O PSD de Gilberto Kassab é o partido com mais municípios sob seu comando a partir de 2025. Com o primeiro e o segundo turno, que ocorreu neste domingo (27), o partido soma 887 prefeituras no país.
Depois, vêm MDB e PP, com 856 e 745 Executivos municipais, respectivamente.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, aparece em quinto lugar, considerando. Já o PT, do presidente Lula, está em nono, com 252.
Dentre as capitais, considerando primeiro e segundo turno, o MDB levou seis cidades: Teresina, com Dr. Pessoa, Macapá, com Dr. Furlan, Boa Vista, com Arthur Henrique, Belém, com Igor Normando, Porto Alegre, com Sebastião Melo, e São Paulo, com Ricardo Nunes.
Já o PSD ficou com uma a menos: Curitiba, onde venceu Eduardo Pimentel, Belo Horizonte, com Fuad Noman, Florianópolis, com Topázio, Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, e Maranhão, com Eduardo Braide.
O PL, por sua vez, conquistou quatro: Aracaju, com Emília Corrêa, Cuiabá, com Abílio Brunini, Maceió, com João Henrique Holanda Caldas, e Rio Branco, com Tião Bocalom.
O levantamento não considera cidades que ainda com resultados indefinidos tanto no primeiro quanto no segundo turno, por estarem sub júdice. Em Jundiaí (SP), por exemplo, vitória de Gustavo Martinelli (União) foi anulada neste segundo turno.
Fundado em 2011 por Kassab e assumindo protagonismo político no centrão, o PSD já tinha o posto de partido com maior número de prefeituras. Levantamento da Folha, de abril de 2024, mostrou que a sigla tinha ao menos 1.040 prefeitos, um crescimento de 58% em relação ao resultado das eleições de 2020.
De acordo com o mesmo levantamento, o PL, tinha passado de 344 eleitos para 371 prefeitos, crescimento de 8%.
O crescimento da legenda de Kassab é um incômodo ao entorno do ex-presidente Bolsonaro. O partido se tornou alvo preferencial de ofensivas do PL —ambos querem se consolidar como o partido com maior número de prefeituras nas eleições 2024. Aliado de Bolsonaro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chegou a gravar um vídeo no qual chama o PSD de Kassab de inimigo escondido.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito neste domingo, 27, e vai comandar a administração da maior metrópole da América Latina por mais quatro anos. A vitória marca a primeira vez que o MDB chega ao comando da capital paulista por voto popular. Até então, a única ocasião em que o partido governava a cidade foi em 1983, quando Mário Covas se tornou o último prefeito biônico antes da redemocratização do País. Com 100% das urnas apuradas, o prefeito somou 3.393.110 votos, ou 59,35% dos válidos, enquanto Guilherme Boulos ficou com 40,62%.
Empresário e vereador por dois mandatos, Nunes tem 56 anos e venceu a eleição com uma ampla coligação de 11 partidos, que vai da centro-esquerda até o PL, partido que hoje abriga boa parte do bolsonarismo. A aliança garantida ao emedebista o local eleitoral mais dominante em um pleito na capital paulista desde 2000.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma participação discreta e polêmica na campanha, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se consolidou como o principal aliado Nunes, sustentando o apoio à sua candidatura até mesmo nos momentos mais críticos da corrida eleitoral. A relação entre o governador e o prefeito ficou tão estreita que eles passaram a conversar diariamente, com Tarcísio envolvido em quase todas as decisões estratégicas da campanha.
Nunes assumiu a presidência do prefeito em momento conturbado
Ricardo Nunes assumiu de forma definitiva a Prefeitura de São Paulo em maio de 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), que transferiu contra um câncer por um ano e meio. Na eleição de 2020, o tucano também derrotou Guilherme Boulos (PSOL), conquistando na época 59,38% dos votos válidos.
Nunes passou a liderar a Prefeitura de São Paulo em um período conturbado, enquanto o mundo ainda enfrentava a pandemia da Covid-19. Como prefeito, ele deu continuidade às políticas de combate aos vírus adotadas por seu antecessor, sem grandes rupturas e mantendo a parceria da prefeitura com o então governador tucano João Doria.
Continue lendo…Presente em Camaçari na festa da vitória de Luiz Caetano (PT), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comemorou o resultado das urnas ao lado do prefeito eleito e de outras lideranças da base aliada, a exemplo do deputado estadual Júnior Muniz (PT).
