A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, confirmou ontem (25) que o texto da medida provisória (MP) que trata do ensino domiciliar está pronto e será enviado ao Congresso na abertura dos trabalhos legislativos, em fevereiro. Ao blog de Andréia Sadi, do site G1, a titular da pasta afirma que a proposta visa garantir apoio legal às famílias que quiserem optar pela prática conhecida como “homeschooling”. Segundo ela, o “homeschooling” garante aos pais o poder de gerenciar o aprendizado dos filhos e até ensinar mais conteúdo. “O pai que senta com o aluno duas, três horas por dia, pode estar aplicando mais conteúdo que a escola durante quatro, cinco horas por dia”, disse à publicação.
O deputado federal Jean Wyllys, eleito para o seu terceiro mandato pelo PSOL do Rio de Janeiro, vai deixar o cargo e sair do Brasil. Ele pretende, de acordo com entrevista concedida à Folha de S. Paulo, se dedicar à carreira acadêmica. Segundo ele, que vive sob escolta policial desde o assassinato da companheira de partido Marielle Franco, o aumento das ameaças de morte o levaram a abandonar a missão na Câmara dos Deputados. “O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, justifica. “Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário”, afirma Wyllys. “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”, acrescenta.
O técnico Tite vai conhecer a partir das 20h30 desta quinta-feira os primeiros obstáculos que terá de superar para prosseguir em paz o seu trabalho na seleção brasileira. Na Cidade das Artes, a poucos metros da sede da CBF, na zona oeste do Rio, ele acompanhará o sorteio dos grupos da Copa América, competição que ocorre no País entre junho e julho. E vencer o torneio em casa um ano após fracassar na Copa do Mundo da Rússia se tornou quase uma obrigação. O próprio Tite admite o peso de a seleção ter bom desempenho no torneio. “Há a necessidade de vencer a Copa América. Sabemos que não é contrato que segura técnico”, comentou recentemente, dando importância relativa ao fato de que seu acordo com a CBF vai até o final da próxima Copa do Mundo, em 2022. “O treinador só vai chegar lá na frente com vitórias, e tenho consciência disso.” Em 2016, um fracasso retumbante na Copa América Centenário – uma edição comemorativa, disputada nos Estados Unidos – causou a demissão do técnico Dunga. Na ocasião, o Brasil ficou em terceiro em um grupo que tinha Peru, Equador e Haiti e nem passou de fase. A pressão por um grande desempenho no torneio, contudo, vai além da manutenção da comissão técnica. O Brasil não vence a Copa América há 12 anos e, desde aquela final de 2007, nunca mais conseguiu ir além das quartas de final. Na CBF, o discurso é que Tite tem toda garantia de que permanecerá no cargo, independentemente do que aconteça. “Disse ao Tite que se isso (demissão em caso de derrota) o motiva para a disputa da Copa América, pode continuar pensando assim”, brincou o presidente eleito para o próximo quadriênio, Rogério Caboclo, responsável por renovar com o treinador após a Copa da Rússia. “Ele tem contrato até o Continue lendo…
O helicóptero da Polícia Militar que caiu na Baía de Guanabara na segunda-feira passada (14) tinha marca de tiros, segundo mostrou o RJ1, da TV Globo. A aeronave caiu e deixou dois feridos e uma vítima mortal. Imagens divulgadas pelo RJ1 mostram as possíveis perfurações na aeronave que caiu no Canal do Cunha, são pelo menos cinco furos. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, as marcas são de balas. No entanto, a reportagem destaca que não há garantia de que os tiros foram dados no dia em que a aeronave caiu. A perícia deve determinar a causa da queda. O helicóptero Fênix 8 tinha 21 anos de uso. O registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aponta que a revisão anual obrigatória venceria no dia 31 e não tinha caixa preta. A aeronave reforçava o patrulhamento na Linha Vermelha quando teve que fazer um pouso forçado na água. O acidente causou a morte de Felipe Marques de Queirós, 37 anos. Ele ficou 15 minutos submerso, chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
A Marinha abriu vagas no Concurso Público de Admissão às Escolas de Aprendizes-Marinheiros (CPAEAM), que é destinado a homens, brasileiros natos ou naturalizados com 18 anos completos e menos de 22 no dia 1° de janeiro do ano de 2020. Os candidatos devem ter Ensino Médio completo. As inscrições custam R$ 42 e podem ser feitas online. A primeira fase do concurso é uma prova composta de 50 questões sobre Português, Matemática, Ciências – Física e Química e Inglês. Depois, os candidatos deverão passar por Testes Complementares, como a Verificação de Dados Biográficos, Inspeção de Saúde, Teste de Aptidão Física, Avaliação Psicológica e a Verificação de Documentos. Se aprovado, o candidato será designado para escolas localizadas no Ceará, Pernambuco, Espírito Santo ou Santa Catarina. De acordo com o G1, a formação sob o regime de internato é feita durante 48 semanas. O Aprendiz-Marinheiro vai receber uma bolsa-auxílio de R$ 900,00 por mês durante o curso – além de receber alimentação, ajuda para aquisição de uniformes, entre outros. No fim do curso, o aprendiz receberá remuneração em torno de R$ 1.800,00 ao ser nomeado Marinheiro.
