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25 de setembro de 2024
Brasil

Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bi em bets em agosto

Parte dos recursos dos programas sociais está indo parar nas casas de apostas. Segundo nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC), os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.

O levantamento foi feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que entre com ações judiciais para retirar do ar as páginas das casas de apostas na internet até que elas sejam regulamentadas pelo governo federal.

Segundo a análise técnica do BC, cerca de 5 milhões de beneficiários de um total aproximado de 20 milhões fizeram apostas via Pix. O gasto médio ficou em R$ 100. Dos 5 milhões de apostadores, 70% são chefes de família e enviaram, apenas em agosto, R$ 2 bilhões às bets (67% do total de R$ 3 bilhões).

O relatório inclui tanto as apostas em eventos esportivos como jogos em cassinos virtuais. O volume apostado pelos beneficiários do Bolsa Família pode ser maior. Os dados do BC incluem apenas as apostas via Pix, não outros meios de pagamento como cartões de débito e de crédito e transferência eletrônica direta (TED). O levantamento, no entanto, só registrou os valores enviados às casas de apostas, não os eventuais prêmios recebidos.

O BC também estimou o valor mensal gasto via Pix pela população em apostas eletrônicas. O volume mensal de transferências para bets variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Somente em agosto, o gasto somou R$ 20,8 bilhões, mais de dez vezes o R$ 1,9 bilhão arrecadado pelas loterias oficiais da Caixa Econômica Federal. Em agosto, o Bolsa Família pagou R$ 14,12 bilhões a 20,76 milhões de beneficiários. O valor médio do benefício no mês ficou em R$ 681,09.

Declarações – Em evento organizado por um banco nesta manhã em São Paulo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que as transferências via Pix para apostas triplicaram desde janeiro, crescendo 200%. Ele manifestou preocupação que o comprometimento da renda, principalmente de camadas mais pobres, com as bets prejudique a qualidade do crédito, por causa de um eventual aumento da inadimplência.

“A correlação entre pessoas que recebem Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas tem sido bastante grande. A gente consegue mapear o que teve de Pix para essas plataformas e o crescimento de janeiro pra cá foi bastante grande. A gente pega o ticket médio e subiu mais de 200%. É uma coisa que chama atenção e a gente começa a ter a percepção de que vai ter um efeito na inadimplência na ponta”, comentou Campos Neto.

Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou a suspensão das bets que não tiverem pedido, até 30 de setembro, autorização para operar no país. Na ocasião, o ministro Fernando Haddad comentou que o país enfrenta uma pandemia de apostas on-line.

“[A regulamentação] tem a ver com a pandemia [de apostas eletrônicas] que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos”, disse Haddad.

“O objetivo da regulamentação é criar condições para que nós possamos dar amparo. Isso tem que ser tratado como entretenimento, e toda e qualquer forma de dependência tem que ser combatida pelo Estado.”


24 de setembro de 2024
Economia

Preço de passagem aérea deve cair após baixa no custo de combustível, diz presidente da Azul

Cézar Feitoza/Folhapress

Foto Washington Tiago Sudoeste Acontece

O presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, afirmou nesta segunda-feira (23) que os preços das passagens devem cair no fim do ano com a redução do querosene de aviação.

O combustível usado pelas aeronaves teve queda de 8,8% em setembro. No ano, a redução é um pouco mais tímida, de 8% —com expectativa de novas baixas nos preços nos próximos meses.

“O querosene da aviação tem caído 20% [nos últimos meses]. Nós estamos muito animados para a alta temporada agora. A gente tem sofrido há muitos anos com preço alto, então […] o preço do combustível cair 20%, nós estamos muito animados por isso”, disse John.

Segundo o presidente da Azul, demora de 30 a 45 dias para a empresa aérea repassar os reajustes nos valores ao consumidor. “Também depende de quando a pessoa compra a passagem aérea”, afirmou.

John Rodgerson também disse que a Petrobras deve baixar novamente o valor do combustível da aviação. A empresa aposta na queda por acompanhar dados diários sobre o QAV (querosene de aviação).

O presidente da Azul afirmou ainda que a empresa não vai capitalizar a TAP com a dívida de R$ 1,2 bilhão que a companhia portuguesa tem com a aérea brasileira.

