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15 de agosto de 2018
Brasil

45% dos beneficiários do PIS/PASEP vão usar dinheiro para pagar dívidas

Foto Rede Acontece

Os recursos do fundo PIS/PASEP, cujos novos saques estarão liberados para trabalhadores de todas as idades a partir desta terça (14/8), devem ajudar muitos brasileiros a sair do sufoco financeiro. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito aponta que 45% dos cotistas devem utilizar os recursos para pagar dívidas em atraso – o percentual sobe para 57% considerando apenas os consumidores das classes C, D e E. A segunda principal finalidade do dinheiro extra será os investimentos, com 30% de citações. Há ainda 30% de entrevistados que devem pagar despesas do dia a dia com o saldo disponível e 15% que anteciparão o pagamento de contas não atrasadas, como prestações da casa, do carro ou crediário, por exemplo. Outros 9% de entrevistados vão usar o dinheiro para adquirir roupas e calçados. Tem direito a sacar recursos, os trabalhadores de empresas públicas e privadas que contribuíram para o PIS ou para o Pasep entre os anos de 1971 e 1988 e que não tenham resgatado o saldo. Ao todo, aproximadamente 28,75 milhões de cidadãos brasileiros têm direito ao saldo das contas, o que deve totalizar uma injeção de R$ 39,52 bilhões na economia, segundo dados oficiais do governo. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o acesso ao dinheiro das cotas do fundo PIS/PASEP é uma medida importante que deve injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do país. “Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise e pelo desemprego a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito na praça. Ao reduzir a inadimplência o impacto sobre a economia é positivo”, explica. O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, também destaca que os recursos também poderão impactar o consumo. “É positivo ver que uma quantidade relevante de beneficiários usará os recursos para antecipar dívidas que não estavam atrasadas. Isso mostra uma atitude preventiva e prudente do consumidor”, analisa. De acordo com a pesquisa, 14% dos brasileiros ainda não sabem se têm direito ou não ao recebimento do benefício e 10% desconheciam a informação de que o governo havia liberado os saques.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. (NM)


15 de agosto de 2018
Brasil

Prazo para registro de candidaturas termina nesta quarta-feira (15)

Foto Rede Acontece

Termina nesta quarta-feira (15) o prazo para registro de candidaturas junto à Justiça Eleitoral. Os diretórios estaduais dos partidos políticos, bem como os representantes das coligações têm até 19h para protocolar os registros de seus candidatos a governador, vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal e deputado estadual.

As Eleições 2018 acontecerão no próximo dia 07 de outubro, das 8h às 17h. Caso haja segundo turno para presidente ou governador, o novo pleito acontecerá dia 28 de outubro, também das 8h às 17h.

No último dia 5, encerrou o prazo para realização de convenções partidárias.


14 de agosto de 2018
Brasil

Morre o ator José Pimentel, famoso por interpretar Jesus por 40 anos

Foto: Reprodução

Famosos por interpretar Jesus na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e do Recife por 40 anos, José Pimentel morreu nesta terça-feira (14), aos 84 anos. As informações são do G1.

O ator estava internado desde o dia 9 deste mês, em Recife (PE), devido a um enfisema pulmonar e respirava com ajuda de aparelhos.

Ícone pernambucano, Pimentel foi incluído na lista dos Patrimônios Vivos do estado. Na sua longa carreira, além de ator, ele foi diretor, iluminador, figurinista, sonoplasta, escritor, poeta, professor e jornalista.

A família ainda não definiu os horários do velório e sepultamento.


