A utilização de medicamento genérico para o tratamento da hepatite C no Brasil poderia gerar uma economia de cerca de R$ 1 bilhão aos cofres púbicos, segundo informações da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).
De acordo com a entidade, o país tem capacidade para produzir o genérico do sofosbuvir, já analisado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O início efetivo do fornecimento ao governo, entretanto, depende da conclusão de uma análise de pedido de patente a cargo do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
Segundo o MSF, quando o sofosbuvir foi lançado no mercado, em 2013, o custo por tratamento chegou a US$147 mil. Atualmente, a entidade garante realizar tratamentos para hepatite C com genéricos ao custo de US$ 120.
A economia de R$1 bilhão, portanto, se refere à diferença entre o preço atual do tratamento com medicamentos de marca e o custo do tratamento com a utilização de genérico nacional, considerando-se a oferta de tratamento para 50 mil pessoas via sistema público, conforme planejamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
A entidade trabalha em projetos que atendem a pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C em 11 países e, desde 2015, ofereceu tratamento a mais de 6 mil pacientes afetados pela doença.
Entre os que concluíram a terapia até o momento com genéricos do sofosbuvir e do daclatasvir, também indicado para o tratamento, a taxa geral de cura foi de 94,9%.
O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse hoje (8) que, embora o nível de chuva no Brasil tenha melhorado no mês de agosto, os resultados baixos desde fevereiro não favorecem um bom desempenho para a geração de energia até o fim do período seco, no fim de novembro.
De acordo com Barata, essa condição pode determinar a manutenção da bandeira vermelha na tarifa de energia até novembro. Apesar de dizer que não gosta de comentar uma situação que pertence à seara da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acrescentou que as previsões não são favoráveis.
“De fato já estamos agora basicamente no meio do período seco e os sinais que temos dos institutos de clima são de que não deve ter mudança nenhuma em relação ao que a gente tem. Devemos continuar com uma primavera seca”, observou, após palestra no evento Brazil Windpower 2018, no Rio de Janeiro. O encontro é organizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e pelo Grupo CanalEnergia.
Barata acrescentou que ainda assim, conta com a chuva, agora, para reduzir o impacto no futuro. “Essa chuva não penetra e não se transforma em energia. A vantagem é que como ela umidifica o solo, quando chegarmos ao período úmido o solo não estará tão seco e, rapidamente, as chuvas do período úmido se transformam em vazão. Essa é a torcida que a gente tem”, relatou.
O diretor da Aneel Sandoval de Araújo Feitosa Neto afirmou que ainda não é possível assegurar que a bandeira vermelha vai seguir até o fim do período seco, em 30 de novembro. Ele informou que a definição da bandeira segue a metodologia elaborada em uma norma do órgão baseada em avaliação mensal dos reservatórios. Embora reconheça que o ONS tem condições de estimar, com mais antecedência, o tempo de permanência de uma cor para estipular a tarifa de energia, o diretor completou que a partir da análise da Aneel é que a cor da bandeira é determinada.
“Não posso precisar se até o fim do ano a bandeira ficará vermelha. O ONS acompanha e tem maiores informações para antecipar este fato. O que posso dizer é que a definição do patamar da bandeira é feita em norma da Aneel. Somente se verifica a cor da bandeira no momento em questão. Por exemplo, estamos no mês de agosto, a definição da bandeira foi em julho. Ao final de agosto se avaliarão as condições energéticas e se chegará a bandeira de setembro e assim sucessivamente”, afirmou, após participar de um painel no Brazil Windpower.
Com a falta de chuvas, o ONS precisa acionar as usinas térmicas para garantir o abastecimento. Segundo o diretor, atualmente estão sendo despachados, pelo programa, cerca de 13,5 mil a 14 mil megawatts (MW), volume que foi beneficiado pela queda da temperatura nessa semana. “A temperatura caiu, com isso a gente despacha menos térmicas”, apontou.
