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7 de dezembro de 2018
Tecnologia

China prepara viagem ao lado oculto da Lua

Foto Reprodução

A China vai enviar nesta sexta-feira (07) uma sonda para o lado oculto da Lua, onde espera colocar um veículo robotizado para estudar a região da superfície lunar que não pode ser vista da Terra, um feito inédito na exploração espacial.

Trata-se da segunda missão espacial chinesa a colocar uma sonda na superfície da Lua, depois de uma outra, em 2013.

A nova missão da agência espacial chinesa, a “Chang’e-4”, é, no entanto, a primeira do mundo a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o “lado negro da Lua”, onde pretende testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre, de acordo com um artigo da revista científica Nature.

A “Chang’e-4” tem lançamento previsto para o final da tarde (madrugada de sábado na China) do Centro Espacial de Xichang.

O local provável de alunagem da sonda e do veículo robotizado será a cratera Von Kármán, situada na bacia do Polo Sul-Aitken, a maior e mais antiga depressão na Lua e uma das maiores zonas de impacto do Sistema Solar.

“É uma área-chave para dar resposta a várias questões sobre a história da formação da Lua, incluindo a sua estrutura interna e a evolução da sua temperatura”, afirmou, citado pela Nature, o investigador Bo Wu, da Universidade Politécnica de Hong Kong, que descreveu a topografia e a geomorfologia da cratera.

O veículo robótico da “Chang’e-4” está preparado para realizar diversas experiências no solo lunar, como avaliar com um radar a espessura das camadas subterrâneas e estudar com um espetrómetro a composição mineral à superfície.

A sonda, equipada também com vários instrumentos, irá estudar o gás interestelar e os campos magnéticos que se disseminam após a morte de uma estrela e testar se a batata e a planta herbácea “Arabidopsis thaliana” (da família da mostarda) crescem e fazem a fotossíntese num ambiente controlado, mas condicionado à microgravidade da superfície lunar.

Experiências anteriores realizadas na Estação Espacial Internacional revelaram que a batata e a “Arabidopsis thaliana” podem crescer normalmente em ambientes controlados que são sujeitos a uma gravidade inferior à da Terra, mas não a uma gravidade tão baixa como a da Lua.

Para comunicar com a sonda, o centro de controle da missão “Chang’e-4” irá usar o satélite Queqiao, lançado em maio, para intermediar as comunicações com o aparelho (a comunicação direta com a sonda não é possível no lado oculto da Lua).

Depois da “Chang’e-4”, vai se seguir a missão “Chang’e-5”, com lançamento previsto para 2019, e com a qual a China pretende recolher amostras do solo lunar.

A meta final da agência espacial chinesa, ainda sem data marcada, é criar uma base na Lua para exploração humana. Com informações da Lusa.


4 de dezembro de 2018
Brasil

Celulares irregulares serão bloqueados a partir do próximo sábado

Foto Rede Acontece

Os celulares irregulares (piratas) dos estados do Acre, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins habilitados a partir do dia 23 de setembro vão ser começar a ser bloqueados no próximo sábado (8). A informação foi divulgada hoje (3) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Os usuários que vão ser afetados já começaram a receber mensagens de SMS para informar que o aparelho irregular vai ser bloqueado. O primeiro aviso foi enviado no dia 23 de setembro.

Na véspera do bloqueio, o dono do celular vai receber a seguinte mensagem: “Operadora avisa: Este celular IMEI XXXXXXXXXXXXXXX é irregular e deixará de funcionar nas redes celulares”.

De acordo com a Anatel, os usuários de aparelhos habilitados antes do dia 23 de setembro, mesmo que estejam irregulares, não vão ser afetados, desde que o número não seja alterado.

Para identificar se o número de IMEI é legal, o usuário precisa discar *#06#. Se a numeração coincidir com a que aparece na caixa, o aparelho é regular. Caso contrário, há uma grande chance de ser irregular.