“Camaçari está libertada desse maltrato. E, além disso, vocês vão ver um prefeito com vontade de trabalhar, com experiência e com um bom tempo. Será um governo com a cara do presidente Lula (PT), de Jerônimo, do senador Jaques Wagner (PT) e do senador Otto Alencar”, disse o governador, que também acompanhou Caetano durante a votação do petista, no final da manhã.
Jerônimo afirmou que Luiz Caetano vai “cuidar das famílias” de Camaçari. “Tenho certeza, Caetano, que o pessoal vai considerar sua honestidade e que você vai trabalhar em plantão 24 horas. Nem eu e nem Lula vamos falhar com você. E Lula, está entregue seu presente (de aniversário)”, declarou o governador.
O presidente, que participou de um comício de Caetano em Camaçari no segundo turno, fez aniversário neste domingo (27). Ele havia pedido a vitória do petista como presente, bem como reforçando o compromisso de participar do pelotão do aliado em caso de vitória.
O senador Jaques Wagner (PT) afirmou que o governo da Bahia trabalha com inteligência para impedir o crescimento das facções criminosas no estado. Em entrevista à Rádio Metrópoles, o petista cravou que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) está ciente dos problemas da área diante das críticas da oposição.
“Hoje temos uma sociedade conturbada. E um dos braços dessa conturbação é a bandidagem, é o tráfico. Eu não fujo do problema. Segurança é um problema e Jerônimo sabe disso. É óbvio que a gente tem que aumentar o contingente policial, mas não é por aí. Hoje só vamos controlar a ‘bandidagem’ por inteligência. A ‘bandidagem’ virou uma multinacional do crime, corrompendo pessoas”, disse Wagner, nesta sexta-feira (25).
O cacique do PT pontua que não há condições de colocar policiais em “cada esquina” diante da onda de violência na Bahia. O senador destaca que o investimento em inteligência é necessário para não ficar “enxugando gelo”.
Jaques Wagner teceu ainda críticas à oposição. Para o senador, o grupo político na Bahia liderado por ACM Neto (União Brasil) não “achou a solução para o problema, pois até agora não apresentou nada”.
“Se a gente não trabalhar com inteligência, com a Polícia Federal, o governo federal, não mapear a entrada de drogas no país, vamos ficar enxugando gelo. Eu não posso colocar um policial em cada esquina, não tem contingente para isso”, crava o petista.
“Nós vamos chegar em segurança quando […] a gente avançar em tecnologia de controle. […] Temos um problemas, botamos luz em cima e vamos cuidar do problema. Não acho que o outro lado achou a solução para o problema, pois até agora não apresentou nada. Até agora fica falando mal de Caetano de Jerônimo. Falem de projetos, a ruindade de cada um todo mundo conhece, o povo quer saber o que você está pensando pela cidade. Eu não estou vendo nada”, acrescenta.
Um motorista da TV Bahia, emissora filiada à TV Globo, passou por momentos de pânico na madrugada desta sexta-feira (25). Segundo informações preliminares, obtidas pela reportagem do BNews, ele foi alvo de um assalto na Avenida 29 de Março, em Salvador, e teve o carro da emissora levado pelos suspeitos.
Ainda de acordo com fontes do BNews, o motorista foi amarrado e abandonado em uma área de mata pelos assaltantes. O caso foi confirmado durante o Jornal da Manhã, da emissora, que forneceu detalhes do veículo, um Nissan Versa, da cor branca, placa QKQ9F78.
A polícia foi acionada e teriam iniciado buscas através do batalhão Apolo. A reportagem buscou a Polícia Militar para mais informações sobre o caso e aguarda um posicionamento.
A contagem regressiva para a votação do segundo turno no domingo (27), em Camaçari, elevou de vez a temperatura dos embates políticos entre aliados de Flávio Matos (União Brasil) e Luiz Caetano (PT).
Nesta quinta-feira (24), enquanto discursava em um ato de apoio a Caetano, o ex-governador e ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) concentrou ataques ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) – padrinho eleitoral de Flávio.
Sem citar o nome de Neto, Rui fez um discurso inflamado, repetindo a retórica que já explorou em outros momentos de pressão política.
