O senador Ângelo Coronel (PSD) disse nesta quarta-feira (20), em conversa com o Política Livre, que será candidato à reeleição em 2026 independentemente de quem seja o cabeça de chapa da base governamental. Segundo ele, essa é uma posição partidária, e não individual. Coronel foi questionado sobre a articulação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para concorrer novamente ao Palácio de Ondina, revelado mais cedo pelo site .
“Não opino sobre a escalada de outros partidos, mas o PSD já decidiu a posição que vamos jogar em 2026. Sou pré-candidato à reeleição. Sobre a posição do ministro no jogo, cabe a ele e ao partido dele escalarem. Cada partido tem suas nuances e preferências”, disse Coronel.
“Evidentemente que Rui foi um excelente governador, tanto que elegeu o sucessor. E o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) está fazendo o papel dele, dando sequência a esse trabalho. Então, entre Rui e Jerônimo para ser candidato a governador em 2026, eu fico na coluna do meio”, acrescentou o senador.
Como já defendeu em entrevista exclusiva ao site, Coronel voltou a sugerir que Rui Costa será candidato à presidência em 2026, se o presidente Lula (PT) não disputar a reeleição. “O ministro está novo, cheio de gás, está colado no presidente. Já está se abrasileirando. Não é mais apenas um político local ou regional. Acho que é o nome mais forte dentro do campo político do presidente, mesmo alguns achando que um petista paulistano tenha essa supremacia eleitoral”, declarou.
Questionado sobre a possibilidade de perder a vaga na corrida pela reeleição para Rui Costa, numa chapa encabeçada por Jerônimo, Coronel frisou que confia no posicionamento do PSD. “Nosso partido estará em campo no campeonato eleitoral de 2026. E sou um cara partidário”, concluiu.
A senadora Damares Alves (Republicanos) teceu críticas à primeira-dama, Janja Lula, após a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) xingar o empresário Elon Musk durante o G20, no domingo (17). Em uma série de publicações no X, a ex-ministra do governo Bolsonaro classificou o episódio como “rídiculo”, afirmando que a socióloga “não tem nenhuma condição intelectual ou postura para participar de eventos internacionais”.
“É pra isso que a Primeira-Dama do Brasil está indo nos eventos internacionais? Além de querer aparecer, ela vai aos eventos para nos envergonhar e provocar empresários estrangeiros? […] o certo era todos terem se levantado, saído do ambiente e deixado ela sozinha com o microfone nas mãos”, disse Damares.
“Cadê o Itamaraty que fez história por conta da diplomacia, qualidade e preparo de nossos diplomatas que são homens e mulheres de fino trato, inteligentes e educadas? O Itamaraty ainda não entendeu que a atual primeira-dama do Brasil não tem nenhuma condição intelectual ou postura para participar de eventos internacionais? […] Desculpa, @elonmusk! Mas saiba que esta senhora não representa as mulheres brasileiras.”, acrescentou.
Nas publicações, Damares afirmou que Janja “não representa as mulheres brasileiras” e comentou ainda sobre festas organizadas pela primeira-dama. Em um dos posts, a senadora alega que vai investigar “quanto foi gasto de recursos públicos e de verbas das estatais brasileiras” nas confraternizações em que Janja esteve à frente.
“O valor da festinha de Dona Janja custou em torno de 30 milhões de reais. Com este montante seria possível comprar mais de 666 mil cestas básicas com 13 itens. [O] Valor seria suficiente para alimentar por muitos dias mais de um milhão de pessoas. Seria suficiente para alimentar todo o Arquipélago do Marajó ou quase todo o Estado do Amapá por muitos dias. É lamentável!”, destacou.
O xingamento de Janja contra Elon Musk ganhou repercussão internacional. Diplomatas e ministros do governo Lula, nos bastidores, manifestaram-se contra a atitude de Janja. A avaliação feita é que o ataque da primeira-dama dificulte as relações entre Brasil e Estados Unidos (EUA) após a vitória de Donald Trump.
O presidente Lula chegou a comentar sobre o ocorrido. Durante um discurso no domingo (17), o mandatário alegou que não é necessário “ofender ninguém”.
“Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém. Nós não temos que xingar ninguém. Nós precisamos apenas indignar a sociedade. Indignar as pessoas que conquistaram o direito de comer, que a gente tem que trazer junto a essas pessoas que não têm o que comer. Porque não tem nada mais triste do que uma criança levantar de manhã e não ter um café, um copo de leite e um pão com manteiga para dormir”, disse o petista.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados incluiu na pauta desta terça-feira (18), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Aborto, que visa eliminar as permissões legais para a prática do aborto no Brasil. A iniciativa é uma das principais prioridades da presidente do colegiado, Caroline de Toni (PL-SC), que busca aprovar o texto antes do término de seu mandato, no final deste ano.
A PEC, apresentada em 2012 pelo então deputado federal Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), que teve seu mandato cassado em 2016, defende a inviolabilidade do direito à vida “desde a concepção”. “A vida não começa no nascimento, mas sim na concepção”, justificou Cunha na época.
Se aprovado pelo Congresso Nacional, o texto abolirá as autorizações atualmente previstas na legislação para interrupção da gravidez. Hoje, o aborto é permitido em casos de risco à vida da mulher, anencefalia do feto (má formação do cérebro) ou gravidez resultante de estupro.
A relatoria está a cargo da deputada Chris Tonietto (PL-RJ), uma das principais vozes contrárias ao aborto no Congresso. “Há um ódio à criança. Querem aniquilar o futuro da nação e os nascimentos”, afirmou Tonietto na última quarta-feira (13), ao apresentar seu relatório.
No entanto, o governo, que se posiciona contra a proposta, possui poucos recursos disponíveis para impedir a votação. Deputados contrários à PEC pediram vista (mais tempo para análise) do texto, mas o prazo para essa medida se encerra na terça-feira.
O debate sobre o aborto já havia emergido no Legislativo neste ano, quando parlamentares bolsonaristas propuseram um projeto de lei que equiparava o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, prevendo penas de seis a 20 anos de prisão para as mulheres que realizassem o procedimento. Em uma votação relâmpago de cinco segundos, a Câmara acelerou a tramitação desse texto.
Após forte oposição de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou em junho a criação de uma comissão representativa para discutir o projeto, afirmando que sua análise ficaria para o segundo semestre. Até agora, essa comissão não avançou.
O Senado aprovou nesta segunda-feira (18), a modificação no projeto de lei complementar das emendas parlamentares para eliminar a possibilidade de o governo federal bloquear os recursos destinados por meio dessas emendas. O texto, sob relatoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), retornará à Câmara dos Deputados devido às alterações promovidas pela Casa.
Uma das alterações aprovadas nesta sessão diz respeito ao contingenciamento dos recursos, inicialmente proposto pela Câmara dos Deputados. Já a alteração feita pelo Senado modifica o uso da expressão “bloqueio” no texto.
A mudança foi aprovada com 47 votos favoráveis à retirada da expressão e 14 contrários. Nos bastidores, o resultado foi visto como uma “derrota” para o governo, já que o dispositivo buscava limitar o crescimento dos gastos com o benefício além do permitido, segundo informações da Folha de S.Paulo.
O contingenciamento, no entanto, só ocorre em casos de frustração de receitas. De acordo com o periódico, parlamentares afirmam que permitir ao Executivo bloquear os recursos daria mais controle ao governo sobre o tema.
Desde agosto, o pagamento das emendas impositivas está suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que apontou falta de transparência e rastreabilidade nos recursos.
Morreu no início da noite deste domingo (17) o pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, 52, conhecido como apóstolo Rina, fundador da igreja evangélica Bola de Neve. Rina sofreu um acidente de moto na altura do km 131 da Rodovia Dom Pedro (SP-095), em Campinas (SP), às 16h04. Segundo informações da concessionária Rota das Bandeiras, a pista ficou interditada por 40 minutos.
Ele estava voltando de um culto em São João da Boa Vista junto com o grupo Pregadores do Asfalto, o motoclube da Bola de Neve, quando perdeu o controle da moto e caiu. O fundador da Igreja Bola de Neve, Rinaldo Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, morreu após sofrer um acidente de moto no último domingo (17), no interior de São Paulo.
O apóstolo Rina, nasceu em 15 de abril de 1972, em São Paulo. Filho de e Lídia Colomietz e de Rinaldo Pereira, e irmão das pastoras Daniela e Priscila Seixas, ele cresceu em um lar evangélico.
