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30 de maio de 2018
Brasil

Temer cometeu ‘série de equívocos’ com caminhoneiros, diz Márcio França

Foto Ciete Silvério

O governo Michel Temer cometeu “uma série de equívocos” nas negociações da paralisação dos caminhoneiros, que acabaram estendendo o movimento, afirmou nesta quarta-feira (30) o governador de São Paulo Márcio França (PSB), candidato à reeleição. “O governo federal até que tentou, mas falou com as pessoas erradas”, disse França, em sabatina da Folha de S.Paulo, UOL e SBT. O pessebista assumiu a liderança na negociação com os caminhoneiros no estado na sexta (25), após o primeiro acordo do governo federal ser frustrado pela continuidade da paralisação.

Segundo ele, a decisão foi tomada “na mesa”, em Brasília, e não considerou caminhoneiros que não estavam ligados às grandes entidades da categoria. “Quando eles decidiram na mesa que acabou a greve, aqui na ponta houve uma revolta”, disse. Eleito vice-governador na chapa de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014, França assumiu o Palácio dos Bandeirantes em abril deste ano, com a renúncia do tucano para disputar a Presidência.

França foi o segundo a ser sabatinado entre os postulantes ao governo estadual. Na segunda (28) foi a vez de Luiz Marinho (PT). João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) serão entrevistados nos próximos dias. Doria lidera as pesquisas de opinião e, em provocação, tem chamado França de “Márcio Cuba” na tentativa de ligá-lo à esquerda. Para França, o apelido é “frágil, um negócio meio baixo” porque mexe com nome de família. Ele critica Doria por ter renunciado a prefeitura para concorrer e compara ao pedido de uma pizza pelo telefone.

Disse que, se uma pessoa pede uma pizza de oito fatias, ela não pode vir incompleta. “Ele não pode tirar seis pedaços da pizza. Quer dizer, até pode, mas vai ter que ouvir reclamações”, afirmou. França também nega ter feito ações eleitoreiras ao homenagear uma policial militar que reagiu a um assalto e matou o ladrão em Suzano, na Grande São Paulo, e quando esteve no local em que um edifício desabou no centro da capital. “Acho que pode ser interpretado [como eleitoreiro], mas não é verdade. Qualquer um na condição de governador de São Paulo vai ter protagonismo”, disse. Ele diz que “não provocou” para ficar mais conhecido, mas que esses fatos precisavam de atitudes suas.


30 de maio de 2018
Brasil

Governo falhou ao não prever a crise dos combustíveis, diz senador

Foto: Reprodução

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou nesta terça-feira (29) o conjunto de fatores que levaram à greve dos caminhoneiros e protestou contra o que chamou de soluções improvisadas do governo diante da crise. Ele afirmou que as autoridades não conseguiram prever os efeitos da dependência da malha rodoviária, do incentivo à compra de caminhões e da oscilação dos preços do petróleo. Cristovam também contrastou a força da “guerrilha cibernética”, que facilita a organização de manifestações pela internet, com a aparente incapacidade da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de acompanhar os acontecimentos.

“Parece que o governo não tem um serviço de informações. Ou será que o presidente recebe as informações e não leva em consideração? Falaram aqui todos esses dias de demissão do presidente da Petrobras. Ninguém falou da demissão do diretor da Abin, que não informou o presidente, eu suponho, dos riscos que nós corríamos. Ou, mais grave, o presidente sabia e não levou em conta”.

O senador classificou como irresponsáveis os frequentes aumentos de preços dos combustíveis da Petrobras, situação que considera agravada pela falta de concorrência no setor. Para Cristovam, a reação à crise será marcada por “discursos para a plateia”, quando o momento requer responsabilidade e previdência.


30 de maio de 2018
Bahia

Gasolina volta a aumentar nas refinarias; Petrobras determina acréscimo de 0,74%

Foto Rede Acontece

Depois de baixar cinco vezes consecutivas o valor do combustível, a Petrobras voltou a aumentar o preço da gasolina nas refinarias. A partir desta quinta-feira (31), o preço nas refinarias subirá 0,74% e será de R$ 1,9671 o litro. O preço da gasolina no mês de maio acumula alta de 9,24% em relação ao preço de abril. Em abril, o valor era de R$ 1,7977 nas refinarias.


