-------- PUBLICIDADE --------
14 de junho de 2018
Brasil

Copa do Mundo deve movimentar mais de R$ 20 bilhões no país

Foto: Reprodução

Uma pesquisa realizada nas capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) projeta que cerca de 60 milhões de consumidores brasileiros devem gastar com produtos ou serviços relacionados à Copa do Mundo. Apenas 25% dos entrevistados na pesquisa não devem consumir produtos ligados ao Mundial. Segundo o estudo, os jogos do Mundial devem movimentar cerca de R$ 20,3 bilhões nos setores de comércio e serviços em todo o país.

A pesquisa ouviu 1.061 consumidores de ambos os gêneros, de todas as classes sociais, acima de 18 anos e em todas as capitais para detectar o percentual de quem vai assistir e acompanhar a Copa do Mundo. Depois, a pesquisa se aprofundou a partir de 843 entrevistados que pretendem acompanhar ao evento. Os entrevistados poderiam optar por mais de uma resposta.

Segundo a projeção, o foco da maior parcela de gastos está ligado ao consumo de alimentos e bebidas para o acompanhamento das partidas nas próprias residências dos torcedores, como tira-gostos (56%), pipocas (37%), salgados (39%), cerveja (74%), refrigerantes (72%), água (69%) e itens para churrasco (49%). Esses gastos representam 91% dos entrevistados.

Outros serviços que serão fonte de gasto dos torcedores na Copa serão as idas em bares e restaurantes para assistir as transmissões da Copa – um total de 62% dos entrevistados. As compras de adereços, decoração e acessórios representam, respectivamente, 61%, 54% e 48% do foco de consumo, segundo o levantamento realizado. A pesquisa indica ainda que 46% dos consumidores participarão de bolões, 38% irão adquirir serviços de internet para smartphone e 21% pretendem contratar pacotes de TV.

Apesar de toda essa movimentação financeira, metade dos consumidores entrevistados não pretendem realizar as compras nos horários de transmissão dos jogos.

Segundo o levantamento, os principais locais de compra serão os supermercados (68%), lojas de rua (35%) e camelôs (28%).

A média de gastos para quem vai acompanhar as partidas na casa de amigos ou parentes (44%) será de R$ 119, enquanto os que pretendem ir à bares ou restaurantes (22%) terão uma média de R$ 128. Para 35% dos entrevistados, a prioridade na escolha do estabelecimento está relacionada principalmente ao preço acessível das bebidas, e atrás estão questões como ‘qualidade do serviço’ (30%), ‘presença de amigos ou familiares (27%), e o ‘tamanho do telão’ em que os jogos serão exibidos (27%).

Em 17% dos casos, a empresa onde o entrevistado trabalha pretende liberar os funcionários durante os jogos da seleção brasileira. Os trabalhadores que garantem ter um horário flexível de trabalho ou que irão fazer uma pausa no expediente durante as partidas, ambos representam a parcela de 14%. Apenas 6% disseram que os funcionários irão trabalhar regularmente e sem pausa durante as partidas.


13 de junho de 2018
Brasil

Greve dos caminhoneiros causou impacto de R$ 15 bi na economia, diz Fazenda

Foto Rede Acontece

A greve dos caminhoneiros causou ao país impacto de R$ 15 bilhões, ou 0,2% do PIB (Produto interno Bruto), estima a equipe econômica do governo Temer. De acordo com o Ministério da Fazenda, o número foi discutido na segunda-feira (11) em reunião entre o chefe da pasta, Eduardo Guardia, com economistas do setor privado, em São Paulo. Conforme informações do Estadão Conteúdo, na segunda (11), Guardia admitiu que o governo poderá rever para baixo a previsão oficial para o crescimento da economia neste ano, que está em 2,5%. Ele observou, porém, que essas previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana. A aposta do mercado é que o PIB cresça menos do que 2% em 2018. De acordo com o jornal paulista, Guardia chegou a dizer que algumas estimativas sobre o impacto da paralisação estavam exageradas e que os economistas já vinham observando perda de ritmo da economia antes da greve. “Revemos a previsão a cada dois meses, quando divulgamos a programação orçamentária. Então, vamos continuar fazendo isso. Pode ser uma revisão para baixo”, afirmou o ministro.