Na infância, Rinaldo estudou no Colégio Batista Brasileiro, onde sua mãe trabalhava. Neste período, ele adquiriu o costume de ler a Bíblia. Anos depois, Rina dizia ter tido uma experiência que o fez constatar a “existência real do inferno”, quando sobreviveu a um quadro grave de hepatite. Após isso, ele passou a dedicar sua vida a causa religiosa.
Na Igreja Renascer, se tornou líder do ministério de evangelismo – pregação da mensagem de salvação, segundo a fé cristã. Nesta época, realizava inúmeros eventos voltados ao público jovem. Posteriormente, em 2000, ele fundou a Igreja Bola de Neve. Os primeiros cultos ocorriam em uma loja de surfe.
Sem púlpito ou mesa disponível para apoiar a Bíblia, Rina utilizava uma prancha como apoio, o que futuramente se tornaria uma marca registrada da igreja evangélica. Atualmente, existem mais de 500 templos da Igreja Bola de Neve espalhadas pelo Brasil e pelo exterior.
Rinaldo é autor dos livros “Unidos pelo casamento”, “Código de Honra” e “Apenas Creia”. O apóstolo contava com 196 mil seguidores em suas redes sociais.
O projeto do deputado Valmir Assunção (PT-BA) quer impedir que seja penhorado imóvel destinado à moradia popular fruto de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, por causa da falta de pagamento do financiamento imobiliário.
O texto inclui a lei de impenhorabilidade do bem da família para excetuar da medida imóvel residencial destinado à habitação popular proveniente de programas sociais e subsidiado com o uso de recursos orçamentários da União e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
Também altera a lei do sistema de financiamento imobiliário para indicar que o imóvel não pode ser adquirido por falta de pagamento do financiamento de alienação fiduciária.
A proposta foi pensada a partir do caso de um militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que morava em Feira de Santana (BA) e teve o imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida penhorado por falta de pagamento das parcelas.
Na justificativa, o deputado afirma que é importante considerar os problemas relacionados à inadimplência. Ele lembra que, pela legislação, quando as parcelas do financiamento não são pagas, o agente financeiro responsável tem o direito de executar a dívida e retomar o imóvel.
“O que é preciso considerar é que as famílias brasileiras sofreram fortes investimentos financeiros diante do desemprego e redução do orçamento familiar ocasionado principalmente após o período de Pandemia ocorrido entre os anos de 2020 a 2023”, diz.
“A possibilidade de perda do imóvel, que na grande maioria das vezes se configura como a única casa que acolhe a família, reserva um horizonte de vulnerabilidade para essas pessoas”, continua. “É o risco efetivo de famílias em situação de rua, sem ter para onde ir, pois perderam sua única casa, ainda que em processo de quitação.”
As cinco empresas de lítio no Vale do Jequitinhonha, região que abriga as maiores reservas do mineral no país, apenas uma é brasileira. As demais são canadenses, americanas e australianas, ainda que seus ativos estejam no Brasil e seus executivos ou fundadores sejam brasileiros.
Esse cenário aparentemente contraditório se repete em outras regiões do país e com outros minerais –alguns cruciais para a fabricação de carros elétricos, turbinas eólicas e painéis solares.
A razão principal é a facilidade com que mineradoras pré-operacionais, conhecidas como “júnior mining companies”, têm para se listar em Bolsas de Valores Estrangeiras, em especial na Austrália e no Canadá –países líderes na mineração. O impacto faz com que esses países arrecadem impostos e atraiam investidores que, naturalmente, viriam para o Brasil caso as empresas fossem exclusivamente específicas do país.
Agora, porém, o setor tem sido movimentado para convencer o mercado financeiro brasileiro a abrir as portas para essas empresas. É uma demanda antiga, mas a busca por minerais críticos da transição energética tem ajudado a mobilizar os atores cruciais: Bolsa, governo e investidores.
Em outubro, um evento organizado pela B3 reuniu nomes importantes da mineração para discutir o assunto. Estiveram lá CEOs de mineradoras, investidores de gestores de investimentos e o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, hoje diretor de relações com mercados do banco Safra. Semanas depois, a B3 assinou uma parceria com a Bolsa do Canadá para estudar o tema.
