Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público estadual (MP-BA), por suspeita de integrarem um esquema criminoso na 8ª Circunscrição de Trânsito (Ciretran), em Juazeiro, norte da Bahia. O esquema consistia na liberação de documentos falsos, subtração, venda e receptação de veículos depositados no pátio do órgão.
A denúncia foi oferecida à Justiça na última quinta-feira (25) e decorre de operação conjunta realizada pelo MP e a Polícia Civil, no dia 11 deste mês. Na ocasião, foram presos preventivamente o coordenador da 8ª Ciretran, Ítalo José dos Santos Souza e o supervisor de inspeção do órgão, Jair dos Santos Santana.
Os dois foram denunciados pelo MP-BA por formação de organização criminosa e corrupção passiva, junto com os despachantes Jaisson e Souza e Juracy Macena dos Santos; o funcionário público Gedeon Gonçalves dos Santos e o motorista Mardônio Alves de Sousa.
Os últimos quatro também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas se encontram foragidos. O marceneiro Marcondes Alves de Sousa, o chaveiro Reginaldo Dantas do Nascimento e o comerciante Valdeilton Nunes Almeida foram denunciados por crime de receptação, porque adquiriram os veículos com conhecimento de que a compra era produto de um crime.
Conforme a denúncia, o coordenador Ítalo José Souza comandava a organização criminosa, que contava com a atuação de despachantes para obter vantagem patrimonial indevida, por meio da subtração de carros do interior do próprio órgão e da emissão de documentos públicos falsificados, cobrando valores em troca dos veículos.
Cerca de 19 motos chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400. Segundo a denúncia, um veículo também foi negociado ilegalmente pela organização criminosa pelo valor de R$ 2 mil. Ítalo Souza e Gedeon Gonçalves também foram denunciados por peculato, falsificação de documentos públicos e por inserir dados falsos em sistema de informações.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse hoje (29) que o “momento é de ouvir” as propostas do presidente eleito Jair Bolsonaro. Toffoli conversou rapidamente com jornalistas após um evento em comemoração ao Dia do Servidor Público.
Toffoli disse que ligou ontem à noite para Bolsonaro para parabenizá-lo pela vitória. Segundo o ministro, Bolsonaro deve se encontrar com ele na próxima semana para a primeira conversa institucional após as eleições. A posse está marcada para 1º de janeiro.
O presidente do STF também disse que conheceu Bolsonaro nos anos 2000, quando trabalhava como assessor jurídico na Câmara dos Deputados, e chegou a viajar com ele para participar do projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
De acordo com o resultado final do segundo turno das eleições, Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República com 55,13% dos votos válidos, o equivalente a 57,7 milhões de votos. O candidato do PT, Fernando Haddad, ficou em segundo lugar e recebeu 44,87% dos votos, que equivalem a 47 milhões.
Antônio Pitombo, advogado de Jair Bolsonaro (PSL), está sendo considerado para comandar a AGU (Advocacia-Geral da União), segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”.
Pitombo já foi pensando também para o Ministério da Justiça, mas Gustavo Bebbiano, presidente do PSL e uma das pessoas mais próximas de Bolsonaro, é o candidato mais forte cotado para o cargo, de acordo com o jornal.
Segundo Mônica Bergamo, a informação de que ele poderá comandar a AGU está sendo recebida com alívio por colegas dele em Brasília.
Pitombo já disse que não cobrou nada para representar Bolsonaro em uma ação no Supremo Tribunal Federal
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno (PSL), disse que ainda não está confirmado como ministro da Justiça de Bolsonaro.
Ele afirmou que há “bons nomes” sendo cogitados para o cargo, como a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon e o juiz federal Sérgio Moro.
Apesar, disso afirmou que ainda não houve nenhuma conversa com os dois sobre o assunto. Bebianno ainda disse que Moro pode ser indicado para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) “mais para frente”.
Em vista das ações policiais em universidades por todo o Brasil, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que, apesar de não se pronunciar sobre casos concretos, a polícia “só deve entrar em uma universidade se for para estudar”.
As ações policiais, que vem acontecendo há três dias, tem relação com à fiscalização de suposta propaganda eleitoral irregular.