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22 de setembro de 2024
Brasil

ONS estima economia de R$ 400 milhões com retorno do horário de verão em 2024

Foto Washington Tiago Sudoeste Acontece


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu, na quinta-feira (19), os estudos sobre o impacto do retorno do horário de verão em 2024. Segundo estimativas, a medida trará uma economia de quase R$ 400 milhões nos custos operacionais entre outubro e fevereiro.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou ao governo federal a retomada da medida, que adianta em uma hora o relógio de algumas regiões do Brasil, ainda neste ano.

De acordo com Marcio Rea, diretor-geral do ONS, a sugestão é motivada pelos “ganhos positivos para o setor elétrico”, que aumentam a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN) e ampliam a capacidade de atendimento no horário de pico.

O estudo, encomendado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), indica que a implementação do horário de verão poderá reduzir a demanda máxima de energia no país em até 2,9% em cenários de alta afluência no SIN.

O ONS também destaca que a medida reduzirá a demanda máxima noturna em dias úteis e fins de semana, em praticamente todas as condições de temperatura, e aliviará o efeito da “rampa da carga” entre 18h e 19h. O adiamento do horário de pico em até duas horas permitirá uma compensação mais eficiente pela saída da micro e minigeração distribuída (MMGD) e da geração solar.


18 de setembro de 2024
Brasil

Tupperware pode anunciar falência nesta semana, após 82 anos de atividade


A Tupperware, conhecida mundialmente por seus recipientes plásticos reutilizáveis, está próxima de declarar falência, após 82 anos de atividade. De acordo com a Bloomberg, o anúncio pode ocorrer ainda nesta semana.

A empresa deve buscar proteção judicial após ter violado os termos de suas dívidas com credores. A Bloomberg também relata que a decisão de declarar falência ainda pode ser alterada, e a companhia não fez comentários sobre as especulações.

No ano passado, durante o processo de reestruturação, o CEO Miguel Fernandez e vários membros do conselho foram substituídos, sendo Laurie Ann Goldman nomeada como a nova CEO.

A Tupperware tem tentado gerenciar e renegociar suas dívidas, que totalizam mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões). Embora um acordo tenha sido alcançado, ele não foi cumprido.


17 de setembro de 2024
Brasil

Mega-Sena: Prêmio acumulado em R$ 82 milhões é sorteado nesta terça-feira (17)

Foto Reprodução

O concurso 2.775 sorteia, nesta terça-feira (17), o prêmio acumulado em R$ 82 milhões da Mega-Sena a partir das 20h (horário de Brasília). O sorteio vai ocorrer nesta terça-feira (17).

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

O sorteio será transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.


13 de setembro de 2024
Bahia

Estimativa para safra baiana de grãos é de queda

A oitava estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 prevê, em agosto, que a produção deve chegar a 11.325.740 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 6,8% (ou menos 822.318 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 toneladas). Frente à estimativa de julho, porém, houve leve revisão positiva na safra baiana de grãos, que variou 0,1% de um mês para o outro (+15.006 toneladas).

Em 2024, o milho deve ter a maior redução da safra frente a 2023, na Bahia. A produção baiana do milho 1ª safra deverá ser de 1.551.090 toneladas, 34,0% menor do que de 2023 (2.349.720 t). Já a 2ª safra do milho deverá ser de 700.000 toneladas, 6,1% menor do que a de 2023 (745.200 t). A soja, principal produto agrícola baiano, que representa praticamente dois terços (66,5%) de toda a safra de grãos do estado, também segue com previsão de queda frente a 2023.

Em agosto, a estimativa é que, em 2024, a Bahia produza 7.532.100 toneladas de soja, 0,4% a menos do que o colhido em 2023 (7.565.940 toneladas). A diminuição da produção baiana do grão, frente ao ano anterior, se dá, principalmente, pela queda no rendimento médio, de 3.972 para 3.707 kg/hectare (-6,7%).

Entre julho e agosto, o único produto a registrar revisão na previsão da safra 2024 na Bahia foi o algodão herbáceo, que deverá ter uma produção de 1.779.825 toneladas neste ano, 1,4% a mais que o previsto em julho (+24.600 t). O principal motivo para o aumento na estimativa foi o crescimento de 1,3% na área colhida, que passou de 375.000 para 380.000 hectares, entre um mês e outro.

Com isso, a produção baiana de algodão deve ser 2,2% superior à de 2023, quando foi de 1.741.350 toneladas. A Bahia é o 2º maior produtor nacional do grão, sendo responsável por 20,7% da safra nacional.

Queda – A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 296,4 milhões de toneladas neste ano, segundo a estimativa de agosto. Isso representa uma redução de 6,0% frente à obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de julho, também houve queda, de 0,6% (menos 1,6 milhão de toneladas, de um mês para o outro).