O impulso na discussão foi dado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O banco criou junto com a Vale, no mês passado, um fundo para investir em mineradoras juniores, principalmente projetos focados em minerais de transição energética, como lítio, cobre e níquel.
A ideia é aumentar no mínimo R$ 1 bilhão, mas o ânimo do setor com a entrada do banco nesse mercado vai além das cifras. Isso porque, como BNDES e Vale aportarão até R$ 250 milhões cada um, o fundo servirá como tabela de disposição de investidores em injetar recursos nessas mineradoras.
Além disso, como o banco receberá o desinvestimento a partir do quinto ano de fundo, é provável que a operação incentive a abertura de capital dessas companhias.
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Chefe do MEC, o petista Camilo Santana será incluído na próxima pesquisa presidencial de um grande instituto. A informação é da coluna Radar, da revista Veja,
De acordo com a publicação, a pedido do PT, o nome do ministro será testado como alternativa ao lado de outro quadro do partido, o chefe da Fazenda, Fernando Haddad.
Na avaliação de interlocutores do Planalto, Haddad ainda segue como o principal nome do governo a ocupar o lugar de Lula, caso o presidente não dispute a reeleição, mas tem sofrido desgastes por causa da disputa política no petismo em torno do corte de gastos.
Apesar desse movimento, Lula segue como principal nome a disputar em 2026. “Ele tem todo o direito de fazer isso. Já se doou demais à vida pública brasileira. Mas conhecendo Lula tão bem, se a eleição fosse hoje, ele seria candidato com certeza”, disse um dos principais conselheiros de Lula, Edinho Silva.
Levantamento realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados revela que 86% da população brasileira são favoráveis a algum tipo de restrição ao uso de celular dentro das escolas. Outros 54% são favoráveis à proibição total dos aparelhos e 32% acreditam que o uso do celular deve ser permitido apenas em atividades didáticas e pedagógicas, com autorização dos professores.
Aqueles que são contra qualquer proibição somam 14%. Foram entrevistadas 2.010 pessoas com idade a partir de 16 anos nas 27 unidades da federação (UFs). As entrevistas foram realizadas entre os dias 22 e 27 de outubro deste ano.
Segundo os dados, apesar da menor aderência de qualquer tipo de restrição nessa faixa etária, aqueles entre 16 e 24 anos são os que mais apoiam a proibição: 46% dos entrevistados concordam com a proibição total do uso dos aparelhos, enquanto 43% defendem a utilização parcial dos celulares, somando 89% dos entrevistados.
Apesar de apenas 11% dos jovens serem contrários à proibição, 43% deles veem o uso parcial dos celulares em sala de aula como uma alternativa viável. Entre quem tem mais de 60% anos, 32% são favoráveis à restrição; entre os que têm de 25 a 40 anos, o percentual é de 31%; e 27% dos brasileiros de 41 a 59 anos são favoráveis a algum tipo de restrição. Essa mesma faixa etária tem 58% das pessoas favoráveis à proibição total.
Quando mais alta a renda, mais favoráveis à proibição são os entrevistados, como mostra o estudo ao revelar que 5% da população com renda superior a cinco salários mínimos disseram ser contrários à proposta que impede o uso de celulares nas escolas, contra 17% na população que ganham até um salário mínimo. A medida mais rígida também ganha mais adeptos entre os mais ricos: 67% acreditam que os celulares deveriam ser totalmente proibidos, diante de 54% dos brasileiros em geral.
Continue lendo…O deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) afirmou que o Brasil sempre está em crise fiscal e que sair desse cenário é algo desejado para todos, portanto, a responsabilidade fiscal precisa ser vista como um valor de toda a sociedade. Em meio às discussões do governo sobre o pacote de corte de gastos, ele disse ainda que o Congresso não se furtará a aprovar propostas que racionalizem o gasto público.
“Sobre a questão fiscal, o Congresso jamais furtará a aprovar qualquer iniciativa que dê racionalidade ao gasto público. Estamos sempre em crise fiscal e sair dela é algo que todos almejamos. Para isso, temos que mudar de abordagem e passar a ver a responsabilidade fiscal como um valor da sociedade, como uma virtude a ser perseguida, e não como algo próprio de políticas neoliberais que só privilegiam os rentistas”, afirmou na abertura da Lide Brasil Conferência Lisboa.
