O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (4) R$ 103 bilhões em recursos para o financiamento da safra 2018/ 2019, além de redução de juros para crédito rural. Do total dos recursos, R$ 11,5 bilhões serão direcionados para empresas da cadeia do agronegócio.
Os R$ 91,5 bilhões restantes serão direcionados para crédito rural a produtores e cooperativas: R$ 72,8 bilhões para operações de custeio e comercialização da safra e R$ 18,7 bilhões para investimento agropecuário.
O Banco do Brasil anunciou também redução de até 1,5 ponto percentual nas taxas de juros de crédito rural para as linhas de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial.
“O setor agrícola foi o indutor da retomada do crescimento”, afirmou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante o evento. “Precisamos reconhecer o papel das instituições financeiras para o sucesso desse setor”.
Guardia elogiou o desempenho do Banco do Brasil. “O banco teve 20% de crescimento na oferta de crédito, e nunca contou com aporte de recursos do Tesouro”, disse.
A incerteza frente às eleições de outubro, os efeitos da greve dos caminhoneiros e a guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o resto do mundo fizeram a Bolsa perder todos os ganhos acumulados em abril para fechar o primeiro semestre de 2018 na lanterna das aplicações financeiras, atrás até da caderneta de poupança.
O índice com as principais ações negociadas na B3, o Ibovespa, chegou ao fim de junho com queda de 6,07%. Até abril, o índice acumulava alta de 12,71%. A poupança, vice-lanterna, registrou ganhos de 2,32%, também de janeiro a junho.
A aplicação campeã do período foi o dólar. A moeda americana teve valorização de 16,96%, mais de um ponto porcentual acima do ouro, segundo mais bem posicionado no ranking do semestre, com alta de 15,78%.
O coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato, explica que a valorização do ouro é consequência direta da alta do dólar, já que a commodity é negociada por meio da moeda americana. “O ouro em si teve desvalorização de quase 1% lá fora, mas, como é cotado em dólar, pegou carona no câmbio.”
Para o segundo semestre, Viriato acredita que a tendência é de melhora nos investimentos de mais risco, como os papéis de empresas, conforme os investidores se acomodem a um cenário político mais definido (o segundo turno das eleições acontece em 28 de outubro). “Tivemos três meses bons seguidos por três meses ruins. Vejo essa relação se inverter no resto do ano”, afirma.
Segundo o administrador de investimentos Fabio Colombo, que calculou o retorno das aplicações no período, pesou também para o resultado ruim das ações “a manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano”.
A decisão do Banco Central, em maio, de não diminuir a taxa básica de juros da economia quebrou a sequência de 12 cortes consecutivos, pegando de surpresa a maior parte do mercado. A decisão afetou os papéis, já que juros menores são, em geral, benéficos para o caixa das companhias, que gastam menos para financiar suas operações.
A companhia formada pela fusão da Bayer, empresa farmacêutica e química, e a Monsanto, multinacional de agricultura e biotecnologia, vai ter uma receita anual de R$ 15 bilhões no Brasil.
Segundo Liam Condon, presidente da divisão Crop Science da empresa alemã, a divisão agrícola da indústria vai ser responsável por 80% do faturamento.
A compra da Monsanto custou US$ 63 bilhões para a Bayer e foi fechada em 7 de junho. A duas companhias só poderão ser integradas quando a empresa alemã concluir a venda de parte dos ativos para a Basf, uma exigência dos órgãos reguladores para aprovar a agregação.
Após a fusão, o Brasil vai ser o segundo maior mercado para divisão, atrás apenas da Basf, e o primeiro em crescimento.
Após a greve dos caminhoneiros ter afetado a produção e a venda de veículos em maio e o cenário de junho ficar bastante parecido nos emplacamentos, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) ficou um pouco mais pessimista para o desempenho do mercado em 2018. A nova previsão, divulgada nesta terça-feira, 3, é de crescimento de 10%, ante uma estimativa anterior de 12,8%, em conta que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Se a nova projeção se confirmar, o setor vai somar a venda de 2,462 milhões de unidades. No ano passado, foram 2,239 milhões de unidades vendidas.
A revisão para baixo foi influenciada principalmente pelos segmentos de veículos leves, cuja previsão de expansão caiu de 13% para 9,7%. A estimativa para os veículos pesados, por sua vez, subiu de 9% para 18,3%.
Conhecido por ter um posicionamento aliado ao Partido Republicano do presidente americano Donald Trump, a Câmara do Comércio dos Estados Unidos, o maior grupo empresarial do país, lançou hoje (2) uma campanha para se opor às políticas do mandatário para o setor.
Com a imposição das tarifas de importação do governo, alguns dos parceiros comerciais mais próximos dos EUA adotaram ações de retaliação, o que abalou não só os mercados financeiros, mas também a relação entre a Casa Branca e a Câmara.