Segundo Barata, o ONS estima para o final do período seco, em 30 de novembro, chegar na faixa de 18% a 20 % de participação das térmicas no sistema na região Sudeste, mas isso depende das condições da Região Sul. “Se o Sul ficar muito ruim fica no limite inferior de 15% ou 16%”, completou.
O panorama pode mudar se as condições da Região Sul se alterarem com a chegada do El Niño previsto para o fim do ano. “Se, ao contrário, as condições no Sul se modificarem, fala-se na chegada do El Niño no final do ano. El Niño significa chuvas no Sul e reduz a necessidade do Sudeste exportar para o Sul, então, poderemos concluir o ano com umnível maior Sudeste”, disse.
Já no Nordeste, o quadro está diferenciado do ano passado. “Pela estratégia que temos hoje de operação na cascata do São Francisco , nós devemos terminar o ano na faixa de 30%, o que é bem acima do que chegamos no ano passado.
As exportações baianas fecharam o mês de julho em US$ 816,7 milhões, o que representa um crescimento de 19,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. As informações foram analisadas pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia).
Foi o maior valor para as exportações desde agosto de 2017, quando as vendas para o mercado externo somaram US$ 890,6 milhões.
O bom resultado das exportações para o mês foi puxado pelo desempenho da soja e derivados, cuja receita cresceu 73,1% em relação a julho de 2017 e as vendas que chegaram a US$ 262,9 milhões.
Após dois meses de queda consecutiva e um desempenho negativo no primeiro semestre, as importações voltaram a crescer em julho e fecharam o mês com um aumento de 94,7% e um o montante de US$ 1,108 bilhão.
O Dia dos Pais deve movimentar R$ 5,4 bilhões no varejo este ano. A expectativa é que as vendas tenham um crescimento real de 2,5% em relação à mesma data de 2017, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O Dia dos Pais está entre as seis datas mais importantes do calendário varejista brasileiro. A previsão é que a compra de presentes corresponda a 8,3% de todo o faturamento esperado para o mês de agosto.
Se confirmado, o avanço pelo segundo ano consecutivo no volume vendido pelo comércio varejista ainda não seria suficiente para compensar as perdas registradas em 2015 (-2,1%) e 2016 (-9,4%). Em 2017, houve aumento de 3,6% nas vendas.
“Nem mesmo a inflação mais baixa em 18 anos deverá acelerar as vendas, pois há perda de fôlego na economia, e o mercado de trabalho ainda está enfraquecido”, justificou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, em nota oficial.
Em 2018, os líderes de vendas devem ser os segmentos de hipermercados e supermercados (R$ 2,0 bilhões), lojas de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 781,1 milhões) e itens de vestuário e calçados (R$ 622,9 milhões).
O aumento sazonal do consumo em relação ao mês anterior deve gerar 10,2 mil postos de trabalho temporários, uma oferta de vagas 2,4% inferior à de 2017, quando foram contratados 10,4 mil trabalhadores nessa condição.
Em 2014, antes da crise, o comércio varejista criou 20,6 mil vagas temporárias para dar conta do aumento na demanda impulsionada pelo Dia dos Pais.
De cada dez vagas criadas este ano, quatro serão no setor de hipermercados e supermercados (4,1 mil postos). O salário médio de admissão deverá ser de aproximadamente R$ 1.221, 1,3% a menos, em termos reais, do que os R$ 1.180 pagos aos temporários contratados no mesmo período do ano passado.
A moeda norte-americana abriu a semana em alta de 0,64%, cotada hoje (06) a R$ 3,7307 para venda. O pregão da última sexta-feira (3) registrou queda do dólar de 1,32%. O Banco Central manteve a política de swaps cambiais tradicionais, sem efetuar nenhum leilão extraordinário de venda futura da moeda. O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o dia com queda de 0,47%, aos 81.050 pontos. Os papéis das empresas consideradas de grande porte, chamadas de blue chip, iniciaram a semana em baixa. A Petrobras registrou queda de 0,33%; a Vale, de 0,29%; o Itaú, de 0,77%; e o Bradesco, de 0,62%.