Mesmo com a previsão de colher 6,8% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (30,8%), seguido por Paraná (13,0%) e Rio Grande do Sul (11,9%). As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE.

O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Cana- de -açúcar – Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia, a previsão de agosto se mantém de alta em 13 das 26 safras, no estado, em 2024. O maior crescimento absoluto continua o da cana de açúcar (+72.310 t, ou +1,3%), seguido pelo do sorgo (+47.970 t ou +42,3%, maior crescimento percentual) e pelo do algodão (+38.475 t, ou +2,2%).

Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2024 devem vir do milho 1ª safra (-798.630 t ou -34,0%, também a maior redução percentual), do milho 2ª safra (-45.200 t ou -6,1%) e da soja (-33.840 t ou -0,4%).


12 de setembro de 2024
Brasil

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 50 milhões

Foto Reprodução

As seis dezenas do concurso 2.773 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 50 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.


11 de setembro de 2024
Bahia

Governo assina decreto que incentiva a produção de etanol na Bahia

Foto Sudoeste Acontece

Para impulsionar a produção de etanol na Bahia , o governador Jerônimo Rodrigues (PT) assinou na tarde desta terça-feira (10), no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública (COI), em Salvador, o decreto que estabelece novos incentivos fiscais para a fabricação do produto. O ato também incluiu o anúncio da instalação de uma nova planta de biorrefinaria em Luís Eduardo Magalhães, na região Oeste.

Os novos incentivos fiscais consistem em crédito presumido de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apurado nas operações com etanol anidro (puro, que é misturado à gasolina) e hidratado (comercializado nos postos de combustíveis), além dos chamados DDGs (coproduto da indústria de etanol de milho que pode ser usado na alimentação animal) e óleos diversos. “O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda e desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpa”, considerou o chefe do executivo estadual.

O decreto, que será publicado na edição desta quarta-feira (11), no Diário Oficial do Estado (DOE), também prevê a desoneração de bens do ativo importados e do diferencial de alíquotas em relação a equipamentos adquiridos no país. De acordo com o secretário da fazenda, Manoel Vitório, “ainda será concedido um crédito presumido médio por litro de álcool anidro para a indústria fabricante, evitando aquisições do produto de outros estados com crédito fiscais superiores, medida que irá favorecer a arrecadação da Bahia”.

Atualmente, o estado importa cerca de 80% do que consome de etanol. Com a nova medida, a Bahia vai passar a ser autossuficiente e até exportadora do produto. Foi o que afirmou o diretor-presidente da Empresa Baiana de Ativos S.A (BahiaInveste), Paulo Guimarães. “Considerando que o etanol é um dos combustíveis renováveis mais importantes, existem diversos protocolos de intenções para que tenhamos mais fábricas aqui. Já temos uma em Rosário, dois projetos na região do Luís Eduardo Magalhães e outro em Santa Rita de Cássia, todas no Oeste do estado”.


10 de setembro de 2024
Economia

Financiamentos de veículos novos e usados cresceram 14,8% em agosto

A melhoria da renda, o aumento da oferta de trabalho e a perspectiva de estabilidade econômica foram os principais fatores para o aumento de 14,8% das vendas financiadas de veículos novos e usados em agosto deste ano. Foram negociadas 631 mil unidades em comparação às 550 mil unidades de veículos novos e usados vendidos por meio de financiamentos no mesmo mês de 2023.

Pesquisa feita pela B3 (Bolsa do Brasil) apontou que o aumento das vendas financiadas em relação a julho deste ano foi 0,9%, quando 626 mil unidades foram negociadas.

No segmento de veículos leves, a alta também foi 14,8% em comparação a agosto de 2023, mas houve uma queda de 3,1% em relação a julho deste ano. O financiamento de veículos pesados teve crescimento de 14,1% na comparação com agosto do ano passado, indicando que as empresas de logística estão renovando suas frotas, até porque houve aumento de 3,2% em relação ao mês de junho deste ano.

Já o financiamento de motocicletas foi 15,1% maior em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior e 13,8% a mais do que foi financiado em julho deste ano.

“Encerramos o mês de agosto com o maior número de veículos financiados desde agosto de 2012, o que reforça o ritmo forte apresentado no início deste segundo semestre. O segmento de motos mantém-se como destaque, com um crescimento de 29% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior”, informou Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3.

