida do paquistanês Shahzada Dawood; do filho deste empresário, Suleman Dawood; do bilionário e explorador britânico Hamish Harding; e do ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.
“Esses homens eram verdadeiros exploradores, que tinham um espírito aventureiro e uma paixão pela exploração e proteção dos oceanos do mundo”, destacou a OceanGate na nota em que lamentou as mortes.