Salvador é a capital brasileira que registrou a maior queda do valor da cesta básica no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. Na capital baiana a redução no valor foi de -9,98%, São Luís apresentou redução de -8,41% e Belém -7,09%. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgados nesta segunda-feira (6). O levantamento constatou que o custo da cesta básica caiu em 19 capitais no mês de julho deste ano. Salvador foi a cidade com o menor valor médio nos produtos, que neste período passaram a custar R$ 321,62, seguida por São Luís (R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09). Ainda de acordo com os dados, as maiores quedas ocorreram em Cuiabá (-8,67%), São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém (-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Curitiba (-5,12%). No sentido contrário, aparece Goiânia, com um aumento de 0,16%.
Conforme o levantamento, a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 437,42), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 435,02) e do Rio de Janeiro (R$ 421,89). Na avaliação do valor acumulado de janeiro a julho deste ano, o resultado só foi negativo em Florianópolis (-0,80%) – nas demais capitais pesquisadas, houve variação de 0,46%, em Belo Horizonte, e de 5,51%, em Vitória. (BN)
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 3,747 bilhões em julho, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (6) pelo BC (Banco Central). Foram investidos, ao longo do mês passado, R$ 189,7 bilhões, contra retiradas que somaram R$ 186 bilhões. É o quinto mês consecutivo em que a captação líquida da poupança (diferença entre depósitos e saques) apresenta resultado positivo. Ao todo, o saldo financeiro atualmente depositado na caderneta está em R$ 755,6 bilhões. O mês de julho registrou rendimentos de R$ 2,8 bilhões. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 11,09 bilhões, o melhor resultado em quatro anos.
Pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é calculado pela soma da TR (Taxa Referencial), definida pelo BC, mais 0,5% ao mês, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano. Quando a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, como ocorre atualmente, a remuneração da poupança passa a ser a soma da TR com 70% da Selic. Atualmente a Selic está em 6,5% ao ano.
A Petrobras anuncia que o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, que entra em vigor nesta sexta-feira, 3, será de R$ 1,9465, indicando queda de 1,10% ante o atual de R$ 1,9682. O valor seguia o mesmo desde 28 de julho.
O preço do diesel, por sua vez, segue inalterado desde o dia 1º de junho em R$ 2,0316. Venceu na terça-feira, 31, o prazo do decreto que manteve a subvenção de R$ 0,46 por litro, em atendimento as reivindicações dos caminhoneiros na greve feita no fim de maio.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou no Diário Oficial da União (DOU) resolução que regulamenta a metodologia de cálculo da subvenção econômica ao óleo diesel, que foi renovada até o fim deste ano por meio de medida provisória.
O governo bateu o martelo e vai destinar R$ 878 milhões para capitalizar a Caixa Econômica Federal. Segundo o Estadão, a necessidade da instituição é de R$ 2 bilhões e novos aportes vão depender de espaço adicional no Orçamento, informou um integrante da equipe econômica. A operação é necessária para que o banco público cumpra em 2019 normas internacionais que exigem mais capital próprio para fazer frente ao risco de perdas nas operações de crédito. O valor da capitalização foi definido ontem em reunião da Junta de Execução Orçamentária, formada pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento.
A produção industrial no Brasil cresceu 13,1% em junho, na comparação com maio, na maior alta da série histórica, iniciada em 2002, segundo dados do IBGE.
O crescimento, com ajuste sazonal, recupera os reflexos da paralisação dos caminhoneiros no desempenho de maio, quando o setor teve queda de 11%, a pior desde 2008.
Na comparação com junho de 2017, a indústria cresceu 3,5% em junho de 2018, depois do recuo de 6,6% do mês anterior, quando interrompeu 12 meses consecutivos de taxas positivas.