30 de maio de 2018
Brasil

Petroleiros descumprem decisão do TST e anunciam início de greve de 72 horas

Foto: Reprodução

Mesmo com a proibição do TST (Tribunal Superior do Trabalho), a FUP (Federação Única dos Petroleiros) anunciou o início da greve de 72 horas, nesta quarta-feira (30), a partir da 0h. O descumprimento da decisão da Justiça do Trabalho divulgada nesta terça-feira (29) acarreta multa de R$ 500 mil por dia. A ação contra a greve dos petroleiros foi ajuizada pela Petrobras e AGU (Advocacia-Geral da União). A paralisação foi decretada ilegal. Segundo a ministra Maria de Assis Calsing, o movimento é de caráter político e de aparente abusividade. Em vídeo publicado em redes sociais, o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, disse que a decisão da Justiça do Trabalho não intimida os sindicalistas.

“Os trabalhadores não vão trabalhar, porque eles sabem o que está acontecendo dentro da Petrobras. Eles sabem que hoje está em curso um processo de entrega do patrimônio público”, disse Rangel, durante plenária na CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio de Janeiro. “Então, a greve está mantida”, afirmou o sindicalista.

À Folha, Roni Barbosa, secretário nacional de Comunicação da CUT e diretor da FUP, confirmou o início da greve. “Paralisamos na Repar [Refinaria Presidente Getulio Vargas, no Paraná]”, disse. Além da Repar, a federação, em redes sociais, informou que a greve está em curso na Bacia de Campos (RJ), na Refap (RS) e em unidades da estatal em Minas, Ceará e Piauí. A FUP critica os preços dos combustíveis e do gás e pede a saída do presidente da estatal, Pedro Parente. A pauta de reivindicações da entidade foi criticada pela ministra do TST. “No caso concreto, não há pauta de reivindicações que trate das condições de trabalho dos empregados da Petrobras, até porque não se vislumbra a proximidade da data-base da categoria”, escreveu Casling. A data-base dos petroleiros é em setembro.


30 de maio de 2018
Brasil

Faltam hortifrutis, ovo e até pão em 22 capitais após dez dias

Foto Rede Acontece

Dez dias depois de os primeiros caminhões interromperem a passagem em rodovias brasileiras, faltam verduras, legumes, ovos, carne e até pão em supermercados de ao menos 22 capitais, segundo levantamento da Folha de São Paulo divulgado na terça-feira (29). Grandes centros urbanos do Sul e Sudeste são os mais afetados, enquanto capitais do Norte demonstraram normalidade na terça-feira (29). A mesma lógica se aplica aos postos de combustíveis: em 11 capitais, a maioria do Norte, havia etanol e gasolina em mais da metade dos postos. São Paulo, Rio e mais 13 capitais seguiam na situação crítica de não ter combustível nem em metade dos estabelecimentos. Produtos hortifruti, os mais perecíveis, são os principais itens que sumiram na maioria dos estados. Em Florianópolis, nas unidades dos Supermercados Imperatriz, chegou-se ao extremo de sugerir-se uma cota para o cliente: três produtos por pessoa ou 3 kg no total. A capital catarinense é uma das mais críticas afetadas pela paralisação, sem combustível nem previsão de abastecimento. Em sete lojas da rede Muffato, em Curitiba, uma das principais do estado, faltam ovos, batata-doce, cenoura, carne suína e alguns cortes de carne bovina com osso. Há também carência de pães industrializados.

No Rio, o Ceasa é o retrato da falta crônica de alimentos. De 80% a 90% das lojas do entreposto permanecem fechadas nesta terça-feira (29). O local, que é o principal ponto de chegada de frutas, verduras e legumes do estado, recebeu 50 caminhões para abastecimento -em dias normais o número chega a 600 veículos. Em São Paulo, supermercados ainda têm estoque de produtos não perecíveis por mais dez dias, segundo a Apas, entidade que representa a categoria. No Centro-Oeste, Brasília registra carência de hortifrutigranjeiros, especialmente legumes e frutas, como tomate, laranja, banana e mamão -que chegaram a zerar em várias redes. Frango e alguns tipos de carne também estão em falta. Em Goiânia, prateleiras estão vazias nas seções de hortifruti, e faltam verduras frutas e legumes, assim como em Cuiabá e Campo Grande. Belém é uma das poucas capitais do Norte que registra falta de alimentos. A Ceasa viu cair em 95% a oferta de hortifrutis: nesta terça havia 46 toneladas disponíveis deles, ante 117 no dia anterior.