2 de dezembro de 2018
Política

Fraude com CPF tornou possível envio de mensagens em massa pelo WhatsApp na eleição

Foto Reprodução

O esquema de envio de mensagens em massa via WhatsApp pago por empresários em benefício de políticos nas eleições deste ano era feito com base em uso fraudulento de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celulares, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo relato de um ex-funcionário da Kiplix, uma das agências envolvidas, era realizado o cadastro de números com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas nascidas de 1932 a 1953 (de 65 a 86 anos), que ignoravam o uso de seus dados. Uma vez ativados, os chips eram usados para disparos em massa pelo WhatsApp. Outra irregularidade cometida pelas empresas foi o uso de robôs para disparo de mensagens em massa, algo que é proibido pela legislação eleitoral.

As medidas estão registradas em documentos que foram obtidos pela Folha depois que o ex-funcionário, identificado como Hans River do Rio Nascimento, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra a agência por condições irregulares de trabalho. Ele chegou a conversar com o jornal sobre as ações de campanha, mas entrou em acordo com a empresa e voltou atrás.

A agência Kiplix foi subcontratada pela AM4, empresa que trabalhou na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro e à qual o então candidato declarou ao TSE pagamento de R$ 650 mil. Já a equipe do candidato derrotado Henrique Meirelles (MDB) contratou os serviços da agência Deep Marketing e declarou pagamento de R$ 2 milhões à empresa por “criação e inclusão de páginas da internet”. Pelo menos outros 15 candidatos a deputado estadual, federal e senador declararam ao TSE ter contratado os serviços das duas agências.


30 de novembro de 2018
Saúde

China bloqueia trabalho com bebês geneticamente modificados

Foto Reprodução

O governo da China determinou nesta quinta-feira (29) a suspensão dos trabalhos da equipe médica que reivindicara a criação de bebês geneticamente modificados para serem resistentes ao vírus HIV.

O grupo é liderado pelo cientista He Jiankui, que já havia anunciado uma “pausa” em sua pesquisa na última quarta (28), após as críticas que recebera no mundo todo. Em entrevista ao canal estatal “CCTV”, o vice-ministro de Ciência e Tecnologia da China, Xu Nanping, disse que se opõe “com força” aos estudos que teriam produzido gêmeas com DNA alterado e definiu a pesquisa como “ilegal e inaceitável”.

He diz ter criado uma técnica de engenharia genética que reescreve o DNA do embrião para permitir que ele seja resistente à Aids. Gêmeas que teriam sido submetidas a esse procedimento vieram à luz no mês passado, e uma segunda gravidez está em curso. O anúncio do nascimento das gêmeas geneticamente modificadas suscitou protestos na comunidade científica, inclusive na própria China, onde mais de 120 pesquisadores assinaram uma carta chamando a técnica de “loucura”. A Comissão Nacional de Saúde abriu um inquérito para apurar o caso.

“O experimento cruzou a linha da moralidade e da ética e é chocante e inaceitável”, disse Xu. A pesquisa de He, no entanto, ainda não foi publicada em nenhum periódico científico e não pôde ser comprovada de forma independente. O gene modificado é o CCR5, usado pelo HIV para atacar o sistema imunológico do ser humano. Com informações da Ansa.


20 de novembro de 2018
Tecnologia

Facebook e Instagram ficam fora do ar no Brasil nesta terça

Foto Reprodução

O Facebook e o Instagram apresentam instabilidade no Brasil na manhã desta terça-feira (20). De acordo com o site Techtudo, as redes sociais caíram por volta 10h40.

As mensagens de erro que aparecem no site e nos aplicativos para celular Android e iPhone (iOS) variam entre “Service Unavailable” e outros, “Sorry, something went wrong”. Em alguns casos, as publicações, fotos e o feed não carregam.

Em sua conta oficial do Twitter, o Facebook reconheceu o problema. Confira tradução do posicionamento:

Sabemos que algumas pessoas estão tendo problemas para acessar a família de aplicativos do Facebook. Estamos trabalhando para resolver a questão o mais breve possível.