A campanha do grupo comercial é um esforço da gigante do lobby de negócios, que, com uma análise de estado por estado, argumenta que Trump arrisca uma guerra comercial mundial capaz de atingir os consumidores dos Estados Unidos.
O governo lançou nesta segunda-feira (2) o PNL (Plano Nacional de Logística) que, se levado adiante pelo próximo presidente, poderá gerar economia de até R$ 54,7 bilhões por ano a partir de 2025.
“É um plano que define os gargalos dos modais brasileiros e traz soluções para o Brasil avançar, principalmente nas ferrovias, para em sete anos, ultrapassarmos o transporte nas rodovias em 100%”, disse Ronaldo Fonseca, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O PNL cruza diversos bancos de dados para definir as obras de infraestrutura prioritárias para reduzir gargalos do tráfego de cargas.
Como antecipou a Folha de S.Paulo, o plano foi aprovado na reunião do Conselho do PPI (Programa de Parceria de Investimentos) desta segunda.
Para implementá-lo, o presidente Temer assinou um decreto dando peso de lei ao plano e criando um comitê de governança que definirá as prioridades de investimento.
Farão parte do comitê representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, os ministros de Transporte, Minas e Energia, Agricultura, Meio Ambiente, Planejamento, Casa Civil e a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), responsável pela parte técnica do programa.
Assessores de Temer afirmam que, na prática, o plano dificultará investimentos em obras de cunho eleitoreiro.
Segundo eles, o próximo presidente poderá, via comitê, interferir na ordem das obras do PNL, mas não poderá, sozinho, decidir que obras entram na lista, que será feita pela EPL com base em cálculos a partir de dezenas de bases de dados já integradas.
Se o presidente quiser incluir uma obra fora do PNL para agradar a aliados, ele deverá registrar em ata, expondo o teor político da decisão.
Para mudar o funcionamento do programa e do comitê, será preciso baixar outra lei.
A ideia do governo foi dar ao PNL o mesmo peso do Plano Decenal de Energia Elétrica, definido pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Na área de energia, um comitê interministerial conhecido como CNPE define as diretrizes do setor que passam a nortear investimentos públicos e privados.
A primeira etapa do PNL se estende até 2025 e está em andamento. Caso o próximo presidente mantenha o cronograma de obras, haverá uma redução de R$ 54,7 bilhões dos custos de transporte até 2025, sem considerar o preço do frete -que pode cair até lá.
Hoje, esse custo é de R$ 342 bilhões e compromete a competitividade dos produtos brasileiros destinados à exportação.
Se o plano seguir a rota planejada, até 2025, a dependência de rodovias cairá dos atuais 64% de participação do volume de cargas para 50%.
Essa diferença, de acordo com o PNL, será praticamente incorporada pelas ferrovias, que saltam de 18% de participação para 31%.
Na reunião do PPI, foram incluídos 14 novos projetos que, se concretizados, deverão gerar R$ 100 bilhões em investimentos. Dentre eles estão dez lotes de linhas de transmissão, novos lotes de exploração de petróleo no pré-sal, e as BRs 153, 282 e 470.
A proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem 2018 acompanha ainda um momento que gera muito ansiedade nos jovens: a escolha da profissão. Quando o assunto é optar por uma carreira, devem ser levados em consideração fatores como remuneração média no mercado e realização pessoal. A consultora de RH Dilza Taranto preparou uma lista com as profissões que devem abrir mais postos de trabalho nos próximos anos:
1- Engenheiro/Cientista de dados
Formação: Estatística, Matemática, Ciências da Computação
Motivo: analisar os dados disponíveis e propor soluções para diferenciação, aumento da rentabilidade, estratégia no negócio assim como inovações tecnológicas inteligentes.
Área de atuação: setores diversos, como finanças, educação, saúde, agricultura e geologia.
2- Analista de Mídias Digitais
Formação: Marketing, Publicidade e Propaganda, Comunicação Social
Motivo: busca cada vez maior de produtos e serviços pelas mídias digitais. As empresas precisam concentrar seus esforços na atração, engajamento e relacionamento com seus clientes nas redes sociais.
Área de atuação: comunicação ou marketing.
3- Diretor Financeiro
Formação: Economia, Engenharia, Administração
Motivo: devido à crise no país, as empresas precisam de profissionais que ajudem na recuperação da saúde financeira.
Áreas de atuação: controladoria, auditoria ou tesouraria.
4- Gerontólogo e Geriatra
Formação: Enfermagem, Medicina, Terapia Ocupacional, Nutrição, Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia, Serviço Social
Motivo: aumento da expectativa de vida do brasileiro.
Área de atuação: saúde.