Manaus vive dias tranquilos. As unidades da rede de supermercados DB, a maior do estado, não sofreram desabastecimento. Também não há desabastecimento em Rio Branco. Em Porto Velho, o que falta são produtos trazidos de outros estados, como tomate, cebola, batata e repolho. Em Boa Vista, nenhum gênero está em falta e, mesmo com bloqueio, as cargas de alimentos estão passando normalmente. A situação está normalizada em Macapá. No Nordeste, laticínios como iogurte estão em falta em João Pessoa, e a carne acabou em alguns estoques. Em Maceió, onde faltam embutidos, laticínios e hortifrutis, distribuidoras calculam prejuízos de até R$ 2 milhões. Aracaju não sofre desabastecimento, mas todas as 33 unidades da rede GBarbosa operam com restrição de alguns tipos de produtos. Em São Luís, o desabastecimento de verduras e frutas chegou a 40% do ideal.


30 de maio de 2018
Bahia

‘Soltem Lula que ele resolve essa bagunça em 48 horas’, diz Wagner

Foto Rede Acontece

Pelas redes sociais, o ex-governador Jaques Wagner disse ter a solução para a greve dos caminhoneiros. Para ele, basta soltar Lula que ele “resolve isso aí em 48h”. Na avaliação de Wagner, “o país precisa de gente que tenha legitimidade, autoridade política, de liderança para poder negociar essa crise que está aí. O governo atual não tem nenhuma credibilidade e nenhuma competência para fazer”, escreveu o ex-governador.


30 de maio de 2018
Brasil

Greve dos caminhoneiros deixa lojas do McDonald’s sem pães para sanduíches

Foto: Reprodução

Lojas da rede Mcdonalds no Distrito Federal não possuem o principal ingrediente para suas vendas: pão. De acordo com o site Correio Braziliense, algumas unidades estão vendendo sanduíche sem pão e estão cobrando R$ 6 a menos pelo hambúrguer servido em um prato. Na semana passada, a rede havia anunciado que poderia ficar sem ingredientes essenciais por conta da greve dos caminhoneiros. “Informamos que eventualmente pode faltar alguns produtos do cardápio nos restaurantes da rede”, dizia a companhia em nota divulgada.


30 de maio de 2018
Bahia

Apoio à paralisação é de 87% dos brasileiros, diz Datafolha

Foto Rede Acontece

Pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira (30) aponta que 87% dos brasileiros apoiam a paralisação dos caminhoneiros. O mesmo percentual rejeita cortes no orçamento e aumento de imposto para atender às reivindicações da categoria. São contra a paralisação, 10%; indiferentes, 2%; não soube opinar, 1%. Sobre a continuidade da paralisação, 56% acham que ela deve continuar, enquanto 42% defendem que ela termine. A avaliação sobre a condução da negociação entre o governo e os caminhoneiros também foi levantada. Desaprovam, 77%; avaliam como regular, 16%; aprovaram, 6%; não soube avaliar, 1%. Para 96% dos entrevistados, Temer demorou para negociar, contra 3% que consideram que o presidente encontrou o momento correto. O levantamento foi feito com 1,5 mil pessoas por telefone na terça-feira (29). A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.