14 de agosto de 2018
Brasil

Próximos quatro anos serão ainda mais quentes, segundo estudo

Foto: Reprodução

Os próximos quatro anos podem ser ainda mais quentes que os anteriores, com temperaturas superiores às previsões dos modelos climáticos, alertou um estudo publicado nesta terça-feira sobre as mudanças térmicas decorrentes do aquecimento global. Entre 2018 e 2022, as variações da temperatura média anual dependem da mudança climática provocada pela atividade humana, mas também pela variabilidade intrínseca do clima, o que dificulta as previsões de um ano em relação a outro. Para que as previsões sejam mais exatas, uma equipe científica inventou um novo sistema de previsões batizado ProCast (Probabilistic forecast), baseado em um método estatístico e nos modelos climáticos já existentes. Este algoritmo prevê para os próximos quatro anos “um período mais quente do que o normal”, que “reforçará de maneira temporária” o aquecimento global, segundo o estudo publicado na revista científica Nature Communications que insiste na ideia de que as mudanças climáticas “não são um processo linear e monótono”. Entre 2018 e 2022, o aumento vinculado à variabilidade natural do clima será “equivalente ao aquecimento climático antrópico”. Isso fará que o aumento da temperatura média seja duas vezes mais elevado que o provocado pela atividade humana, explicou à AFP o principal autor do estudo, Florian Sévellec, membro do Laboratório de oceanografia física e espacial do prestigiado CNRS na França. Segundo este estudo, o risco de um aumento anormal das temperaturas do mar será mais importante, o que propicia furacões. Os últimos três anos foram os mais quentes desde que as temperaturas começaram a ser registradas. Apesar do Acordo do Clima de Paris em 2015, o planeta se dirige a um aumento de 3°C em relação à época pré-industrial.


14 de agosto de 2018
Brasil

Jungmann pede responsabilidade em marcha que acompanhará registro de Lula no TSE

Foto: Reprodução

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pediu “responsabilidade” às lideranças que estão à frente da marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que pretende reunir 5.000 pessoas em Brasília, para acompanhar o ato de entrega do registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) à Presidência da República, marcada para quarta-feira, 15, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jungmann avisou ainda que, caso ocorram “excessos”, as forças de segurança entrarão em operação para conter os manifestantes. “Temos um estado de preparo, de engajamento destas forças”, declarou o ministro. “Faço um apelo àqueles que querem se manifestar, é um direito, é democrático, é parte do jogo, que seja ordeira e que tenha respeito, porque afinal de contas são os poderes da República e a capital federal do nosso País”, disse Jungmann. “Mas qualquer excesso que vier a acontecer nós estaremos com dispositivo de segurança para proteger as pessoas, o funcionalismo, os prédios, para que tudo corra bem”, emendou o ministro, citando que já existe um “dispositivo devidamente organizado e pronto para assegurar que tudo transcorra, pelo menos do nosso ponto de vista, dentro da ordem e com tranquilidade”. Jungmann reconheceu que “a manifestação é parte da democracia”, “desde que ela seja ordeira, respeite as leis e o patrimônio e as pessoas”. Segundo ele, “se isso acontecer não vejo qualquer problema”. Mas, caso contrário, avisou que o governo vai contar com a Polícia Militar e com a Força Nacional, que estará à disposição da PM, “com um contingente necessário para garantir a tranquilidade do funcionamento da capital do país.” Questionado se as forças estavam em estado de alerta, respondeu: “temos um estado de preparo, de engajamento destas forças”. Os manifestantes têm anunciado que a marcha será pacífica. Mas, tanto o governo federal quanto o governo do Distrito Federal, têm preocupações com exageros que podem acontecer por parte de alguns integrantes do protesto. Por isso, um monitoramento está sendo realizado para evitar surpresas. A Polícia Militar do Distrito Federal e a Força Nacional estarão acompanhando a manifestação e reforçarão a segurança do TSE. As declarações do ministro Jungmann foram dadas após ele se reunir com a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, quando assinou Termo de Cooperação Técnica sobre o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid).


14 de agosto de 2018
Brasil

Ligue 180 registra mais de 740 casos de feminicídio este ano no Brasil

Foto: Reprodução

Nos primeiros sete meses deste ano, o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, registrou mais de 740 ocorrências relacionadas a feminicídios e tentativas de homicídio contra mulheres. Os números fazem parte do balanço divulgado nesta segunda-feira (13/8) pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH). De janeiro a julho de 2018, foram registrados 78 casos de feminicídios e 665 tentativas de assassinatos de mulheres. No mesmo período, a Central recebeu quase 80 mil relatos de violência de gênero, sendo que cerca de 80% das denúncias foram classificadas como violência doméstica. Agressões físicas representam quase metade (46,94%) dos relatos. E três em cada 10 denúncias se referem a violência psicológica. Além das violências doméstica, física e psicológica, o Ligue 180 registra ainda casos de violência sexual, moral, patrimonial, obstétrica, no esporte, cárcere privado, crimes cibernéticos e agressões contra mulheres migrantes e refugiadas. As denúncias são encaminhadas para a Defensoria Pública e Ministério Público e outras instituições da rede de proteção das mulheres. A Central também orienta sobre a Lei Maria da Penha e outros dispositivos legais de defesa dos direitos das mulheres. A ligação para o 180 é gratuita e pode ser feita inclusive nos feriados e fins de semana. Os casos de violência também podem ser registrados pelo e-mail ligue180@spm.gov.br. (Aratu notícias)