16 de novembro de 2018
Tecnologia

Google desenvolve maneira de economizar até 63% da bateria do celular

Foto Reprodução

Uma das grandes reclamações dos usuários de smartphones é o tempo de autonomia da bateria, que muitas vezes é muito curto, exigindo do usuário uma bateria extra ou andar sempre com o carregador por perto. A Google, atenta a essa reclamação, desenvolveu uma tecnologia a fim de economizar até 63% da bateria dos smartphones Android, que estará disponível já na próxima atualização, chamada ‘Pie’. Segundo o site TechTudo, um estudo demonstrou que o uso de interfaces escuras impacta diretamente no consumo de energia. Os resultados foram divulgados durante o Android Dev Summit 2018, encontro que reúne especialistas e desenvolvedores da plataforma. O YouTube, com o modo escuro ativado, por exemplo, consegue poupar até 60% da bateria com o vídeo pausado; com o vídeo ativo a economia foi de 43%.
Em comparação ao iPhone 7, o ‘modo noturno’ representa uma economia de 63% da bateria. A cor que mais consome bateria é o branco, mas o azul também aumenta muito o consumo (em torno de 25%). As cores vermelho e verde se mostraram mais econômicas. (Noticias ao Minuto)


13 de novembro de 2018
Política

Twitter diz que Bolsonaro e PSL não pagaram para impulsionar conteúdo nas eleições

Foto Reprodução

Em ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (12), o Twitter afirmou que os perfis do presidente eleito Jair Bolsonaro e de seu partido, o PSL, não contrataram serviço de disseminação de mensagens na plataforma. No documento, a empresa afirma que “averiguou internamente e foi constatado que as contas verificadas do candidato Jair Messias Bolsonaro e do partido político Partido Social Liberal (PSL) não contrataram impulsionamento de qualquer conteúdo, seja este eleitoral ou não”. Segundo informações da Folha de S. Paulo, essa resposta foi enviada ao ministro Luís Roberto Barroso, relator da prestação de contas da campanha de Bolsonaro no TSE. Além do Twitter, ele determinou que WhatsApp, Facebook, Instagram e Google respondessem, dentro de três dias, se houve contratação de impulsionamento nas eleições. Até o momento, apenas o Twitter respondeu a determinação feita na última quinta-feira (8). Questionada sobre eventuais disparos feitos por outras contas, a empresa frisou que suas regras não permitem o impulsionamento de conteúdo eleitoral no Brasil.

Durante o segundo turno da eleição presidencial, uma matéria da Folha apontou que empresários contrataram disparos por WhatsApp contra o PT. Por se tratar de doação de campanha por empresas, a prática é ilegal. Tanto Bolsonaro quanto seus aliados negaram qualquer participação.


2 de novembro de 2018
Mundo

Witzel e Flávio Bolsonaro vão a Israel para comprar drone que atira

Foto Reprodução

O futuro governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) vão viajar para Israel, onde pretendem avaliar um drone equipado com uma arma, que seria usado em operações de segurança no Rio. A informação é da coluna de Berenice Seara, do ‘Extra’.

O equipamento no qual a dupla está interessada é capaz de atirar enquanto sobrevoa uma região. Além do drone, Witzel e Flávio querem conhecer um dispositivo de leitura facial, que seria instalado nos transportes públicos do Estado.

Witzel também tem afirmado em entrevistas que vai solicitar a contratação de “snipers” – atiradores de elite qualificados para matar bandidos a distância – para disparar contra todo cidadão que portar alguns tipos de armas, como fuzil. Ainda segundo ele, policiais que matarem nestas circunstâncias não devem ser responsabilizados “em hipótese alguma”.

Sobre a viagem com Flavio Bolsonaro, a assessoria de Witzel disse em nota que “existe o convite e a possibilidade da viagem do governador eleito para Israel, para conhecer tecnologia desenvolvida por aquele país. A viagem ainda não tem data definida”.