29 de maio de 2018
Brasil

Membros do Congresso e STF avaliam chance de Temer não terminar mandato

Foto: Reprodução

Aliados de Michel Temer no Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal afirmam que o governo atingiu um nível extremo de enfraquecimento político, não descartando, em caso de piora na situação, o risco de a gestão não conseguir se sustentar nos sete meses que lhe restam. A avaliação ouvida pela reportagem é a de que a crise com os caminhoneiros atingiu um dos últimos resquícios de credibilidade da administração, a área econômica. Temer completou no último dia 12 dois anos de governo como o presidente, na média, mais impopular desde pelo menos a gestão de José Sarney (1985-1990). Mas vinha batendo na tecla de que em sua administração a inflação foi reduzida e o país saiu da recessão, embora em ritmo mais lento do que o esperado. Com a crise da greve dos caminhoneiros, o país passa por uma grave situação de desabastecimento, cenário não detectado pelo governo apesar de alertas nessa direção. Veja aqui os impactos das paralisações pelo Brasil. Emparedado, o Palácio do Planalto foi obrigado a ceder em vários pontos, em uma demonstração do enfraquecimento político que vive, mas mesmo assim não conseguiu até esta segunda-feira (28), oitavo dia da crise, encerrar a paralisação.

“Não é o caminhoneiro, é o brasileiro que não admite a Presidência do Temer. O PT insistiu na Dilma. Deu no deu”, afirmou em nota o líder da bancada do aliado DEM, o senador Ronaldo Caiado (GO). “A greve dos caminhoneiros detonou a popularidade do Temer e do governo, a população está revoltada. O governo tinha ainda certa credibilidade na equipe econômica. Era um alicerce importante”, afirma o deputado Rogério Rosso (DF), do também aliado PSD. Um dos principais correligionários de Temer na Câmara, o deputado Beto Mansur (MDB-SP) afirma que todo o espectro político perde, não só Temer. “Tivemos um problema na questão da inteligência do governo, de não saber o tamanho da ‘trolha’, essa é minha opinião, mas tem que procurar resolver. Esse é um processo perde-perde, ninguém ganha.”

Nos bastidores do STF, a avaliação de ministros é a de que o governo subestimou os caminhoneiros. No caso de o desabastecimento se agravar, há, na visão desses magistrados, o risco de uma revolta de maior proporção, com ameaça ao já cambaleante mandato de Temer. Ainda de acordo com integrantes da corte, o emedebista e o seu entorno estão longe de representar uma voz com força para dialogar com diferentes grupos sociais.

Eles afirmam que em um momento como esse era preciso que Temer procurasse institucionalmente os governadores e chefes de outros poderes. Mas a interlocução do Palácio do Planalto com o STF tem sido feita pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que já conversou com quase todos os 11 magistrados, pessoalmente e por telefone.

Na quinta-feira (24), ele se reuniu por cerca de uma hora com Gilmar Mendes, em Brasília. Nesta segunda (28), o encontro foi com Alexandre de Moraes. No Congresso, Temer busca se reaproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é pré-candidato à sua sucessão. Durante o fim de semana, quando tentava se desvencilhar da crise, Temer chamou apenas o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para conversar. Não procurou Maia.

Nesta segunda-feira (28), os deputados Baleia Rossi (MDB-SP) e Pauderney Avelino (DEM-AM) costuraram uma conversa entre Temer e Maia, que foi ao Palácio do Planalto no início da tarde.

– enfrenta uma greve de caminhoneiros sem precedentes;

– tem níveis recordes de impopularidade;

– não fez a economia deslanchar, e agora tem de lidar com a alta do dólar;

– perdeu a capacidade de aprovar reformas no Congresso;

– é investigado pela PF em razão de decreto no setor portuário.


29 de maio de 2018
Brasil

Novo ministro da Secretaria-Geral já pediu renúncia de Temer

Foto Marcos Corrêa/PR

Empossado nesta segunda-feira (28), o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, já pediu publicamente a renúncia do presidente Michel Temer do cargo. Deputado licenciado, ele atuou na Câmara a favor do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ), defendeu a prisão de um general do Exército, declarou voto para presidente no senador Alvaro Dias (Podemos-PR), que faz oposição a Temer, e foi contra a reforma da Previdência. “Se Temer não renunciar, a economia vira pó”, escreveu Fonseca em sua conta oficial no Twitter em 18 de maio de 2017, um dia após a divulgação da delação do Grupo J&F. “Presidente Temer, neste momento o Brasil merece um ato de coragem de vossa excelência, a renúncia”, publicou no dia seguinte.