14 de agosto de 2018
Brasil

‘Não vamos ter a vida inteira para expor o Haddad’, diz Wagner

Foto Rede Acontece

Ex-governador da Bahia Jaques Wagner admitiu nesta segunda-feira, 13, ao Estado que o PT tem uma “estratégia de substituição” e disse que o partido não pode esperar “a vida inteira” para expor o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice na chapa presidencial petista e provável substituto numa eventual impugnação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto nas eleições 2018. “Eu acho impossível sombrear a candidatura do Lula. Acho uma bobagem quem está falando que expor Haddad é problema. Ao contrário, se temos uma estratégia de substituição, nós não vamos ter a vida inteira para expor o Haddad”, disse Wagner durante ato político no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em Salvador, para o registro de sua candidatura ao Senado na chapa à reeleição do governador Rui Costa (PT). Wagner era apontado como possível plano B para substituir Lula. O PT já prepara uma agenda de viagens de Haddad pelo Brasil. A ideia é começar por Estados do Nordeste, onde o partido tem forte presença. Nesta segunda, Haddad e Manuela d’Ávila (PCdoB) participaram de uma sessão conjunta de fotos em São Paulo. Em uma rede social, Manuela postou uma imagem em que aparece sendo maquiada e a frase: “preparando para a foto oficial”. Pessoas que acompanharam a produção disseram que foram feitas fotos dos dois sozinhos e também juntos. Para dirigentes petistas, a sessão é mais um indício de que, por mais que o PT negue, já está em curso o plano “B” para que Haddad substitua Lula. O ex-prefeito foi escolhido para ser vice de Lula, mas deve ceder o posto para Manuela quando a situação do ex-presidente for decidida pela Justiça Eleitoral. Assessores de Haddad e Manuela divergiram sobre o objetivo das fotos. Segundo pessoas próximas da deputada gaúcha, trata-se de material de campanha. A equipe do ex-prefeito disse que a foto vai ser usada no registro da candidatura, nesta quarta-feira, no TSE. A legislação eleitoral obriga os candidatos a fornecerem fotos que serão usadas nas urnas eletrônicas no ato do registro. Em sabatina do projeto “O Brasil visto de baixo”, na Casa do Baixo Augusta, região central de São Paulo, Haddad voltou a negar que é candidato a substituto de Lula. “Espero que no dia 7 de outubro tenha uma chapa em que eu não tenha que figurar”, disse. Pouco depois, ao falar sobre os cenários eleitorais, Haddad mostrou otimismo. “No segundo turno você pode ter certeza que o PT vai estar”, afirmou. Depois de sofrer críticas de petistas por sugerir que o PT e PSDB poderiam estar juntos em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), o ex-prefeito adotou um tom mais crítico em relação ao candidato tucano Geraldo Alckmin. “O Alckmin representa o projeto do Temer”, afirmou.


13 de agosto de 2018
Brasil

Em evento sobre eleições, Cármen Lúcia exalta Ficha Limpa

Foto: Reprodução

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, exaltou a participação popular e elogiou a Lei da Ficha Limpa, que disse ser umas das melhores normas legais sobre o assunto em todo mundo. As informações são da Agência Brasil.

“A Lei da Ficha Limpa é de iniciativa popular, foi o conjunto de cidadãos que levou ao Congresso Nacional aquilo que lhe parecia próprio, uma lei considerada pela ONU [Organização das Nações Unidas] uma das melhores leis que existem, uma das três melhores do mundo”, ressaltou.

A declaração foi dada na abertura de um seminário sobre os desafios da democracia e das eleições, em uma universidade particular de Brasília, do qual também participaram o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, e o ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral.

