Apesar da queda registrada em junho e no primeiro semestre, os juros médios cobrados pelas instituições financeiras no cheque especial e no cartão de crédito rotativo se mantiveram próximos da marca dos 300% ao ano, de acordo com os números divulgados hoje (27) pelo Banco Central.
Segundo o BC, a taxa media do cheque especial passou de 311,9%, em maio, para 304,9% ao ano em junho – uma redução de sete pontos porcentuais. É o menor porcentual desde março de 2016. No primeiro semestre, o juro caiu 18,1 pontos porcentuais, pois estava em 323% ao ano no fim de 2017.
O juro médio do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas passou de 303,6%, em maio, para 291,9% ao ano em junho, uma redução de 11,7 pontos porcentuais. É a taxa mais baixa desde setembro de 2014. Na parcial anual, o índice caiu 40,2 pontos porcentuais, pois somou 332,1% ao ano no fechamento do ano passado.
O financiamento imobiliário com recursos da poupança atingiu R$ 25,29 bilhões nos primeiros seis meses do ano, avanço de 23% ante igual período de 2017, informou a Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário) nesta quarta-feira (25).
É a primeira vez em quatro anos que os empréstimos pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) registram alta de janeiro a junho, na comparação com o primeiro semestre do ano anterior.
Foram financiadas aquisições e construções de 98,84 mil imóveis neste ano -19,8% mais que no período em 2017.
Segundo a Abecip, o segmento cresce embalado pela poupança. “Tradicionalmente, o primeiro semestre é de saldo negativo. Neste ano, tivemos captação líquida de R$ 2,5 bilhões, o que gera expectativa positiva”, diz Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip.
Só para a aquisição de imóvel pela pessoa física foram R$ 20,2 bilhões financiados, sendo R$ 11,3 bilhões para unidades novas. “Quem puxa a cadeia é o consumidor. Essa fatia de novos é consumo de estoque, o que pode originar demanda por mais lançamento”, afirma Abreu Filho.
O empréstimo para construção, no entanto, cresceu menos, 14,5%, somando apenas R$ 5,1 bilhões. “Os empresários ainda estão comedidos.”
Já o crédito com recursos do FGTS, fonte para financiamento de habitação popular, recuou 6,8% no semestre.
Para 2018, a entidade elevou sua projeção de alta do SBPE de 10% para 16%, chegando a R$ 50 bilhões. Se a expectativa se confirmar, será a primeira recuperação em quatro anos.
“Vemos os bancos com apetite para emprestar. O que está difícil é encontrar projetos e consumidor”, diz Abreu Filho.
As instituições financeiras estão mais dispostas a financiar porque há maior volume de recursos disponíveis. Além do avanço na poupança, os bancos vêm se beneficiando da liberação de compulsórios (parcela que são obrigados a deixar parada no Banco Central), explica Abreu Filho.
O excesso de recursos para financiamento da casa própria pode superar R$ 100 bilhões nos próximos dois anos, aponta o presidente da Abecip.
“Vai ter muito recurso para emprestar, mas não vemos o mesmo ritmo na ponta, seja do consumidor, que vai demorar para ter ganho real e algum alívio no desemprego, ou da construtora”, diz Abreu Filho.
O cenário de oferta elevada com demanda em baixa poderia implicar queda nas taxas dos bancos. De fato, Abreu Filho diz que os juros estão hoje em patamares próximos aos do ápice do mercado, em 2014. O custo não cai, porém, porque a piora nas projeções econômicas elevaram as taxas de juros futuros, referência para o crédito imobiliário.
“Esse movimento depende do cenário eleitoral e da perspectiva da economia. Sem isso, poderíamos ter algo inédito, como taxas abaixo de 8,5%”, diz Abreu Filho.
Numa tentativa de “destravar” decisões da Justiça nas ações que questionam o tabelamento do frete, exportadores de grãos protocolaram na quarta-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de liminar para permitir que instâncias inferiores da Justiça tomem decisões sobre a medida.
A iniciativa foi tomada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Especificamente, elas querem que seja julgada uma ação protocolada na 22.ª Vara Federal de Brasília.
Atualmente, todas as discussões na Justiça contra o tabelamento estão suspensas por determinação do ministro do STF Luiz Fux, relator de três ações de inconstitucionalidade sobre o tema. Enquanto as analisa, ele bloqueou qualquer outra decisão judicial a respeito do tabelamento.
Porém, o caso está parado por causa do recesso parlamentar e só será retomado a partir do dia 27 de agosto, quando Fux pretende realizar audiência pública com entidades e especialistas – só depois disso deve tomar sua decisão. O tempo é considerado longo demais pelas empresas, que alegam operar num cenário de aumento de custo e total insegurança.