“Causa uma indignação profunda quando esse povo da elite, filho de riquinho, que empinava arraia com ventilador, acha que pode humilhar gente do povo, gente humilde. Falta de respeito dessa gente riquinha, que acha porque é rico tem que ter o povo do cabresto e humilhar pessoas”, disse Rui.
Em contato com o Política Livre, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) rebateu as declarações do ex-governador e ironizou o fato de Rui Costa ter um imóvel de luxo “no metro quadrado mais rico da Bahia”.
“Rui Costa chama Neto de riquinho. ACM Neto tem pai rico e teve avô rico. Mas rico mesmo é Rui Costa, que nasceu numa encosta da Liberdade e hoje mora no metro quadrado mais rico da Bahia, na Mansão do Baiano de Tênis”, afirmou Nilo.
Alvo de críticas e manifestações públicas de repúdio de coletivos formados por organizações de movimentos sociais, a concessão da Comenda 2 de Julho ao pastor Silas Malafaia poderá ser revogada. Pelo menos esse é o desejo dos deputados Hilton Coelho (PSOL), Fabíola Mansur (PSB) e Olívia Santana (PCdoB), que encabeçam o movimento na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Os parlamentares protocolaram Projeto de Resolução nº 3.213/2024 pedindo que a mais alta honraria do Estado não seja mais entregue ao pastor bolsonarista. Na justificativa do ato, publicado na edição desta quinta-feira (24) do Diário Oficial do Legislativo, o trio faz uma dura crítica ao homenageado ao citar que Silas Malafaia “não faz jus à honraria e o fundamento da proposta legislativa encontra-se eivado de inconstitucionalidade, além de representar um vexame ao Estado perante o país”. O documento segue dizendo que “a trajetória do Sr. Malafaia é marcada pela defesa do cerceamento dos direitos e liberdades democráticas em nosso país ao propugnar, reiteradamente, a ruptura de pilares democráticos. Essa condição, por si só, é suficiente para a não aprovação da Comenda mencionada. E, uma vez aprovada, urge sua revogação”.
A concessão da Comenda 2 de Julho a Silas Malafaia foi proposta pelo também pastor e deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos), conforme projeto protocolado na Assembleia em 2021. Aprovado de forma quase unânime em 2023, a matéria recebeu votos contrários apenas de Hilton Coelho e Fabíola Mansur, tendo a única abstenção da deputada Olívia Santana, que faltou à sessão.
Em outro trecho do requerimento, que mais parece uma nota de repúdio, os deputados citam que a proposta apresentada pelo deputado Samuel Júnior fundamenta-se em ações do “homenageado na defesa da heteronormatividade e contra a liberação das drogas e do aborto”. “Ora, legisladoras/es, é de conhecimento público que se encontra albergada na Constituição Federal de nosso país, como importante conquista democrática, a diversidade das relações afetivas. Nesse sentido, foi julgado pelo STF – Supremo Tribunal Federal a ADPF 132 e ADI 4277 para fins de reconhecer que a união homoafetiva é entidade familiar. Já as temáticas das ‘drogas’ e ‘aborto’ devem ser tratadas como questões de saúde pública”, diz o documento.
Por fim, o trio sugere que a Casa adote todas as medidas legislativas necessárias para que a Resolução n. 2.160 seja revogada, “seja através da apresentação de Proposta de Resolução, com pedido de dispensa das formalidades regimentais, com a devida tramitação urgente, seja através de qualquer outro expediente legislativo”.
José Edson Brito Maia, mais conhecido como Zelitão Maia, pai do deputado federal Ricardo Maia (MDB), obteve no Judiciário baiano uma medida protetiva contra o próprio filho. O processo, que é de 2024, tramita em segredo de Justiça, e foi motivado por violenta disputa de terras e cobrança de dívidas em Ribeira do Pombal, cidade natal da família e da qual o parlamentar já foi prefeito.
A madrasta do deputado, Karla Cybelly Sol Posto de Souza, também obteve a medida protetiva contra o parlamentar, citando a Lei Maria da Penha. Ricardo Maia deve permanecer a mais de 500 metros de distância do pai, que tem 76 anos, e de Karla.