“No entanto, vale ressaltar o desempenho de automóveis e comerciais leves. Esse segmento representa mais de 70% do total de veículos financiados e teve um crescimento de 21% nessa mesma base de comparação”, acrescentou.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.


10 de setembro de 2024
Bahia

Exportações baianas crescem 9,3% em agosto

Foto Washington Tiago Sudoeste Acontece

As exportações baianas registraram desempenho positivo pelo segundo mês consecutivo, alcançando vendas de US$ 944,6 milhões em agosto, com um crescimento de 9,3% sobre o mesmo mês do ano passado. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O aumento das exportações ocorreu via aumento dos volumes embarcados em 18,3%, principalmente de soja, celulose, algodão, derivados de cacau e café, já que houve queda nos preços médios em 7,6%. Essa tendência se acentuou no mês que se encerrou para a maior parte das commodities agrícolas, que registraram queda nas bolsas internacionais, apesar dos eventos climáticos adversos.

A agropecuária foi o setor que teve maior aumento de exportações, com alta de 22,7% frente a agosto de 2023, alcançando valor exportado de US$ 471,4 milhões. No mesmo período, as exportações da indústria de transformação também tiveram alta de 7,7%, totalizando US$ 364,6 milhões, enquanto que a indústria extrativa apontou recuo de 17,7%, atingindo vendas de aproximadamente US$ 100 milhões.

As importações, por outro lado, seguiram em alta em agosto, quando cresceram 22,8%, totalizando US$ 765,8 milhões. As compras externas, que nos últimos meses mostram mais claramente aceleração acima do esperado, principalmente de bens intermediários (28,5%) e combustíveis (22%), permanecem em alta bem acima das exportações, mesmo considerando o câmbio desfavorável. Esse comportamento se deve tanto pela redução de preços como pelo maior ritmo de atividade interna, refletido no aumento do volume de compras em 29,7% no mês passado.

Para os próximos meses, as exportações devem perder força. Os motivos são a prevista desaceleração das compras pelos principais parceiros comerciais do estado, em função das incertezas econômicas, e a redução sazonal das exportações de soja até o fim do ano, o que também vale para o algodão e o milho. Os preços dos grãos também estão em queda e sem força para subir, o que deve impactar as vendas externas.

Quanto às importações, mesmo considerando a redução das cotações de bens intermediários e de consumo, os volumes comprados do exterior devem continuar positivos, beneficiados pelo aquecimento da demanda interna. O maior consumo relacionado ao aumento da renda e da produção interna tem impulsionado a produção industrial, que teve incremento de 2,4%, o varejo, com alta de 9,1%, e o setor de serviços, com crescimento de 0,8%, todos referentes ao primeiro semestre de 2024 no comparativo anual. Esses resultados são influenciados pela continuidade do aumento da massa de renda e da melhora das condições financeiras das famílias.

Nos primeiros oito meses do ano, as exportações do estado atingiram US$ 7,4 bilhões, um incremento de 5,5% em relação ao observado no mesmo período de 2023. As importações alcançaram US$ 7,3 bilhões e aumento de 20,5%. Com esses resultados, o saldo comercial do estado no período foi de US$ 88,1 milhões, 90,6% inferior ao mesmo período do ano passado. Já a corrente de comércio chegou a US$ 14,7 bilhões, 12,5% superior a 2023.


6 de setembro de 2024
Bahia

Estado bate próprio recorde e tem maior produção de ovos em 23 anos

A produção de ovos de galinha na Bahia durante o 2º trimestre de 2024 alcançou seu melhor desempenho na série histórica do IBGE, que começou em 2001, há 23 anos. No período entre abril e junho, foram produzidas 22,386 milhões de dúzias no estado.

Esse número representa um aumento de 7,5% em comparação ao 2º trimestre do ano anterior (20,818 milhões de dúzias) e de 13,8% em relação ao 1º trimestre de 2024 (19,673 milhões de dúzias).

Em nível nacional, a produção de ovos de galinha no 2º trimestre também bateu recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 1987. Nesse período, foram produzidas 1,161 bilhão de dúzias, um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (1,058 bilhão de dúzias) e de 5,6% em comparação ao 1º trimestre deste ano (1,100 bilhão de dúzias).

São Paulo continua sendo o maior produtor de ovos do Brasil, com 26,3% do total nacional no 2º trimestre de 2024. A Bahia ocupa a 12ª posição, com 1,9%.