Em sua fala, Cármen Lúcia fez também uma defesa de governos que foram escolhidos em eleições diretas, mas que têm ou tiveram sua legitimidade contestada recentemente pela sociedade.

“Eu escuto agora falar que, no plano nacional e no plano estadual, o governo tal não tem legitimidade. Tem sim. Se foi eleito segundo as normas constitucionais e eleitorais, a pessoa que foi levada por nós, cidadãos, nós, eleitores, com a responsabilidade que temos com nosso país, é claro que nós temos uma legitimidade”, disse.


13 de agosto de 2018
Brasil

Marina Silva investe em consultoria de moda, diz jornal

Foto Rede Acontece

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, quer repaginar o visual em sua terceira campanha.

De acordo com a Folha de S. Paulo, refratária a mudanças de estilo, Marina passou a contar neste ano com a ajuda de uma consultora de imagem e moda para ajudá-la na escolha de roupas para a campanha.

O objetivo é driblar a imagem de frágil, pecha que a perseguiu durante a eleição de 2014, em meio a ataques dos adversários.


13 de agosto de 2018
Brasil

Diretor-geral da PF relata detalhes da prisão de Lula

Foto Paulo Whitaker / Reuters

Trinta homens do Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite da Polícia Federal, estavam a postos com suas armas para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Com mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula resistia a se entregar. Na primeira entrevista desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, relata detalhes das negociações para levar o petista a Curitiba naquele sábado, 7 de abril. O número um da polícia se aproximou dos negociadores de Lula: “Acabou! Se não sair em meia hora, vamos entrar”. Em seguida, ordenou que os agentes invadissem o prédio no fim do prazo estipulado.

Como foi o episódio da prisão do ex-presidente Lula?

Foi um dos piores dias da minha vida. Quando eles (interlocutores de Lula) pediram detalhes da logística da prisão, nos convenceram de que havia interesse do ex-presidente de se entregar ainda na sexta (6 de abril, prazo dado pelo juiz Sérgio Moro). Acabou o dia e ele não se apresentou. Nós não queríamos atrito, nenhuma falha. Chegou o sábado, Moro exigiu que a gente cumprisse logo o mandado. A missa (improvisada no sindicato) não acabava mais. Deu uma hora (da tarde) e eles disseram: ‘Ele vai almoçar e se entregar’.

O sr. perdeu a paciência em algum momento?

No sábado, nós fizemos contato com uma empresa de um galpão ao lado, lá tinha 30 homens do COT (Comando de Operações Táticas) prontos para invadir. Ele (Lula) iria sair em sigilo pelo fundo quando alguém, lá do sindicato, foi para a sacada e gritou para multidão do lado de fora, que correu para impedir a saída. Foi um susto. A multidão começou a cercá-lo e eu vi que ali poderia acontecer uma desgraça. Ele retornou.

Qual era o risco?

Quando tem multidão, você não tem controle. Aquele foi o pior momento, porque eu percebi que não tinha outro jeito. A pressão aumentando. Quando deu 17h30, eu liguei para o negociador e disse: ‘Acabou! Se ele não sair em meia hora nós vamos entrar’. E dei a ordem para entrar. Às 18h, ele saiu.

Houve alguma exigência?

Eles pediram para não haver muita exposição, que não humilhasse o ex-presidente, nós usamos tudo descaracterizado. Ele estava quieto o tempo todo, bastante concentrado.

Por que o ex-presidente está na superintendência da PF?

Isso não nos agrada. Nunca tivemos preso condenado numa superintendência. É uma situação excepcional. O juiz Moro me ligou, pediu nosso apoio, ele sabe que não temos interesse nisso. Mas, em prol do bom relacionamento, nós cedemos.

Recentemente, Lula mandou chamar dirigentes do PT para discutir, dentro da superintendência, a eleição presidencial. É um tratamento diferenciado?

Não somos nós que organizamos isso (as regras para visitas), mas o juiz da Vara de Execuções Penais. O Lula está lá de visita, de favor. Nas nossas novas superintendências não vão ter mais custódia. No Paraná, não vamos mexer agora. Só depois da Lava Jato.

O sr. conversou com o ex-presidente na prisão?