“Estamos numa situação em que não podemos nos defender pela via judicial”, disse o presidente executivo da Abiove, André Nassar. “Não podemos tentar uma liminar contra a tabela mas, desde o dia 19 de julho, uma empresa que não a cumpra pode ser acionada juridicamente.”
A lei que instituiu o tabelamento do frete prevê que, caso uma carga seja transportada a preço inferior ao fixado pelo governo, o caminhoneiro tem direito a indenização igual ao dobro da diferença entre a tabela e o valor pago. Temendo essa punição, as empresas têm procurado seguir a tabela.
Pelos cálculos da Abiove, o prejuízo acumulado até o momento com o transporte de grãos é de cerca de US$ 3 bilhões. “É a diferença entre quanto estimei de frete e quanto paguei de verdade”, explicou Nassar.
Do ponto de vista constitucional, as empresas alegam que a fixação de preço viola princípios como o da livre iniciativa e o da livre concorrência. Outro argumento contra a tabela é que ela foi oficializada antes de ser submetida a audiência pública. Com informações do Estadão Conteúdo.
O Banco do Brasil comunicou nesta quarta-feira, 25, um contrato de R$ 2,084 bilhões com os Correios para prestação de serviços postais convencionais, especiais e telemáticos. O contrato tem âmbito nacional e internacional, e os serviços serão prestados pelos Correios a todas as unidades do BB.
O contrato foi assinado no dia 13 deste mês, com vigência a partir do dia 18. O prazo é de cinco anos.
Um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que o preço do botijão subiu 26,91% entre julho de 2017 a junho deste ano, o que representa um gasto de R$ 15 a mais, se considerada uma família com renda média de R$ 1,5 mil.
“O aumento afeta diretamente a taxa de inflação, elevando o custo de vida e depreciando o valor dos salários”, afirmou o estudo. Para o levantamento, o departamento fez um recorte da renda familiar dos 10% mais pobres de cada estado.
Se considerada a média de salários do grupo analisado, os paulistanos mais carentes são os menos afetados pelo aumento do preço, com 10,8% dos ganhos destinados à compra do item. Já os maranhenses são os que mais dispõem da renda para a aquisição do gás, em que chegam a gastar 59%.
O botijão de 13 kg é envasado e vendido nas refinarias da Petrobras às distribuidoras. No período, de janeiro de 2003 a agosto de 2015, o preço praticado nas refinarias era de R$ 13,51. Em dezembro do ano passado, já estava em R$ 24,38.
O governo tem sido pressionado para realizar um leilão de usinas térmicas no Nordeste. Políticos, especialmente de Pernambuco, e empresas do setor de óleo e gás são a favor do leilão. No entanto, caso ocorra, acrescentará mais R$ 1 bilhão à conta de luz do país, segundo destaca a Folha de S. Paulo. O setor de energia discute as possibilidades e, entre as propostas, está a construção de uma ou de várias térmicas com capacidade para gerar entre 1.500 MW e 2.500 MW (megawatts). A Folha explica que esta alternativa acarreta no chamado leilão de reserva: tipo de certame em que o governo compra a energia que será gerada para viabilizar o empreendimento e repassa os custos para a conta de luz de todos os clientes. Os custos estimados, por baixo, são de R$ 1 bilhão. No entanto, embora não haja consenso técnico sobre a necessidade dessa energia, o leilão pode ocorrer ainda neste ano.
O Ministério de Minas e Energia já discutiu o tema mas não houve conclusão, e novo encontro vai ocorrer na próxima semana. Os defensores argumentam que há risco de desabastecimento por causa da prolongada seca no Nordeste e afirmam que é preciso investir na autossuficiência regional. Enquanto isso, os opositores do leilão destacam que devido à retração econômica prolongada, o consumo caiu, há sobra de energia e não há nenhum horizonte de racionamento para justificar a contratação das usinas.
Estimativas divulgadas hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que a economia brasileira vai crescer este ano “apenas 1,6%”. O número é um ponto porcentual abaixo do previsto em abril.
De acordo com o Informe Conjuntural referente ao segundo trimestre, estudo que traz a revisão de expectativas da entidade para o desempenho da indústria e da economia, a indústria vai ter incremento de 1,8%. Em abril, o porcentual estava em 3%.
Os investimentos devem aumentar 3,5%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 2%. A taxa de desemprego está prevista para 12,45% ao final do ano.
Ainda segundo o levantamento, a inflação vai continuar “baixa, apesar dos aumentos de preços provocados pela greve dos caminhoneiros”, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo em 4,21%. Em abril, a inflação projetada pelo Informe Conjuntural para o ano estava em 3,7%.
A operação pente-fino que busca reavaliar a destinação dos recursos públicos e corrigir eventuais irregularidades na área social, identificou R$ 10 bilhões em pagamento indevidos a beneficiários de três programas: 50por invalidez e auxílio-doença.