O Ministério Público Federal em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, arquivou o caso da queda de avião que matou o ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato no STF, e outros quatro passageiros, em janeiro de 2017. As informações são do jornal ‘O Globo’. “De acordo com os laudos periciais, o avião modelo Hawker Beechcraft King Air C90, prefixo PR-SOM, apresentava perfeito funcionamento e estava com as revisões obrigatórias em dia e documentação regular.” A conclusão foi de que a decisão do piloto de pousar mesmo com baixa visibilidade resultou em “conduta de elevado risco e possibilidade de acidente”.
As cúpulas de PT, PSOL e PSB defenderam, após reunião nesta terça-feira (22), a formação de um bloco de partidos de oposição, incluindo também PDT, PCdoB e Rede, na Câmara dos Deputados. Um dos objetivos da montagem do grupo seria fazer uma oposição mais articulada ao governo Jair Bolsonaro, conforme o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Outra intenção do grupo é tentar garantir espaços na mesa diretora e a preferência de escolha do comando das comissões permanentes, proporcional ao tamanho das bancadas ou blocos. As negociações ainda dependem de diálogo com PDT, PCdoB e Rede. Caso seja concretizado, ao considerar as bancadas eleitas em outubro passado, o bloco pode ter até 136 deputados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já coloca o suicídio como segunda principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. No Brasil, de 2000 a 2015, os casos aumentaram 65% entre pessoas com idade de 10 a 14 anos e 45% na faixa de 15 a 19 anos – mais do que o aumento na média da população, que foi de 40%. Segundo a mais recente edição do Mapa da Violência (documento realizado com base em dados do Ministério da Saúde), de 2002 para cá, a taxa de suicídio de jovens tem sido consistentemente maior do que a do restante da população, tendo crescido de forma contínua no período pesquisado. No Brasil, é a quarta causa na mesma faixa etária de acordo com o Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Em 2016, foram registrados 845 suicídios de adolescentes. Na década de 1980, estudo nos Estados Unidos afirmou que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que “não podemos falar sobre o assunto”. Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio. Diante de dados tão alarmantes, a pergunta que fica é: Como evitar que o jovem cometa o suicídio? A psicóloga Ludmila Carvalho, especialista em terapia para jovens, afirma que a família e as relações sociais dos adolescentes influenciam nessa escolha. “Uma questão que influencia bastante é a família, seja por uma desestrutura emocional, financeira, desarmonia, falta de atenção, seja pela falta de tempo ou pelo excesso do distanciamento. Não apenas sobre a quantidade, mas a qualidade desse tempo. Do outro lado temos as relações sociais do jovem onde o bullying tem um papel destrutivo grande, que interliga ao papel da escola que precisa ter atitude enérgica de coibir para que ocorra uma redução dos danos dessas Continue lendo…
Dez anos depois de lançado, o projeto Minha Casa Minha Vida registra recordes históricos de construção de habitações populares no país, mas repete erros de concepção que aumentam custos e problemas urbanos, aponta estudo do Instituto Escolhas, ligado ao Insper, apresentado na terça-feira (22) no seminário Moradia e Expansão das Metrópoles Brasileiras. Um dos maiores senões é a localização dos empreendimentos em áreas distantes dos centros urbanos, onde há menos oferta de emprego e de serviços públicos e índices mais baixos de desenvolvimento humano. Além dos custos diretos exigidos para a implantação de uma infraestrutura básica nesses locais, o relatório elenca outros ônus para os cofres públicos ou para os beneficiários, como o tempo (e o desgaste) de deslocamento para destinos diários, a poluição decorrente da demanda por transportes, a má qualidade da oferta dos serviços de saúde, educação e segurança. Criado em 2009, o MCMV era parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conjunto de medidas do governo federal para incentivar a geração de empregos e evitar os efeitos recessivos da crise mundial iniciada nos EUA, em 2008. Até 2016 (data usada no estudo), o país investiu cerca de US$ 100 bilhões (R$ 3,76 bilhões), que resultaram em 4,4 milhões de unidades habitacionais e beneficiaram perto de 20 milhões de pessoas. O número obtido em sete anos corresponde a toda a produção de moradia popular no país durante a ditadura Continue lendo…
Em um dos termos de sua delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci diz que a campanha de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo, em 2012, foi abastecida com propinas do contrato da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, de acordo com o blog de Fausto Macedo, do Estadão. Palocci relata que o pedido foi feito pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, com o aval do ex-presidente Lula. O dinheiro teria sido repassado pela Andrade Gutierrez, que liderou o consórcio responsável pela construção da usina. Em 2016, a empresa havia confessado os pagamentos, como colaboradora da Operação Lava Jato. “(Em 2012) recebeu visita de João Vaccari Neto no período de eleições municipais, uma vez que ele desejava saber se havia autorização para se cobrar das empresas do consórcio construtor da Usina de Belo Monte valores a serem empregados na campanha de Fernando Haddad”, diz o ex-ministro. Conforme o o delator, a campanha de Haddad era o “principal projeto municipal do PT” e o “pedido de apoio que originava do próprio Lula”.