5- Business Partner (Recursos Humanos)
Formação: Administração, Psicologia, Pedagogia
Motivo: desenvolver a melhor estratégia de recursos humanos e definir padrões de cultura e valores organizacionais para as empresas.
Área de atuação: recursos humanos.
A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) só poderá encerrar as cobranças de dívidas tributárias e previdenciárias com a União depois de tentar bloquear saldos de consórcios e de planos de previdência privada.
A regra faz parte de um novo regulamento e vale para execuções de até R$ 1 milhão sem as devidas garantias.
Uma portaria publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (21) definiu os procedimentos para a pesquisa de bens e aplicações financeiras de contribuintes com débitos inscritos na Dívida Ativa da União.
Segundo o Coordenador-Geral de Estratégia e Recuperação de Créditos da PGFN, Daniel de Saboia, a medida formaliza algo que vinha sendo feito. Antes, os procuradores buscavam qualquer tipo de bem no nome do devedor e pediam autorização judicial para o bloqueio, que passou a ser feito automaticamente.
“Isso já incluía a previdência complementar, mas não podíamos fazer o bloqueio administrativamente”, disse Saboia.
Ou seja, se a Justiça concedesse o bloqueio, a PGFN executaria a penhora.
“Continua cabendo à Justiça decidir se podemos ou não bloquear saldos de previdência complementar.”
A nova portaria torna obrigatória a busca de todas as formas de recuperação de créditos. “Esgotadas as possibilidades tradicionais, o procurador pesquisa se o devedor [pessoa física ou dono de empresa] possui previdência complementar”, disse Saboia.
Donos de empresas devedoras também poderão ser alvo da tentativa de bloqueio da previdência privada ou outras aplicações financeiras.
De acordo com a portaria, a PGFN poderá pedir penhora de imóveis, veículos e outros bens, saldos em conta corrente, aplicações financeiras (renda fixa, variável e em moeda estrangeira) -chamadas pelos procuradores de “tradicionais”-, planos de previdência privada e consórcios.
Segundo Saboia, somente depois de esgotadas essas novas possibilidades de recuperação de recursos (previdência privada) é que os processos são arquivados.
Os maiores salários de presidentes de companhias brasileiras foram conhecidos nesta última segunda-feira. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a divulgação dos valores a partir de hoje, com base na decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que derrubou liminar de 2010 que permitia a dezenas de empresas omitir os valores. A liminar havia sido obtida pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), que alegava que a divulgação dos valores permitiria a identificação dos executivos e representaria uma violação à privacidade e um risco à segurança. No entanto, diversas entidades do mercado financeiro, inclusive a CVM, defendiam um maior nível de transparência na divulgação das informações das empresas, incluindo os salários de seus principais executivos. Confira abaixo os valores dos salários de presidentes de algumas companhias. Os valores referem-se 2017 e correspondem à soma de todos os salários do ano, além de outras vantagens e benefícios, como bônus e participação nos lucros. Entre parênteses está o valor equivalente ao mês.
Itaú: R$ 40.918.000,00 por ano (R$ 3.409.833,33 por mês).
Vale: R$ 19.046.168,46 por ano (R$ 1.587.280,70 por mês).
Bradesco: R$ 15.952.500,00 por ano (R$ 1.329.375,00 por mês).
TIM: R$ 8.173.653,71 por ano (R$ 681.137,80 por mês).
Iguatemi: R$ 8.086.564,48 por ano (R$ 673.880,37 por mês).
Alpargatas: R$ 7.336.200,00 por ano (R$ 611.350,00 por mês).
Vivo: R$ 6.719.912,45 por ano (R$ 559.992,70 por mês).
Na primeira quinzena após a paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país, a comercialização de etanol bateu novo recorde e atingiu 1,41 bilhão de litros na região centro-sul, conforme dados divulgados nesta última terça-feira (26) pela Unica (00).
O volume dos primeiros 15 dias de junho representa um aumento de 48,15% em comparação com a mesma quinzena em 2017, quando foram vendidos 952,35 milhões de litros.
De acordo com a entidade, o crescimento nas vendas se deve ao etanol hidratado -utilizado diretamente no abastecimento de veículos nos postos-, que registrou alta nas vendas de 66,54% em comparação com junho do ano passado. Foram 907,07 milhões de litros agora, ante os 544,67 milhões de litros da safra 2017/18.
Já o etanol anidro -misturado à gasolina- teve crescimento de 23,57% nas vendas, com 503,79 milhões de litros, ante 407,68 milhões comercializados na mesma quinzena do ano passado.
“Com a normalização das operações no setor de combustíveis [após os protestos nas rodovias], houve a retomada das vendas pelas unidades produtoras para atender o consumo e a recomposição dos estoques operacionais dos distribuidores, postos de revenda e dutos”, disse, por meio de sua assessoria, o diretor-técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
Os dados contrastam muito com relatório sobre a segunda quinzena de maio divulgado pela associação de usinas.