O também ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou hoje (26) que a Justiça precisa ter “cautela” para evitar exageros em ações nas universidades.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) deram início ao 4º Seminário Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem. Nos dois dias de programação (25 e 26 de outubro), as representantes do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5) e gestoras regionais do programa, desembargadora Maria das Graças Boness e juíza Dorotéia Azevedo, ao lado de membros do Governo Federal e de instituições internacionais, traçaram estratégias de combate à exploração da mão de obra de crianças e adolescentes, além de promoverem a busca por propostas que estimulem a aprendizagem.
Durante a abertura do seminário, o presidente do TST e do CSJT, ministro Brito Pereira, enfatizou a necessidade de empenho das pessoas e das instituições em ações visando não apenas ao presente, mas também ao futuro da infância e da adolescência. “Não temos mais o direito de ignorar as dificuldades passadas pela nossa juventude. Temos o dever de salvá-los”, afirmou.
A ministra Kátia Magalhães Arruda, coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, destacou que a sociedade brasileira precisa reafirmar os compromissos com os princípios fundamentais da Constituição da República. “Como aceitar que dois milhões de crianças sejam exploradas no trabalho infantil?”, questionou. “É chegada a hora de reler e de aprender o sentido da nossa Constituição”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que a Polícia Federal (PF) esclareça a uma série de perguntas técnicas sobre a perícia que identificou as digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima ((MDB) no apartamento onde foi encontrado R$ 51 milhões, em Salvador. O pedido foi feito pela defesa ex-ministro e pelo irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima ((MDB). As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Em agosto deste ano, a família Vieira Lima também pediu ao STF determine a quebra do sigilo telefônico do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal na capital baiana. A defesa da família queria saber de qual número partiu a denúncia anônima que levou a Polícia Federal a encontrar o apartamento onde foram encontrados os R$ 51 milhões.
A defesa também queria acesso imediato ao material utilizado na perícia do apartamento, como “fragmentos de impressões papilares” e mídias com gravações de imagens, para análise de um perito próprio. A PF afirmou ter encontrado as digitais de Geddel no local.
Geddel, Lúcio, a mãe deles Marluce e mais duas pessoas são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa nesse caso. Entre as denúncias apresentadas ao Supremo, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou que os R$ 51 milhões têm como possíveis origens propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; e desvios de políticos do MDB.
Geddel está preso desde o dia 8 de setembro de 2017, três dias após a Polícia Federal encontrar o dinheiro no apartamento.
O Ministério Público Estadual recebeu denuncia através do (disque 100) do Ministério dos Direitos Humanos, que segundo a denuncia, um aluno do Colégio Estadual de Brumado-CEB, se sentira discriminado diante de declarações de uma professora em sala de aula contraria a diversidade sexual. O fato teria acontecido no último dia 17. O Ministério Público abriu um Procedimento Administrativo e vai ouvir o direção do Colégio.
O Ministério Público Militar (MPM) informou nesta quarta-feira (24) que não têm competência para analisar as declarações do coronel da reserva do Exército Antônio Carlos Alves Correia contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A conduta, segundo o órgão, não se trata de crime militar e o caso deve ser apurado pelo Ministério Público Federal (MPF), que atua junto à Justiça comum.
Em um vídeo divulgado na noite de segunda-feira (22), Correia faz ofensas e ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, além de outros ministros do STF.
Na gravação, o coronel da reserva chama Rosa Weber de “salafrária e corrupta”, ao se referir ao dia em que ela recebeu integrantes do PT que pediram a aplicação de medidas cautelares urgentes para investigar notícias de que empresas que apoiam o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, estariam pagando por serviços de disparos de mensagens em massa contra o opositor Fernando Haddad, via WhatsApp.