No mesmo 2º trimestre de 2024, foram abatidas 341.653 cabeças de bovinos na Bahia, um crescimento de 17,3% em relação ao 2º trimestre de 2023 (291.334 cabeças) e de 6,1% frente ao 1º trimestre deste ano (322.043 cabeças).

O número de bovinos abatidos na Bahia, entre abril e junho, foi o maior para o período em 10 anos, desde o 2º trimestre de 2014 (350.328 cabeças).

Em todo o Brasil, no 2º trimestre de 2024, foram abatidas 9,960 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de inspeção sanitária. Esse total também foi recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 1997, sendo 6,7% superior ao do trimestre imediatamente anterior (9,338 milhões) e 17,5% maior do que o do 2º trimestre de 2023 (8,478 milhões).

A Bahia se tornou o 10º maior produtor de carne bovina do país, com 3,4% do abate nacional. Mato Grosso mantém a liderança, com 18,4% de participação no 2º trimestre de 2024.


5 de setembro de 2024
Brasil

Aneel recua, aciona bandeira vermelha 1, e conta de luz vai subir menos em setembro

Foto Washington Tiago Sudoeste Acontece

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta quarta-feira (4) que acionou a bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz para o mês de setembro. Um recuo na decisão divulgada na sexta (30), de aplicar um nível tarifário mais alto, a bandeira vermelha 2.

A mudança, de acordo com a agência, ocorre após correções de cálculos feitos pelo ONS (Operador Nacional do Sistema).

Agora, o acréscimo na conta de luz de setembro será de R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Anteriormente, na bandeira vermelha patamar 2, o aumento previsto era de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo o ONS, houve uma “inconsistência” no despacho inflexível da usina termelétrica Santa Cruz em um de seus modelos de operação. O erro impactou o preço de liquidação das diferenças, um dos principais parâmetros de definição da bandeira.

Conforme observa o ex-diretor da Aneel Edvaldo Santana, “o custo utilizado nos cálculos foi maior do que deveria ser, o que implica mudança na bandeira tarifária”.

A mudança também ocorre após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ter falado na manhã desta quarta sobre a possibilidade de revisão da bandeira tarifária. Ele havia adiantado que o acréscimo nas contas de luz de setembro poderia ser revisto para baixo por causa de erros na decisão que elevou a cobrança.

Silveira disse que o nível dos reservatórios brasileiros tem mais que o dobro do registrado em 2021 —última vez que a bandeira vermelha patamar 2 havia sido acionada. Para o ministro, em 2024 a situação do setor elétrico não deve ser tão grave quanto naquele ano.

“Posso afirmar que não há nenhuma necessidade de nenhum despacho que possa aumentar o custo de energia nesse momento”, afirmou o ministro.

Segundo ele, o possível acionamento de usinas termelétricas a gás, que tem custo de produção mais alto, não deve aumentar o preço da energia. Silveira disse que o despacho para ampliar a possibilidade de uso das termelétricas no país, decidido nesta terça (3) foi aprovado para abrir esse mecanismo ao operador, em caso de necessidade.

O acionamento da bandeira vermelha e a ampliação do uso das térmicas são respostas do setor à seca extrema que atinge o Brasil e, de um lado, reduz a disponibilidade de água para geração de energia, e de outro aumenta a demanda da população por ela.

Diante da alteração das informações do PMO (Programa Mensal de Operação Energética), a Aneel solicitou para a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) avaliação e recálculo dos dados, que indicaram o acionamento da bandeira vermelha patamar 1.

Além disso, a diretoria da agência também definiu que serão instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição as bandeiras.

Esse sistema tarifário foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos variáveis da geração de energia no Brasil.

A bandeira verde indica que não há custo extra; a amarela, que as condições de geração não são tão favoráveis; a vermelha, que as condições de geração têm um custo mais elevado.

A conta de luz vinha em uma sequência de bandeiras verdes, iniciada em abril de 2022 e mantida por mais de dois anos por conta do volume de chuvas e geração de energia renovável no país. A interrupção da série ocorreu em julho, quando foi anunciada a bandeira amarela, já por causa das previsões de chuva abaixo da média até o final do ano.

Mesmo com a confirmação da escassez de precipitação em julho, a bandeira verde chegou a ser retomada em agosto, segundo a Aneel, por causa do volume de chuva na região Sul.

A agência também informou aos consumidores que a mudança é válida a partir de 1° de setembro. Para as contas que já foram faturadas, a devolução será feita até o segundo ciclo posterior à constatação do ajuste.