12 de junho de 2018
Economia

Governo adia plano de redução de custo com subsídios na conta de luz

Foto: Rede Acontece

O Ministério de Minas e Energia publicou hoje (11) no Diário Oficial da União que o governo federal adiou para julho a previsão de conclusão do plano de redução de despesas com subsídios repassadas às tarifas de energia elétrica. De acordo com a portaria da pasta, um relatório final sobre o plano dever ser concluído até 15 de julho. O primeiro prazo se encerraria um mês antes, na próxima sexta-feira (15). Em outubro de 2016, o governo criou um grupo de trabalho para avaliar alternativas de corte de despesas de subsídios custeadas pela chamada CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), um fundo abastecido pelos encargos cobrados nas contas de luz. Os subsídios custeados pela CDE são apontados como um dos vilões da elevação nas contas de luz – o valor de abastecimento do fundo deve chegar a R$ 19 bilhões neste ano, contra R$ 16 bilhões em 2017.


12 de junho de 2018
Brasil

Mercado prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018

Foto Rede Acontece

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua em queda, enquanto a projeção para a inflação sobe. De acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada na internet todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,18% para 1,94%. Essa foi a sexta redução seguida. Até a previsão de crescimento do PIB para 2019, que permanecia inalterada há 18 semanas seguidas, foi ajustada de 3% para 2,80%, no boletim divulgado hoje (11). A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,65% para 3,82% este ano, no quarto aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4,01% para 4,07%. Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Selic: Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera suficientes para chegar à meta as alterações anteriores. Para o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de 2018 e subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.

Na semana passada, com a disparada dos juros futuros e do dólar, que chegou a superar R$ 3,90, investidores consideraram a possibilidade de o Copom elevar a taxa Selic, mesmo com a inflação abaixo do centro da meta e a economia em recuperação. Entretanto, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, descartou a possibilidadede usar a Selic para interferir no câmbio, mas apenas para controlar a inflação. “Na próxima reunião, o comitê analisará essas condições com foco como sempre nas projeções e expectativas de inflação e o seu balanço de riscos”, disse.

Na quinta-feira passada (7), o BC anunciou uma intervenção mais forte no mercado de câmbio. Com isso, o dólar comercial fechou a sexta-feira (8) cotado a R$ 3,706, queda de 5,59%. O movimento interrompeu três altas seguidas ao longo da semana, e ocorreu um dia depois de a moeda norte-americana ter fechado o pregão ao valor R$ 3,926 – a maior cotação desde março de 2016. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,50, tanto para o fim deste ano quanto para o final de 2019.


Tags:
12 de junho de 2018
Brasil

Caixa vai financiar até 80% de imóveis usados para servidores públicos

Foto Rede Acontece

Os servidores públicos poderão financiar um valor maior ao comprarem imóveis usados por meio da Caixa Econômica Federal. O banco elevou, de 70% para 80%, o limite de financiamento, igualando o teto com o usado na compra de unidades novas.

Os demais clientes continuarão a financiar até 70% do valor de imóveis usados e 80% no caso de imóveis novos. Em nota, o banco informou que o aumento do limite para os servidores públicos tem como objetivo beneficiar o segmento com a mais baixa inadimplência e estimular o relacionamento de longo prazo com a instituição financeira.

Tradicionalmente, os servidores públicos, por terem estabilidade no emprego, pagam juros menores e têm condições mais favoráveis de crédito por terem menor risco de inadimplência. Atualmente, a Caixa tem R$ 43,2 bilhões emprestados para servidores públicos em todo o país.

Essa é a segunda alteração no crédito imobiliário da Caixa nos últimos dois meses. Em abril, o banco, que concentra 70% do mercado no setor, reduziu os juros nas linhas para a compra da casa própria com recursos da poupança.

As taxas mínimas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) – que financia imóveis de até R$ 800 mil na maioria do país e de R$ 950 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal – caíram de 10,25% para 9% ao ano. Para o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que financia a compra de imóveis acima desse valor, os juros mínimos foram reduzidos de 11,25% para 10% ao ano.


8 de junho de 2018
Bahia

Em 4 anos, construção civil da Bahia acumula saldo negativo de 80,8 mil trabalhadores

Foto Rede Acontece

Pelo terceiro ano consecutivo o número de trabalhadores da construção baiana sofreu redução, chegando a 102,4 mil pessoas em 2016, menor contingente desde 2008. O total de trabalhadores nas empresas caiu pelo terceiro ano consecutivo, passando de 119.033 em 2015 para 102.436 em 2016. Isso representou menos 16.597 pessoas ocupadas no setor (-13,9%) em um ano. De acordo com dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) 2016, divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de pessoal ocupado na construção cai anualmente desde 2014 e já acumula saldo negativo de 80,8 mil trabalhadores. O patamar mais baixo desde 2008 foi atingido em 2016, quando 101.280 pessoas trabalhavam na construção civil no estado. O movimento de queda acompanha o que ocorre nacionalmente, em 2016 eram 1.829.144 pessoas trabalhando nas empresas do setor, enquanto em 2015 eram 2.262.493, menos 19,1%. O setor empresarial da construção civil também encolheu pela primeira vez depois de nove anos de crescimentos. Das 3.009 empresas da área atuantes no estado em 2015, 13,3% encerraram suas atividades na passagem para 2016, e o total daquelas que continuaram ativas recuou para 2.610.