31 de outubro de 2018
Brasil

Bolsonaro anuncia astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia

Foto Reprodução

Pontes é o primeiro e único brasileiro a ter voado para o espaço. Com ele, Bolsonaro já confirmou os nomes de quatro ministros do futuro governo.
Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou no Twitter nesta quarta-feira (31) que o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia em seu governo.

“Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!”, escreveu.

Além de Pontes, Bolsonaro já havia anunciado o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil; Paulo Guedes, para o futuro Ministério da Economia; e o general Augusto Heleno, para o Ministério da Defesa.

Na segunda-feira (29), Pontes já havia se manifestado sobre o convite de Bolsonaro. Em um vídeo publicado no Facebook, ele disse que está “muito feliz” pela “oportunidade de participar deste novo governo em uma área que tem sido a minha vida por 41 anos”.

Ele também afirmou que as áreas de ciência e tecnologia devem buscar inovações específicas para a realidade brasileira.

“Como sempre digo, educação para formar cidadãos qualificados; ciência, para desenvolver ideias e soluções específicas para o Brasil; tecnologia, para transformar essas ideias em inovações, que vão se transformar em novos produtos. Estes vão se transformar em novas empresas, que vão gerar novos empregos. Esse ciclo virtuoso é o que a gente quer criar aqui no Brasil”, disse.

Astronauta Marcos Pontes fala sobre convite para ser ministro da Ciência e Tecnologia

Carreira
Marcos Pontes ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro. Durante 40 anos de carreira, Pontes foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Às 23h30 do dia 29 de março de 2006 (no horário de Brasília), Pontes entrou para a história como o primeiro brasileiro a voar para o espaço. Acompanhado do russo Pavel Vinogradov e do norte-americano Jeffrey Williams, ele decolou da base de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo da nave russa Soyuz-TMA 8, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Atualmente, é Embaixador da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), dá palestras e trabalha na Nasa, a agência espacial norte-americana.


31 de outubro de 2018
Tecnologia

As origens surpreendentes do controle remoto

Foto Rede Acontece

Controle remoto surgiu a partir da vontade de um homem de desativar o som de sua TV e mudar de canal durante os intervalos comerciais
Tudo começou com um sentimento compartilhado por muitos telespectadores até hoje: a raiva dos anúncios.

Nos anos 50, Eugene F. McDonald, presidente da Zenith Electronics, empresa de eletroeletrônicos sediada nos Estados Unidos, deu a seus engenheiros um desafio: queria um dispositivo que lhe permitisse desativar o som da TV ou mudar de canal, já que detestava assistir a intervalos comerciais.

A vontade de McDonald mudou a maneira como assistimos à TV, desencadeando uma revolução: deixamos de ser passivos para nos tornarmos espectadores implacáveis. Com um simples toque, podíamos ignorar o que não queríamos ver.

O Flashmatic usava ‘fonte de luz direcional com sensor em cada canto da tela da TV’
Batizado de Flashmatic, o dispositivo da Zenith foi projetado por um engenheiro chamado Eugene Polley e lançado em 1955.

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“Ele não era engenheiro elétrico, mas engenheiro mecânico”, diz John Taylor, historiador da Zenith e diretor de comunicações da atual empresa matriz LG, sobre Polley. “Ou seja, o dispositivo era basicamente mecânico”.

Antes do Flashmatic, já havia aparelhos capazes de efetuar a troca de canal, mas eles precisavam estar conectados por fio à televisão. O mais famoso deles também foi fabricado pela Zenith.

O Lazy-Bones permitia que o usuário ligasse ou desligasse a TV, além de mudar de canal – mas não silenciava comerciais irritantes.

O mesmo não acontecia com o Flashmatic. O invento usava “uma fonte de luz direcional com um sensor em cada canto da tela da TV”, diz Taylor. “Isso permitia que o espectador desativasse o som, trocasse de canal, tudo a partir de um botão.”

Alinhado com a estética da época, o Flashmatic parecia uma arma que Flash Gordon poderia usar contra alguma ameaça sobrenatural. “Vivíamos a época do Sputnik e do Buck Rogers”, diz Taylor. “Parecia uma pequena arma de raio verde.”