O novo ministro manteve o pedido após divulgação do áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu. “O áudio de Temer não confirma todo o divulgado, mas conspira contra a ética de um presidente da República”, tuitou no dia 19. Apesar das críticas, Fonseca votou na Câmara a favor do presidente nas duas denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República. “Acatar a denúncia contra Temer é dar a ele o foro privilegiado. Suspender a denúncia é dar a ele o julgamento pelo juiz Moro”, tuitou em 25 de outubro, dia da votação da segunda denúncia.

Ao citar argumento do governo em defesa de mudanças nas regras previdenciárias, escreveu no Twitter que “é bem questionável essa informação de déficit na Previdência”. Fonseca também pediu a prisão do então general Antonio Mourão quando ele sugeriu uma intervenção militar caso o Judiciário não resolvesse o “problema político”. Mourão já passou para a reserva. “General na ativa que ameaça quebrar a ordem democrática não tem que ser criticado pelo comando do Exército, tem de ser preso”, postou em 18 de setembro. Até assumir o ministério, Fonseca era filiado ao Podemos e tinha declarado voto no presidenciável do partido, senador Alvaro Dias. Ele, porém, foi desfiliado da legenda após anunciar que viraria ministro.

Evangélicos

A escolha do deputado foi um aceno de Temer aos evangélicos, um dos principais alvos do ex-ministro Henrique Meirelles, pré-candidato à Presidência pelo MDB. O novo ministro é coordenador da bancada da Assembleia de Deus na Câmara dos Deputados. Ao nomear Fonseca, Temer também enfraquece Dias, já que o novo ministro era um dos principais articuladores da pré-campanha do senador. Nesta segunda, na posse, Temer disse que Fonseca tem “vocação para o diálogo e para a conciliação”. Afirmou ainda que, na Câmara, angariou “respeito do Congresso e do povo”. Questionado na segunda, Fonseca declarou que “ingressa no governo por ter ótimo trânsito com os políticos, aspecto importante para a coordenação do maior programa do governo federal, o Avançar”. O novo ministro assumiu a Secretaria-Geral no lugar de Moreira Franco, que foi para o Ministério de Minas e Energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


29 de maio de 2018
Brasil

‘O que faz um desgoverno’, diz Janot sobre greve dos caminhoneiros

Foto Adriano Machado / Reuters

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot usou suas redes sociais, nessa segunda-feira (28), para falar sobre a greve dos caminhoneiros, que entra hoje (29) em seu 9º dia. Embora o governo tenha anunciado que atendeu às reivindicações da categoria, ainda há muitos pontos de bloqueios nos Estados. “O que faz um desgoverno”, escreveu Janot, ao compartilhar matéria sobre a adesão dos petroleiros ao movimento grevista. O ex-procurador, no entanto, não citou o nome do presidente Michel Temer. Quando ainda estava à frente do Ministério Público Federal (MPF), Janot ofereceu duas denúncias contra o emedebista, baseadas nas delação premiadas dos executivos da JBS. As investigações foram barradas na Câmara e só podem ser retomadas a partir de 2019, quando o presidente perder o foro privilegiado.


29 de maio de 2018
Brasil

Após pedido de intervenção, Congresso discute saída de Temer

O pedido de intervenção militar manifestado em protestos pelo Brasil fez com que o risco de derrubada de Michel Temer chegasse a pauta do Congresso Nacional. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, um parlamentar da base do governo defendeu a saída do emedebista durante uma reunião a portas fechadas no Senado. No entanto, até mesmo a oposição se manifestou contrária e o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), relembrou que em cinco meses o país elegerá novo presidente. Segundo ele, é preciso garantir estabilidade até lá. A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) também reagiu à possível derrubada de Temer e afirmou que, dado o cenário, o presidente precisava ficar no cargo até o fim do mandato. Na segunda-feira (28), o presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirmou que a paralisação não é mais dos caminhoneiros, mas de pessoas que querem “derrubar o governo”. “Não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas nisso aí. Eles estão prendendo caminhão em tudo que é lugar. […] São pessoas que querem derrubar o governo. Eu não tenho nada que ver com essas pessoas, nem nosso caminhoneiro autônomo tem. Eles estão sendo usados por isso”, disse.