7 de junho de 2018
Economia

Depósitos na poupança em maio superaram saques em R$ 2,4 bilhões

Foto Rede Acontece

Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 2,405 bilhões em maio, de acordo com relatório divulgado hoje (6) pelo Banco Central na internet. Esse foi o maior resultado para o mês desde maio de 2013, quando da captação líquida, ou seja mais depósitos do que saques, ficou em R$ 5,625 bilhões. Em maio de 2017, também houve captação líquida, mas o resultado foi menor: R$ 292,6 milhões. No mês passado, foram aplicados R$ 181,731 bilhões, contra a retirada de R$ 179,326 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 2,801 bilhões. Com captação líquida pelo terceiro mês seguido em maio, o resultado acumulado do ano voltou a ficar positivo. De janeiro a maio, o resultado positivo chegou a R$ 1,710 bilhão. Em janeiro e fevereiro houve retirada líquida (mais saques que depósitos) de R$ 5,201 bilhões e R$ 708,1 milhões, respectivamente. Nos meses seguintes, o resultado ficou positivo: R$ 3,977 bilhões em março e R$ 1,237 bilhão, em abril. Em maio, o saldo de todas as cadernetas de poupança ficou em R$ 740,639 bilhões.

Rendimento da poupança
Pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é calculado pela soma da Taxa Referencial (TR), definida pelo BC, mais 0,5% ao mês, sempre quando a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano. Quando a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, como ocorre atualmente, a remuneração da poupança passa a ser a soma da TR com 70% da Selic. Atualmente a Selic está em 6,5% ao ano.


Tags:
6 de junho de 2018
Economia

Conta de energia deve subir 25,7% em um ano, aponta pesquisa

Foto: Rede Acontece

Os consumidores devem pagar, em média, 25,7% a mais na conta de luz no final deste mês, na comparação com junho do ano passado. A estimativa é da TR Soluções e leva em consideração dois aspectos principais: a adoção da bandeira vermelha patamar 2 pelo governo federal e os reajustes anuais das concessionárias de energias nos diversos estados.

“Essa projeção vale para todos os tipos de consumidores: residenciais, comerciais e industriais”, explica Helder Sousa, diretor comercial da empresa. Segundo ele, a bandeira tarifária deve pesar bem, pois acrescenta R$ 5 nas contas de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Em junho do ano passado, foi adotada a bandeira verde, quando não há cobrança de taxa extra.

Em São Paulo, a estimativa ainda não considera o reajuste anual da tarifa de energia para as unidades atendidas pela Eletropaulo. O aumento só começará a ser aplicado em julho. O índice ainda não foi definido. Em 2017, o reajuste da Eletropaulo foi de 5,15%.

O economista André Braz, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), faz previsões um pouco melhores, mas que ainda mostram peso no bolso do consumidor. Seus estudos indicam um impacto imediato de cerca de 10% nas contas de luz em junho, na comparação com o mês de maio. “Mas, em cada região, o peso será diferente. Esse é um cálculo médio que considera reajustes tarifários de outras regiões do país e, também, o impacto da bandeira vermelha 2”, afirma o economista. Com informações da Folhapress.


4 de junho de 2018
Economia

45% dos consumidores priorizam a compra de medicamentos genéricos

Imagem Reprodução

A possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra. Os dados são resultados da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Shoppers em Farmácias – 2018, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), em parceria com a Unicamp e com o Instituto Axxus.

Segundo a pesquisa, o número de brasileiros que consideram essa opção na hora da compra é bastante expressivo, sendo que 45% dos consumidores apontara que adquiriram medicamentos predominantemente genérico, outros 55% compraram predominantemente os de marcas.

“Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que encomendou a pesquisa.

Ele se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 33% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e metade desses clientes buscavam economia (50%).

“É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento de referência”, complementa Tamascia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de intercambialidade de medicamento e os motivos que levaram a essa troca.

“Essa pesquisa comprova uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de intercambialidade é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, explica o presidente da Febrafar.

A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra. A pesquisa foi realizada por 152 entrevistadores.