O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta quarta-feira, 24, um pedido do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, para que fosse entrevistado pela TV Globo no horário que havia sido originalmente reservado para a transmissão do debate da emissora entre os presidenciáveis. O debate estava marcado para a noite desta sexta-feira, 26, mas foi cancelado após o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, informar que não comparecerá. Em sua decisão, Banhos destacou que não cabe ao Poder Judiciário interferir na linha editorial das emissoras para direcionar a pauta dos meios de comunicação social. A campanha de Haddad alegava que um dispositivo de resolução do próprio TSE permite que o horário programado para a realização de debate pode ser destinado à entrevista de um candidato, caso apenas ele tenha comparecido ao evento. “Como se observa, o dispositivo estabelece que o debate pode ser destinado à entrevista do candidato que tenha comparecido ao evento. Portanto, trata-se de norma permissiva, e não impositiva. Não há direito a ser resguardado no caso, pois não se depreende do dispositivo invocado que a emissora está obrigada a realizar entrevista com o candidato que tenha confirmado presença”, avaliou Sérgio Banhos. “Aliás, conforme os próprios representantes informam, a emissora de televisão cancelou o debate devido à ausência de um dos candidatos convocados, conduta que se insere na liberdade de imprensa, cuja garantia tem sido assegurada com muita veemência por esta Justiça especializada e pelo Supremo Tribunal Federal, com fulcro nos preceitos fundamentais da Carta da República”, concluiu o ministro. Para a defesa de Haddad, o debate da Globo é importante e ponto decisivo na reta final da campanha presidencial porque significa “a última oportunidade em que os candidatos poderão, olho a olho, discutir seus projetos de Brasil e, a partir disso, convencer o seu eleitorado sobre qual a melhor escolha para a direção da nação pelos próximos quatro anos”. “Será a primeira vez desde a redemocratização que não haverá debates presidenciais no segundo turno. Ou seja, após o fim da censura que era imposta pelo Regime Militar, será esta a única oportunidade em que o eleitorado não poderá ver e ouvir os candidatos pondo em contraposição os seus projetos de país, dificultando-se a promoção de uma análise comparativa dos debates sincera”, sustenta a campanha de Haddad. “Dessa maneira, o eleitorado brasileiro e, sobretudo, os eleitores ainda indecisos serão vítimas de uma completa desinformação motivada por uma estratégia de campanha”, frisam os advogados eleitorais do candidato petista. Em nota, a Globo informou que na reunião de elaboração das regras do evento “foi acertado com as assessorias dos candidatos que, se Jair Bolsonaro não pudesse comparecer por razões de saúde, o debate não seria substituído por entrevistas”. A campanha de Bolsonaro, em carta enviada à TV Globo, comunicou que por orientação médica o capitão reformado “deve evitar esforço físico, estresse excessivo ou ficar muito tempo em pé”.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os tribunais de Contas da União (TCU) e dos estados criaram um comitê para fazer um pente-fino de todas as obras paralisadas do país, com o objetivo de tentar destravá-las.
Segundo o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, o objetivo é ter um primeiro diagnóstico concluído em até 30 dias, “tendo como foco a infraestrutura, a saúde, a educação e a segurança pública”. As informações são da Agência Brasil.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, apresentou números preliminares do órgão, relativos a contratos na esfera federal. De acordo com ele, dos cerca de 40 mil contratos escrutinados até agora, 14.403 dos quais com obras paralisadas, cujo orçamento soma R$ 144 bilhões.
Das obras paradas, o TCU identificou 2.292 relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que concentram a maior parte dos recursos não aplicados, de R$ 127 bilhões.
A maioria das obras paradas são ligadas à infraestrutura, mas incluem creches, escolas, postos de saúde e outros tipos de construção. As razões para as paralisações vão desde abandono de empresa a questões ambientais, disputas jurídicas e falta de recursos, embora a maior parte diga respeito a projetos deficientes que necessitam de retificação.
O assunto foi debatido na manhã desta quinta-feira (25) em uma reunião de cerca de 2 horas com presidentes de tribunais de contas de todo o país. Segundo o técnico do TCU Nicola Khoury, o número de obras paralisadas deve ser “bem maior”. A ideia é que sejam cruzados sistemas ainda dos estados e dos municípios, o que deve inflar os dados.
As auditorias de urnas eletrônicas, realizadas em cinco estados, na semana passada, após queixas de eleitores, concluíram que não há nenhum indício de fraude no primeiro turno das eleições. A investigação foi feita nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina entre quinta (18) e sábado (20). Justiça Eleitoral alegou, em relatório, que as urnas estavam “em perfeitas condições de uso e funcionamento”, e que “não houve indício de fraude ou defeito”. A acusação de fraude foi feita por eleitores e pelo PSL, partido do candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. Eles alegaram que a foto do candidato não aparecia na urna e que a votação era dada como encerrada, sem que fosse pressionada a tecla “confirma”. Foram auditadas, no total, 21 urnas. O processo foi acompanhado pelo Ministério Público Eleitoral, a OAB, partidos políticos e peritos da Polícia Federal e do TSE, além de ser aberto ao público.