No entanto, havia um grande problema com o invento da Zenith. Os quatro sensores localizados nos cantos do televisor não eram sensíveis apenas à luz acionada pelo telespectador. O sol poderia ligar ou trocar o canal de sua TV, dependendo de onde ela estivesse localizada.

O preço também era salgado. “A Flashmatic aumentou em US$100 o preço de um aparelho de televisão”, diz Taylor, “e isso numa época em que você poderia comprar um carro por US$ 600”.

O departamento de inovação da Zenith recebeu, então, uma nova missão – e foi a vez de um de seus engenheiros elétricos, Robert Adler, chamar para si a tarefa de criar outro dispositivo.

Primeiros controles remotos tinham poucos botões e precisavam estar conectados à TV por fios
Experimentos com ondas
Uma de suas ideias era usar ondas de rádio, mas isso foi descartado logo no início, diz Taylor.

“Se você morasse em um prédio de apartamentos, poderia acabar mudando o canal da TV do seu vizinho ao tentar mudar o da sua”, explica.

Adler optou, então, pelo uso do som. O novo invento da Zenith, batizado de Comando Espacial, era um aparelho ultrassônico com um mecanismo de pequenos martelos que atingiam hastes de alumínio no interior do controle. Estes vibravam em certas frequências – forçando a televisão a ligar ou desligar, mudando o canal ou silenciando o som.

O jornalista Steven Beschloss diz que controles remotos como o Comando Espacial eram “simples e elegantes”.

“O segredo deles, eu acho, era sua clareza de propósito. Tinham apenas algumas funções. Seu manuseio era fácil e simples”, acrescenta.

O Comando Espacial parecia um objeto da Jornada nas Estrelas, com apenas quatro botões salientes – bem diferentes dos aparelhos de hoje em dia. Os botões tocavam as hastes com um som quase sussurrante, inaugurando a era dos controles remotos de ultrassom – uma técnica usada até os anos 80.

As frequências usadas nos controles remotos, como o Comando Espacial, eram muito altas para o ouvido humano captar, embora pudessem ser distinguidas por animais como cães e gatos. (Lembro-me do meu irmão mais velho perseguindo os gatos dos meus avós pela casa com esse dispositivo.)

Até meados da década de 70, os controles remotos de TV não tinham mais do que um punhado de botões.

Na verdade, foi a BBC que criou em parte a necessidade de um dispositivo mais complicado. Em 1974, lançou o Ceefax – o primeiro serviço de informação de teletexto do mundo. No entanto, era impossível para a maioria dos telespectadores acessar as páginas de notícias, esportes e informações financeiras usando um controle remoto normal.

Assim, o novo aparelho precisaria ter espaço para um teclado numérico (para digitar os números de páginas diferentes) e para alternar entre o serviço de texto e a TV normal.

A crescente necessidade de mais e mais funções também levou os designers a procurar uma maneira diferente de se comunicar com o aparelho de TV. E a forma encontrada foi por meio da luz infravermelha. De repente, o controle remoto ficou silencioso.

Mas foi nos anos 80 e 90, com a ascensão da TV a cabo e a explosão de dispositivos auxiliares, como videocassetes, aparelhos de DVD e consoles de videogames, que o controle remoto se tornou bastante “inchado”.

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Em um artigo para a revista americana Slate em 2015 , o jornalista americano Daniel Engber falou sobre a repentina proliferação de botões em um dispositivo criado para economizar tempo. “Há um excesso de botões, 92 deles, para ser exato (…). Eu contei os botões que realmente pressionei – não os que pressionei com mais frequência, mas os que pressionei, ponto final: 34. ”

“A chegada da televisão a cabo nos anos 80, com dezenas ou centenas de canais marcou o início de uma era em que os controles remotos programáveis precisavam operar muitas funções diferentes e uma diversidade de televisores”, diz Beschloss. “Os controles remotos, como os próprios sistemas a cabo, tornaram-se mais difíceis de manusear.”