4 de junho de 2018
Economia

Vendas de televisão tendem a crescer 5% no período da copa

Foto Rede Acontece

As datas sazonais aquecem o varejo durante o ano, e na Copa do Mundo não é diferente. Para impulsionar as vendas de TVs no período, por exemplo, muitas lojas e magazines criaram promoções e condições especiais e atraíram a atenção dos consumidores. Segundo Claudio Felisoni, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), a venda de TVs, motivada especificamente pela Copa, gira historicamente em torno de 5% do total. O especialista acredita que os fãs do futebol não são mais reféns do aparelho e podem optar por outros produtos como celulares, tablets e laptops. “Em campeonatos passados, o consumidor tinha que ter uma TV para assistir aos jogos, agora pode optar por outros aparelhos”, diz Felisoni. Entretanto, o professor explica que consumidores “novidadeiros” tendem a ceder e adquirir novos produtos com frequência, ainda mais em datas especiais, como na Copa. Já pessoas menos propensas a gastar com novidades, normalmente, esperam os preços diminuírem ou ficam de olho nas promoções.


4 de junho de 2018
Economia

Governo discutirá política de amortecimento de preços de combustíveis

Foto Rede Acontece

O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda a criação de uma política de amortecimento de preços dos combustíveis que chegue ao bolso do consumidor. Nesta segunda-feira (4), técnicos do MME e do Ministério da Fazenda, que integram o grupo de trabalho criado para discutir o assunto, têm reunião marcada. Estão incluídos na discussão os combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina. O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento de paralisação define a redução de R$ 0,46 no preço do diesel nas bombas. Agora, a intenção é incluir na discussão também os demais combustíveis, criando um mecanismo que proteja o consumidor final da volatilidade dos preços. Segundo o MME, o grupo de trabalho vai convidar especialistas no assunto para ajudar a construir uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor e importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor. A primeira reunião do grupo ocorreu na última sexta-feira (1º), com participação de técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“[Essa política de proteção] terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor”, diz a pasta em nota.

Política de preços – Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e o encarecimento do petróleo no mercado internacional. Na nota, o MME diz que a política de liberdade de preços da Petrobras, assim como das demais empresas de petróleo que atuam no país, “é uma política de governo”. “A Petrobras teve e tem total autonomia para definir sua própria política de preços”, destaca o texto.

Com os reajustes, no início de maio, a Petrobras anunciou um crescimento do lucro líquido de 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilhões. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato.

Este foi, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões, e também terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.

Flutuações – As flutuações, no entanto, impactam o consumidor. Ontem (2) a Petrobras aumentou em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. Com isso, o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro, ao passar de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.

Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, de 20 centavos por litro, já que, em 1º de maio, o combustível era negociado nas refinarias a R$ 1,8072. O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) diz, em nota técnica, que a política de preços resultou, entre o final de abril e maio, em 16 reajustes do preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram, considerando os impostos federais e estaduais, de R$ 3,40 para R$ 5, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%).


3 de junho de 2018
Economia

Com greve, produção de carros deve cair 20% e quebrar sequência de altas

Foto: Reprodução

A greve dos caminhoneiros, que levou a indústria automobilística a suspender atividades em quase todas as fábricas do país por falta de peças, vai interromper uma sequência de 18 meses de crescimento da produção nacional. A previsão é de uma queda na casa dos 20% em relação a maio do ano passado, a primeira desde outubro de 2016. Projeção com base na média diária de produção de abril, de 12,6 mil unidades, indica que aproximadamente 75 mil veículos deixaram de ser produzidos nos seis dias em que a maioria das fabricantes fechou as portas. O número pode ser conservador, pois grandes marcas, como Ford, General Motors e Volkswagen, começaram a parar antes das demais. Em maio de 2017, foram produzidos 250,7 mil veículos, o segundo melhor resultado mensal do ano passado, atrás apenas de agosto, com 260,8 mil unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Por causa da greve, o volume do mês passado deve ficar abaixo de 200 mil. Algumas marcas já retomaram produção.
As fábricas da Fiat em Betim (MG) e da Jeep em Goiana (PE) retomaram atividades em pleno feriado de quinta-feira. A Ford religou ontem as máquinas apenas da filial de Camaçari (BA). As demais empresas voltarão ao trabalho a partir de segunda-feira, “de maneira gradual”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Em abril, a produção foi de 266,1 mil veículos, portanto, a queda de um mês para outro deve superar os 20%. A Anfavea só vai divulgar dados na quarta-feira. A entidade se preparava para rever, para cima, as projeções de produção e vendas para este ano. O episódio da greve pode atrasar as novas previsões. A expectativa da entidade feita no início do ano era de alta de 13,2% na produção ante 2017 (para 3 milhões de veículos) e de 11,7% nas vendas (para 2,5 milhões de unidades). No primeiro quadrimestre o crescimento acumulado na produção é de 20,7% (965,8 mil unidades). Nos últimos meses, várias empresas anunciaram retomada de turnos de produção e até algumas contratações. Já as vendas de janeiro a maio são 17% maiores que em igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de todo o país.