Segundo apurou este Política Livre, Zelitão cobra do deputado o pagamento de uma dívida e teria protestado pelo fato de Ricardo Maia ter vendido uma propriedade rural a Rodrigo Barão, do grupo Barões da Pisadinha, e não quitou a pendência. As insistentes cobranças teriam irritado o emedebista, acusado pelo pai de ameaça. O site entrou em contato com o parlamentar em busca de um posicionamento, mas não obteve resposta
Ricardo Maia responde a diversas ações judiciais, segundo consulta no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). São processos envolvendo improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, crime de responsabilidade, apropriação indébita, abuso de poder e dano ao erário. O deputado responde ainda a inquérito policial por porte ilegal de arma de fogo.
Nas eleições deste ano, Ricardo Maia conseguiu manter a influência política sobre Ribeira do Pombal com a reeleição do sucessor, o prefeito Eriksson Silva (MDB). O filho homônimo do parlamentar também foi reeleito em Tucano, que fica a menos de 40 quilômetros de Pombal. Já o irmão do emedebista, Zelito Maia (MDB), perdeu a disputa pela prefeitura de Araci, também na mesma região nordeste do Estado.
As bancadas do PSD, PV e Avante oficializaram o apoio à reeleição do deputado Adolfo Menezes, filiado ao primeiro partido, para a presidência da Assembleia Legislativa. No total, o parlamentar já acumula 16 declarações públicas de apoio, número que deve ao menos dobrar até o final de outubro.
Nesta quinta (24), Adolfo, que ainda não se coloca publicamente como candidato, recebeu, na Assembleia, a visita do presidente do PV da Bahia, Ivanilson Gomes, e do deputado “verde” Vitor Bonfim, um dos candidatos ao cargo de primeiro vice-presidente da Casa – a Mesa Diretora é composta, no total, por oito cadeiras, além dos suplentes. A deputada Ludmilla Fiscina, da mesma sigla, não esteve presente no encontro, mas também declarou apoio aos colegas do PSD.
“Adolfo Menezes tem desempenhado um papel fundamental à frente da Assembleia Legislativa da Bahia. Sua relação de respeito e diálogo com os deputados, seu compromisso democrático e sua parceria sólida com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) são exemplos de como uma boa política deve funcionar. O que está dando certo tem que continuar”, disse Ludmilla.
“O PV entende, de maneira unânime, que a recondução de Adolfo significa estabilidade para a Assembleia. Acreditamos que qualquer mudança pode ocasionar prejuízos aos parlamentares”, complementou Ivanilson. Na semana passada, os demais representantes da bancada “verde” na Assembleia, Marquinho Viana, outro candidato a primeiro vice-presidente, e Roberto Carlos já haviam se manifestado no mesmo sentido.
Do PSD, que tem nove representantes na Assembleia, incluindo o próprio Adolfo, os deputados Alex da Piatã, Eduardo Alencar e Ângelo Coronel Filho referendaram hoje o apoio à reeleição do correligionário. Os demais membros da sigla (Cafu Barreto, Cláudia Oliveira, Ricardo Rodrigues e a líder Ivana Bastos) já se manifestaram favoravelmente à recondução. Ivana, inclusive, recuperou a disputa, pois se colocou como candidata à presidência.
Único representante do Avante, o deputado Patrick Lopes também defendeu nesta quinta a recondução de Adolfo. “Estamos com o presidente porque é uma pessoa sério, que muda o ambiente da Casa quando está sentado no plenário como presidente. Tem o respeito de todos os parlamentares. A reeleição é um sinal de pacificação e de liderança, e isso é muito importante num Parlamento com 63 deputados. Adolfo é acessível, acata as demandas dos colegas e tenho o carinho de todos”, frisou.
Os outros deputados que já manifestaram publicamente apoio a Adolfo foram Fabíola Mansur (PSB), Raimundinho da JR (PL) e Zó do Sertão (PCdoB). E o número cresce a cada dia, embora o presidente da Assembleia ainda não tenha admitido de forma aberta que é candidato à reeleição.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, fortaleceu todas as facções criminosas do Brasil. A declaração foi feita em meio a uma crítica sobre o Rio ter vivido “mais uma triste manhã”, nesta quinta-feira (24), com a Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, fechada por cerca de 2 horas por causa de um tiroteio.
Flávio afirmou que Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 de 2020 é um dos motivos pelo qual a segurança pública no Rio de Janeiro é mais difícil de resolver do que em outros Estados do Brasil. Fachin é o relator da chamada “ADPF das Favelas”.