Entre o segundo semestre 2016 e maio deste ano, foram cancelados benefícios de 5,7 milhões de pessoas – 5,2 milhões do Bolsa Família e 478 mil de auxílios-doença e aposentadoria por invalidez.
De acordo com a Folha de S. Paulo, apenas no ano passado, a despesa total com os três programas foi de R$ 107,4 bilhões.
A expectativa é de que o pente fino em andamento encontre outros R$ 20 bilhões em benefícios irregulares até 2020, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.
A Petrobras anunciou a redução de 0,94% no preço da gasolina comercializada em suas refinarias. A partir desta terça-feira (24), o combustível passará a custar R$ 1,9426 por litro.
A estatal mantinha o preço do litro da gasolina em R$ 1,9611 desde o dia 18 de julho. As informações são da Agência Brasil.
Depois de chegar a R$ 2,0527 por litro no dia 12 de julho, o combustível teve quatro reduções de preço e voltou a um patamar semelhante ao registrado em 30 de junho, quando era comercializado a R$ 1,9486.
A indústria nacional de eletrodomésticos e eletroeletrônicos fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 14,6% sobre as vendas do período de 2017, conforme balanço da Eletros, entidade que representa 30 empresas do setor. O destaque no período foram as vendas de TVs, que, impulsionadas pela demanda gerada pela Copa, tiveram alta de 30%. No total, 6,59 milhões de aparelhos de televisão foram comercializados nos seis primeiros meses do ano. Na linha de equipamentos portáteis, houve alta de 13% nas vendas, enquanto que no mercado de linha branca, onde estão inseridos produtos como geladeiras e micro-ondas, o crescimento foi menor: 2,75%. Para o ano, a expectativa da entidade é de vendas entre 10% e 15% maiores do que as de 2017. A indústria de eletrodomésticos e eletroeletrônicos responde, segundo a Eletros, por 3,34% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria.
Em tempos de crise, quem consegue reinventar hábitos diminui as chances de sufoco. Isso inclui o consumo do gás de cozinha, que sofreu um recente reajuste de 12,2% no valor cobrado pelo botijão. Ciente disso e sempre em busca de facilitar a vida do consumidor, o aplicativo Chama, ferramenta que conecta revendedores de botijões de gás a clientes, elencou uma série de dicas para ajudar a driblar a crise e fazer com que o gás dure mais nos lares brasileiros. Confira:
Atenção com as chamas
Se elas surgirem amareladas ou alaranjadas, é sinal que os bocais não estão funcionando devidamente – o que implica no maior gasto de gás. O ideal é que as chamas sejam azuis.
Use a tampa da panela
O preparo de pratos como macarrão, por exemplo, permite que o cozimento seja feito com o fogo desligado ao usar a tampa. Para isso, basta deixar a água ferver, adicionar a massa, desligar o fogo e tampar.
Forno fechado e cheio
Abrir e fechar a porta do forno muitas vezes é a receita para o desperdício de gás. Tente observar os alimentos utilizando a luz interna e, sempre que possível, asse mais de um alimento ao mesmo tempo.
Janelas fechadas na cozinha
Correntes de ar diminuem a potência das chamas e, assim, aumentam o tempo necessário de cozimento. Por isso, na hora de cozinhar, feche portas e janelas.
Use a panela de pressão
Se a receita permitir, não se acanhe e faça uso da panela de pressão. Além de mais econômica, ela acelera o cozimento e potencializa o tempero dos alimentos.
Corte em pedaços menores
Alimentos cortados em partes pequenas cozinham mais rápido, fazendo com que o gás seja menos utilizado.
Segundo maior produtor de algodão do país, a Bahia teve, recentemente, 75,6% do produto certificada como sustentável pelo Programa Algodão Brasileiro (ABR) da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Para obter a certificação, as propriedades rurais devem comprovar excelência em boas práticas, como respeito aos trabalhadores no campo (cumprimento de normas de saúde e segurança) e preservação do meio ambiente. Parte desses critérios é fiscalizada também pelo Governo do Estado. Nesta safra, um total de 191 mil hectares de área abrangendo 53 propriedades de agricultores foi certificado. Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável, tendo a certificação dos produtores baianos passado de 21,1% para os atuais 75,69%. “Com os resultados favoráveis dos produtores diante do mercado consumidor, exist e o interesse dos demais produtores em obter a certificação”, explica a coordenadora do Programa da área de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim. Com 100% da área certificada, a produtora rural Alessandra Zanotto, de Luís Eduardo Magalhães (BA), vê o programa como um suporte ao pontuar todos os itens para cumprimento das legislações e de outras questões ligadas à sustentabilidade. “Embora muitos itens não sejam uma exigência legal, o cumprimento na rotina vem colaborando para a adoção de boas práticas que melhoram a produtividade e o relacionamento com os nossos funcionários, fornecedores e clientes”, afirma.