Mas, nos últimos anos, o cenário mudou. Podemos estar voltando a outra época de ouro do controle remoto – em parte graças ao fato de que não estamos assistindo a tanta TV.

Além disso, não precisamos necessariamente manusear nossos controles remotos.

“Não apenas estamos nos movendo em direção à capacidade de usar nossos smartphones para operar todos os nossos dispositivos domésticos, mas agora estamos vendo dispositivos sem fio que funcionam a partir de um comando de voz”, diz Beschloss.

“Assim, em vez de procurar seu controle remoto debaixo do sofá, você só precisa informar ao dispositivo sem fio qual programa ou canal deseja assistir na tela de sua TV”.


26 de outubro de 2018
Tecnologia

Propagação de fake news nas eleições brasileiras é ‘sem precedentes’, diz chefe de missão da OEA

Foto Reprodução

A ex-presidente da Costa Rica e chefe da missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Brasil, Laura Chinchilla, disse hoje (25) que o uso do WhatsApp para propagação de notícias falsas na eleição brasileira é um caso “sem precedentes”.

“É uma rede que apresenta muitas complexidades para que as autoridades possam acessar e realizar investigações”, avaliou, após um encontro com o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, em São Paulo.

Segundo ela, no Brasil, a disseminação das mentiras migrou das redes públicas para uma rede de uso privado, o que dificultou a investigação.

Ainda de acordo com a chefe da OEA, a missão da entidade concluiu que o fenômeno das notícias falsas através do WhatsApp já ocorreu durante o primeiro turno da eleição. Para ela, o discurso de ódio e violência marcaram o período devido ao ambiente político.


25 de outubro de 2018
Tecnologia

Microsoft supera previsões de resultado com computação em nuvem

Foto Reprodução

A Microsoft superou as estimativas de Wall Street em receita e lucro no resultado trimestral divulgado nesta quarta-feira, à medida que mais empresas assinaram pacotes de serviços de computação em nuvem e providos pelo conjunto de softwares corporativos da companhia.

A ação da Microsoft, que subiu mais de 21% nos últimos 12 meses, aumentou 2,5% nas previsões após fechamento do mercado (chamada de ações ‘after makets’). Grande parte do crescimento recente da Microsoft foi impulsionado pela área de computação em nuvem, que se beneficiou de empresas que buscam usar a tecnologia para reduzir custos de software e hardware.

O Azure, serviço de computação em nuvem da Microsoft, tem 18% do mercado global no segmento, tornando-se o segundo maior provedor de serviços da indústria depois da Amazon Web Services, de acordo com estimativas de abril da empresa de pesquisa Canalys.

Mas o principal produto de computação em nuvem da Microsoft registrou um crescimento mais lento em relação ao trimestre anterior. A expansão da receita do trimestre encerrado em setembro foi de 76%, abaixo dos 89% do trimestre anterior.

O foco da Microsoft em plataformas e aplicativos em nuvem está ajudando a ofuscar a queda na demanda por computadores pessoais, que afetou as vendas do sistema operacional Windows. A receita da divisão de computação pessoal da Microsoft, a maior em faturamento da companhia, cresceu 14,6%, a US$ 10,75 bilhões. Esse número superou a estimativa de analistas de US$ 10,13 bilhões. A unidade inclui Windows, console de videogame Xbox, publicidade atrelada a buscas online e computadores pessoais.

A receita da unidade de produtividade e processos de negócios da Microsoft, que inclui o Office 365, subiu 18,6%, para US$ 9,77 bilhões, superando a expectativa média de analistas de US$ 9,4 bilhões, segundo dados do Refinitiv.

No geral, a receita da empresa de software subiu de US$ 24,54 bilhões para US$ 29,08 bilhões, acima da estimativa média de analistas de US$ 27,9 bilhões, segundo dados do Refinitiv. O lucro líquido subiu para US$ 8,82 bilhões, ou US$ 1,14 por ação, ante US$ 6,58 bilhões, ou US$ 0,84 por ação, um ano antes. Analistas esperavam ganhos de US$ 0,96 por ação.