A decisão, tomada durante a pandemia de covid-19, impede o uso de blindados aéreos em missões policiais em favelas no Estado e restringe ações da polícia nessas localidades. O PSB (Partido Socialista Brasileiro) ajuizou a ação para reduzir a “excessiva e crescente letalidade da atuação policial” no Rio de Janeiro.
Flávio Bolsonaro disse em seu perfil no X (ex-Twitter) que o Rio se transformou em um “bunker” de todas as facções criminosas do Brasil porque as decisões de Fachin “praticamente inviabilizaram” o trabalho da polícia. O senador chamou os efeitos da ADPF 635 de 2020 “nefastos”.
O Enem 2024 teve um aumento de 15,4% nas inscrições de alunos concluintes do ensino médio em relação à última edição —1,61 milhão desses estudantes se inscreveram para a prova neste ano, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo.
Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela elaboração e aplicação do exame. O Enem 2024 está marcado para os dias 3 e 10 de novembro.
O total de inscrições do Enem deste ano também cresceu, com 4,32 milhões de cadastrados para a prova. O número representa um aumento de 9,95% em relação a 2023.
A retomada de participantes na prova, sobretudo daqueles que estão concluindo a educação básica, ocorre após o Enem ter chegado ao menor patamar durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Em 2021, 3,3 milhões se inscreveram para prova, dos quais 1,1 milhão eram concluintes.
Segundo os dados do Inep, 14 estados brasileiros conseguiram registrar a inscrição de 100% dos alunos de escola pública no Enem. Santa Catarina e São Paulo são os que tiveram, proporcionalmente, o menor número de inscritos, com 73,48% e 79,87%, respectivamente.
Para especialistas, o aumento da participação dos jovens na prova é sinal de uma “retomada aos patamares de normalidade” da trajetória de ensino no país.
O aumento das inscrições é atribuído a uma melhor comunicação e propaganda do Enem e também a ações para incentivar a participação dos alunos, como o programa Pé-de-Meia, lançado pelo governo Lula (PT) em janeiro deste ano.
Com o objetivo de incentivar alunos pobres a concluírem o ensino médio, o programa prevê o pagamento de uma bolsa mensal de R$ 200 a quem frequentar a escola. Quem participa do Enem ganha um adicional de R$ 200.
“O Pé-de-Meia pode servir como um incentivo para que o jovem se inscreva no Enem, mas acho que esse aumento é um feito direto da retomada da divulgação e dos procedimentos de incentivo para a participação no exame”, disse Salomão Ximenes, professor da UFABC.
Ele lembra que, durante o governo Bolsonaro, o Enem foi descredibilizado até mesmo pelo ex-presidente e esses ataques podem ter desestimulado muitos jovens a prestarem a prova.
Na gestão bolsonarista, o Enem esteve no centro de disputas ideológicas e também houve problemas de organização da prova. O MEC tentou interferir no conteúdo do exame com a criação de uma espécie de tribunal ideológico para censurar determinados temas.
Uma série de questões chegou a ser apartada por motivos ideológicos no início da gestão Bolsonaro. O governo recuou, entretanto, da ideia de ter uma comissão permanente sobre o assunto após reportagem da Folha revelar o plano.
Questões sobre ditadura militar (1964-1985), por exemplo, não caem na prova desde 2019 —o que nunca havia ocorrido até então. Bolsonaro chegou a pedir ao então ministro da Educação Milton Ribeiro que o exame não falasse em golpe de 1964, mas em revolução, visão rechaçada por historiadores.
Uma operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 8, no Conjunto Penal de Valença, para desarticular lideranças de facções criminosas que comandavam, de dentro do estabelecimento, a execução de ações criminosas no município e região, principalmente de crimes violentos letais intencionais (CVLIs). A operação ‘Autarcia’ foi realizada em conjunto pelo Ministério Público da Bahia e pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
A operação foi realizada por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Promotoria de Execução Penal de Valença e do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop), da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cmep) e da Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional (Cmasp), da Seap.
Segundo o Gaeco, integrantes de cinco facções atuam no Conjunto e a operação resulta do trabalho estratégico das instituições do Estado para combater o crime organizado e diminuir a criminalidade, em especial os crimes contra a vida. ‘Autarcia’, autarquia em grego, faz referência a uma comunidade com autocomando que, no caso, deve ser combatido em favor do controle do Estado.