Instituições financeiras consultadas pelo BC (Banco Central) esperam por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5%, nesta semana, segundo o Boletim Focus. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reuniu nessa terça (31) e volta a se encontrar nesta quarta-feira (1º) para definir a Selic. As informações são da Agência Brasil.
Em suas duas últimas reuniões, o Copom optou por manter a taxa em 6,5%, depois de promover um ciclo de cortes que levou ao menor nível histórico. Para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o fim deste ano. Em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2018, o centro da meta de inflação é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
A estimativa de instituições financeiras para o IPCA este ano permanece em 4,11%. Para 2019, a projeção segue em 4,10%. Também não houve alteração na estimativa para 2020 e 2021, que é 4%.
A projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) é mantida em 1,50% neste ano há duas semanas seguidas. Para 2019, a estimativa segue em 2,50% há quatro semanas consecutivas. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim deste ano e de 2019.
O subsídio ao consumo de óleo diesel, criado pelo governo com o objetivo de encerrar a greve dos caminhoneiros, vai ser renovado. A Casa Civil libera até esta quarta-feira, 1º, um novo decreto que define quanto e por quanto tempo importadores e produtores do combustível, principalmente a Petrobrás, vão receber por litro vendido. O mercado está na expectativa, no entanto, sobre a dimensão dessa nova fase do programa de subvenção – se será mantido o subsídio de R$ 0,46 dos últimos 60 dias. Se o valor for reduzido, as empresas vão reajustar preços e o consumidor final deverá perceber aumento na bomba. A subvenção do óleo diesel foi a saída que o presidente Michel Temer encontrou para acabar com a greve dos caminhoneiros. No dia 30 de maio, foi publicada a Medida Provisória 838, na qual a Presidência da República se comprometeu em usar até R$ 9,5 bilhões do Tesouro Nacional para custear parte do diesel consumido pela população. O compromisso se estende até o fim do ano ou até acabar o dinheiro. Por dois meses, que se encerram nesta terça-feira, a União pagou R$ 0,30 por litro a produtores e importadores para que mantivessem seus preços inalterados. Além disso, abriu mão de mais R$ 0,16 em impostos. Com essas duas iniciativas, chegou ao desconto de R$ 0,46 em cada litro de diesel comercializado por refinarias e importadores, na ponta da cadeia produtiva, que, até chegar aos postos de gasolina, ainda inclui o segmento de distribuição. Esse desconto, no entanto, nem sempre chegou aos consumidores finais, como demonstra o levantamento de preços realizado semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Fontes da Petrobrás afirmaram que a empresa não participa dessa discussão e que a companhia vai agir em linha com o que o Executivo determinar. O ministro de Minas e Energia (MME), Moreira Franco, disse em evento no Rio, ontem, que a decisão será conjunta dos ministérios da Fazenda e dos Transportes, além da Casa Civil. O secretário executivo do MME, Márcio Felix, informou apenas que o texto do novo decreto está sendo finalizado, o que indica que o combustível continuará a ser subsidiado. Essa será a terceira fase do programa de subvenção do óleo diesel, iniciado no fim de maio. Até agora, porém, o governo liberou somente uma pequena parcela do ressarcimento devido às empresas. A diretoria da ANP aprovou no último dia 26 o pagamento de R$ 121 mil a duas pequenas refinarias, que respondem por um volume mínimo do diesel produzido no País – para a Dax Oil Refino e a Refinaria de Petróleo Riograndense. Quase a totalidade do combustível é fornecida pela Petrobrás, que receberá a maior parte do subsídio e, por isso, é a mais afetada por possíveis atrasos no pagamento. Sete empresas foram habilitadas para receber o subsídio do diesel na primeira fase do programa, relativo ao período de 30 de maio a 7 de junho. Segundo a agência reguladora, para liberar o restante do dinheiro, inclusive da segunda fase, ainda será necessário analisar as notas fiscais apresentadas pelas empresas e organizar o trabalho com a Receita Federal e o Confaz, que reúne as secretarias estaduais de Fazenda. Para isso, está sendo formado um convênio com os dois órgãos.