Eu estive na superintendência, mas não fui vê-lo. É um simbolismo muito ruim.

O segundo momento tenso para a PF envolveu a ordem de soltar Lula dada pelo desembargador Rogério Favreto e a contraordem de Moro e dos desembargadores Gebran Neto e Thompson Flores, do TRF-4.

Eu estava no Park Shopping, em Brasília, dei uma mordida no sanduíche, toca o telefone. Avisei para a minha mulher: ‘Acabou o passeio’.

Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?

Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): ‘Ministro, nós vamos soltar’. Em seguida, a (procuradora-geral da República) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura. ‘E agora?’ Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, blindou o delegado da PF Cleyber Malta Lopes ao autorizar a prorrogação do inquérito dos Portos, que investiga o presidente Michel Temer. O sr. tentou trocar o delegado?

Não. Eu estive com o Cleyber antes de me tornar diretor-geral. Depois disso sequer o vi. Houve um momento em que eu coloquei 25 policiais para ajudá-lo. Foi no período anterior à decisão do ministro de prorrogar por mais 60 dias.

Não lhe pareceu um recado o fato de o ministro especificar em sua decisão que o delegado deveria continuar à frente do caso?

Acho que o ministro quis dizer que Cleyber toca bem o caso. Na linha: ‘Olhe, não tire ele, não. Se ele entrar de férias, não põe outro no lugar’.

A PF está perseguindo professores da UFSC que fizeram protestos contra agentes da operação que investigou o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier?

Depois que o reitor se suicidou, uma situação terrível, começou um movimento de muita crítica às autoridades que participaram da investigação, a delegada, a juíza, o corregedor da universidade. Foram colocadas fotos deles dizendo: ‘autoridades que cometeram abuso de poder e mataram o reitor’. E essa faixa é exposta toda vez que fazem uma manifestação. E essas autoridades se sentiram ofendidas.

Houve necessidade de abertura de inquérito?

É a mesma coisa de colocar, por exemplo, a foto de servidores e dizer: ‘Esses indivíduos estupraram alguém’. É uma acusação seríssima. E esses indivíduos, cada vez que saem da oitiva, dizem que estão sendo perseguidos. Não é uma investigação contra a universidade. É de crime contra a honra.

Mas o inquérito não pode ser uma forma de censura?

Tem outros meios de protestar que não acusar uma autoridade de abuso.

O sr. é um gestor, um técnico. Como evitar que o próximo presidente nomeie um delegado amigo para a diretoria da PF?

Tem policial com viés político. E isso é legal. Mas será que um desses, se tornando diretor-geral, é bom para a instituição? A gente teve um exemplo recente que se provou que não é. Se o gestor não tiver legitimidade interna, ele não consegue permanecer. Eu não tenho influência nas investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


13 de agosto de 2018
Brasil

Temer quer facilitar renovação da CNH

Foto: Reprodução

O presidente Michel Temer (MDB) irá facilitar a renovação da Carteira Nacional de Habilitação. Para tanto, o governo vai editar nos próximos dias uma medida provisória.

O texto, que está em elaboração pelo ministro Alexandre Baldy (Cidades), vai determinar que a partir da expedição da CNH, motoristas façam apenas exames médicos a cada cinco anos, e não mais precisem passar pela burocracia para renovar o documento.

A proposta em estudo prega que a redução de exigências para renovação da CNH valha para todos os motoristas que tiverem até 55 anos. Após a idade, a atualização do documento seria obrigatória a cada cinco anos, e a realização de exames a cada dois anos e meio.


13 de agosto de 2018
Brasil

Morre em São Paulo Cláudio Weber Abramo

Foto: Reprodução

jornalista e matemático Cláudio Weber Abramo, de 72 anos, morreu ontem (12) em São Paulo. Ele se submetia a um tratamento de combate ao câncer no Hospital Samaritano, na capital paulista.

Referência no trabalho de combate à corrupção e na defesa da ética, ele é um dos fundadores da organização não governamental Transparência Brasil. Ele era vice-presidente do Conselho Deliberativo da entidade e foi diretor executivo da ONG.

Além de jornalista, era bacharel em matemática pela Universidade de São Paulo e mestre em filosofia da ciência pela Universidade Estadual de Campinas. Trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil, entre outros.