No período, as indústrias do centro-sul perderam em média, 4,5 dias de produção. No Paraná, que teve protestos intensos, a perda de produção alcançou dez dias de moagem de cana, devido à falta de diesel e de outros insumos necessários à produção.
Enquanto foram moídas 32,38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de maio -a expectativa era de 45 milhões-, nos primeiros 15 dias de junho o total alcançou 42,03 milhões de toneladas, 6,4% mais que as 39,5 milhões de igual período em 2017.
Apesar da perda de dias de produção em maio, o acumulado da safra indica alta na moagem: foram 176,97 milhões de toneladas até 15 de junho, enquanto no mesmo período da safra passada o total chegou a 151,71 milhões.
O novo relatório da associação confirma ainda que a maior parte da cana está sendo usada para produzir etanol (64,98% desde o início da safra, ante 35,02% destinadas à fabricação de açúcar).
A Unica representa 50% da produção de cana e 60% do total de etanol produzido no país.
A Bolsa brasileira avançou mais de 2% nesta terça-feira (19), apesar das perdas registradas nos mercados acionários ao redor do mundo, e recuperou o patamar de 70 mil pontos perdido no dia anterior.Já o dólar fechou estável mesmo sem intervenção extra do Banco Central no câmbio. No começo do pregão, o Brasil seguiu as notícias negativas do exterior, com o acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
As principais Bolsas mundiais fecharam no negativo. No entanto, durante o dia a tendência se inverteu com a disparada das ações dos bancos, que vinham acumulando perdas desde maio. O movimento é característico dos mercados acionários após quedas expressivas e não reflete mudanças nas perspectivas de investidores para a economia brasileira, dizem analistas.
As ações do Bradesco haviam recuado em nove dos dez pregões anteriores, acumulando perdas de mais de 13%. Nesta terça, avançaram 5,18%, a R$ 26,20. Os papéis do Itaú, que fecharam no negativo em oito dessas sessões, registravam queda também de 13%. Subiram 4,51%, para R$ 39,40. Banco do Brasil e Santander também subiram nesta terça.
Empresas do setor financeiro compõem mais de 30% do Ibovespa, principal índice acionário da B3, que ontem avançou 2,26%, para 71.394 pontos. No pregão anterior, o Ibovespa havia recuado para abaixo dos 70 mil pontos pela primeira vez desde agosto do ano passado. O impacto da paralisação dos caminhoneiros sobre a economia brasileira foi um dos catalisadores da queda do mercado financeiro nas últimas semanas.
Desde então, economistas têm reduzido previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, agora abaixo de 2%. Com o esfriamento da economia, bancos tendem a conceder menos crédito. Antes do bloqueio nas estradas, no entanto, o Copom (Comitê de Política Monetária) havia surpreendido investidores ao manter a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano.
O anúncio após a reunião de 15 e 16 de maio foi mal recebido pelo mercado financeiro, que projetavam redução na taxa para 6,25%, e levou a uma mudança de estratégia de investidores na Bolsa e no mercado de juros futuros. Nesta quarta-feira haverá nova decisão sobre a Selic, que deve ser mantida em 6,5% ao ano, segundo a maioria dos economistas ouvidos pela agência Bloomberg.
O acirramento da disputa entre China e Estados Unidos tampouco teve o reflexo esperado sobre o câmbio. O dólar fechou estável a R$ 3,75 na primeira sessão em que o Banco Central não fez nenhuma intervenção para conter a volatilidade do mercado desde que a moeda superou os R$ 3,90, em 7 de junho.
Desde então, o BC já colocou mais de US$ 25 bilhões em contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólar no mercado futuro). Para esta semana, a autoridade monetária previu US$ 10 bilhões, caso julgue necessário. A atuação tem feito a moeda americana oscilar entre R$ 3,70 e R$ 3,75, em movimento.
Um relatório de analistas do banco UBS, apresentado nesta segunda-feira (18), aponta que a bandeira tarifária vermelha nível 2 deverá continuar até o fim do ano. A projeção leva em conta as previsões de chuvas abaixo da média na região dos reservatórios das hidrelétricas pelos próximos meses.
“Existe um certo consenso… há vários agentes de mercado que estão indo nessa linha, até novembro com bandeira vermelha, por uma questão principalmente de hidrologia. Apesar de a carga não estar crescendo como se esperava, a hidrologia está ficando bem abaixo da média”, disse Franklin Miguel, presidente da comercializadora Copel Energia, à agência Reuters.
O UOL lembra que as bandeiras tarifárias sinalizam ao consumidor as eventuais reduções na oferta de energia. No caso da tarifa vermelha nível 2, já acionada para junho, as contas de luz levam um adicional de R$ 5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.