Nascimento também avaliou que o espaço para aumento da arrecadação é limitado, mas isso não significa que o Congresso não possa apoiar pautas para justiça tributária. “Há certamente pessoas e empresas que são muito pouco taxadas, em detrimento de outras que pagam alíquotas excessivas. A esse tipo de interrupção certamente contará com o apoio do Congresso Nacional”, disse, que também frisou o papel do Congresso em bases econômicas, como o avanço dos marcos de seguros e a aprovação da lei para limitar os juros do cartão de crédito.
Nascimento, que aposentou recentemente sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, ponderou que há um descompasso entre a situação econômica do País e as expectativas do mercado. Ele apontou que os agentes econômicos, por desconfiança, têm recebimento de novos investimentos e a desancoragem das expectativas resulta em juros altos, câmbio desvalorizado e maior desempenho da bolsa.
“Nesse ponto, diferentemente do que pensa o nosso presidente Lula, a quem respeito bastante, acho que os números do mercado financeiro devem sim ser levados em consideração. Eles passam mensagens importantes, e devemos ouvi-las, interpretá-las, sem que isso queira dizer que somos reféns do mercado. Trata-se apenas de constatar que é uma tarifa importante, que deve ser bem utilizada”, afirmou.
Para ele, o Brasil precisa superar os voos de galinha e focar em investimentos.
Do lado público, o deputado ponderou sobre as restrições fiscais do governo e tratou a eficiência do gasto. “A adoção de políticas públicas deve ser antecipada de uma avaliação criteriosa e, uma vez adotada, monitorada quanto à sua eficácia por meio de avaliações de impacto. A verdade é que fazemos isso muito pouco e vemos, não raro, gastos tributários virtuosos e pouquíssimos eficientes se perpetuarem”, disse.
Vale lembrar que a equipe econômica já sinalizou querer racionalizar o gasto público e rever a concessão de subsídios. Nesta semana, a Receita Federal divulgou um mapeamento sobre a frutificação de R$ 97,7 bilhões em benefícios fiscais por empresas em oito meses de 2024.
O União Brasil oficializou, nesta quarta-feira (13), o apoio do partido ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), para a presidência da Câmara dos Deputados. No mesmo anúncio, o líder do União na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), tornou pública sua desistência da corrida.
O partido é o terceiro maior da Casa, com 59 deputados, e já havia decidido apoiar Motta há duas semanas, mas negociava cargos e espaços na futura gestão para oficializar a saída de Nascimento e o apoio público. O líder da sigla participou das discussões. Mais cedo, o também baiano Antônio Brito (PSD) anunciou sua desistência da disputa.
Motta recebeu apoio dos dois grandes partidos do centrão que mantinham seus candidatos: PSD e União Brasil. O candidato do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agora terá o desafio de costurar a acomodação de todos os partidos que o apoiam. Assim como Lira, Motta conseguiu angariar o apoio do PT de Lula ao PL de Bolsonaro em torno de sua candidatura.
O deputado baiano e líder do PSD na Câmara dos Deputados, Antônio Brito, anunciou a retirada da sua candidatura ao cargo de presidente da Casa. Em entrevista nesta quarta-feira (13), o parlamentar afirmou que a decisão “foi uma posição majoritária da bancada”. “Temos o compromisso com o respeito à proporcionalidade da Câmara”, declarou Brito à Agência Câmara.
Acompanhado do presidente da sigla, Gilberto Kassab e de deputados do partido, o parlamentar baiano decidiu apoiar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para o cargo. A outra opção para a presidência da Câmara é a do deputado Elmar Nascimento (União-BA).
“Após reunião com a bancada do PSD na Câmara, que contou com a presença do nosso presidente nacional, Gilberto Kassab, encaminhei proposta de retirada da minha candidatura a presidente da Câmara, que foi aprovada pela bancada e partido. No mesmo ato, decidimos apoiar a candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta. A pacificação da Câmara é fundamental para a continuidade do trabalho do Legislativo em prol do nosso país. Desejo boa sorte a Hugo Motta, que contará com o meu apoio”, escreveu Brito no Instagram
A eleição da nova Mesa será no início de fevereiro, ainda sem data confirmada. Serão sete cargos em disputa: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário.